Mais uma horcruxe destruida
NO ORFANATO
Harry Rony e Hermione aguardam a diretora do orfanato. Harry olha ao redor e sente um bolo se formar em seu estômago. Acho que isso teria sido pior que os Dursleys pensa
Ele está absorto em seus pensamentos quando a diretora chega. É uma senhora baixinha, um pouco gorda, com um ar de severidade que lembra ligeiramente McGonagall. Ela olha para os três amigos, seu olhar mostra que ela está curiosa em saber o que os três jovens querem
Harry e Rony entreolham-se. Hermione, percebendo que eles não sabem o que dizer, toma a dianteira.
Hermione – Bem, senhora...
A mulher emperdiga-se – Senhorita! Senhorita Eliot
Hermione – Desculpe, senhorita Eliot. Meu nome é Jane Simpson e eu preciso muito de sua ajuda
A diretora permanece calada. Hermione continua – Minha avozinha está com mais de noventa anos. Ela tinha uma irmã que desapareceu há décadas. Seu maior sonho era reencontrá-la. Minha família contratou um detetive e ele descobriu que ela teve um filho neste orfanato e morreu logo após o parto, isso há mais de sessenta anos. (uma lágrima cai de seus olhos, Harry e Rony olham pra ela estupefatos). A senhora pode imaginar como ela ficou...
Diretora – Imagino. Mas não consigo entender como eu posso ajudar...
Hermione – O maior desejo dela é saber onde a irmã está enterrada... Ela já está muito velhinha... Eu prometi ajuda-la
A diretora enxuga uma lágrima discreta – Entendo. Se todos os jovens fossem assim tão dedicados o mundo seria um lugar bem melhor
Hermione evita olhar para os amigos. Harry olha para o chão e Rony segura a custo uma risada.
A diretora continua. – Infelizmente não posso ajudá-la. Eu trabalho aqui há apenas vinte anos. Pelo que você contou isso aconteceu há muito mais tempo.
Hermione usa a sua melhor cara de decepção. – Entendo... Ela vai ficar tão decepcionada... De qualquer forma obrigado pela atenção.
Os três preparam-se para sair
Diretora – Esperem! Não sei se isso pode ajudar...
Hermione – Qualquer coisa ajudaria
Diretora – Há um velho cemitério do outro lado da cidade. É o mais antigo daqui, faz mais de dez anos que ninguém é enterrado lá, não posso afirmar com certeza, mas creio que ele costumava receber indigentes no passado.
Hermione – De qualquer forma é uma pista. Muito obrigada!
O trio dirige-se a saída. A diretora fala – Lembranças a sua avó!
Assim que eles cruzam a porta Rony olha para Hermione e fala – Avozinha? Você pegou pesado! Onde você escondia toda essa cara de pau? Por pouco você não se tornou parente de você sabe quem... Se a gente soubesse desse seu talento antes antes você iria ficar responsável por todas as nossas desculpas
Hermione – Ora, cale a boca! Deu certo não deu? Pelo menos sabemos por onde começar.
XXXXX
NO CEMITÉRIO
A tarde cai. Harry, Rony e Hermione olham para o grande portão. Rony aproxima-se e empurra, o portão se abre com um rangido.
Os amigos entram. Hermione olha pra todos os lados – Parece que ninguém vem aqui há muito tempo.
Harry – Vamos nos separar. Se alguém achar um tumulo anônimo com cerca de setenta anos chama os demais
Hermione – Podemos ignorar os grandes mausoléus. O túmulo deve ser bem simples, afinal ela morreu na miséria e deve ter sido enterrada como indigente
Cada um segue em uma direção. Harry percorre os túmulos, olhando atentamente. No entanto, sua mente está longe. Mais precisamente na beira de um lago a luz da lua. Foi loucura. Pensa tentando conter a saudade. Como será que ela está...
Eles passam algum tempo procurando. Não acham nada.
Hermione – Estranho. Será que ela não está aqui?
Ei! Vocês! – Eles ouvem alguém gritar
Harry vira-se e vê um velho senhor – O que vocês estão fazendo aqui? (o homem pergunta)
O velho identifica-se como zelador do cemitério. Hermione adianta-se e conta novamente a história do orfanato. – O senhor acha que pode estar aqui? Existe algum outro cemitério tão antigo?
Zelador – Não... Este é o único com mais de setenta anos por aqui. (fica pensativo), antigamente não se enterrava as pessoas sem dar um nome. Eu me lembro de um corpo achado no rio há trinta anos, ninguém sabia quem era. O padre deu a ele um nome qualquer para que pudesse ter um enterro digno.
Harry – Vamos procurar mais um pouco. Se o senhor não se importa.
Zelador – Fiquem a vontade. Mas dentro de uma hora eu venho fechar os portões.
Rony – Agora é que eu quero ver. Podem ter dado qualquer nome a ela. Quantos túmulos vimos com mais de setenta anos? Eu contei pelo menos uns quinze.
Harry (pensativo) – Talvez não.
Hermione e Rony olham para ele. Harry continua. – Se ela pediu que dessem o nome de Tom Servolo Riddle pra a criança. Provavelmente deram a ela o mesmo sobrenome. Vamos procurar novamente.
A noite cai. Hermione chama os amigos e mostra um túmulo muito antigo. A lápide está quase toda apagada. No entanto percebe-se que as últimas letras são dle.
Neste momento, o zelador chega dizendo que precisa fechar os portões.
Hermione – Só pode ser esse. (ela fala enquanto o trio sai do cemitério) E agora? Esperamos até amanhã?
Harry – Não... Ele deve estar saindo. Assim que ele fechar os portões aparatamos pra dentro.
Mais tarde.
Os amigos olham para o túmulo. Eles sabem o que devem fazer, mas ninguém se manifesta.
Harry – Não tem outro jeito. (pega a varinha) vingardium leviosa!
A tampa levita com dificuldade. Hermione e Rony pegam as varinhas e ajudam. O trio consegue, com algum esforço, colocar a tampa de lado.
O trio para diante de um caixão muito velho. A impressão que dá é que ele vai se desmanchar ao primeiro toque
Hermione – Não sei se quero abrir isso... Me parece um desrespeito. A pobre não tem culpa de ter gerado um monstro.
Harry – Eu sei. E concordo. Mas não temos escolha.
Eles removem a tampa do caixão. Após um momento, Harry cai com uma visível expressão de dor. Rony sai de perto apavorado. Hermione fica imóvel por alguns instantes. Então pega sua varinha e grita – Riddikulus!
Rony (Ainda pálido) – Isso era um bicho papão?
Hermione – Sim. Eu só percebi porque achei que seria meio impossível a McGonagall sair da tumba pra dizer que eu reprovei em tudo...
Harry – Não acredito que ele usou um truque tão simples.
Hermione – Acho que isso não é obra dele. Um lugar escuro e úmido, habitat perfeito para um bicho papão. Ele deve ter ficado preso. As armadilhas dele ainda devem estar por vir.
Não há um corpo dentro do caixão, o que eles vêem é um buraco imenso. Parece não ter fundo
Rony – Eu já vi isso em algum lugar...
Harry – É... No nosso primeiro ano
Hermione – Mas desconfio que aquilo foi brincadeira de criança se comparado ao que nos espera
Rony – Adoro seu otimismo
Harry – Não tem jeito, temos que pular. Eu vou na frente
Rony – Não! Eu vou na frente. Você tem que estar vivo pra derrotar o maldito
Antes que Harry ou Hermione possam falar alguma coisa Rony pula.
Vários minutos se passam. Harry grita pelo amigo. Apenas o eco se ouve.
Antes que o moreno possa falar alguma coisa Hermione pula. Harry pula atrás.
Ele permanece caindo por um bom tempo. Será que esse é o fim? Cair eternamente? Pensa ao mesmo tempo em que sente a água fria tocar seu corpo que afunda a uma velocidade impressionante. Isso é para eu ver que tudo sempre pode piorar!
Após alguns minutos que pareceram horas ele finalmente emerge. Ainda tonto e tossindo muito, Harry grita pelos amigos. A escuridão não permite que ele veja nada.
HERMIONE! RONY! – Ele grita novamente já a beira do desespero. Ele olha para os lados. Nem sinal da margem. Então ele sente uma espécie de sucção puxando seu corpo para o fundo. Era só o que faltava. Pensa enquanto luta para não sucumbir à falta de ar. Tudo fica escuro.
XXXXX
Harry acorda sem saber dizer por quanto tempo ficou inconsciente. Ele vê Hermione e Rony a seu lado
Harry levanta-se cambaleante e olha furioso para os amigos – Vocês estão loucos. O que tinham na cabeça pra pular daquele jeito! Vocês podiam ter morrido!
Rony – Você ia fazer a mesma coisa. Além disso, estamos todos vivos, ou não?
Harry – Mas é minha responsabilidade MINHA! Vocês estão ouvindo?
Harry para ao perceber que os amigos não prestam à mínima atenção. Rony cutuca o moreno e aponta para determinada direção
A voz morre em sua garganta ao ver a taça na sua frente. Ela está sobre uma espécie de pedestal e ilumina tudo a sua volta
Os amigos entreolham-se.
Rony – E agora? Não consigo acreditar que é só chegar e pegar.
Harry – Pode ter certeza que não é. (ele fala lembrando-se do medalhão)
Hermione – Não sei se vocês repararam, mas está tudo escuro. Exceto no local onde a taça está. Isso deve significar algo. Ela pega uma pedra a atira em direção a taça. A pedra é pulverizada.
Harry – Tem de haver um jeito... Ele deve ter pensado em algo caso precisasse recuperá-la.
Hermione olha fixamente para taça tentando achar alguma forma. Rony anda de um lado para outro. Subitamente ele tropeça em algo. Cai e solta um palavrão.
O ruivo se agacha para ver em que tropeçou e percebe estupefato que é um osso humano – Ei! Vejam isso! É um osso...
Harry vai até onde o ruivo está. Hermione permanece olhando a taça
Harry – Isso é um osso humano. Faz sentido uma vez que estamos sob o cemitério. Essa caverna deve ter sido feita por Voldemort e o deslocamento da terra deve ter trazido os ossos pra cá
Hermione – Não... Acho que eles estão aqui de propósito. Reparem bem no pedestal da taça
Harry – Parece um...
Crânio – Os três falam quase ao mesmo tempo
Rony – Isso é mórbido! Mas é a cara dele. Para numa inspiração súbita. – Se o crânio é um pedestal...
Ele pega o osso e atira perto da taça. Eles percebem que ele não foi destruído a luz se apagou ao seu redor.
Hermione – Parece que apenas ossos podem chegar perto da taça. (Olha para o chão). Só tem um jeito. Vamos procurar.
Rony – Nós temos ossos nos nossos corpos será que não funcionaria.
Harry lembra da pedra pulverizada – Você quer arriscar?
Rony não fala nada e os três começam a conjurar os ossos enterrados
XXXXX
Algum tempo depois
Rony – Isso é definitivamente muito mórbido! (ele fala ao olhar para a pilha de vários ossos que se forma na areia fina) e agora, o que a gente faz?
Harry - Temos que usar os ossos para abrir caminho até a taça. O primeiro passo é chegar perto dela
Hermione – E vai ter que ser rápido. Olhem
Ela aponta para o osso que Rony jogou na direção da taça. Ele está se desfazendo lentamente
Harry – Se esse osso está se desfazendo, por que o crânio não...
Hermione – Deve ter alguma magia, alguma coisa que o torne diferente. (senta-se no chão desanimada) bem de qualquer forma não adianta a gente fazer a trilha sem traçar uma forma de pegar a taça. Se esses ossos virarem pó vamos ter trabalho pra conseguir outros
Rony – A não ser que a gente abra mais uns caixõezinhos
Hermione lança um olhar furioso ao ruivo e este se cala. A garota fica muito concentrada como se todos os seus neurônios estivessem sendo utilizados na única tarefa de desvendar o mistério
Harry – O crânio está em cima de uma pedra. Talvez seja por isso que ele não é destruído. Se vocês repararam a luz vem dela e não da taça.
Hermione – Não é uma pedra! É um totem!
Harry e Rony olham pra ela. Hermione continua – Um totem. Também conhecido como a pedra de um clã. Os nativos americanos usavam. Eles não percebiam, mas a magia contida nela é muito poderosa, tem a ver com os ancestrais. É uma magia muito antiga e provavelmente pode até mesmo destruir a taça. Se a gente pudesse chegar mais perto... (olha para os amigos desanimada), mas acho que não adiantaria. Só um objeto com a mesma força conseguiria destruir...
Rony – Você quer dizer algo que tenha pertencido a uma família há varias gerações?
Hermione – Sim...
Rony olha pra ela e tira algo do pescoço. Um pequeno amuleto em forma de sol. – Minha mãe me deu isso na véspera da nossa partida. Eu acho que ela sabia de alguma forma que a gente ia com o Harry, ela disse que estava com meu tio antes dele morrer e que estava na sua família há varias gerações... Disse que me protegeria (dá uma risadinha irônica) no caso dos meus tios não adiantou muito...
Harry pega o amuleto e aproxima-o do círculo protetor. Nada acontece – Acho que desta vez sua teoria está furada Mione. Alguém tem um plano b?
Rony olha para garota visivelmente desanimado. Hermione fica calada por um momento. – Não... Tem alguma coisa que não bate. (seu rosto ilumina-se) – Claro. Nunca iria funcionar com você Harry. É necessária uma ligação com o objeto e você não tem Harry.
Harry – Voldermort falou algo sobre isso. O sangue dos ancestrais.
Ele entrega o amuleto para o amigo.
Rony pega o amuleto a aproxima-se do círculo. O círculo se retrai por alguns instantes. Mas volta logo em seguida
Hermione – Por isso temos de usar os ossos. Eles irão garantir que Rony tenha tempo de chegar ate a taça
Rony – E quando eu chegar lá? O que faço?
Hermione – O amuleto deve indicar
Harry – E se não indicar? Não posso arriscar
Rony – Lá vem o discurso eu tenho que fazer tudo sozinho... Vamos lá com esses ossos!
O ruivo e a morena começam a colocar os ossos no círculo protetor. Harry dá um suspiro e começa a ajudar
Eles formam uma trilha até a taça com os ossos. Rony vai na frente e os amigos o seguem. Harry não comenta com nenhum deles, mas sua cicatriz o incomoda à medida que vão se aproximando.
O ruivo para de frente para a taça. Ele segura o amuleto com ambas as mãos. Ele olha para os amigos e encosta o amuleto na taça. Ele sente uma dor terrível ao mesmo tempo em que varias faíscas saem de seu corpo
Harry olha para o amigo sem saber o que fazer. Numa inspiração súbita grita – Na taça não! No crânio!
O crânio manda Rony longe. Ele olha para os amigos sem saber o que fazer, então numa inspiração súbita coloca o medalhão no peito e toca com uma das mãos no crânio e com a outra na taça.
Seu amuleto emite um grande raio de luz. O totem começa a tremer violentamente, Rony é lançado longe novamente. Mas desta vez taça e crânio fundem-se e levitam...
Uma grande explosão desloca algumas pedras do alto da caverna. A taça cai ligeiramente queimada a centímetros dos pés de Harry...
Eles correm em direção a Rony que caiu a uma distância considerável – Tudo bem? (Harry e Hermione perguntam quase ao mesmo tempo)
Depois de verificar que o amigo está bem, Harry, um pouco hesitante, toca na taça. Não há mais resquícios de Voldemort
Hermione – E aí...
Harry sorri – Destruída. (para Rony) você foi ótimo. Tenho de admitir que não poderia fazer isso sozinho...
Rony (ainda tonto) – Minha mãe vai gostar de saber que o amuleto da sua família foi útil de alguma forma
Hermione – Agora temos que sair daqui. E começar a pensar no que pode ser a próxima horcruxe.
Harry prepara-se para reduzir a taça e guarda-la
Hermione – Espere! (Pega a taça) – O que é isso?
Harry e Rony notam um sinal na taça. Um sinal que não havia antes...
Hermione – Você está com o medalhão? Posso vê-lo?
Harry tira o medalhão do bolso. Hermione o examina e mostra pra Harry – Veja... Atrás dele.
Harry vira o medalhão e vê um sinal em forma de taça – Você acha que...
Hermione – Sim. O medalhão deu a pista da próxima horcruxe. E pela lógica. Esse sinal deve ser a pista de outra.
Os amigos passam a examinar o desenho – Parece uma espada. – diz Rony – Seria a espada de Grifindor...
Harry – Pela lógica, sim. Mas Dumbledore garantiu que a espada nunca saiu de Hogwarts...
Hermione – Você que freqüentava a sala dele. Onde a espada ficava?
Harry – Nunca reparei nisso direito, mas creio que era sob um pedestal...
Hermione – Ela tinha alguma espécie de proteção?
Harry – Você quer dizer... Feitiços? Não sei... Nunca perguntei...
Hermione – Não... Não feitiços. Toda espada que já vi fica guardada numa bainha, uma espécie de cinto que serve para carregá-la e protege-la...
Rony – E você acha...
Harry interrompe – Teria sido muito mais fácil levar a bainha que a espada. Esta provavelmente não deveria estar protegida. E não deixaria de ser um objeto de grifindor.
Hermione – Vamos mandar uma coruja para McGonagall perguntando se a espada possuía uma bainha.
Rony – Não seria mais fácil irmos a Hogwarts?
Harry – Não!
Ele não fala mais nada, mas Rony e Hermione entreolham-se. Eles sabem que o amigo receia não ter forças para abandonar Gina novamente se a encontrar...
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!