Prólogo: Sobre os Fundadores



Nota do Autor (N/A): Essa é minha humilde visão de como poderia ser o sétimo livro, eu li e pesquisei os livros da autora em busca de uma conclusão lógica para a jornada de Harry Potter, porém fiz muitas inserções muito convenientes para criar um toque mais irreal a fanfic, observe que esta fanfic contém spoilers e alusões a todos os livros anteriores, do livro: “Animais Mágicos e onde Habitam” e do livro: “Quadribol Através dos Séculos” (Livros que também fazem parte do acervo de JK), além de muitos outros que são fora do universo JK e da antiga mitologia estrangeira, se não leu ainda algum dos livros anteriores eu posso estar antecipando (sem intenção) parte da história... Qualquer critica ou problema na estória comenta ou me manda um e-mail:
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Lembre-se que em nenhum momento possuo a presunção de me aproximar à qualidade ou a veracidade de JK Rowling, mas sempre se pode avaliar algo corretamente.
Um detalhe importante: eu não sou louco. Se desejo ser minimamente realista usarei os casais óbvios para Shipper: HarryxGinny, RonxHermione, LupinxTonks e etc, mas me deixo a vontade para criar possíveis (ou nem tanto) novos casais.



Prólogo:
Sobre os Fundadores:

Num campo de batalha o sol nascente incidia sobre uma fina névoa cinzenta anunciando a alvorada de um novo dia que seria lembrado através de toda a história, há alguns minutos uma batalha que se estendia durante mais de dezenas de anos havia terminado.
Caído ao centro do campo de batalha se encontrava um corpo de um homem que tinha porte de ter sido descendente de gigantes.
Seu rosto era grande e simiesco, tinha uma longa e espessa barba negra que crescia desordenadamente e deveria arrastar aos seus pés quando andava, usava lustrosas vestes de couro de dragão negro e sua enorme mão estava agarrada num bastão de madeira como se sua vida tivesse dependido disso, muito provavelmente em conseqüência de um espasmo involuntário e derradeiro.
Mesmo morto seu corpo exalava uma áurea sombria que até para um leigo revela que em vida ele não fora um adversário qualquer.
Em sua volta, gigantes poderosos e altivos, vestidos com reluzentes armaduras de duendes, que compunham a guarda pessoal do bruxo, também haviam tombado em batalha. Seus corpos estavam retalhados e seus membros haviam sido brutalmente arrancados.
A frente do corpo do meio-gigante se encontrava um homem de pele alva queimada pelo sol, de estatura mediana, vigoroso, de musculatura avantajada, cabelos pretos, longos e muito revoltos encimados por um inseparável chapéu cônico verde; este homem tinha olhos profundamente azuis, como dois profundos mananciais de águas límpidas, e vestia trajes carmesim extremamente sujos por causa da batalha, segurando uma espada de prata cravejada de rubis que ele se apoiava como se fosse uma bengala.
O Homem realizara o que seria o maior dos feitos de seu tempo: destruiu o maior bruxo das trevas da época (Enorath, o bruto).
Com um ultimo giro da espada ele atingiu a varinha de Enorath que parecia um bastão fazendo-a em pedaços.
- Que esse instrumento de sofrimento não incomode mais ninguém – bradou o homem moreno.
O moreno se abaixou ao lado do corpo e conferiu se o feitiço usado para destruir o bruxo das Trevas havia surtido o efeito desejado, e levantou-se alegre em constatar que nenhum tipo fôlego de vida habitava ou voltaria a habitar aquele corpo.
Com um movimento de sua varinha o corpo do bruxo virou cinzas que uma forte lufada de ar logo tratou de espalhar pelo campo de batalha
Agora só restava a ele confiar que os outros tivessem realizado corretamente sua parcela no encanto para que a alma e espírito do bruxo das trevas se encontrem aos cuidados de Hades e dos Hecatômpodes nas mais inacessíveis profundezas do tártaro. (1)
- Salazar! Salazar! – gritou o homem no meio do campo de batalha.
- Estou aqui Godric! – respondeu outra voz atrás de uma densa névoa cinzenta.
Godric Gryffindor se arrastou mancando em direção a voz o mais rapidamente que podia e para sua surpresa encontrou um bruxo loiro alto e magro; de olhos acinzentados e pele branca de aspecto doentio, sentado em uma pedra, trajanedo vestes verdes impecáveis e conversando tranquilamente com uma cobra de três cabeças de cor laranja berrante listrado de negro e mais ou menos uns dois metros de comprimento.
A cabeça venenosa do Farosutil (2) se virou para o recém chegado e ameaçou atacar enquanto as outras continuavam conversando com Slytherin produzindo sons de sussurros e assobios prolongados.
- Você nem parece alguém que acabou de sair de uma guerra! – falou Gryiffindor apontou para as vestes de Slytherin que pareciam recém passadas – Está com uma cara ótima! – disse num tom de desprezo.
- Não é por que estávamos numa guerra que eu perderia o meu conhecido toque de classe e correria mais riscos que o estritamente necessário, - disse Slytherin enquanto afagava uma das cabeças da cobra - não sou um louco como você. Nunca me jogaria manejando uma espada para cima de todo o bruxo das trevas que aparecesse.
- Mas também não precisa ter sangue de barata! – retrucou Gryffindor.
- Já vem você com aquela sua conversa de novo de que o que importa é a coragem para se realizar grandes feitos... Nobreza e coragem andam juntos e todo esse blá, blá, blá... – debochou Slytherin – Você não parece tão nobre com essa perna quebrada, não está em posição para discutir comigo.
- É só um arranhão! – disse Gryiffindor fingindo indiferença.
- Eu sei que não é! Aquele gigante quase arrancou sua perna fora que eu vi! – gritou Slytherin.
- Mas em compensação o miserável perdeu a cabeça! – concluiu Griffindor com expressão vitoriosa.
- Brigando rapazes? Espero que tenham demonstrado o mesmo empenho contra o bruxo das trevas. – disse uma voz feminina e musical que fez Slytherin suspirar.
Quando os rapazes se viraram encontraram uma mulher de cabelos e olhos muito negros, pele escura e um corpo escultural olhando para eles, ela usava vestes azuis e justas sobressaltando ainda mais suas curvas.
- Que isso Rawena! – disse Gryffindor – Não existem maiores amigos no mundo que eu e Salazar, porém quando eu olho para ele e vejo que a gola das vestes dele ainda está engomada fico meio desapontado por não ter escolhido um amigo mais belicoso, por assim dizer.
- Você não deveria falar assim Godric se não fosse por mim aquele dragão teria devorado você – falou Slytherin.
- E se não fosse por mim você teria virado um lobisomem! – Gritou Gryffindor.
- Eu já disse para vocês não brigarem! – gritou Ravenclaw perdendo a paciência – Vocês dois tem cada uma! Vocês agem feito um casal de solteironas! Sozinhos realmente vocês são muito bons, mas juntos vocês são uma dupla imbatível, vocês não deveriam se importar se os métodos de luta são diferentes. Se vocês não repararam, nós ganhamos, destruímos o maldito Enorath, e isso é o que importa!
- Estão todos bem? Por que essa confusão toda? – disse uma outra voz feminina emergindo da névoa do campo de batalha.
Nesse momento surgiu uma bela mulher ruiva, de olhos verdes pele alva, com rosto cheio de sardas e com mãos calejadas, por causa do trabalho árduo, andando pressurosa para se reunir ao grupo.
- Não liga não Helga é só a Rawena descontando na gente a raiva da batalha – disse Gryffindor mudando a voz para um tom mais displicente e jogando os cabelos pro alto.
- E é por essa personalidade que eu amo nela. – disse Slytherin em um tom romântico.
- Nem comece Salazar Slytherin! – disse Ravenclaw bufando, o que fez Slytherin recuar temeroso – Nós já conversamos sobre isso! Você conhece a profecia! (3)
- Claro que conheço! Se não foi você mesma que a fez para mim... – falou Slytherin furioso, não gostava dessa história de profecias e adivinhações, pois era um realista inveterado – Mas como grande sabichona que você é, deveria saber que as profecias só se cumprem se estas receberem credito de alguém.
- Sei disso e não me arrisco – disse Ravenclaw
Slytherin bufou derrotado.
- Quem sabe algum dia você mude de opinião – murmurou baixinho Slytherin com uma expressão vaga de desolação.
- O que aconteceu com sua perna Godric? – perguntou Hufflepuff mudando de assunto
- Nada não! Um gigante tentou arrancar minha perna e eu arranquei a cabeça dele – disse Gryffindor com simplicidade – Coisas que acontecem numa guerra...
- Deve estar doendo muito... Deixe-me eu ajuda-lo – disse Hufflepluff.
- Agora que você está falando eu realmente estou sentindo uma dor terrível – disse Gryffindor fazendo uma cara de fingida agonia, o que arrancou risadas de Slytherin e Ravenclaw.
- Bem, agora que a guerra acabou eu realmente sentirei saudades dela – disse Slytherin aborrecido enquanto observava Hufflepuff curar Gryffindor com um feitiço extremamente complicado.
- O que vocês vão fazer a partir de agora? – perguntou Ravenclaw.
- Eu pretendo voltar para a minha querida Londres (4), há muito a se reconstruir lá após a guerra – Respondeu Hufflepuff esperançosa – e faz muito tempo que eu não passo algum tempo na casa de meus pais.
- Eu devo retornar a á Irlanda e continuar minhas pesquisas sobre Alquimia e Poções, essa guerra me deixou muito atrasado em relação as minhas pesquisas (5) – falou Slytherin pesaroso - soube que um garoto chamado Nicolau Flamel alega ter descoberto a pedra filosofal, e o pior que ele tem só 13 anos.
- Eu pretendo explorar o mundo novamente com meu irmão enfrentando as Artes das Trevas onde quer que elas se escondam! (6) – falou Gryffindor orgulhoso. – Theodore já ficou muito tempo parado em Gales desde que se casou.
- Eu, porém não queria retornar a confeccionar varinhas... (7) – disse Ravenclaw tristemente – é um trabalho tedioso e muito solitário.
- Mas, Rowena, você é a melhor artesã de varinhas que o mundo mágico já teve – falou Slytherin – e Merlim sabe quantas vezes a varinha que você criou pra mim salvou minha vida.
- Eu sei disso, mas eu tenho outro sonho... – falou mais Rawena.
- E a tradição de família? Vocês são responsáveis pela criação das melhores varinhas desde tempos imemoriais, seus pais podem morrer de desgosto. – falou Hufflepuff que já havia terminado de curar Gryffindor.
- Eu já estou cansada de seguir as tradições, - falou Ravenclaw frustrada - se eles querem que alguém da família siga a tradição que mandem meu primo guiar a loja no beco diagonal.
- É melhor não criticarmos Rawena por ela ter um sonho para seguir depois da guerra, afinal, não era por isso que nós lutamos por um mundo livre que os sonhos pudessem se tornar realidade? - Falou Gryffindor conciliador – E então Rawena, qual é seu sonho?
- Eu já estou cansada desse mundo cruel e mesquinho, queria poder ajudar. Eu queria participar na construção do amanhã, para que os próximos bruxos não tomassem o caminho das trevas. Eu gostaria de criar uma escola para ensinar aos bruxos a diferença entre bruxos descentes e das trevas e ser professora lá.
A afirmação surpreendeu os companheiros de Ravenclaw, até onde se sabia todos os bruxos eram autodidatas e poucos tiveram algum mestre para aprender alguma coisa.
- Educar crianças para que no futuro eles sejam tão poderosos quanto nós e assim os grandes feitos nunca se perderiam – disse Gryffindor numa voz empolgada.
- Ensinar as minúcias da magia, para mentes sedentas de conhecimento e assim garantira existência dos bruxos bem nascidos para sempre. – falou Slytherin com os olhos brilhando.
- Desenvolver as mentes das pessoas para que no futuro elas não precisem tanto de guerrear, pois tratarão os outros com justiça e igualdade. – falou Hufflepuff com voz sonhadora.
- Exatamente isso, sabia que ficariam empolgados com a idéia, por que eu vou necessitar de toda a ajuda de vocês. – disse Ravenclaw empolgada.
- Como assim sabia? – disse Hufflepuff
- Não acredito que usou sua vidência pra cima de nós Rawena! – falou Gryffindor colérico – Odeio essa história de ficar preso ao destino, parece que nada que nós fizemos foi por causa de nossa habilidade.
- A Visão Interior pode ser realmente muito útil – disse Ravenclaw travessamente – Mas não me lembro de você reclamar quando eu previa os locais que Enorath iria atacar.
- Tudo bem dessa vez passa... – disse Gryffindor conformado.
- Primeiro temos que construir a escola, deve ser grande e espaçosa para acomodar todos os alunos e ter tudo o que necessitamos.
- E onde exatamente pretendes construir a escola? – perguntou Slytherin vivamente interessado..
- Ora, Salazar, eu herdei minha avó uns terrenos na minha querida Escócia, em uma região parcamente habitada, cercada de florestas e montanhas e um enorme lago que é conhecida como Hogwarts. – falou Ravenclaw.
- Gostei - Falou empolgado Gryffindor – em Hogwarts controlaremos o crescimento (8) das futuras gerações para evitarmos repetir os erros que criaram Enorath.
- Mas por que não a construímos na Inglaterra? – Perguntou Hufflepuff
- Por que devemos priorizar áreas remotas para esse tipo de trabalho... Não gostaria que a inquisição batesse nas portas de uma escola (9) – falou Ravenclaw.
Os bruxos passaram horas discutindo e fazendo planos sobre o futuro da escola de magia e bruxaria e quando o sol já brilhava alto no céu Slytherin se levantou da pedra e dirigiu-se aos companheiros:
- Se todos concordam então eu preciso me despedir por enquanto, não sei quanto a vocês, mas eu estou muito cansado depois de toda essa bagunça e preciso descansar um pouco. Mandem-me uma coruja quando resolverem começar a construção da escola – e dizendo isso tocou na cobra de três cabeças e aparatou com ela de lá.
- Vamos também, - disse Hufflepuff para Ravenclaw - papai vai ficar satisfeito de ter visitas em casa hoje, e além do mais todos merecemos comemorar o fim da guerra. – e aparatou com Ravenclaw para a casa dos pais.
Godric Gryffindor ficou ainda por algum tempo sentado sobre o campo de batalha vendo os corpos dos inimigos espalhados por todos os lados e relembrando os momentos nas lutas que se desenrolaram naquela planície.
Por fim ficou muito cansado de tudo aquilo e como disse Hufflepuff ele também merecia comemorar, afinal venceram uma guerra que durara mais de três décadas e fora suas mãos destruíram Enorath, o bruto.




Salazar Slytherin chega a seu belo castelo se sentindo estranho, dispensa seu Farosutil de estimação no pátio interno e adentra no castelo em direção aos seus aposentos.
Seu melhor amigo falara que ele não havia sido corajoso em batalha, mas apenas ele e Ravenclaw conheciam a verdade, pois ele arriscara mais que qualquer um para acabar com a guerra e agora se culpava.
“Maldito Gryffindor e sua odiosa mania de salvar o mundo, de que vale salvar o mundo se você não pode tê-lo para si mesmo” – pensava o fundador aborrecido.
O feitiço de Ravenclaw nunca havia sido testado antes e por isso a mulher lhe avisara que o feitiço poderia ter efeitos colaterais. Enorath recorrera à magia das Trevas antiga que remotava dos primórdios dos tempo e nem mesmo o próprio bruxo das trevas sabia a extensão do poder que ele poderia ter invocado.
Angustiado Salazar Slytherin olhou ao espelho e reparou que uma rala pelugem nascia em seu queixo, barba não era um fato característico de sua família e isso o deixou preocupado, pegou sua varinha e fez a barba desaparecer torcendo que esse fosse o único efeito colateral do feitiço.




N/A: A melhor maneira de começar uma fic que é falar como tudo provavelmente começou!!! Comentem...
OBS: Pobre Autor Abandonado Aceita REVIEWS!!!!
Responderei as reviews e comentários na medida do humanamente possível

Por ser uma fic muito extensa, pensei em criar fics menores para as histórias de importância menor ocorrendo paralelamente ao enredo principal para não prejudicar a velocidade da estória e poder detalhar de maneira mais precisa fatos que poderiam me escapar se fossem de outra forma.

(1) Segundo a mitologia Grega o lugar mais profundo e terrível do submundo (ou além) era conhecido por tártaro, lá ficavam Crono e a maioria de seus irmãos Titãs, sendo vigiados por Hades (deus do submundo) e os seus tios Hecatôpodes (Criaturas de 100 braços que foram outrora aprisionados por seus irmãos Titãs).
(2) Conferir definição de Farosutil mais completa no livro “Animais mágicos e Onde Habitam”
(3) A Profecia citada será abordada mais adiante no decorrer da fic
(4) Helga Hufflepuff nessa fic é inglesa de origem anglo-saxônica, por parte de pai e céltica por parte de mãe.
(5) Na fic, Salazar Slytherin é um cientista-bruxo (um tipo de inominável do passado), que dedicou sua vida a desenvolver a magia e leva-la a níveis jamais vistos anteriormente, até o começo da Guerra, além de ser muito cético em relação à “imprecisa Arte da adivinhação”.
(6) Nessa fic, antes de conhecer os demais fundadores, Godric Gryffindor já havia ficado famoso por percorrer o mundo junto ao seu irmão Theodore Gryffindor lutando diversas vezes contra as forças das trevas. Gryffindor acredita na adivinhação, mas crê que o homem traça seu próprio destino com suas ações.
(7) Rawena Ravenclaw é descendente por parte de pai de Mouros que viveram na Escócia e por parte de mãe de uma tradicional família bruxa que é conhecida por ser artesã de varinhas por séculos, sendo ela considerada a melhor artesã de varinhas de todos os tempos, além de uma ótima vidente.
(8) Hog = Controle, Domínio; Wart = Crescimento, Desenvolvimento; Hogwarts = Crescimento Controlado.
(9) A época dos fundadores coincidiu com a época que “Inquisição” e o “Tribunal do Santo Ofício” queimavam um monte de gente afirmando que estes eram supostamente bruxas, magos e feiticeiros.

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