TUBOS PRATEADOS



Harry e o sr. Weasley caminhavam em direção A Toca. O garoto não pode deixar de perceber que o alegre sr. Weasley, tentava disfarçar alguma coisa — que, pensou ele, devia ser preocupação com o casamento de seu filho, Gui, que fora atacado por um “lobisomem”, a pouco tempo, com Fleur Delacour, uma jovem ex-aluna da Beauxbatons, cuja diretora era Madame Máxime, uma mulher muito grande, amiga de Hagrid:
— Sr. Weasley é… está tudo bem com o Gui? — disse Harry, constrangido.
— Oh sim Harry, eu só estou um tanto preocupado com o casamento, acho que eles
deviam esperar mais um pouco, sabe, o Gui ainda não está 100% bom.
— Eu entendo…
— Agora, Harry, quanto ao que lhe falei, sobre a Penseira…
— Sim.
— Minerva não sabe que eu iria lhe contar, na verdade eu nem devia ter lhe contado, então, se você poder disfarça…— disse o sr. Weasley, parando e olhando encabulado para Harry — E, mais uma coisa, acho que ela vai querer pergunta, mais uma vez, o que você e Dumbledore estavam fazendo, naquela… — as lembranças daquela noite vieram, rapidamente na mente dos dois — noite e aonde estavam.
— Não se preocupe senhor, eu não vou dizer nada sobre o que me falou sobre a penseira, e também não posso dizer nada sobre o que eu e o Professor Dumbledore fazíamos naquela noite, nem onde estávamos.
— Bem Harry, você tem todo o direito de fazer isso, mas é bom que saiba: todos queremos apenas lhe ajudar, ok?
— Obrigado, eu sei disso.
Continuaram a caminhar em direção á casa, que estava próxima a eles agora.
Quando bateram na porta, uma voz muito familiar perguntou:
— Artur, é você? — Harry reconheceu aquela voz, de imediato, sem duvidas era a sra. Weasley, mãe de Rony.
— Molly! A Pergunta!
— A querido, isso é ridículo, agora. E eu sei que é você, e com certeza Harry está com você também.
— Não importa, pergunte! — rosnou o sr. Weasley exasperado.
— Está bem: qual sua maior ambição?
— Descobrir como os aviões se sustentam no ar, agora Molly…
Mas já era tarde. A sra. Weasley abriu a porta e fez os dois entrar e, sem dar ouvidos ao que o marido lhe dizia. Abraçou-o e foi em direção a Harry, envolvendo o jovem rapaz em um reconfortante abraço — deixando-o encabulado:
— Harry, querido, parabéns! Mas, Merlin! Como você está magro, venha comigo, vou preparar algo pra você.
— Obrigado, sra. Weasley, ma seu não estou…
— Ora, querido, não precisa agradecer, venha, todos estão na cozinha também, estão esperando por você.
— Ok, então.
Os três se dirigiram para a cozinha. Rony e Mione estavam sentados juntos, em um lado da grande mesa de jantar, que estava coberta com um típico café-da-manha Weasley, à sua frente, Harry não pode deixar e reparar, Gina brincava com a comida, aparentemente sem fome, e triste — o animal em seu peito se esbofeteou —, ela pareceu não notar sua presença, ou fingir que não o vira. A professora Minerva também estava ali, e lançou-lhe um olhar de preciso falar com você, agora!, sem saber que ele já tinha conhecimento disse. Hermione levantou-se, com o Rony, e foi ao encontro do amigo:
— Harry! Parabéns! Estava com muitas saudades de você. Como você está? E os Dursley, falaram alguma coisa coma sua partida — a garota, empolgada, metralhou Harry com uma torrente de perguntas, mal dando espaço para o garoto responder as questões, foi Rony quem a “cortou”.
— Mione, desse jeito você vai faze-lo ir embora — gargalhadas foram ouvidas. Então, parabéns cara.
— Obrigado. Não estou vendo Fred e Jorge, nem Gui e a Fleur.
— Fred e Jorge estão morando, definitivamente, na loja deles — respondeu Rony.
— E Gui está no quarto, com a Fleur — completou Hermione.
— Hum… ele está melhor, Rony?
— Está sim cara, só tem que ir ao St. Mungus às vezes, porque não sabemos quais serão as… conseqüências, já que o lobisomem que o atacou… não estava… transformada — Rony falou em um tom baixo, quase inaudível, resignado.
— Ele vai ficar bem Rony, sei que vai — consolou-o Harry.
A professora Macgonagal veio em na direção do trio, parando ao lado de Harry e disse:
— Olá, Harry, parabéns por alcançar a maioridade — Harry corou, não estava acostumado a receber parabéns da sua professora de Transfiguração. — Bem, Harry vou ser direta, preciso falar com você agora, sinto muito Molly, mas preciso falar realmente agora — afirmou ela, ao perceber o olhar de desaprovação da Sra. Weasley.
— Por mim tudo bem — concordou o garoto.
— Podem ir para a sala, vão ficar melhor lá, esperaremos aqui — disse o sr. Weasley.
Os dois se dirigiram para a sala de estar d’A toca, seguidos pelo olhar de curiosidade de Rony e Gina. Harry fiou um tanto triste — Gina não falara com ele.

Ao chegarem na sala dos Weasley, sentaram-se nos sofás. Minerva parecia preocupada com algo, pensou Harry:
— Professora, Hogwarts, irá fechar? — disse Harry, olhando para Macgonagal, que estava a sua frente. Ainda que não pretendesse terminar os estudos em Hogwarts, esse ano, Harry sabia que Hogwarts era o lugar mais seguro, em todo o país.
— Bem Harry, o Ministro ainda não se decidiu quanto a isso, mas — o som da sua voz refletiu um leve sentimento de resignação — receio que nossa Hogwarts fechara suas portas.
Harry não pode esconder sua tristeza com a noticia, Hogwarts fora, sem sombra de duvidas, sua casa nos últimos seis anos, e a idéia de que talvez ela jamais voltasse a abrir sua portas, para ensinar a outros jovens bruxos e bruxas tudo que ensinara, não era nada confortável.
— Eu sinto muito, professora…
— Acho que de certa forma todos sabíamos que isso aconteceria, não é mesmo — Harry se perguntou se Minerva sabia transfigurar sorrisos, porque ela esboçava um em seu rosto. Ele sabia que seria difícil a escola reabrir depois da invasão dos Comensais e a morte de Dumbledore, no ultimo ano letivo. — Mas Harry, é sobre outro assunto que quero falar com você — chegara o momento.
“Serei direta, Potter, o testamento de Dumbledore foi aberto recentemente, e ele deixou alguns de seus bens para você.”
— Dumbledore, deixou… algo pra mim…? — ele fingiu muito bem, lembrando da recomendação do senhor Weasley.
— Foi o que acabei de dizer, Harry — ela parecia estar lha avisando que acabara de ganhar uma detenção, em sua sala.
— E o que ele me deixou?
— A Penseira que ele usava, uma carta, e… — o cérebro de Harry trabalhou bem rápido: Dumbledore, lhe deixara uma carta, talvez algo importante, quem sabe uma pista sobre as Horcruxes, e havia algo mais — alguns Tubos de Lembranças.
— Tubos de lembranças?
— Sim, Harry, Tubos de lembranças.
— E a senhora sabe de quem são, quero dizer, as lembranças neles?
— Na verdade não, mas acredito que sejam de Dumbledore. Espere um minuto, Harry.
A professora se levantou e foi até cozinha, deixando Harry sozinho, na sala.
Ele tentava se lembrar de quem poderiam ser as lembranças naqueles Tubos. Era bem provável que fossem as mesmas que ele e o falecido diretor, estudaram durante o ano passado, em busca de pistas sobre as Horcruxes de Voldemort, mas ainda assim ele não conseguiu chegar a uma conclusão.
Minerva voltou com o sr. Weasley, que trazia, Harry pode ver, a penseira nas mãos. O garoto se levantou, e foi ao encontro dos dois, antes que eles o alcançassem; o senhor parou ao lado de Minerva, que trazia um envelope e alguns tubos prateados, que Harry deduziu serem as lembranças deixadas por Dumbledore:
— Aqui estão, Harry — disse a professora, lhe entregando o envelope e os Tubos de Lembranças.
— Obrigado, professora.
— Por nada, Harry. Artur, — disse olhando para o sr. Weasley — preciso ir agora, preciso resolver algumas coisas em Hogwarts, voce pode dizer “tchau” a Molly por mim?
— Tudo bem Minerva, eu digo. Harry, segure isso — disse entregando a penseira a Harry — eu a acompanho até a porta.
— Ah, sim.
— Então vamos. Harry estão esperando por voce lá dentro. Minerva…
Estavam no meio do caminho, quando Minerva se virou para Harry disse, antes de atravessar a porta:
— Não se esqueça, Harry: Hogwarts estará sempre aberta para você.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.