Learning to Breathe
(Nós dois estivemos procurando por algo, nós tivemos medo de encontrar. É mais fácil ser quebrado, é mais fácil esconder. First time – Lifehouse)
Permitiu que o vento lhe bagunçasse de um modo impiedoso mais ainda seus cabelos, se é que isso poderia ser possível. Estava cansado mais do que nunca, exausto de tudo e de todos, com o peso da vitória da Copa das Casas em suas costas. Contavam com ele para que mais um ano a Grifinória levasse o troféu. Estava procurando manter-se fora de problemas o máximo possível, claro que era estranho e totalmente impossível alguém como ele tentando fugir problemas, já que praticamente deveriam ter-lê dado o nome de James Encrenca Potter ao invés de somente James Potter. Pelo menos até o bendito campeonato passar ele precisaria se manter assim. Detenções intermináveis era o que ele menos precisava no momento, não poderia perder nenhuma noite de sua semana fechado em alguma sala do castelo cumprindo-as.
Porém James vinha cometendo um pequeno erro diante de toda essa obsessão. Havia se esquecido completamente de Lily. Desde aquela noite no salão comunal em que ela acabou adormecendo não havia tido mais tempo suficiente de sentar com a amiga para perguntar-lhe como andavam as coisas, quais eram as notícias, se ela estava melhor. Para falar uma boa verdade, andava tão distraído e preso em seu próprio mundo que mal se dava ao trabalho de reparar a sua volta.
Além do Campeonato das Casas outra coisa vinha lhe preocupando. Toda noite aquele mesmo sonho vinha lhe perturbar. Não conseguia entender ao certo o que aquelas cenas queriam lhe dizer. Contara a Sirius o que havia sonhado mas este no momento também estava sendo de pouca ajuda. Se duvidasse andava tão perdido quanto ele.
Andava tudo muito assim, estranho, confuso, as pessoas pareciam diferentes, talvez fosse aquele céu cinzento de todos os dias, que não possuía a menor esperança de um final de tarde alaranjado com aquele calorzinho do fim do dia tocando a pele.
Estava agora só no campo de quadribol, se havia algum lugar de que ele realmente gostava naquele castelo, o lugar era este. Parecia ao rapaz que uma parte dele se encontrava ali. Ali era mais fácil de organizar os pensamentos, é claro que isso somente quando ficava só, de encontrar a chave para seus problemas, de pensar no que fazer, tudo tornava-se mais fácil, sentia-se mais livre, era como se nada pudesse lhe atingir enquanto estivesse ali.
Sentia uma sensação de vazio, não entendia como isso poderia ser possível, estava quase tudo perfeitamente bem. Tinha medo de olhar para o interior de sua alma, sabia que encontraria verdades as quais não lhe agradariam nenhum pouco. Desejos que buscava a todo custo esconder o máximo que pudesse. Não, nada disso poderia acontecer. Por que tudo não poderia ser simplesmente mais fácil de se resolver? Não era um bruxo? Por acaso não possuía poderes? E de que adiantava tudo isso se não conseguia resolver definitivamente tudo aquilo? Como ele poderia estar confundindo dessa maneira?
“Ah James! Sempre fazendo tudo errado não é?” Pensava ele. “Vai lá, estrague tudo, faça tudo de uma vez, não espere, aja no impulso. Não é assim que você gosta de fazer tudo?”
Faltava tão pouco para decretar sua consagração definitiva ou sua ruína absoluta. Onde estaria Lily nessa hora, o que estaria fazendo. Precisava tanto passar um dia todo conversando com ela, ouvindo tudo o que ela sabiamente dizia. Lily era de uma pureza intocável, de uma inocência invejável. Ela era alguém o qual ele jamais poderia se imaginar vivendo sem. Ela era essencial, e isso era muito mais do que fato. Não gostava nenhum pouco de pensar que apenas daqui alguns poucos meses eles estariam terminando a escola, e com isso separando suas vidas. Ninguém sabe o que depois daqueles muros a vida lhe esta aguardando. Ele tentava não admitir, fingir que não via, mas era um completo vazio sem ela.
E como ele podia estar fazendo isso com ela? Sumir assim, nem ao menos um ‘bom dia’. O que estaria ela pensando disso tudo? James sabia que de forma alguma ela o procuraria, ainda mais desse modo com que ele sumiu.
Era um perfeito idiota. Não cansava de dizer isso para si o tempo todo.
Longe da confusão de seus pensamentos avistou um borrão seguindo em sua direção. Não pode identificar de imediato que poderia ser. Estava ficando mais míope a cada dia, só podia. Apertou os olhos tentando ver quem era. Pensou que talvez pudesse ser ela. Mas é obvio que não poderia ser ela. De modo algum.
O borrão estava cada vez mais perto, vestia um suéter verde que contrastava divinamente com a cabeleira ruiva. Entretanto o que demais bonito estava vestindo naquela noite era um sorriso. Um sorriso o qual a muito ele não tinha a oportunidade de ver.
Pensou que as horas excessivas de treino estivessem lhe causando alucinações. Estava enganado.
- Oi Potter! – Disse ela com simplicidade, tímida.
- Lily! O que você está fazendo aqui? – Ela o olhou como se pedisse se deveria ir embora. – Não, não é isso que eu estou querendo dizer, só que a última pessoa que eu esperaria encontrar aqui era você. – Por que se enrolava tanto quando estava diante dela?
- Você sumiu. Senti sua falta. – Lily falou enquanto buscava olhar para qualquer coisa que fosse menos para ele.
- Eu sei, desculpa, eu ando estranho, ocupado, preocupado demais. Perdão.
- Pensei que a conversa que tivemos no começo do ano estivesse mesmo valendo. Por acaso não se lembra do que combinamos que enquanto estivéssemos juntos, tivéssemos a amizade um do outro, tudo poderia se resolver e logo ficaria tudo bem novamente? Eu fiquei tão preocupada com você. Não conseguia encontrar o momento adequado de vir falar com você... Ah James, me conte o que está acontecendo? – Pediu ela passando suavemente a mão pelo rosto do rapaz.
- Achei que jamais viesse me procurar. – Confessou James.
- Tolo!
- Você não pode imaginar o quanto eu precisei de ti estes últimos dias. Alguma coisa anda me sufocando, me preocupando. Ando tão preso no meu próprio mundo, tão egoísta.
- Por que simplesmente não me procurou, James? É tão difícil assim o que está se passando que te impede de me dizer?
O silêncio era total no lugar, cada vez mais ia se tornando frio. O vento deixara de ser uma simples brisa e tornava-se mais forte agora. Apesar de tudo a noite estava bonita. O que estaria Lily pensando enquanto olha para o céu, ela que tanto era fascinada por ele?
- Tem certeza que você não vai me contar? – Perguntou ela com toda a doçura que poderia encontrar no melhor modo de quebrar aquele silêncio que havia se instalado ali.
- E se eu te disser que nem mesmo eu consegui acertar o que está me fazendo tão mal assim? Eu não sei, talvez esteja sendo essa cobrança excessiva em cima de mim em ganhar essa bendita taça, que infelizmente eu também tanto quero. Ou essa confusão que esta dentro de mim. E agora esses sonhos estranhos toda noite. Realmente não sei te dizer ao certo o porquê de tudo isso, nem mesmo o motivo de ter pensando que você não viria, de ter passado todos esses dias sem te procurar. – Lily ouvia tudo atentamente. – O que está acontecendo? – Ele pediu.
Lily nada lhe disse, nada lhe respondeu. Apenas o abraçou. Um abraço de consolo, que nem se ela passasse o resto dos dias ali com ele tentando achar uma saída para o tormento interior de James seria tão significativo e eficaz como foi aquele abraço. Naquele momento ele se sentiu envolvido por uma tranqüilidade e leveza que a muito não sentia. Parecia que dali para frente tudo ficaria bem, não lhe restava mais nada com que se preocupar. Tudo estava calmo como há dias ele esperava.
Permaneceram ali ainda por um bom tempo, não havia o que ser dito, que tivesse explicação. Havia somente o que ser sentido.
Decidiram por fim entraram, estava ficando já tarde e o frio estava vindo junto.
(James POV)
Notei na manhã seguinte que Lílian não havia comparecido as aulas, não apareceu na hora do café, e tão pouco do almoço. Preocupado como sempre com ela, e ainda mais depois da noite anterior, perguntei a todas as pessoas possíveis se sabiam onde ela estava e o que teria acontecido.
Para meu desespero, não tardei a saber por uma de suas companheiras de dormitório, Emmeline Vance, que Lílian havia sido levada para a Ala Hospitalar ainda muito cedo.
É engraçado como quando você esta com pressa ou aflito com algo, tudo parece dobrar de tamanho, e era assim com a distância da onde eu estava, e que parecia aumentar cada vez mais tornando o caminho interminável até onde ela se encontrava.
Como podia ter adoecido tão de repente assim? Ainda na noite anterior ela parecia estar tão bem, além do mais a tanto tempo que não levávamos sustos como este, Madame Ponfrey, apesar de não ter conseguido descobrir qual era o mal que vinha atormentando minha frágil Lily garantiu que fosse o que fosse ela havia conseguido controlar com alguns remédios.
Cheguei a Ala Hospitalar com o rosto avermelhado devido ter caminhado o mais rápido possível até lá. Logo, pude avistar Lily repousando em uma das últimas camas, estava mais pálida do que o de costume, aparência mais frágil e muito mais fraca.
Ao lado da sua cama estava um bonito lírio dentro de um vaso. Senti um pouco do peso da aflição sair de minhas costas quando a vi ali, mesmo estando mal novamente, tinha desenhado no rosto aquele sorriso, aquele sorriso de esperança, o sorriso que sempre que ela dizia meu nome surgia clareando toda escuridão que havia em minha alma.
- James...
N/A: Gente, só uma coisa dizer: Des-cul-pa! Até no máximo mês que vem eu pretendo estar finalizando a fic, que teve seu numero de capítulos bem reduzidos, desculpem mais uma vez. Obrigada a Danny Black, Guh Thewlis, Tia Juh, Téh Lupin, Cissy Evans, Lisi Black, flá Marley, Nine Black, Nandinhah Evans Potter e Tammie.
Ah! E a Tefi por ter betado!
Valeu meninas, adoro vocês!
Beijos!
~Bruna que a muito tempo não assina Lupin
N/B: OI GENTE, EU TO DE VOLTA! (?) Mentira, é MIA que ta de volta e com tudo, huh? Bróbis disse que esse capítulo ta curto e podre, mas eu discordo. Só digo que ele está parecido com o Poynter. TÁ, PAREI! Então, né... Leiam, comentem e se tiver algum erro, dêem um grito que eu corrijo, ta? Acho que é só.
bejomeliga xx
Téh Lupin
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