Cap. 01



Nome da Fic: A Penseira

Autor: Lara Sidney Snape Croft

E-mail/MSN: [email protected]

Shipper: SS/HG

Censura: G

Gênero: Romance

Spoilers: OdF

Resumo: A história passa no 5º ano do trio. Começa nas férias de Natal, na época em que Severo Snape aparece na sede da Ordem para comunicar a Harry que ele terá aulas de Oclumência. Mas aqui eu mudei, agora é o trio que terá as aulas. E quem olhará na penseira não será Harry, e sim Hermione.

Nota: Muitas coisas eu copiei do OdF, há algumas frases totalmente iguais. Só para avisar, caso reconheçam algumas falas. Mas elas não estão destacadas, deixei no texto como se fossem minhas, mas então devo dizer que todas as personagens de Harry Potter são de exclusividade da Rowling, só os uso para escrever histórias e me divertir, inclusive uso passagens dos livros, belê?




Cap. 01



[Na sede da Ordem da Fênix]

Faltava a penas um dia para acabar as férias de Natal, e esse dia fez Rony, Harry e Hermione pensarem se realmente gostariam de voltar à escola no dia seguinte.

- Queridos – disse a Sra. Weasley metendo a cabeça no quarto onde o trio estava conversando sobre a última reunião que teve, da qual eles só conseguiram ouvir alguns trechos, mas pararam de falar abruptamente quando ela entrou –, venham à cozinha, sim? O Prof. Snape quer dar uma palavrinhas com vocês.

Os três não acreditaram em seus próprios ouvidos. Seus queixos caíram e seus olhos vidraram.

- Ah… Desculpe-me, Sra. Weasley, mas poderia repetir, por favor? Acho que não ouvi direito – disse Hermione.

- O Prof. Snape, querida. Ele desejar falar com os três.

O semblante do trio mudou instantaneamente de surpresa, após ouvirem a primeira frase, para terror. Se entreolharam totalmente boquiabertos.

- Ah… o Snape? – insistiu Harry incrédulo.

- Prof. Snape, Harry, querido – corrigiu a Sra. Weasley. – Agora vamos, ele disse que não pode se demorar.

- O que o Snape quer com a gente? Não fizemos nada! – bradou Rony indignado.

- E se fizemos, deve ter sido algo bem grave para fazer ele vir até aqui dar-nos uma bronca.

- Meninos, o que acham de parar com as suposições e descermos logo? E além do mais, o Snape vem aqui a hora que quer, ele é membro da Ordem.

Um minuto depois, Harry, Rony e Hermione atravessavam a porta da cozinha. Snape e Sirius estavam sentados à mesa, olhando para direções opostas. O ar estava pesado, os dois pareciam que se seguravam para não se atacarem.

Quando eles entraram, foram mirados por Snape, que disse:
- Sentem-se.

- Lembre-se, Snape, que essa casa é minha. Então já não venha com ordens e broncas – disse Sirius com um tom de ameaça, mas sem tirar os olhos do teto.

- Eu deveria falar com os três a sós, mas o amiguinho de vocês…

- É, amigo, Snape. Coisa que você tem não tem. E eu sou o padrinho de Harry – ponderou Sirius falando muito alto.

- Estou aqui por ordens de Dumbledore – respondeu Snape com seu tom de voz suave e letal. – Mas sei que você quer se sentir… envolvido.

- O que quer dizer com isso? – perguntou Sirius derrubando sua cadeira.

- Apenas que você deve se sentir um tanto… ah… frustrado por não poder fazer nada de útil pela Ordem.

A essas palavras Sirius corou.

- Eu cedo a casa!

- Uma casa podre, fedida e caindo aos pedaços. Por que acha que não passo as noites aqui como a maioria?

Sirius fechou a cara, soltou uma maldição, levantou a cadeira, se jogou nela totalmente emburrado e bufou. Snape abriu um sorrisinho de triunfo no canto da boca e se voltou para o trio.

- O diretor quer que vocês estudem Oclumência.

- Estudar o quê? – perguntou Harry sem entender.

- Ah, eu sei o que é. Oclumência é magia negra, onde se aprende como def…

- Cale-se! Ninguém lhe pediu para explicar nada, Srta. Granger! – falou Snape alterando a voz.

- Desculpe-me, professor – respondeu Hermione sem graça.

- Será que nem estando de férias você dá uma folga, garota? Quer sempre mostrar que sabe tudo? Controle-se um pouco, sim?

- Me controlarei, professor.

- Não fale assim com ela, Snape!

- Fique quieto aí, Black. No momento, meu assunto não é com você.

Sirius nada respondeu e continuou só observando.

- Oclumência, Potter, é a defesa mágica da mente contra penetração externa. Um ramo obscuro da magia, mas extremamente útil.

Os três se perguntaram qual o motivo daquilo tudo. Ninguém estava tentando penetrar em suas mentes… ou estava? Não era possível…!

- Por que temos que estudar essa Oclu…? – Rony deixou escapar.

- Porque o diretor acha uma boa idéia. – disse Snape suavemente. – Vocês receberão aulas particulares uma vez por semana, cada um em um dia diferente. Mas não contarão a ninguém, muito menos a Dolores Umbridge, entenderam?

- Sim, senhor. – responderam em uníssono.

- E quem irá nos ensinar? – perguntou Hermione retomando a coragem para encarar seu professor.

Snape ergueu uma sobrancelha.

- Eu. – respondeu.

O estômago de Harry revirou; Rony fez uma careta; Hermione arregalou os olhos. Realmente, aulas extras com Snape… ninguém merecia. Harry olhou para Sirius, pedindo apoio.

- E por que Dumbledore não pode ensinar a eles? – perguntou agressivamente. – Por que você?

- Porque suponho que seja uma prerrogativa do diretor delegar as tarefas menos agradáveis. – disse Snape suavemente. – Posso lhe garantir que não pedi esse cargo. – Levantou-se. – Espero você, Potter, às seis horas da tarde na segunda-feira. Minha sala. O horário de vocês dois – falou virando-se para Rony e Hermione –, passo amanhã na hora da aula. E se alguém lhes perguntar, digam que estão tomando aulas de reforço de Poções.

Hermione fez cara de indignação. Reforço! Ela, a sabe-tudo! Soltou uma exclamação.

- Como?! Professor!

- Ninguém que tenha visto vocês em minha aula poderia negar que precisam de reforço. Já a Srta. Granger poderia levantar suspeitas. Hmm… diga que…

- Estou tomando aulas extras mais aprofundadas para futuramente prestar um concurso em Poções.

Ele analisou-a com o olhar e arqueou a sobrancelha.

- Está bem, como queira.

Hermione sorriu e seus olhos brilharam. Ora, mesmo que fosse o Snape o professor, não importava, o que importava mesmo é que aprenderia algo novo. Já Rony e Harry ficaram muito emburrados.

Snape se virou para ir embora, a capa preta de viagem se enfunando como uma cauda.

- Espere um momento. – pediu Sirius sentando-se mais reto na cadeira.

O professor se voltou para encarar Black, desdenhoso.

- Estou com muita pressa, Black. Ao contrário de você, tenho um tempo limitado de lazer.

- Irei direto ao assunto, então. – falou Sirius ficando em pé. Não perdia no quesito altura para Snape, que, Harry reparou, fechou um punho dentro do bolso da capa, segurando, sem dúvida, o punho da varinha. – Se eu souber que você está usando essa aula de Oclumência para infernizar a vida dos garotos, principalmente de Harry, terá de acertar contas comigo.

- Que comovente! – debochou Snape. – Mas você, com certeza, já notou que Potter se parece muito com o pai dele, não é?

- Já. – respondeu Sirius com orgulho.

- Bom, então você sabe que ele é tão arrogante que as críticas simplesmente resvalam nele. – disse Snape com voz de seda.

Sirius empurrou a cadeira bruscamente para o lado e contornou a mesa em direção ao outro, ao mesmo tempo que puxava a varinha. Snape puxou a dele. Pararam se medindo, Sirius furioso, Snape calculista, seus olhos correndo da ponta da varinha para o rosto do oponente.

- Sirius! – chamou Harry, mas o padrinho pareceu não ouvi-lo.

- Professor! – chamou Hermione ao mesmo tempo, mas igualmente foi ignorada.

- Eu lhe avisei, ranhoso - disse Sirius, seu rosto a menos de meio metro de Snape –, não me interessa se Dumbledore acha que você se regenerou, eu sei que não…

- Ah, então por que não diz isso a ele? – sussurrou Snape. – Ou tem medo de que ele não leve a sério o conselho de um homem que está há seis meses se escondendo na casa da mãe?

- Me diga, como anda Lúcio Malfoy ultimamente? Imagino que encantado com o fato do seu cachorrinho de estimação estar trabalhando e Hogwarts, não?

- Por falar em cachorros – disse Snape mansamente –, você sabia que Lúcio Malfoy o reconheceu da última vez que arriscou uma escapulida? Idéia brilhante, Black, deixar que o vissem em uma segura plataforma de trem… arranjou uma desculpa irrefutável para nunca mais deixar o buraco em que se esconde, não?

Sirius ergueu a varinha.

- NÃO! - gritou Harry, correndo para ficar entre Sirius e Snape. - Sirius, não.

- Você esta me chamando de covarde? - rosnou Sirius, tentando empurrar para fora do caminho, mas ele não sairia.

- Sim, estou.

- Harry, saia daí - rosnou Sirius, empurrando-o com a mão livre.

Hermione arregalou os olhos. Fez menção de ir se meter no meio, mas Rony a segurou, dizendo que era melhor deixá-los resolver o assunto sozinhos para não acabar sobrando para eles. Ela concordou.

Nesse momento, toda a família Weasley chegou. Arthur parecia muito contente.

- Pelas barbas de Merlim – disse o Sr. Weasley com o sorriso já desaparecido de seu rosto –, o que esta acontecendo aqui?

Sirius e Snape abaixaram suas varinhas. Harry olhou de um para o outro. Ambos com a mesma expressão de desprezo, ainda que a entrada inesperada de tantas testemunhas os tivesse trazido à razão. Snape colocou a varinha no bolso, deu meia volta e atravessou a cozinha, passando pelos Weasley sem dizer nada. Na porta ele se virou e disse:

- Seis horas, segunda feira à noite, Potter.

- O que aconteceu? – perguntou novamente o Sr. Weasley.

- Nada, Arthur – disse Sirius, que respirava fortemente como se tivesse corrido uma longa distância. – Apenas uma conversinha amigável entre velhos colegas de escola. – parecendo fazer um esforço, ele sorriu.

- Aulas extras com Snape? – disse Rony, chocado, já no quarto, discutindo sobre os minutos atrás com Harry e Hermione. – Eu preferiria ter pesadelos!



Eles voltariam a Hogwarts usando o Nôitibus Andante no dia seguinte, escoltados por Lupin e Tonks, os quais estavam tomando café da manhã quando Harry, Rony e Hermione desceram na manhã seguinte. Os adultos pareciam estar tendo uma conversa sussurrada quando Harry abriu a porta, todos olharam e rapidamente pararam de falar.

Após um corrido café da manhã todos vestiram suas jaquetas e cachecóis para se proteger no frio daquela manhã cinzenta de janeiro. Harry teve uma sensação desagradável de aperto no peito, não queria dizer adeus para Sirius. Ele tinha um mau pressentimento sobre a partida, não sabia quando se veriam novamente e sentiu que estava encarregado de dizer a Sirius para não fazer nada estúpido. Harry temia que a acusação feita por Snape de que Sirius era um covarde surtira um efeito tão grande no padrinho que ele poderia esta arquitetando alguma viagem idiota para fora do Grimmauld Place.

Pegaram o Nôitibus. Depois de um bom tempo, Lupin e Tonks os ajudaram a sair do ônibus com suas bagagens, subiram novamente e disseram adeus. Harry observou os três andares do Nôitibus e percebeu todos os passageiros os olhando com os narizes prensados contra o vidro.

- Vocês estarão seguros dentro dos terrenos – disse Tonks olhando cuidadosamente para todos os lados da estrada. – Tenham um bom semestre, ok?
- Cuidem-se – disse Lupin, apertando as mãos de todos até chegar ao trio – e ouçam.… – diminuindo sua voz enquanto os gêmeos e Gina se despediam de Tonks. – Olha, eu sei que vocês não gostam do Snape, mas ele é perito em Oclumência, e todos nós, incluindo Sirius, queremos que vocês aprendam a se proteger, acima de tudo, tudo bem?

- Sim, sem problemas. – disse Harry pesadamente, olhando para as rugas prematuras de Lupin.

- Mas eu ainda não entendi o motivo pelo qual Dumbledore quer que estudemos isso. Nos proteger de quê?! – perguntou Rony um tanto nervoso.

- Rony, o fato de Dumbledore querer já o bastante, não acha? Pare de reclamar um pouco! – disse Hermione bravia.

- Ah, Hermione, você só diz isso porque vai ficar sabendo mais que os outros e porque o professor reconheceu que você é uma ótima aluna!

- Será que poderiam parar de brigar?

- Hermione tem razão, Rony. – disse Lupin serenamente. – Dumbledore só quer protegê-los. Vocês são os melhores amigos de Harry, tornam-se alvo de Você-Sabe-Quem, também.

- Tudo bem…

- Então, nos vemos depois. – falou Harry finalizando o assunto.

Os seis caminharam com muita dificuldade pela escorregadia estrada que levava ao castelo, carregando seus malões. Harry parou e olhou para trás ao chegar nas grandes portas de carvalho, Hermione e Rony fizeram o mesmo; o Nôitibus já havia desaparecido e ambos os três desejariam, visto o que viria dali por diante, ainda estar à bordo.


Finalmente 18h de segunda-feira chegou. Era hora de Harry encarar aquela situação desagradável que era ficar sozinho numa sala com o odiado Prof. Snape. Não tinha escolha. Foi até às Masmorras e bateu à porta.





- Por Merlim, Harry, você está pálido! Foi tão ruim, assim, a aula?

- É, Hermione, acho que agora você vai se arrepender de ter ficado tão contente quando soube que ia estudar uma matéria nova.

- Mas… o que ele fez?

- Ele deposita seus pensamentos na Penseira. Acho que é a de Dumbledore. Lembra quando falei dela para vocês? Então… depois ele usa uma tal de Legilimens e começa a ver tudo o que há dentro de sua mente. Eu me senti muito mal. Eu não consegui impedir que ele visse tudo aquilo. Fiquei sem energia e caí no chão. Isso acontecer várias vezes. E agora tenho que tentar esvaziar minha mente toda vez que for dormir.

- Cara, ainda por cima é o Snape! – disse Rony chateado.

- Mas não pode ser tão ruim. Harry, é para o nosso próprio bem!

- Tá, eu sei. Ah, quase me esqueci. Rony, você tem que aparecer lá amanhã no mesmo horário que eu. E Hermione, irá só na sexta-feira, às 22h.



A aula de Oclumência de Hermione fora um desastre. O professor vira alguns de seus pensamentos e ela não pôde se defender. Isso a deixou com muita raiva. Contou aos amigos e eles disseram o mesmo. Snape os massacrava na aula sem o menos esforço.

Harry falou que tinha curiosidade em ver o que Snape colocava dentro da Penseira. Ele já vira essa Penseira certa vez, mas quando estavam em posse do Prof. Dumbledore. Rony disse que sentia o mesmo. Já Hermione os repreendeu.

- Vocês são malucos! Imagina se Snape pega um de vocês fazendo isso?

- É… tem esse problema… Mas vamos fazer assim. Quem tiver uma oportunidade, olha e conta aos outros depois, ok?

- Ok! – respondeu Rony.

Hermione não respondeu.

- Hermione… topa ou não?

- Ah, está bem!

Ela aceitou sem imaginar que talvez a oportunidade viesse para ela. E veio.



- Srta. Granger, fique quieta aí e não mexa em nada. Eu vou ver o que o diretor quer de mim. Aproveite e tente manter sua mente vazia. E, dependendo do assunto, talvez eu me demore.

- Tudo bem, professor.

Ele saiu. Hermione se sentou no chão, fechou os olhos e tentou esvaziar a mente, porém lembrou de Harry dizendo para quem tivesse a oportunidade, olhar dentro da Penseira. Ela abriu os olhos e olhou para a bacia que estava em cima da mesa. Sabia que aquilo era errado, mas não se conteve. Ergueu-se do chão.

Hermione olhou para a Penseira, a curiosidade crescendo… Que era que Snape queria tanto esconder?

Se aproximou. O conteúdo da bacia parecia uma névoa azul, ela não sabia dizer. Colocou a mão, mas só sentiu um vento gelado. Teria de colocar o rosto.



(Continua…)


N/A: Era para ser algo intrigante… não sei se obtive sucesso, mas está aí. E acho que o capítulo seguinte está meio previsível… espero que quem esteja lendo esteja gostando. E, please, comments!!

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