*~ A declaração de Gina ~*



Era noite, Harry estava deitado em seu quarto na Rua dos Alfeneiros nº 4 ainda muito abalado pela morte de Dumbledore no ano passado e pensando o que faria da sua vida dali pra frente quando completaria seus 17 anos e perderia a proteção que sua mãe teria lhe dado quando morreu.
Ele seria maior de idade a partir de amanhã, dia 31 de julho, e desde que saiu da escola sempre pensava em Gina que era sua namorada e se preocupava muito com ela com medo que Voldemort ou algum de seus Comensais da Morte pudesse ir atrás dela ou dos seus amigos Rony e Hermione. Tinha muita saudade deles e como sempre eles não mandaram nada, nem uma coruja desde a última vez que se viram, estava zangado com tudo isso. Em seu pensamento aquela voz chata sempre dizia: “Eles não gostam mais de você Harry, eles te esqueceram.” Harry odiava aquela voz, ela no seu quinto ano em Hogwarts disse que ele tinha virado Voldemort quando aquela cobra atacou o Sr. Weasley, pai de Rony. Ele a ignorou.
Ele não conseguia dormir a muito tempo, Edwiges, sua coruja, tinha saído para caçar, seu primo Duda estava roncando no quarto ao lado e Harry de vez em quando ouvia uns barulhos estranhos vindo do quarto de seu tio Válter e tia Petúnia.
Harry virou-se na sua cama velha e olhou para a janela, foi quando viu quatro vultos vindo em direção a sua casa, um deles ele reconheceu, era grande e branca como neve, Edwiges, sua coruja voltando da caça, atrás vinham outras três corujas, uma era muito pequena e voava com muita dificuldade devido aos dois embrulhos que carregava, era Pichitinho, a coruja de Rony, outra era marrom escura, muito bonita por sinal, que ele conheceu também, era Hermes, a coruja de Percy, irmão de Rony trazendo um grande embrulho e a outra coruja era uma de igreja trazendo uma caixa de tamanho médio.
Quanto mais perto às corujas ficavam a tristeza de Harry ia indo embora, levantou da cama correndo e abriu a janela, as corujas entraram e pousaram na cama com um baque surdo.
Harry fez um carinho na cabeça de Edwiges que retribuiu dando um suave pio e começou a abrir os embrulhos tão depressa que as quatro corujas tiveram que voar pra cima do armário. Pichitinho ficou piando agitadamente como sempre.
No embrulho maior tinha um grande bolo que ele tinha certeza que era da Sra. Weasley, mãe de Rony, junto dele vinha um pergaminho, Harry acendeu a luz do quarto e começou a ler:

“Olá Harry querido,
Feliz aniversário.
Estou te mandando esse bolo, que eu mesma fiz somente para você porque o Rony estava doido pra pegar um pedaço, porque eu sei que as coisas ai na casa do seu tio não estão indo muito bem, estou sabendo que eles não estão te dando almoço, eu não quero ver você magrinho meu filho. Você tem que se alimentar.
Você sabe que eu gosto muito de você como um filho porque eu sempre falo isso, tenho muito orgulho de você, não se esqueça que eu sempre estarei do seu lado quando você precisar.
E mais uma vez feliz aniversário!
PS: Se o bolo foi entregue meio amassado não ligue, foi a Hermes que caiu com o bolo tentando ajudar o Pichitinho na hora da entrega.
Beijos.
Molly.”

Ele ficou feliz com o presente, estava mesmo passando fome ali naquele lugar, enfiou a mão no bolo comeu um pedaço tão grande que se engasgou e não tardou a abrir o segundo embrulho. Nele tinha um lindo pomo-de-ouro e junto dele tinha um grande pôster do seu time de quadribol favorito: Chudley Cannons. Esse ele teve certeza que foi do Rony, fechou a janela do seu quarto e soltou o pomo, ele ficou voando dentro do quarto seguido pelos grandes olhos das corujas que estavam em cima do armário. Harry ficou admirando aquele pomo perdido em pensamentos, com saudade de jogar quadribol. Olhou para sua Firebolt que estava jogada no canto do quarto, com a tristeza que estava nem ligou mais em limpar ela, e pensou como seria legal voltar a voar em uma vassoura, mais não fazia muito tempo que voava em uma, a última vez foi quando estava voltando daquele lugar estranho onde foi com Dumbledore atrás de uma das Horcruxes de Voldemort. Logo começou a ficar triste de novo, pensando na morte de Dumbledore. Junto com a tristeza, nasceu a vontade de descobrir quem é aquele tal de R.A.B. “Mas é melhor esquecer isso por enquanto” – pensou ele – “ Amanhã é o meu aniversário, tenho que pelo menos tentar curtir ele”.
Encontrou um pergaminho no presente de Rony, não era muito grande, sorriu e começou a ler:

“E aí Harry!!!
Feliz aniversário cara!
17 anos hein? Como o tempo passa rápido né?
Todo mundo aqui está com saudade de você, principalmente a Gina, ela não para de falar de você, é o tempo todo... Ah, o Harry é lindo... O Harry é educado... Ele tem uma tatuagem de um Rabo-Córneo-Húngaro nas costas... Ele é valente... E etc...
Isso está ficando chato... E você tem mesmo essa tatuagem?
Daqui a pouco eu vou proibir o namoro de vocês hein...
Brincadeira...
Beijos.
Rony...”

Harry começou a rir sozinho no quarto, olhou pro pomo que continuava voando pelo quarto, comeu mais um pedaço do bolo e pegou outro embrulho, esse ele tinha certeza, pelo formato, que era um livro. “Hermione... -- pensou ele rindo – só pode ser dela”. Abriu o embrulho, pegou o livro, leu o nome “Hogwarts, uma história” e riu, ela já falou tanto desse livro que ele nem precisa ler, já sabe tudo sobre Hogwarts, graças ao maravilhoso Mapa do Maroto que Fred e Jorge, irmãos de Rony deram pra ele no terceiro ano dele em Hogwarts. Nesse mapa tem todas as entradas secretas da escola, mais mesmo assim aceitou o presente. Pegou o pergaminho e leu:

“Olá Harry
Feliz aniversário!!!
Estou te mandando esse livro muito bom porque eu percebi que você é muito interessado na história da nossa saudosa escola.
Espero que você o aproveite tão bem quanto eu aproveitei. É um ótimo livro.
Estou passando as férias aqui em Paris de novo, adoro as comidas, o sotaque Francês, queria tanto que você e o Rony estivessem aqui comigo...
Bom, vou terminar por aqui...
Feliz aniversário de novo Harry.
Beijos
Mione.”

Harry ficou olhando para a capa do livro sorrindo, mais reparou que tinha mais um embrulho bem pequeno... Não imaginava de quem seria mais abriu assim mesmo. Tinha um cartão, e pra surpresa dele era todo vermelho e estava escrito bem grande na capa com letras tortas, EU TE AMO!!!
Ele pensou logo em sua namorada Gina, e era dela mesmo, abriu o cartão e leu:

“Hem, hem...
Harry, seus olhos são como dois sapinhos verdes...
Brincadeirinha...
Olha Harry, eu vou ser bem sincera, desde a primeira vez que você veio aqui na Toca eu tenho uma “quedinha” não, um tombo mesmo por você... Mais eu vi que você nunca me deu bola, eu pensava que você poderia começar a gostar de mim no dia que você me salvou do Tom Riddle na Câmara Secreta, mas eu me enganei, aliás, você foi muito corajoso naquele dia. Eu comecei a desanimar e desistir de te conquistar, até o dia que você começou a gostar daquela vaca... Ops, desculpa... da Cho Chang. Aí mesmo que eu tentei conquistar você porque eu odeio ela, fiquei com vários garotos só para chamar sua atenção, pra ver se você ia ficar com ciúme, como o Miguel Corner, mas você nem viu...
Quando aquela outra vaca... Ops, desculpa de novo... a Umbrigde não deixou mais você jogar quadribol, foi eu que me indiquei ao cargo de Apanhadora pra também chamar sua atenção, mais você de novo não viu...
Foi só eu ficar quieta, “desistir”, que você começou a reparar em mim, no meu jeito de ser, meu jeito de falar, de me comportar entre as pessoas, na minha maldição contra bicho-papão e no jeito que eu jogo quadribol.
Mas no fim de tudo, eu consegui o que eu queria, que era ter você, eu fiquei desesperada quando no ano passado no enterro do Dumbledore, você disse que nós deveríamos terminar. Eu não posso e não quero terminar com você, se você tem medo que eu fique em perigo, não se preocupe comigo porque se for preciso eu lutarei até contra V-Voldemort por você, eu lutei tanto pra te conquistar que eu não quero que isso acabe tão fácil assim. Porque eu só descobri o que é o amor depois que eu te conheci...
Te amo demais Harry... E não adianta que eu não vou te esquecer tão fácil assim.
Beijos.
Gina.
PS: Hoje eu estou inspirada...”

Agora Harry ficou mais feliz ainda, depois de uma declaração dessas quem não iria ficar feliz? Ele estava muito cansado e com sono depois de tudo que leu. Tirou os pergaminhos, os presentes e o bolo de cima da cama, guardou os presentes e os pergaminhos no armário e o bolo na tábua solta embaixo da sua cama, deitou-se feliz porque seus amigos lembraram-se do aniversário dele e finalmente adormeceu.





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