A HERANÇA DE DUMBLEDORE
Os ultimos raios de sol começavam abandonar a casa, situada na rua das Alfeneiros, numero 4. Em seu quarto, um jovem, com um corpo que começava a mostrar o fim de uma tempestuosa, porem alegre, adolescência, cabelos negros, sempre rebeldes e uma leve cicatriz em forma de raio no meio da testa, repousava em sua cama, tentando esquecer os fatos ocorridos no fim de seu ano letivo, na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Harry Potter não conseguia aceitar, ou entender, todos os fatos daquela noite em que vira seu amigo e mentor, Alvo Dumbledore, ser covardemente assassinado, por Severo Snape, o ex-professor de Poções, — e agora também de Defesa Contra as Artes da Trevas — o qual odiava Harry; depois de uma serie de incidentes trágicos: a busca pela horcruxe de Voldemort, que no fim mostrara-se falsa, na caverna onde ele havia escondido-a; a fraqueza que a poção ingerida por Dumbledore, naquele lugar, causou no velho bruxo e, Harrytinha certeza, fora “a sorte de Snape”; o ataque dos Comensais da Morte — seguidores de Voldemort — a Hogwarts e a traição de Severo, ao homem que mais confiava nele em todo o mundo Bruxo.
A vida fora injusta com Harry. Ainda bebe teve seus pais mortos, e quase morrera, devida a uma profecia predita pela Profª de adivinhação, em Hogwarts, Sibila Trelawney; anos depois, quando encontrara seu padrinho, Sirius Black — que ficara anos preso, injustamente, em Azkaban, por crimes que não cometera — sentia realmente que poderia ser feliz, contudo voltou a sofrer, com, dois anos depois do encontro com Sirius, o viu morrer em uma batalha no ministério da magia, pela dita Profecia… e agora Dumbledore.
Harry levantou-se, e foi até a janela. Minúsculos pontos brilhantes começavam a aparecer no céu escuro, olhou para a rua, completamente vazia, as casas fechadas — com certeza pelo fato de que, segundo um aviso do primeiro Ministro, um perigoso criminoso estava a solta — sustentando apenas as luzes das lâmpadas dentro delas. O garoto sentiu, naquele instante, mais uma vez naquele verão, o peso da missão da qual estava incumbido: Derrotar e matar, de uma vez por todas, Voldemort.
Ele havia começado a fechar a janela de seu quarto, quando avistou uma coruja vindo em sua direção. A ave entrou cortando o vento pelo quarto, e pousou em cima da cama de Harry. Trazia uma carta.
Harry aproximou-se do animal, agarrou-lhe a pata e retirou o pequeno pacote, acariciando a coruja, que lhe retribuiu o carinho com uma leve bicada — o que deixou Edwiges com uma olhar de ameaças para a intrusa:
—Obrigado, voce já pode ir. Qualquer coisa envio Edwiges com a resposta, ok?
A coruja, pareceu entender e saiu, voando pela janela, ainda aberta.
Harry olhou para Edwiges, e percebeu o olhar, que ele bem conhecia, na coruja. Riu para ela, que lhe deu as costas, e abriu o envelope.
Era de Rony, seu melhor amigo.
“Olá Harry!
Bem, antes, parabéns pelo seu aniversario; papai me pediu pra lhe avisar que irá busca-lo, se voce quiser, amanha pela manha, e traze-lo para A Toca. Não vou dizer muito, porque quero conversar com voce pessoalmente — sobre a Gina, ela anda bem estranha, sabe? — e outras coisas também."
Harry congelou naquele momento. Tivera que terminar o rápido namoro com a mais jovem Weasley, Gina — por causa da dura missão que teria que cumprir — e, acima de tudo, proteger a garota. A certeza de que a veria logo fez o animal em seu peito pular de alegria.
"E, ah sim, a professora Minerva vai vir vê-lo também, disse que tem que lhe entregar algo que Dumbledore deixou para voce (eu e Mione, estamos bem ansiosos pra saber o que é, e tenho certeza que voce também agora, hein cara?)"
Dumbledore lhe deixara algo? Mas o que poderia ser? Algum livro, algo que lhe ajudasse na busca pelas horcruxes? A mente de Harry trabalhou rapido,e ele imgainou quase todas as coisas que o ex-diretor de Hogwarts poderia ter lhe deixado. Continuou a leitura.
"Por hora é isso, Harry, nos falamos amanha, ok? Responda logo, ok? Até mais.
P.S: Eu e Mione, bem… estamos namorando. Até mais."
Ao terminar de ler a carta Harry sentiu, simultaneamente, alegria, saudade e um grande anseio de ir logo para A Toca e se encontrar com seus verdadeiro amigos, sua família de verdade. 'Pensou em Rony e Mione, Namorando, hein? Já era tempo', e sorriu enquanto escrevia, sua reposta, em um pedaço de pergaminho. Ao terminra foi até a gaiola de Edwiges. A coruja rebelou-se por um momento mas acabou cedendo ao dono.
Harry amarrou o pedaço de pergaminho na pata dela e lhe disse a quem entregar:
— Entregue a Rony, está bem?
A coruja lhe deu uma leve bicada, como se dissesse "Sim, eu entendi". Segundos depois Harry a avistava voando, pela janela, um único pensamento em sua mente: amanha estaria, realmente, em casa.
Harry aproveitou para arrumar suas coisas antes do jantar — o ultimo na casa dos Dursley— estava decidido a nunca mais voltar àquele lugar depois daquela noite, alias, nem estaria ali se Dumbledore não lhe tivesse pedido para permanecer com os Dursley até completar dezessete anos, quando o feitiço protetor, lançado em Harry, acabasse.
O quarto estava, como sempre, uma bagunça. Livros e vestes se misturavam no malão, ao pé de sua cama, lembrou-se de como Tonks, com um pequeno balanço de sua varinha, arrumara, a dois anos atrás, suas coisas — e, como se agora “caísse a ficha” dentro dele, recordou que, pelas leis do mundo bruxo, ele agora era maior de idade, ele agora podia fazer magia em qualquer lugar. Mas, ainda assim, resolveu organizar suas coisas do jeito tradicional, como uma ultima lembrança. Organizou vestes, livros e todo mais no malão — tomando cuidado para não esquecer as coisas escondidas na tabua solta, em baixo de sua cama. Olhou para a gaiola de Edwiges, que estava cheia de titica, algumas pequenas penas soltas e restos dos baquetes da alva coruja. Pensou bem, 'Eu posso, não é? Não vai ter nenhum problema!', e com um pequeno gesto de sua varinha, em direção a gaiola, a limpou completamente!
Sentiu-se feliz, não por limpar a gaiola, mas por saber que agora nada o intimidaria… nada, nem ninguém!
Depois de arrumar tudo, e verificar mais de uma vez que não esquecera nada, ele desceu, depois de um reconfortante banho, para o jantar. — seu jantar, porque os Dursley não esperaram — Harry esquentou seu jantar, no sempre limpo, microondas da tia, que rosnou um Não deixe nada sujo, aí dentro!, para ele, da sala de estar. Harry não lhe deu ouvidos, continuou a jantar desejando que o dia acabasse logo.
Após terminar o jantar, e limpar tudo, dirigiu-se a sala de estar, queira falar com os tios.
Estavam os três, tio Valter, parecendo um leão marinho, Tia Petúnia, magra como nunca, e Duda, bem esse refletia o resultado de suas dietas. Os três assistiam tv, Harry os chamou, mas fingiram não ouvir, irritado o garoto apontou a varinha para a tv, que desligou:
— Não vou tomar seu tempo — disse Harry, exasperado — só estou avisando que amanha de manha estou indo embora, e nunca mais me verão, agradeço pela péssima forma que me criaram, o que me livrou de ser como o Duduzinho, e seria bom não falarem nada, nunca mais, sobre mim e meus pais, pelo menos nada que os ofenda, porque eu vou ficar sabendo, e nada, absolutamente nada me impede de estuporar vocês. Obrigado, e até um dia, quem sabe. Podem voltar à sua reunião de família.
Os três Dursley se olharam, sem saber o que dizer. O medo tomou conta de Duda, medo de seu primo querer se vingar de tudo que ele o fizera; tia Petúnia tremeu, como se tivessem acabado de lhe atirar água fria e tio Valter, lá no fundo, sorria, satisfeito.
Harry subiu as escadas, em direção ao seu quarto, para sua ultima noite na rua dos Alfeneiros. Derramou-se na cama e logo adormeceu, sem ao menos por o pijama. No dia seguinte acordou cedo e esperou pelo sr. Weasley, que chegou as 9h:
— Harry!
— Olá senhor, como vai?
— Estou bem Harry, muito bem, na medida do possível, claro.
— Então vamos?
— Aclaro, já arrumou suas coisas?
— Sim está tudo aqui. Vamos voando?
— Na verdade vamos aparatar nos terreno d’A Toca.
Harry lembrou-se da primeira vez que aparatou, com Dumbledore.
— Harry, eu não devia contar, mas é excitante demais lhe deixar isso oculto.
— O senhor se refere ao que o professor Dumbledore me deixou? Sabe o que é? — a ansiedade o tomando.
— Na verdade sei sim, mas antes — com um aceno da varinha o malão de Harry e a gaiola do garoto sumiram, o senhor Weasley se aproximou de Harry, pegou pelo braço e disse — Harry, você ganhou uma penseira, a penseira de Dumbledore!
Desaparataram, segundos depois Harry podia ver A Toca, à sua frente.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!