Parte I
Prólogo
“Andem logo, seus inúteis!” uma voz sibilante, do tipo assustadora, parecia muito próxima.
“Ah... bem, milord...” um homem, entre os outros quatro ou cinco, todos cobertos por uma longa capa negra, parecia relutante, apesar da voz grossa.
‘Grossa e vagamente familiar’ pensou Harry.
“O que, exatamente estamos procurando?” finalmente perguntou o homem.
“Poder.” Respondeu o primeiro que falara.
Era Voldemort. ‘Voldemort...’ Harry tentou dizer, mas não conseguiu. De sua boca, no entanto, outras palavras surgiram, outras palavras numa voz diferente da dele próprio. “O poder que me permitirá acabar de uma vez por todas com meu último empecilho.” E o grifinório sentiu seus ombros balançarem num pequeno riso maléfico.
Estavam num local completamente escuro. Ele tentou olhar em volta, fazer um reconhecimento. Porém, controlar-se não era possível. Ela não era mais Harry, mas sim um vilão determinado que andava a passos firmes e rápidos em direção ao fim do corredor feito de pedras.
“Harry!” o rapaz escutou seu nome. Parecia um sussurro, mas era um sussurro assustado. “Harry!” mais uma vez, numa voz diferente. Feminina como a primeira eu um pouco mais alta.
Ao contrário do que desejava, Harry continuava a andar com afinco.
O fim do corredor se aproximava, já que a, lustrosa de umidade e extremamente escura parede se aproximava mais e mais.
Harry, acorda cara!” ‘esse é o Rony?’ o moreno se perguntou.
A seguir, tudo aconteceu muito rápido. E o que mais ficou gravado na memória dele, foi a sensação de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Como quando se acorda lentamente de um sonho que antes parecia muito real.
Harry sentiu que seus pés pisavam cada vez com menos firmeza no chão escuro, e em suas costas, uma pequena dor se alastrava. Quando a escuridão que havia em sua volta ficou ainda mais embaçada e turva, ele sentiu uma estranha sensação quente sobre o corpo, e viu um reflexo avermelhado sob as pálpebras.
Finalmente abriu os olhos, sentindo a cabeça latejar.
Primeiro viu o céu azul brilhante logo acima. O som de uma irritante cigarra ao longe chegou aos seus ouvidos, e então aquelas vozes de novo.
“Harry, você ta bem?” ele viu Hermione logo acima de si. Ela estava de ponta cabeça, o rapaz pode notar as linhas de preocupação no rosto dela se acentuarem.
“Ele vai ficar bem, sei que vai.” agora era Gina quem falava. Ela não estava de ponta cabeça, mas tinhas os olhos brilhantes de preocupação.
Quando duas cabeças idênticas e vermelhas como pontas de fósforos se juntaram à de Hermione, Harry se lembrou o que tinha acontecido.
‘O balaço.’
Estava jogando quadribrol com os Weasley, n’A Toca quando avistou o pomo de ouro. O perseguindo, dando uma finta, mal teve chance de sentir dor na cabeça, antes de ter o chão às costas, e o balaço caindo ao seu lado, depois de ter batido violentamente contra sua cabeça.
Harry se levantou, ainda um pouco zonzo, mas bem. Olhou para as expressões aflitas de Hermione e Gina “Eu to bem...”
“Tem certeza?” ouviu a ruiva perguntar.
“Toda.”
Ele praticamente sentiu o alívio de todos em volta de se dissipar, como bruma ao sol.
Se levantando, ele viu Jorge e Fred, o olhando, preocupados. Quando se endireitou e sorriu, mostrando que estava tudo bem, os dois pularam de alegria, deixando Harry intrigado.
Rony lançou aos irmãos um olhar de fúria. “Não adianta seus imbecis. Essa manobra é uma grande falha, vocês não podem acertar a cabeça do apanhador todas as vezes, e quem garante que vocês vão ver o pomo antes dele? Preocupem-se com os artilheiros!”
Os gêmeos olharam para o irmão quase com desprezo, mas admitiram “Certo, a idéia precisa de algumas melhorias, mas não exagera!”
Rony se virou para o amigo “Não liga pra esses dois não, eles usam qualquer um como cobaia...”
“Qualquer um não!” exclamaram os dois juntos “Apenas aqueles altamente qualificados.” Afirmou Jorge, e Fred completou “E que não saibam bater, gritar ou azaram...” e os dois trocaram um olhar cúmplice antes de terminar “Como a Gina, a mamãe ou a Hermione!”
As duas garotas, que já estavam com raiva dos dois pelo balaço assassino em Harry, partiram para cima deles com perjúrios e tapas, no mínimo, doloridos.
Rony começou a rir da perseguição que se seguiu, mas, olhou para Harry, que não ria, e tinha uma das mãos na cabeça, parecendo pensativo.
“Ei, tudo bem cara?” o ruivo perguntou, e viu o outro levantar as sobrancelhas, levemente assustado.
“Claro, ta tudo bem, mas...” o apanhador viu o amigo ficar interessado e apreensivo ao mesmo tempo. “Ah... não é nada importante, depois a gente fala sobre isso...”
Rony deu de ombros, estranhando.
Harry achou que o amigo fosse ficar preocupado o resto do dia, mas quando, logo depois ele começou a tentar alcançar e segurar um dos irmãos para que Gina o acertasse, lembrou que estava falando com Rony, não com Hermione.
***
“Mas Gina, eu não acho que...”
“Esquece Mione!” a ruiva interrompeu a morena, enquanto a arrastava pelas estreitas escadas d’A Toca.
“Talvez não tenha sido nada. Por isso ele não se explicou!” Hermione tentava convence-la, mesmo não estando ela própria muito convencida.
“Não importa. Vou lá, e vou perguntar.” Gina parou para olhá-la nos olhos, mostrando toda sua determinação grifinória, o que era completamente desnecessário já que Hermione sentia todo esse sentimento da amiga em seu pulso, nas marcas de dedos que devia ficar. “E você vai comigo!” completou a outra, puxando-a mais alguns metros. Até a porta do quarto do irmão.
Ela bateu com tanta força que a morena pensou em segurar a porta. A voz de Rony surgiu abafada de lá de dentro. “Quem é?”
“É a Gina, Rony.” Ela respondeu.
“Vá embora!” o irmão gritou em retorno.
A ruiva mudou de expressão rapidamente, ficando furiosa. E apertou mais ainda o braço da amiga, que ainda segurava, com medo de ela ‘escapasse’. Hermione percebeu que teria q fazer alguma coisa.
“Eu também to aqui Rony...”
Houve um minuto de silêncio, como se o ruivo se decidisse, e após alguns segundos a porta se abriu.
As duas adentraram o aposento com uma rapidez que espantou Rony, que por pouco escapou da porta que a irmã, propositalmente ou não empurrou na direção do seu nariz.
Hermione, que conseguira se soltar, esfregava o braço olhando para a outra.
Harry, que estava deitado em sua cama, jogando uma bola de borracha vez atrás de vez na parede, enquanto conversava com o amigo, sentou-se, olhando para as duas.
“Então, você não vai dizer por que falou aquilo?” Gina perguntou a ele, com certa urgência.
Harry olhou de uma a outra.
Hermione, um pouco atrás de Gina, balançava a cabeça, movendo os braços freneticamente. O garoto deve ter expressado sua confusão, já que a caçula Weasley se virou para a morena rapidamente. Hermione, por sorte, parou de tentar dizer algo a Harry a tempo, e olhou inocentemente para os dois.
Rony parecia entediado, olhando para um de seus inúmeros postes do Chudley Canyons.
O moreno não entendeu se não era para ele falar nada ou se ela não tinha nada haver com isso, porém, de qualquer forma não havia entendido nada.
“Porque você disse aquilo, quando o balaço te acertou...” Gina perguntou mais uma vez, entendendo errado o silêncio do amigo. E Harry não sabia se sentia mais confusão ou não.
O rapaz olhou para fora, onde o pôr do sol já havia terminado, e o início de um calafrio veio subindo pelas costas dele, mas afastou a sensação, se perguntando se havia falado algo sobre Voldemort. A expressão de Gina respondeu por ela.
Ela e Hermione foram as primeiras a chegar perto de Harry depois que o balaço o nocauteou, e escutaram, claramente uma palavra escapar dos lábios do rapaz.
‘Voldemort...’
O menino-que-sobreviveu decidiu contar tudo aos amigos, explicando à Gina o que havia acontecido no ano anterior. Desde o sonho com Rabicho e o Lord das Trevas num casarão velho, até a volta com o corpo de Cedrico até o campo de quadribol modificado para o Torneio Tribruxo.
Hermione insistiu que Harry deveria estar praticando oclumência, enquanto Rony lançava seus característicos comentários assustados. Gina ficara estranhamente calada durante toda a conversa, provavelmente se lembrando de seu primeiro ano em Hogwarts, pensou Harry.
Quando todos foram para suas camas após o jantar e alguns gritos da Sra. Weasley, as compras para o ano letivo que seriam feitas no dia seguinte, no Beco Diagonal, não pareciam mais tão empolgantes. Quando os quatro jovens pensaram em tudo que poderia acontecer, e em tudo que já havia acontecido, uma apreensão tomou conta de seus corpos, numa sensação quase física, antes de forçarem a calma e finalmente fecharem os olhos, se obrigando a dormir.
***
Naoku se aproxima da plataforma 9 34, cuidadosamente, observa por todos os lados, nenhum trouxa a está observando, toma impulso e chega ao Expresso de Hogwarts.
Ao longe, avista seu grupo de amigas conversando alegremente;
“ Oi pra todo mundo! Como vão vocês? “ Cumprimenta se aproximando.
“ Tudo, e você?” responde uma delas.
“ Tudo bem!” e elas passam a jogar conversa fora, comentando sobre as férias. Apesar das muitas corujas que não deixaram de trocar.
Elas são cinco, e desde o primeiro ano em Hogwarts, partilham do mesmo quarto do salão comunal da Corvinal.
Amy, muito boa em feitiços de proteção, uma menina espontânea, divertida e até que falante demais. Yuna, ótima em Herbologia, adora livros dessa matéria, muito divertida e inteligente. Lana, boa em Runas, tem um certo toque para Poções, inteligente e bonita, é a mais recatada do grupo. Karolin, muito boa em Poções e adora voar, inteligente, bonita e esperta, uma boa amiga e divertida. E Naoku, também inteligente, adora ler e é muito boa em feitiços e azarações, gosta muito da aula de Trato de Criaturas Mágicas com Hagrid e adora voar, junto com Karolin faz parte do time de Quadribol da Corvinal, Naoku Artilheira e Karolin Goleira.
Ainda conversando, tomam para si uma cabina no fim do trem, no meio da viagem alguém bate a porta.
“ Oi Zell, tudo bem?” cumprimenta Yuna o recém chegado.
“ Tudo bem, como foram as férias de todos vocês? Bem, tirando as da Naoku, que eu já sei como foram. ” disse Zell sentando-se próximo da porta.
“ Eh... vocês passaram as férias juntos?” perguntou Amy, e logo se arrependeu, pois levou uma cotovelada de Lana que estava ao seu lado, de como quem diz ‘ Discreta você, hein? ‘
“ Não, mas nos vimos bastante. “ respondeu ele.
Naoku corou um pouco depois disso, eles se conheciam há muito tempo, fizeram a escola primária juntos, o pai de Naoku é trouxa, então ela aprendeu a ler, escrever e os conceitos básicos da matemática na escola trouxa, os pais de Zell, apesar de ambos serem bruxos, não tinham tempo de o ensinar a escrever, então o colocaram na escola trouxa, onde conheceu Naoku. Foi uma surpresa para os dois quando se encontraram em Hogwarts. Só ficara um pouco tristes no inicio por não terem ficado na mesma casa, já que Zell é da Grifinória.
“ Passamos as férias em casa mesmo, então como moramos perto um do outro “ explica Naoku “ saímos alguns dias pra conversar “.
todos conversam, até que novamente alguém bate a porta.
“ Zell! Sabia que iria te encontrar com suas amigas da Corvinal! ” comenta um menino que, acompanhado por outros três colocaram as cabeças para dentro da cabina ” Olá, como vão vocês? ” termina ele para as meninas, todos eles são da Grifinória.
“ Zell, precisamos de vocês, pra terminar ‘aquele’ assunto. “ fala outro.
“ Tudo bem, já vou indo “ começa ele se levantando, e se virando para as meninas “ Bom, então eu vejo vocês na escola, tá? “.
“ Tá bom. “ se despedem dele.
Eles sai, fechando a porta, e estranhamente, elas ficam em silêncio. Até que mais uma vez alguém bate a porta.
“ Oi meninas, tudo bem? Posso ficar aqui com vocês? Todo o resto do trem tá lotado! “.
É Carla, uma menina da Corvinal, conhecida das meninas.
“ Claro que sim! “ diz Lana, mesmo não gostando muito da idéia.
Novamente elas ficam em silêncio, até que Naoku olha para o relógio pela enésima vez, se levanta e diz.
“ Ah... eu não sei se eu disse pra vocês mas... eu recebi uma carta de Hogwarts, que diz que eu sou monitora... “ elas são quintanistas.
“ O que? “ exclamaram Amy e Yuna juntas.
“ É... parece loucura, né? Eu MONITORA, não combina!? ” diz Naoku.
“ Ah... certo, mas que bom que você é monitora! “ diz Karolin, realmente feliz por ela, como todas as outras. Talvez,Carla faz uma expressão esquisita enquanto ouve tudo aquilo.
“ É... e agora eu tenho que ir, a primeira reunião é daqui a pouco, e eu ainda tenho que me trocar “ diz Naoku, pegando seu uniforme e abrindo a porta “ Tchau! “ se despede e sai.
Naoku colocou seu uniforme e se dirigiu até uma das primeiras cabines do trem, destinada para a reunião, ela carregava o distintivo na mão, não no peito como viu os outros fazerem no corredor.
Entrou na cabine e se sentou, enquanto observava todos na sala tentando recordar nomes. Pansy Parkinson, uma Sonserina metida, Ernie Macmillan e Anna Abbott da Lufa-Lufa, dois grifinórios, Hermione Granger ‘ Talvez eu devesse perguntar a ela sobre... não ela vai achar que sou louca! Esquece! ‘ pensou ao ver Granger ao lado de Ronald Weasley, olhou mais adiante e viu Draco Malfoy. ‘ Não!!! Esse idiota não! ‘ pensou com desgosto. ( pensou que o Draco só enchia os grifinórios? ) O outro monitor da Corvinal é Anthony Goldstein, é sempre um menino e uma menina por cada ano, o quinto, o sexto e o sétimo anos, de cada casa.
Na cabine onde se encontravam as amigas de Naoku, elas conversavam.
“ Então Karolin, você sabe se a Naoku aprendeu aquele feitiço de proteção que eu inventei?” perguntou Amy.
“ Conseguiu sim! Só faltava ela pra aprender não é? “
E todas concordam com a cabeça, o feitiço é uma variação do feitiço Protego, que ao invés de repelir o ataque, só o anula, para treinar duelos, Protego pode ser muito perigoso para as pessoas que estão assistindo.
Carla, ao ouvir isso, com os olhos arregalados, pergunta
“ Vocês fazem magia fora de Hogwarts? Mas... não pode, é contra a lei! “
“ Nós nunca fomos pegas, ainda não temos idade, mas achamos um jeito de passar o ministério pra trás, e você sabe disso, te ensinamos como, no ano passado ! “ responde Karolin, espantada com a falta de memória da outra.
“ Ah! Ãh... é... claro! Me esqueci! “ se enrola Carla.
“ Que estranha ! “ diz Amy para as outras, só movimentando os lábios.
Todas no final do terceiro ano, pesquisaram em vários livros e até na seção reservada da biblioteca de Hogwarts um feitiço para isso, não o encontraram em lugar nenhum, então resolveram fazer um.
Inventaram um feitiço parecido com o do Ministério da Magia, em que a varinha de cada uma tinha um pergaminho, e cada feitiço lançado por elas era escrito nele, treinaram o ano inteiro, conseguiram enganar o próprio encantamento, e também o do Ministério.
Nas férias do terceiro para o quarto ano, se encontraram e fizeram o teste, deu certo, pois nenhuma delas recebera uma coruja do Ministério, e agora, dois anos depois elas usam isso para treinar e criar novos feitiços nas férias, Amy de proteção e Naoku de ataque e todo tipo de azarações, depois de inventá-los elas compartilham com suas amigas, e todas sabem um grande número de feitiços.
O resto da viagem delas foi um tanto silencioso, cada uma perdida em seus pensamentos.
“ Então, como foi a reunião dos Monitores? “ pergunta Yuna para Naoku no jantar, elas só se encontraram agora.
“ Foi... sei lá, normal. Acho que vocês sabem que eu não tô muito empolgada com isso, não é?”
“ É, você não faz o tipo ‘ certinha ’ “ diz Amy.
“ Com certeza “ começa Naoku “ se fosse a Lana ou a Karolin tudo bem, mas eu não... é loucura demais! “
“ Também não é pra tanto, você tem notas boas. E não é tão bagunceira quanto parece. “ observou Lana.
Naoku ia dizer algo, mas todo o salão ficou em silêncio, Dumbledore vai começar seu tradicional discurso.
“ Bem vindos novos alunos! “ disse para os alunos do primeiro ano “ E... bem vindos de volta para os velhos alunos!”
“ Como sempre, não hesito em avisar que, como diz o nome, a Floresta Proibida é, terminantemente proibida a todos os alunos. Um aviso aos novos alunos, todos devem estar em seus salões após as vinte e uma horas. E para todos, o zelador Argos Filch me pediu para avisar que a lista de objetos proibidos nos parâmetros da escola está maior este ano, os interessados devem ir lê-la na sala do próprio. “
Depois do sempre presente e quase sempre igual discurso do diretor, todos terminam o seu jantar e dada a hora, os alunos se dirigem para seus Salões Comunais. Naoku teve de ajudar os primeiranistas a achar o caminho. Chegando a porta do Salão Comunal Corvinal.
“ Rúbio Córneo Norueguês “ disse a senha e os explicou tudo o que devia.
Depois do dever cumprido, foi sentar-se em uma poltrona que ficava de frente para uma enorme janela com o símbolo da sua casa feito na vidraça. Um grande corvo negro em um fundo azul, logo abaixo, o desenho de um pedaço de pergaminho na parede, onde se lê em letras também negras, Corvinal.
O Salão é todo de pedras em tom cinsa-azulado. É uma sala circular, onde no centro há um enorme pilar que acaba em cinco lareiras, cada uma virada para um lado da sala e encostadas umas nas outras. As cortinas são azuis, e para onde se olhe, há livros. Estantes e mais estantes tomam conta do local, estantes, poltronas confortáveis e mesas. Rowena Corvinal, acreditava que só os mais inteligentes tinham o direito de estudar em Hogwarts, então as pessoas dessa casa, têm a tendência de serem esforçadas no estudo e muito espertas.
Naoku esta cansada demais para ir chamar suas amigas, mas sabe que logo elas descerão e assim poderão conversar a vontade, já que a maioria dos alunos já foram se deitar.
“ Mas que lugar é esse...? “
“ Naoku! “
“ Quem está me chamando? “
“ Eu! “
Naoku está em um dos corredores de Hogwarts, está sentada no chão.
“ Granger, o que você faz aqui? “
“ Tentando te salvar! E é Hermione! “
Naoku tenta se levantar, mas se arrepende disso, todo o seu corpo está doendo e descobre que talvez seu braço esquerdo esteja quebrado.
“ Ora, garota insolente... “ a estranha voz de mulher vinha de algum lugar à frente das meninas, mas Naoku não conseguia distinguir de onde.
“ Você achou mesmo que iria me derrotar sozinha? “ continua a voz cada vez mais perto “ Confesso que me deu algum trabalho, e essa Sangue-ruim enxerida também, mas agora acabou tudo pras duas. “
Naoku olhou para Hermione Granger ao seu lado e notou que ela também estava muito machucada, tinha um corte na têmpora, vários arranhões como ela própria e um profundo corte no ventre, no qual ela pressionava uma das mãos tentando inutilmente estancar o sangue.
“ Vocês não me perturbarão mais... ”
Agora a mulher que falava apareceu da escuridão e Naoku pode vê-la. Era uma mulher alta, pálida como marfim, com cabelos muito negros e lisos, seus olhos eram malignos. Trajava vermelho e negro, segurava firmemente sua varinha, a apontou para o coração de Naoku e gritou.
“ AVADA KEDRAVA! “
Uma intensa luz verde, uma dor excruciante e depois...
Escuridão.
“ Naoku! Naoku... Naoku! “
Naoku sentia o seu corpo todo tremer, e o grito da maldição imperdoável ecoando em seus ouvidos com tanta intensidade quanto à dos seus batimentos cardíacos.
Se levantou da poltrona onde estava e olhou em volta, suas amigas a olhavam espantadas, com o olhar de quem espera uma resposta para uma pergunta óbvia.
“ Foi só um... pesadelo... “ responde sentando-se de novo.
“ É deve ter sido ‘O‘ pesadelo por que você tá meio estranha! “ exclama Karolin se ajoelhando ao lado da poltrona onde Naoku está, preocupada com a amiga.
“ Não foi... tão ruim assim. “ explica ela. “ Só foi... mais real que os outros! “
“ Por que? Você vem tendo muitos pesadelos ultimamente? " pergunta Yuna
“ Não, não ‘muitos’, mas esse eu já tive algumas vezes. “ fala Naoku com naturalidade “ Eu não dou muita atenção a eles. Só que dessa vez, foi mais real. Não sei, talvez seja por que eu estou em Hogwarts... “ indaga confusa.
“ Por que, o pesadelo acontece aqui? “
“ Sim. “
“ E como é? “ pergunta Lana.
“ Ah... não é nada demais, é só um pesadelo, muito besta por sinal! ” foi a resposta.
“ Você não quer contar, não é? “ diz Amy.
“ Não é ‘ não querer ’ contar, eu simplesmente não acho que tem importância o suficiente nisso, pra eu contar pra vocês! “ explica.
“ Bom, então, vamos dormir? Já estou com sono. “ diz Yuna.
“ Vamos sim. “ concorda Naoku, mas mesmo assim, ela demorou um bom tempo para dormir novamente.
“ É muito cedo pra me levantar! “ conclui ele sem nem mesmo abrir os olhos.
Havia já algum tempo que isso acontecia a Harry, ele sempre acordava, no mínimo, trinta minutos antes do amanhecer.
Ele enrolou mais alguns minutos na cama, mas percebendo que não voltaria a dormir, se levantou, pôs seu uniforme e desceu para o Salão Comunal.
Quando lá chegou, esperava o encontrar deserto, mas havia alguém ali, em um sofá perto da lareira. Ao se aproximar vê Hermione, sua amiga, dormindo abraçada a um livro particularmente grosso.
‘ Ela não muda nunca esses hábitos! ‘ pensa ‘ Será que eu devo acordá-la? ‘
Mas antes de obter a resposta Hermione geme baixinho e começa a se mexer, despertando.
“ Bom dia, senhorita Granger! “ diz ele com gravidade falsa.
Hermione abre os olhos lentamente e olha para Harry.
“ Hã... quê, Harry... que horas são? “ pergunta assustada.
“ Mais ou menos seis e vinte da manhã. “ responde Harry. Agora já havia amanhecido.
“ Nossa, eu dormi aqui!? “ diz Hermione mais para si do que para Harry.
“ Parece que sim! “ responde ele tirando o livro de cima da amiga, ‘Feitiços, Azarações e Contra-Azarações Vol. Cinco’, para que essa se levante.
“ Você não devia dormir aqui. Pode pegar um resfriado! A lareira não fica acesa a noite inteira! “ se preocupa Harry.
“ Tudo bem ! Eu só queria terminar de ler esse livro antes das aulas começarem. Sei que vou ficar cheia de coisas pra fazer e não vou conseguir terminar. “ responde Hermione.
“ Se eu fosse você, não me preocuparia. Você sempre arranja um jeito, mesmo que for durante as horas que deveriam ser de sono! “ comenta Harry, reprovando a amiga.
“ Também não é pra tanto! Mas também, eu sempre fiz isso Harry, e ainda não morri! Não sei se você sabe mas... estudar de vez em quando não machuca, muito menos mata. “ diz Hermione.
“ Disso eu sei, mas com você, às vezes é sim, um problema... “ diz Harry.
“ É ? E quando é isso? “ pergunta Hermione, não podendo conter o riso ao ver a expressão séria de Harry.
“ Quando, por exemplo “ explica ele, ainda sério “ nos dias de folga, eu e o Rony temos que te lembrar que já é hora do almoço. Ou quando Madame Pince, tem que te expulsar tarde da noite da biblioteca. Talvez também, quando eu e o Rony, ou até mesmo você, tem que ir até a cozinha fora de hora buscar algo pra senhorita comer, já que esqueceu de jantar por que estava, ‘ muito empolgada lendo um interessantíssimo livro sobre a terceira revolução dos duendes’! “ responde Harry, já contando vitória.
“ Mas... ah! É, tá bom, essa você venceu. ” admite Hermione.
“ Um a zero pra mim... comecei o ano bem! “ comemora Harry sentando-se ao lado da amiga.
Eles viviam fazendo esses joguinhos, para ver quem era mais convincente. Rony dizia que era para ‘ ver quem é mais teimoso, isso sim! ‘
“ Você dormiu bem aqui nesse sofá ? “ pergunta Harry
“ Ah! Até parece né! “ ela se irrita um pouco.
“ Mas... mudando de assunto, porquê você acordou tão cedo?”
“ Eu não sei, venho acordando cedo já faz algum tempo...” explica Harry “ Quase sempre acordo no mesmo horário “
“ Não é a cicatriz que dói não, não é ? Ou pesadelos ?” pergunta Hermione preocupada.
“ Não, não é, só não consigo dormir mesmo. E a cicatriz não dói faz algum tempo... “ a tranqüiliza Harry.
“ Tudo bem então, “ Hermione abre um sorriso, dá um beijo no rosto do amigo e se levanta “ vou subir e me trocar, as aulas começam logo, não quero me atrasar!” e subindo as escadas para o seu dormitório completa para Harry ‘ Até daqui a pouco!”
“Até...” diz Harry.
‘ Eu nem acredito que ela caiu nessa minha, ela nunca cai, e agora acreditou em tudo o que eu disse. ‘ Pensa Harry surpreso.
Hermione estava em seu quanto, trocando-se, ‘ Depois de tantos anos ele ainda pensa que pode mentir pra mim! Mas é melhor que ele não saiba que eu sei, por que assim ele só se preocupa com o problema dele, e não comigo, por estar preocupada demais com ele. Nossa! Que confusão! ‘ depois de trocar-se, ela arruma impecavelmente o seu material na mochila, e quando desce para o Salão Comunal Grifinório, o encontra bem mais cheio. Harry e Rony estão conversando no sofá onde ela deixou o primeiro.
“ Bom dia Rony! ” cumprimenta ela.
“ Bom dia! ” diz Rony “ E você hein!? Vai acabar virando um zumbi de tanto estudar! ”
“ Tá! E vocês vão acabar virando dois cabeças ocas por não estudar nunca! Qual é? Agora é um complô contra mim? “
Harry abriu a boca para se defender mas ela o interrompeu.
“ Aliás, é um complô, eu sei disso. Desde o primeiro ano, quando vocês dois ” ela dizia isso apontando o dedo indicador no rosto de cada um deles “ viviam me chamando para jogar xadrez de bruxo, por que sabiam que eu era ruim e perderia. ” Tinha uma falsa raiva estampada no rosto “ é era isso que eu precisava, não é? Perder um pouco! ” Hermione senta-se entre os dois com um sorriso vitorioso no rosto.
“ Rony olhou espantado para Harry, depois lançou um olhar acusador de como quem diz ‘Você contou pra ela!!!’ mas quando notou que Harry o olhava da mesma forma, ficou em dúvida. Os dois olharam para Hermione e disseram ao mesmo tempo “ Como você sabe!?! ”
“ Vocês simplesmente ” começa Hermione metodicamente “ são transparentes demais!!! ”
Dito isso, Harry percebeu que realmente não poderia mentir para Hermione, e que a última tentativa também fora frustada. Hermione percebeu o que havia feito e se sentiu um pouco arrependida, mas não poderia fazer nada agora.
“ Você pensa que sabe tudo Hermione! Eu não sou tão transparente assim! “ retrucou Rony. “ E vamos descer que eu estou...”
Mas Harry e Hermione completaram “ Com muita fome! ”
Rony fechou a cara para os dois “ Harry! Até você cara! ”
Os três partiram. E Rony e Hermione discutiram por todo o caminho até salão principal.
“ Bom, parece que um pesadelo que não tem ‘importância suficiente’ está tirando muito o seu sono Naoku! ” Karolin reprovava a amiga no jantar de sexta-feira.
“ Ah... todas vocês sabem que eu tenho um certo problema para dormir, e não é nada demais, só estou... estou preocupada com os NOM’s no final do ano! ” responde Naoku, que estava com a cabeça apoiada em um dos braços na mesa e mexia na comida sem levá-la a boca.
“ E desde quando vocês se preocupa com uma prova!? ” Começa Lana com um sorriso descrente “ Ainda mais uma pra daqui a uns Dez Meses! “
“ Não é uma simples prova, são os NOM’s!!! “ observa Naoku tentando parecer convincente.
A semana inteira já havia se passado e todas as noites Naoku teve o mesmo sonho, uma vez mais real que a outra. Ela não é o tipo de garota que se deixa levar pelo medo, muito menos por um pesadelo, mas com certeza, havia algo de diferente neste que ela vinha tendo. Além dele se repetir todas as noites, ele parecia tão real, tanto que pouco tempo depois de acordar, Naoku podia sentir a varinha daquela mulher encostada no seu peito.
Um dia, enquanto Naoku ia para o café da manhã, junto com suas amigas, andando pelo corredor esbarrou em alguém, quando se virou para olhar, viu Hermione Granger. Naquele momento, só por um segundo Naoku achou que ia desmaiar, um flash de seu sonho passou por seus olhos e ela cambaleou, Granger a segurou pelos ombros, da mesma forma que no sonho e perguntou se ele estava bem. Ela estava, a sensação fora embora tão rápido quanto viera.
Isso aconteceu no começo da semana, mas na quinta-feira, algo completamente diferente, mas tão intrigante quanto, aconteceu.
Naoku e suas amigas estavam na aula de poções, Snape, como sempre, arrogante em todos os sentidos. No meio da aula, ele ficou mais branco do que já era e dispensou todos os alunos, e segundo o que ela ficou sabendo, ele não deu mais nenhuma aula naquele dia.
Só à noite foi que Naoku ficou sabendo do que realmente aconteceu, Amy e Yuna descobriram. Uma garota da Lufa-lufa que tinha essa aula com elas contou. Snape chegou perto da mesa onde Carla e um menino chamado John estavam sentados, só o que aconteceu foi que Carla, pareceu a todos, mostrou algo ao professor Snape num pedaço de papel e disse “ Eu sei de tudo Severo! “ ninguém entendeu nada, mas depois disso o professor fez com que todos os alunos saíssem de sua sala aos berros.
Nenhuma delas entendeu nada, mas arranjaram algo com que ocupar suas cabeças que não eram os pesadelos de Naoku, para alegria dessa, mas agora no final de semana, isso não tinha mais importância para Karolin e Lana, do que as enormes olheiras e ininterrupta insônia da amiga.
“ Ei! Eu tô de boa! É só um pouco de falta de sono, só isso! “
Por mais alguns minutos Naoku e suas amigas ‘discutem’ o assunto. Até que na hora do correio a coruja de Naoku deixou uma carta para ela, era de sua mãe.
Oi filha
Tudo bem?
Como foi os seus primeiros dias de aula, está tudo bem em Hogwarts? Nada aconteceu de muito importante por aqui, mas queria que você me avisasse quando fosse acontecer o primeiro final de semana em Hosgmead, qualquer coisa, mande uma coruja.
Beijos e abraços.
Sua mãe Laura Nadescico.
Por não entender o porque de a carta de sua mãe ser tão vaga, resolveu não respondê-la agora, e deixou para fazer isso quando soubesse quando seria o primeiro final de semana em Hosgmead.
Depois disso todas foram terminar seus deveres de Poções, já que no dia seguinte ao incidente, Snape voltou, e mais estressado do que nunca. E mais á noite Naoku tinha que cumprir seus deveres de monitora, vasculhando os corredores de Hogwarts.
Desde que descobrira que seria monitora, pensava que isso só tinha uma parte boa, era poder aplicar detenções aos alunos que infringissem as regras, mas na primeira semana de aula todos ainda estavam comportados.
Mas nessa noite, parecia que sua desejo iria se realizar. Andando pelos corredores do quinto andar, onde na sua maioria, havia salas vazias, escutou alguém cochichando algo. Apurando os ouvidos começou a seguir o ruído, durante algum tempo não conseguiu destinguir o que era dito, mas quando passou por uma porta, percebeu que a voz vinha lá de dentro, gelou e seu corpo estremeceu. Era a voz da mulher de seu sonho, tinha certeza, ela acordou todas as últimas noites com um grito dessa voz, era impossível estar equivocada.
Por mais algum tempo, ela não conseguiu conceber nenhuma ação, ficou a escutar o que a mulher dizia.
“ Sim mestre... sim... estou quase conseguindo convencer Severo! Ele acha que será aceito de volta! Sim... já avisei o que ele terá de fazer... ah! Sim mestre... o menino Potter nem desconfia... obrigado! Adeus Mi Lord!”
Depois disso Naoku escutou alguns sons estranhos, como de quem sente uma dor incômoda, um pequeno grito, tirou a monitora de seu torpor. Abriu a porta bruscamente com a varinha em mãos.
“ Carla! O que você...?”
Carla virou-se e fitou Naoku, por um segundo seus olhos apresentaram um estranho olhar, que um pouco depois Naoku reconheceu como sendo crueldade, mas isso foi só por alguns segundos, e a outra disse surpresa e, pareceu com um certo receio.
“ Quem... ah! Naoku... o que você está fazendo aqui!? “
Naoku não conseguiu responder de imediato, atrás daquela porta esperava encontrar uma mulher, e não uma garota da Corvinal, quando encontrou sua voz de novo, perguntou.
“ O que eu? O que você tá fazendo aqui? Com quem estava conversando?”
“ Com ninguém... “ Carla respondeu com uma incrível inocência.
“Até parece! Eu escutei... escutei uma voz de mulher, e ela falava com alguém, falou sobre o professor Snape e sobre Potter! “ sua voz não apresentava receio ou hesitação, mas sim acusação.
“ Como vê, só estou eu aqui, a menos que a pessoa tenha evaporado... ou aparatado! “diz Carla com malignidade na voz.
“Não se pode aparatar em Hogwarts ! Você nunca lei Hogwarts Uma História?! “ responde Naoku.(tá bom, eu forcei colocando essa frase não sendo falada por Hermione! )
“ Eu sei disso, só estou querendo provar que não há ninguém aqui. “ diz Carla.
“ Bom há sim! Você, e está de detenção! Não sei o que você estava fazendo, mas Filch vai saber o que fazer com você! “
Dito isso, Naoku fez um gesto com a mão para que Carla saísse da sala, ela se foi e a monitora antes de a seguir, ainda deu uma olhada dentro da sala.
Naoku entregou Carla nas mãos de Filch, empolgado com a primeira detenção e que iria aplicar no ano.
Depois disso, ela foi para seu dormitório, e agora sim, achava que precisava de ajuda. Ou estava ficando completamente louca ás custas desse sonho, ou algo realmente intrigante estava para acontecer em Hogwarts!
N da A: Galera... minha primeira fic! Eu tô muito nervosa, *roendo as unhas* mas, vamos ao que interessa... preciso muito saber a opinião de vocês! Então, COMENTEM COMENTEM COMENTEM!!!! digam td, se esta bom, o q não ta, o q pode melhorar, TUDO!
Agradecimentos: À minha amiga Kassia, que me inspirou a escrever essa fic, já que queria provar pra ela que H&H é o melhor Shipper que existe! ( apesar do romance entre eles só acontecer mesmo na próxima...) e, à Lilian Granger Potter, que betou a fic e me deu coragem pra postá-la!
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