Noite de amor
Assim que os dois entraram no quarto, Gina tirou a varinha, e murmurou Abaffiato. Havia aprendido esse feitiço com o próprio Harry e o achava super útil. Virou-se e encontrou ele de pé ao lado da cama, encarando-a.
- O que vamos fazer? Temos que vasculhar a casa dos Gamp toda! – ele exclamou com uma ponta de desespero na voz.
- Eu não sei Harry, mas essa mulher é uma cobra, não vai tirar os olhos de nós dois nem um minuto – disse Gina sentando na cama e soltando os cabelos – não tenho certeza se ela engoliu essa estória de você ter comprado a Estância.
Harry se sentou ao lado dela na cama e apoiou as mãos na cabeça, pensando, enquanto Gina tirava os sapatos e as jóias. “Não podiam errar. Se fossem descobertos a missão iria para o espaço.”
“Os Gamp plantavam árvores. Vendiam madeira para o Olivaras... Era isso! Tinham que procurá-lo, talvez ele pudesse ajudar... Mas não poderiam fazer isso no momento, estavam imersos na missão...”
- Já sei Gina – ele disse se virando pra ela – escute, pensei que...
Harry passou o resto da noite contando o plano para a ruiva, recebendo sugestões e tendo idéias novas para o dia seguinte. Quando terminaram de acertar tudo, já era muito tarde e eles estavam morrendo de sono. Gina apoiada na cabeceira da cama, Harry sentado do outro lado, ao pé, apoiado em um travesseiro. Ela reparou no quarto e percebeu que, como tudo na casa, era decorado em tons de azul. Talvez a família pertencesse a Corvinal. Era um cômodo espaçoso e confortável assim como a cama, que tinha lençóis de linho branco cheirando a lavanda. Como não tinham certeza de que a Sra. Stone os convidaria para ficar, não trouxeram nada, nem roupas.
Após um silêncio em que os dois repassavam os detalhes do plano em suas mentes, ela disse:
- Pelo menos eles acreditam que somos casados de verdade.
Harry encarou-a verdadeiramente pela primeira vez naquela noite, lembrando da fala de Úrsula de que a paixão estava na cara. Gina estava esparramada na cama parecendo cansada, os cabelos ruivos estavam soltos agora, as vestes amarrotadas e levantadas até os joelhos. Ele sabia que não havia sido a intenção dela, mas os pés descalços e lindos estavam exatamente enfrente a ele, e acima dos pés, uma parte das pernas, que ele podia notar, eram pálidas e tinham um formato perfeito: nem finas, nem grossas demais.
Gina estava ali, na cama. Deles? Não, claro que não. Ele nunca a desrespeitaria assim, não deveria imaginar esse tipo de coisa, se Rony soubesse o queimaria vivo e teria toda razão. Estava ali para cuidar dela e auxiliá-la em sua primeira missão importante, só isso. Não poderia estragar uma oportunidade tão boa de ela ser promovida, tinha que se concentrar.
Gina percebeu que Harry devorava suas pernas com o olhar, não de uma maneira vulgar, mas com um desejo quase ingênuo, e tão respeitoso, que a deixava feliz. Era engraçado como ele se esquecia de tudo a sua volta, inclusive parecia esquecer que ela podia vê-lo também. Ela sorriu. Não passou pela sua cabeça nenhuma vez a possibilidade de cobrir as pernas e chamar a atenção dele. Pelo contrário, gostava de provocá-lo, ver o Harry correto e bom moço se descontrolar um pouco. Se fosse qualquer outro homem ali, ela nunca faria isso, pois sabia que ele não faria nada sem a permissão e iniciativa dela. Depois de tanto tempo separados e distantes eles estavam ali, sozinhos, isolados do mundo, tentado ser pessoas que não eram podendo ser verdadeiros e sinceros somente um com o outro, tendo que confiar e se ajudar. Só contava com ele no momento, dependia dele. Estavam correndo perigo. E apesar de tudo isso, ela nunca havia se sentido tão segura quanto agora. Estava com Harry.
Começou a observá-lo também, quase sem querer, seus olhos atraídos pela mágica do momento. Os três primeiros botões da gola dele estavam desabotoados, não mostravam quase nada, mas davam uma aparência ainda mais sexy. A barba por fazer e a cara de bobo ao observá-la eram tão atraentes que ela teve que admitir que de todos seus namorados, Harry foi e ainda era o que despertava maior sentimento nela. Como poderia existir alguém tão perfeito? Lindo, corajoso, cavalheiro, bom caráter, e mais milhões de qualidades, que sua própria mãe sabia enumerar de cor. E ainda era apaixonado por ela. Só uma louca recusaria Harry Potter. Será que era isso que ela era? Louca?
Harry engoliu seco ao ver que Gina havia percebido que ele a observava, e desviou o olhar, encarando a porta. A ruiva não resistiu, não queria que ele sentisse vergonha. Aproximou-se dele e tocou seu rosto, forçando-o a encará-la nos olhos.
- O que está acontecendo com a gente, Harry? – ela perguntou num sussurro. As bocas separadas por meros centímetros.
- Eu não... Não sei Gina – “Assim fica muito difícil se controlar” pensou ele.
As bocas se aproximavam. Harry sabia que era errado. Por que seu coração e seu corpo não obedeciam à mente? Gina tentava se afastar como da outra vez, mas algo mais forte que ela a impulsionava para frente. Ele podia ver os lábios vermelhos e provocantes semi-abertos. Ela segurava o rosto dele com as duas mãos, ele segurava a cintura dela, o contato corporal dificultado pelo fato de estarem sentados de frente um para o outro.
Os lábios se encontraram. O beijo era doce, lento, de quem queria aproveitar cada segundo com calma, ou talvez tivesse receio. Harry sentiu as mãos de Gina deslizando por seu pescoço e parando em seu peito, apoiadas ali. Assim ficaram por um tempo, apenas se beijando, sentindo novamente o gosto um do outro, a textura dos lábios, o perfume.
Apesar da vontade ele não se atrevia a avançar, sabia que se passassem daquilo não conseguiria se controlar mais. Foi Gina quem não resistiu. De súbito ela se colocou de joelhos, ficando mais alta que ele e aproximando os corpos. Passando as pernas em volta dele, ela se sentou em seu colo. Harry nunca havia experimentado nada igual, podia sentir todo o corpo de Gina contra o seu... quente, a pele macia, o perfume floral invadindo suas narinas. O beijo acelerou.
Gina sentia o próprio corpo tremendo. Todas essas sensações eram novas e mais maravilhosas do que ela poderia imaginar. As mãos de Harry estavam em seus quadris agora, e ele a apertava com força contra si, fazendo-a se descontrolar. Ela agarrava os cabelos dele com força, bagunçando-os mais ainda, beijando-o com desejo. Não tinha idéia do que iria acontecer, mas não queria parar. Loucura? Sim, deveriam estar loucos.
Harry deslizou as mãos pelos seus quadris e pelas coxas, parando somente quando encontrou o fim do tecido das vestes e o início da pele alva e macia da ruiva. Parou o beijo, encarou-a, não faria nada que ela não quisesse, mas ela era quem havia começado.
- Posso? – perguntou em uma voz rouca, quase inaudível, enquanto segurava a ponta do tecido, esperando.
- Uhum – Gina não conseguiu dizer mais nada que isso.
Hermione tomava seu café da manhã sozinha na cozinha do apartamento. Estava exausta. Passara a noite de domingo para segunda em claro, pensando, chorando, lembrando.
Afundara-se no trabalho segunda-feira, na esperança de se distrair e esquecer-se dos problemas, das tristezas, de Rony. Querendo apagar de sua memória todas as brigas, todas as confusões. Chegara tarde da noite em casa e encontrara apenas um bilhete de Gina pregado na geladeira, dizendo que começaria a missão com Harry e não tinha previsões de volta.
Agora, além de tudo, ainda tinha que se preocupar com aquela ruiva inconseqüente que ela amava tanto em uma missão perigosa, só Merlim sabe onde. Pelo menos Gina estava com Harry, que a protegeria com a própria vida se necessário, e com um pouquinho de sorte ainda acabariam voltando a namorar. É, pensando bem, Gina estava muito melhor do que ela.
Com um aceno da varinha, encheu não uma xícara, mas um copo inteiro de café forte. Tomou um gole e se dirigiu para a sala com o copo na mão. Ainda tinha vinte minutos para tomar seu café em paz e descansar um pouco.
Enquanto se sentava no sofá e bebericava o café fervente, as mesmas perguntas, ainda sem respostas, que a atormentavam desde que Rony saíra por aquela mesma porta assaltaram sua mente mais uma vez. Deveria ou não contar a verdade a ele? O que aconteceria se contasse? Conseguiria passar a vida inteira longe dele? Será que ele estava sofrendo tanto quanto ela?
Cansada de se torturar com essas dúvidas ela sacudiu a cabeça, se levantou e pegou o Profeta Diário daquele dia, que ela havia jogado na mesinha de centro, sem nem mesmo abri-lo, assim que a coruja entregara. Sentou-se no sofá novamente, tomou mais um gole de café e abriu o jornal. A primeira página estava cheia de coisas banais e sem importância. Depois de tantos anos acostumada a abrir os jornais e encontrar manchetes surpreendentes e aterrorizantes, agora tudo estava tão calmo que até mesmo ler o jornal era algo monótono. Não que ela estivesse reclamando do fim da guerra, mas agora sua vida era sempre assim, sem surpresas, sem emoções, um dia igual ao outro, exatamente como o jornal. Não agüentava mais aquela vida previsível e certa. Queria se arriscar, voltar a viver. E se contasse a Rony?
Mas no fim da página, bem no canto, quase imperceptível, ela viu algo que fez seu estômago revirar. Teve que aproximar o papel dos olhos para ter certeza de que não estava ficando paranóica ao ponto de ver coisas.
Uma foto dele! Rony, feliz, sorrindo, dando autógrafos e acenando? Impossível! Depois de ter dito que a amava, que estava sofrendo e que ELA estava brincando com ele?
Leu o título embaixo da foto: “Ronald Weasley recebido com festa pelo Puddlemere!”
Quando? Antes ou depois de terem brigado? Hermione leu a pequena notícia buscando informações:
Ontem, na sede do antigo e prestigiado time, União de Puddlemere, o novo goleiro contratado para a temporada, Ronald Weasley, foi recebido com festa e ovação dos torcedores.
Conhecido pela sua grande amizade com Harry Potter e por ter lutado ao seu lado na guerra, o rapaz, que fez uma ótima campanha pelos Morcegos ano passado, estava contente e em seu discurso disse que o campeonato esse ano já é do Puddlemere. O time está investindo pesado e apostando em novos talentos.
O elenco esse ano será composto por: Weasley (goleiro), Zabine (batedor), Bole (batedor), Jones (apanhadora), Robins (artilheira), Thomas (artilheiro), Spinnet (artilheira).
Hermione lançou o jornal para longe, com raiva. Na verdade queria que aquele jornal fosse Rony em pessoa. Mas, se fosse ele, ela teria feito em picadinhos antes de atirar na parede.
Então quer dizer que ontem enquanto ela chorava desesperada, preocupada com a situação dos dois, preocupada com ELE, simplesmente Rony foi a uma festinha e se divertiu como nunca? Com certeza dando atenção a todas as torcedoras do time?
Não iria se preocupar nunca mais com ele, nunca mais sofreria por ele, nunca mais gastaria suas horas de sono com aquele ruivo insensível que não dava à mínima pra ela. Levaria para o túmulo o segredo. Era melhor assim. Não deveriam ficar juntos, tinha que esquecer aquele que a fizera mais feliz em toda sua vida. Mas que a fizera mais triste também.
Levantou-se decidida. Pegou seu avental verde claro do St. Mungus que estava na estante e o vestiu. Colocou a bolsa no ombro, pegou o copo de café e saiu do apartamento batendo a porta.
Gina revirou na cama, acordada pelo frio e a brisa gelada que tocavam sua pele. Estava descoberta. Sem nem ao menos abrir os olhos, apalpou o colchão a sua volta procurando algo para cobrir-se e aquecer-se. Suas mãos encontraram a ponta do lençol. Puxou. Ele não veio. Parecia preso a alguma coisa. Abriu os olhos finalmente com intenção de ver onde estava preso o lençol. Levou um susto que lhe tirou todo o ar dos pulmões. Harry estava deitado ao seu lado. As costas dele estavam completamente descobertas, o lençol enrolado na cintura. Dormia como um anjo. Ela se lembrou da noite anterior e sorriu. O sorriso se alargou quando os detalhes lhe vieram à mente também: o carinho, os beijos... Não era mais virgem... Harry havia sido seu primeiro, como ela sempre sonhara na adolescência. Talvez sempre soubesse que teria de ser ele. Quase saiu pulando de felicidade, gritando para quem quisesse ouvir. Conteve-se, apenas sorrindo. Não queria acordá-lo. Acariciou os cabelos rebeldes dele com carinho e cuidado.
Foi quando notou que estava completamente nua também. Viu as vestes que usara no dia anterior jogadas no chão ao lado da cama. Não tinha mais roupa nenhuma! O que faria agora? Quando começou a se levantar da cama, desesperada, um braço a enlaçou pela cintura puxando-a com força.
- Aonde você pensa que vai com essa pressa? – Harry sussurrou em seu ouvido, fazendo-a beijar-lhe a boca suavemente.
- Não sei se o senhor notou, mas estamos sem roupas – disse ela irônica, sorrindo como nunca e beijando suavemente a boca dele.
- Acho que já notei isso. Pra ser mais exato, notei ontem à noite – disse ele rindo também e abraçando-a de modo que ela ficava presa a ele, como se tivesse medo que ela realmente saísse correndo.
- Não estou falando de estarmos nus, Harry – ela conseguiu soltar-se dele e saiu da cama, completamente nua, dando a ele uma visão privilegiada de suas costas e bumbum, depois colocando a calcinha que encontrou jogada no chão com um pouco de vergonha – estou falando que não temos roupas para vestir.
- Claro que temos – disse ele sentando na cama e admirando cada pedaço do corpo dela que a escuridão e urgência da noite anterior não o haviam deixado apreciar – abra o guarda-roupa.
Gina encarou-o desconfiada e curiosa, enquanto ele se apoiava na cabeceira da cama relaxado e pensava que poderia passar o dia ali, gravando cada curva do corpo da ruiva em sua mente. Não conseguia acreditar no que estava acontecendo, tudo havia sido rápido demais: em um momento eles eram apenas os bons amigos que não se viam há anos, agora estavam assim... Namorados? Amantes? Um caso?
Se dependesse dele seriam no mínimo namorados. Mas ainda não sabia o que ela queria, não haviam conversado sobre isso, ou melhor, não haviam conversado sobre nada. Mas ele sempre teve certeza que a amava com todas as forças, e agora poderia admitir e gritar para quem quisesse ouvir!
Lembrou-se de uma coisa que o inquietou: Gina era virgem. Não sabia do medo que tinha de ela não ser até descobrir que ela ainda era. Não conseguia explicar o alívio que sentira. A idéia de que outro homem já havia tocado aquele corpo que agora era tão seu, tão familiar, provado daquele prazer doce e enlouquecedor seria insuportável.
Ela o escolhera como seu primeiro, isso significava que ela gostava dele também. Mas quanto? Seria suficiente para ficar com ele para o resto da vida? Se fosse tanto quanto ele gostava dela, formariam o casal mais apaixonado do mundo!
- Harry? Esta me ouvindo? – perguntava a ruiva, com ar de quem acabara de repetir aquela pergunta várias vezes, enquanto vasculhava o guarda-roupa.
- Ahm? Estou – disse ele voltando sua atenção para ela.
- Pode me contar o que estava pensando aí tão distraído? – perguntou ela com uma voz maliciosa, aproximando-se novamente.
- Posso até mostrar se quiser – ele respondeu puxando-a para a cama e rolando para cima dela. Os dois gargalharam felizes.
Gina beijou-o com paixão, tirando o lençol, que cobria as pernas dele, com os pés. Os dois pararam de se beijar para se olharem nos olhos, sérios. Queriam dizer somente com aquele olhar o quanto estavam felizes, o quanto um era importante para o outro, o quanto sonharam com aquele momento. Os olhos castanhos dela que ele nunca havia esquecido. Doces e fortes ao mesmo tempo. Os olhos verdes dele de quem escondia um homem amável e carente por trás do salvador do mundo.
Harry não se contentou somente em olhar, acariciou os cabelos dela com carinho e repetiu o que dissera uma vez durante a noite:
- Eu te amo Gina.
Viu a garota sorrir, enquanto uma lágrima de felicidade rolava pelo canto do olho dela, descia até os cabelos e sumia em meio ao fogo. Enxugou-a com um beijo carinhoso e voltou a encarar a mulher da sua vida.
- Eu também te amo Harry – ela disse com a voz embargada.
Os lábios se encontraram mais uma vez.
Hermione estava sentada em sua mesa no escritório do St. Mungus. Era quase hora do almoço, mas nem o sol brilhante e o dia bonito lá fora a faziam ter vontade de sair para almoçar. Analisava silenciosa os papéis a sua frente. Eram sobre o projeto de Malfoy. A função que ela teria no hospital se aceitasse o emprego, os benefícios, o salário. Estava tudo ali, detalhado. Ele mandara uma coruja a ela, como havia prometido.
Após ler tudo com atenção percebeu que a proposta era realmente boa. Precisaria trabalhar apenas meio horário, três vezes por semana e poderia fazer suas pesquisas lá também e com maior recurso financeiro. Isso acabaria com a burocracia que ela era obrigada a enfrentar no St. Mungus e aceleraria todo o processo. Poderia levar seus estagiários, que receberiam um ótimo salário também.
Valia à pena recusar? Prejudicar tantas pessoas só por um capricho de não querer trabalhar para Draco? Prejudicaria as pesquisas e os possíveis bruxos que viessem a contrair doenças trouxas, tiraria de seus estagiários a oportunidade de mais experiência e um salário maior? Ela mordeu o lábio inferior, pensativa, enquanto girava na cadeira.
Seu pensamento voltou-se para o dia do seu aniversário, quando Malfoy primeiramente fizera a proposta. Rony ficara furioso com a presença dele. Talvez a pessoa capaz de despertar maior ciúme no ruivo fosse Draco.
Era sua chance de pagar na mesma moeda, fazer Rony perceber que ela também não se importava.
Trabalho a mais nunca havia sido problema, conciliaria os dois. Empertigou-se na cadeira, puxou pergaminho, pena e tinta de dentro de uma gaveta e começou a escrever uma carta. Pediria a um de seus estagiários para enviá-la a Malfoy assim que chegassem do almoço. Nela dizia que aceitava a proposta, mas impunha de maneira taxativa que só trabalharia o necessário e que sua pesquisa estaria sempre em primeiro lugar.
Rony entrou no boxe e abriu o chuveiro na água gelada. Sentiu todo o corpo estremecer com o prazer e alívio que ela trazia enquanto limpava o suor e esfriava a pele. Estava no vestiário e acabara de sair de um treino super exaustivo. Mesmo tendo ficado apenas algumas semanas sem jogar, perdera quase todo o preparo físico e cada músculo doía agora.
Passou as mãos nos cabelos e no rosto, deixando a água correr livre por eles, respirando fundo e tentando relaxar.
O treino não fora, de todo, ruim. Tirando a parte de ter que agüentar o idiota do Bole e o metido do Zabine querendo mandar no time e irritá-lo, tudo saíra perfeito. Voara como nunca e mostrara a todos eles o porquê de sua fama na Irlanda. Tinha muito mais moral com os outros jogadores e era muito mais inteligente em suas jogadas do que Zabine, que por enquanto era capitão. Levara apenas um gol de Alicia e outro de Demelza.
Por falar nela em Demelza, percebera alguns olhares estranhos dela para ele desde que voltara da Irlanda. Demelza era uma morena baixinha, muito simpática, mas nem tanto bonita quanto certa pessoa que insistia em não sair de sua cabeça. Se estivesse mesmo querendo alguma coisa a mais com ele seria melhor desistir, não deveria esperar nada além da amizade do ruivo.
Desligou o chuveiro e saiu. No vestiário encontrou apenas Dino, sentado em um banco e calçando suas meias. Ele vestia uma roupa comum entre os trouxas jovens: camiseta justa, calça jeans e um tênis enorme e chamativo. Rony sabia que Dino era chegado a festas e mulheres trouxas, talvez esse fosse o motivo da roupa.
- Bom treino Rony – ele disse batendo sua mão na do colega, o que fez um estalo impressionante.
- Foi sim – disse Rony cansado – Zabine e Bole já foram?
- Graças a Merlim – respondeu Dino acabando de calçar os tênis e se levantando – Ouça o que eu te digo: você vai virar o capitão rapidinho, os torcedores vão exigir isso. Goleiros geralmente são ótimos capitães.
Rony apenas sacudiu os ombros, tentando não parecer tão otimista e convencido, mas tendo certeza de que Dino estava certo.
- Quer dar uma volta? – perguntou Dino.
- Hoje não, cara – respondeu o ruivo terminando de secar o corpo com a toalha e começando a vestir a roupa – esse treino acabou comigo, acho melhor ir pra casa descansar.
- Qual é Rony? – perguntou Dino rindo – cadê sua disposição com as gatinhas?
- Ultimamente essa disposição anda abaixo de zero – respondeu amargo.
- Quem te deu um pé na bunda? – Dino ria mais ainda.
- Sem gracinhas. Acho melhor mudarmos de assunto – disse Rony sério.
- Ok. Vou indo então. Sorte com ela.
Dino saiu do vestiário deixando Rony sozinho e nervoso. Sempre tinha alguém pra lembrar o que ele lutava pra esquecer, alguém pra colocar o dedo na ferida. Mas o melhor a fazer agora era ir pra casa, ficar sozinho. Terminou de se arrumar, juntou suas coisas e saiu.
N/A: Capítulo surpresa pessoal!
Incrível como a parte de romance é mais fácil de escrever!
Saiu rapidinho, assim deu pra eu matar a curiosidade de vocês... E deixar um pouco curiosos ainda (eu espero).
Amei escrever a cena Harry e Gina! Os dois são tão incontroláveis e perfeitos juntos! Paixão e amor! Aiai... *Ana suspirando*
Continuem comentando!
Votem!
Bjoo
Ana Fuchs
Resposta aos comentários:
THAIS DOMINGOS DOS SANTOS RODRIGUES: Eu também gostei de Harry e Gina trabalhando juntos. Claro que eu amo o trio, mas agora acho que é a vez dela de ter o Harry só pra ela. Tem todo o direito, né? A Mione sumiu no outro capítulo sim, mas é porque quis colocá-la nesse, onde ela teria mais ação. Espero que tenha gostado da “noite” H/G! Bjo Thais!
Cici: Oi Cici! Que bom que você está gostando! Continue acompanhando! Bjo!
Lirio: Muito obrigada Lirio! Gostou desse capítulo também? Espero que sim!
Drika Granger: Gosta de H/G Drika? Acho que esse foi um prato cheio pra você! Espero ter correspondido suas expectativas! Bjoo
Pandora Potter: Muito obrigada! Gostou desse capítulo?
LUISÂO (Luis H. R. Almeida): Também amor o Rony jogando quadribol! Acho a cara dele! E desculpa pela outra fic que esta as moscas Luis, prometo atualizar em breve. Bjo
Saula Guerra Braga: Uau Saula! Que comentário enorme!! (Amo comentários enormes). Muito obrigada! De coração! Nem sei se eu mereço tanto. Também amo R/H! Eles são lindos né? Espero que continue acompanhando e comentando! Bjão!
Tonks Butterfly: NC? Confesso que cheguei a escrever uma noite assim para esse capítulo... Mas por a fic ser livre e por conselho da minha beta, cortei essa parte. Quem sabe eu não posto separadamente? Vou pensar na idéia Tonks! Bjão!
Rayane de Castro Guedes: Obrigada Rayane! Não demorei muito, né?
suhet: Postei! Gostou?
Renata Freire: EU sou um pouco má mesmo... rsrs. Mas nem demorou muito! Espero que tenha gostado Renata! Bjo
Danielle Cristina Pereira: Acho que realizei seu desejo! Gostoi da parte H/G?
Kissy Slytherin: Oi Kissy! Todo mundo está amando a capa! Depois você volta aqui pra ler a fic. Bjo
Agatha Mingorance Pinheiro: O capitulo está aqui!
patty anjinha fic: as mesmas perguntas: Oi Patrícia! Nossa! Muito obrigada mesmo! Continue acompanhando! Bjo
Daniela Paiva: Matei sua curiosidade? Bjo
Lau Brambilla: É, a Demelza vai dar encima do Rony. Mas também, quem resistiria aquele ruivo? Espero que você tenha gostado desse capítulo Lau! Estou amanado sua fic de paixão! LEIAM A FIC DA LAU PESSOAL!!!!! Bjo!
Siminie Weasley: Oi Siminie! Gostou desse também? Continue por aqui linda! Sempre bem vinda! Bjo
And GW: Oi And! Muito obrigada! Estamos em um momento H/G total agora! Não demora pra atualizar sua fic, e me avisa! Bjo
*Mari Granger*: Oi Mary! Obrigada! Bjo
Expert2001: Obrigada Expert!
Juliana Dias Erthal: Oi Juliana! Também prefiro os capítulos de romance! Espero que esse tenha te agradado mais então! Bjo
May Weasley¹²: Obrigada May! Acho que você me desejou tanta inspiração que o capítulo veio rapidinho! Espero que esteja a seu gosto! Bjo
#Belle Sarmanho#: Oi Belle! Sumiu? Senti sua falta viu! Muito obrigada pelo comentário e pelos elogios, fico muito feliz que esteja gostando! Continua comentando e dando sua opinião, sempre bem vinda aqui! Bjo
Ann Ross: Oi Ann! Primeiro eu gostaria de dizer que concordo plenamente com seu comentário na minha outra fic. Ela me ajudou a amadurecer a escrita e me preparar para essa, talvez eu a reescreva mais tarde. Ah... Bom, eu também não gostei do Rony ter esquecido a Mione, mas ele estava realizando o sonho da vida dele, e por mais que ele tentasse, ela não saiu da cabeça dele não, só foi esquecida por dois minutinhos. E eu amo ser má, mas H/G não demorou muito, e saiu mais do que eu planejava, os dois são incontroláveis! Continue acompanhando e comentando! Bjo
(ಌ)Cherry: Que bom que gostou do outro Cherry! Esse aqui é bem mais descontraído... Espero que tenha gostado também! Bjo
Bela Black: Obrigada! Sua continuação está aqui!
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