Capitulo 2 – Desespero e outra
Capitulo 2 – Desespero e outras marcas...
Ele estava lendo um importante relatório, sobre novas investidas dos remanescentes comensais da morte na Inglaterra, quando seu coração acelerou sem motivo, se levantou rapidamente sem nem saber o porquê abriu a porta de seu escritório o corredor estava vazio, exceto por uma pessoa.
A visão dela, em um estado lastimável o fez segurar com força a maçaneta da porta, nunca a vira tão vulnerável como naquele momento, a viu caminhar a passos decididos e abrir a porta do escritório do marido.
Sentiu um calafrio percorrer lhe a espinha e fechou a porta novamente, apesar de que nada adiantou, já que pode ouvir atentamente cada palavra que ela proferiu ao marido e a outrora melhor amiga, apenas ficou de olhos fechados deixando que ela desabafasse toda dor que sentia.
Quis ir até o Potter e destruir cada centímetro daquele miserável que em silencio feria aquela que ele mais amava, sua amiga, mas sabia que nada poderia ser feito, quantas vezes nestes anos, ele quisera ir até ela e dizer que o marido não a merecia, quantas vezes discutira e até sairá na mão com Harry, mas ele não podia dizer, não havia provas apesar de que nem Harry nem Gina fossem discretos mas eles poderiam alegar que eram muito amigos, e ele jamais agüentaria faze-la sofrer.
Somente naquele momento ele percebeu o erro, afinal ela sofrerá muito mais com o descaso de Harry, do que com a traição em si.
Sentiu em cada parte de sua alma, ela se afastar, levando tanta dor em si, que saiu do escritório, porém viu Harry correr atrás dela, e suspirou cansado.
Olhou e viu Gina o olhando do outro lado da ante sala.
- você ouviu tudo não foi? – Gina falou baixo com a voz chorosa.
O que somente o fez ficar com raiva.
- não sei por que do choro, após trair a amiga durante sete anos, nunca pensou que um dia ela se cansaria de viver sem amor? Que viria até ele questionar do porque dele estar a destruindo? Ele era o melhor amigo dela, a única pessoa que ela confiava completamente, ela morreria por ele, e se não fosse por isso, se não fosse à fé que ela tinha nele, há muito tempo atrás já teria dito algo, porém ela não acreditaria que o homem que ela amava faria isso, mas vocês a destruíram.
A ruiva ouviu tudo, sentindo uma raiva crescente, mas sabia que não poderia brigar com ele, ele tinha razão. Porém o desejo de descontar em alguém a fez dizer com raiva.
- pelo menos eu segui meu coração e não vivi estes anos todos sonhando com algo que não podia ter e que nunca você vai ter.
Ele se aproximou perigosamente de Gina e se esquecendo de que era uma mulher deu um tapa nela. Nunca batera em uma mulher, em sua vida inteira até aquele instante.
- você me faz ter nojo, acha que apenas o que sente importa, preferi viver estes anos, apenas sonhando do que manchar a minha honra sendo um amante, ou magoando pessoas que deveriam ser amadas.
Ele se afastou bem a tempo de ver Harry, voltar. Trocaram um longo olhar e Harry foi até Gina a beijando e consolando.
Não podendo ficar para ver tal cena deturpada se virou e saiu do ministério.
Por onde passava todos os poucos funcionários do ministério pareciam comentar, que Harry, finalmente perderá a mulher, ele sorriu vendo que todos estavam ao lado de Hermione contra o que Harry havia lhe feito.
Hermione fora durante anos o exemplo do que a sociedade bruxa honrava e respeitava e apesar de ninguém ter provas ou sequer comentar o que Harry fazia, todos sabiam veladamente que ela não merecia o que estava acontecendo, até mesmo os Weasleys, haviam de certa forma cortado relação com Gina e Harry.
Ele chegou a Rua Londrina e respirou o ar frio, resolveu em vez de aparatar para casa caminhar um pouco pensando em como gostaria de poder estar com ela e lhe ajudar como ela sempre fizera por ele, mas por experiência própria sabia que talvez Hermione precisasse de um tempo sozinha.
Caminhou por algum tempo, até sentir uma forte dor em seu coração.
Ele sentiu-se tonto e precisou apoiar-se em uma parede para não cair no chão.
E foi com temor que compreendeu que Hermione estava em perigo.
Ele aparatou em frente à casa dela, e quando se preparava para entrar correndo na casa, algo o fez se virar na direção do lago.
Seu coração acelerou e ele correu com toda rapidez que nem sabia possuir, via Hermione levar aos lábios uma taça, e seus olhos ficaram cheios de lagrimas.
- por favor, que não seja o que eu to pensando... – ele murmurou para logo depois gritar. – Hermione...
Nunca aquele percurso foi tão longo para ele que a viu dar dois passos vacilantes em direção a profundeza negra do lago.
Ele se arrependia mentalmente por não ter ido antes pra lá, por não ter percebido, por não ter matado enquanto pode o Potter e aquela víbora de cabelos vermelhos.
Suas mãos tocaram já o corpo frio de Hermione e ele conseguiu traze-la para seus braços.
Ele a trouxe para um abraço, e tocando o rosto frio dela, a viu fechar os olhos.
Olhou para os lados em busca de uma inspiração ou algo que pudesse fazer, mas nada encontrou.
O corpo dela começava a ficar cada vez mais frio, e ele entrou em desespero.
- por favor, Hermione, você não pode fazer isso comigo, com as pessoas que te amam, você não pode me abandonar...
Ele murmurou de forma febril enquanto a carregava de volta pra casa, tinha que descobrir o veneno, para poder tentar algum contra feitiço, entrou em casa ainda com ela no colo e viu em cima da bancada o frasco com o veneno.
Mortis sanguinea
Aquelas duas pequenas palavras ficaram no cérebro dele por um segundo.
Até ele compreender, que não tinha, mais tempo... O sangue dela já estava envenenado, já tinha se passado tempo demais para o antídoto...
Suas lagrimas caíram no rosto de Hermione deixando novas marcas de lágrimas, ele a abraçava com força em um pranto dolorido...
- você salvou minha vida e agora você esta morrendo em meus braços meu amor... – Ele beijou a face já fria dela, sabendo que poucos minutos restavam de vida no corpo daquela mulher que ele descobrira amar, mais que a vida.
Relembrou todos os dias com ela, todos os sorrisos, que ela lhe dera, de tudo o que ela fizera por ele, até que em sua mente a voz de Severus Snape se fez presente, relembrando uma conversa de mais de quinze anos atrás, quando seu antigo professor de poções lhe explicara o único feitiço que poderia destruir o efeito de qualquer veneno.
Bastou um segundo para ele se decidir.
Deitou o corpo de Hermione no frio piso de mármore e pegou sua varinha.
Sem pensar nas conseqüências que seria sua morte realizou o feitiço.
- sanguineos purificai.
Apontou a varinha para ela e depois para si próprio, e viu um brilho vermelho ligar ambos os corpos.
Durante longos minutos ele sentiu suas forças diminuindo e o veneno entrando em sua corrente sanguínea, que purificava o corpo de Hermione.
Após cinco minutos o feitiço terminou e juntamente com suas forças...
Aproximou-se dela, e murmurou no ouvido dela.
- você não pode morrer...
E a ultima coisa que viu antes de fechar os olhos foram os olhos castanhos dela, espelhados nos olhos dele. Um sorriso dominou seus lábios frios.
Antes que ele desfalecesse.
Hermione o olhou assustada e demorou um segundo até entender o que acontecerá.
Um grito de pavor nasceu em sua garganta.
- não... Você não pode ter feito isso... – Ela sentiu seu rosto molhado e sem nem sequer saber como sabia que aquelas lágrimas não eram somente dela.
Hermione o abraçou com força.
Mas logo depois o largou e ainda sentindo uma fraqueza subiu as escadas, cada passo sendo difícil, e sabendo que tudo o que importava era chegar até o segundo andar.
Entrou correndo em seu laboratório particular, pegou um frasco, e fez o caminho inverso, ao invés de descer as escadas, Hermione se jogou do patamar usando o sofá para diminuir o impacto da queda se arrastou até o corpo dele, que começava a esfriar, e abrindo a boca dele, colocou o antídoto, rezando para que ainda houvesse tempo.
O abraçou novamente e tremula, repetiu, mas para si do que para ele.
- vamos você consegue, já enfrentou tantas coisas, você não pode... – as lágrimas dela banharam o rosto daquele que naqueles anos fora um dos poucos que estivera realmente a seu lado – sua vida não pode acabar...
E foi com alivio que sentiu o calor do corpo dele voltar gradativamente.
Sentindo uma euforia, Hermione se permitiu sentir novamente suas batidas de coração.
E nunca se sentira tão feliz em anos quando aqueles olhos azuis acinzentados olharam nos olhos dela novamente.
- Draco...
Ela o abraçou com mais força esquecendo suas próprias dores e que suas forças estavam quase no fim apenas sentindo o alivio de vê-lo bem, e suspirou aliviada quando Draco Malfoy correspondeu ao abraço.
Os dois ficaram por muito tempo presos naquele abraço cada um com sentimentos diferentes, outros nem tanto...
Até Draco com muita dificuldade se colocar de pé e levantar Hermione.
Draco olhou nos olhos de Hermione e disse:
- nunca mais ouse planejar me deixar...
Hermione apenas conseguiu rir, e encostar-se a ele, antes de seus olhos se fecharem e seu corpo perder a batalha para a exaustão física e mental.
Draco a levou no colo até o quarto e a deitou gentilmente, ele ainda não conseguia saber como ela conseguira reverter o veneno, porém isso não importava naquele momento, a mulher que ele amava estava viva.
Ele ia se afastar, mas ela o abraçou, o trazendo para mais perto.
Draco sentindo o coração acelerar novamente, mas por um bom motivo, deitou ao lado dela e a abraçou.
Juntos dormiram.
Um se recuperando de marcas terríveis, outro pela primeira vez sentindo-se verdadeiramente feliz e consciente de todo o movimento dela, até ser vencido muito tempo depois pelo cansaço e pelas conseqüências do veneno e do feitiço.
Só que ele sabia que faria tudo de novo para salva-la.
Um mundo sem Hermione, não importava para Draco Malfoy.
E uma nova marca em Hermione nascia, mas está nunca a faria sofrer.
Fim do capitulo Dois.
Marca de uma lágrima. ® Vivis Drecco ©2006
NT: bom vocês que estão lendo estão com sorte pois eu ja tenho esta fi terminada em casa e ela ja esta na fase de betagem, e bem adiantada então o pessoal daqui vai ler mais rapido conforme vir os adorados coments ... eu sou movida a comentario como ja diz minha adorada Beta...
kisses...
mas como sou boazinha ja irei postar tres dessa vez!
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