Shooting Stars






Capítulo I

Shooting Stars.





Ele percorreu os olhos por todo o extenso Salão Principal, na esperança de encontra-la. Sabia que novamente não deveria estar bem. Simplesmente havia sumido para a última aula de Poções, que por sinal ela jamais deixava de comparecer. A preocupação novamente havia tomado conta de seu corpo. Precisava ir procura-la. Que se danasse o treino de quadribol que havia marcado para logo mais.

- Hey, James! Aonde você vai? – Perguntou Sirius, ao ver o amigo se levantar da mesa.

- Preciso procurar uma pessoa. – Antes mesmo que Sirius pudesse perguntar qualquer outra coisa sobre o treino, acrescentou – E a propósito, avise o restante do time que o treino dessa noite foi cancelado, certo?

Sirius apenas assentiu que sim sem entender o que poderia estar se passando para James desmarcar um treino com o campeonato batendo as suas portas.

- Remus... err – James estava sem jeito para fazer aquela simples pergunta. O Motivo? Nem ele sabia ao certo por quê. - Por acaso você viu a Lily no salão dos monitores hoje? – Perguntou ele, na esperança.

Agora Sirius já havia encontrado uma resposta para o motivo do cancelamento do treino.

- Não, não a vi desde a penúltima aula. Até mesmo ia pedir a você se você não poderia saber o que havia acontecido. Você sabe de alguma coisa?

Sem ao menos terminar de ouvir o que Remus estava lhe perguntando seguiu em direção a saída do Salão.

Com toda aquela movimentação de estudantes por todos os cantos que sempre havia naquele horário seria difícil encontra-la. Lembrou-se da chuva que havia caído mais cedo e daquele vento gélido que com ela havia trazido. Antes de tomar qualquer outra decisão decidiu ir até o Salão Comunal da Grifinória apanhar seu suéter. Poderia se arrepender mais tarde de não ter levado nada.

Bagunçou nervosamente os cabelos, já com o suéter em mãos, pensando em qual direção tomar. O mapa do Maroto nem por um momento sequer lhe passou pela mente.

Pensou em todos os possíveis lugares que ela poderia estar. Percorreu uma interminável quantidade de corredores. Mas somente um lugar ainda não lhe havia vindo a mente. A torre de Astronomia. Claro.

- Como eu não pude pensar nisso antes? – Indagou o rapaz para si próprio com um sorriso desenhado nos lábios, tomando rumo a Torre de Astronomia.

Era para lá que ela sempre corria quando qualquer problema acontecia, ou até mesmo sem nenhum motivo em especial. Não podia entender o tamanho do fascínio que a garota possuía por observar as estrelas. Ela poderia passar a eternidade toda, se fosse possível, apenas apreciando a graciosidade de seu brilho e a fascinante vastidão daquele céu negro.

James andou por outra eternidade de corredores e escadas que pareciam não ter mais fim. Por sorte, o mapa do maroto o fez lembrar de alguns vários atalhos que levavam a Torre de Astronomia.

Para sua sorte, a porta estava apenas encostada, o que mostrava que provavelmente haveria alguém lá em cima.

Não demorou a atingir o amplo observatório de astronomia. Hesitou por um momento em abrir a outra porta que ali havia. E se estivesse errado, e encontrasse apenas qualquer um lá há essas horas? Teria de arriscar. Ao abrir, a porta fez um rangido alto que fez com que jovem de cabelos ruivos desse um pulo para trás.

- Desculpe. Não tinha a intenção de te assustar –Desculpou-se James, enquanto a garota ainda possuía as mãos sobre o peito e a respiração ofegante.

- Tudo bem. – Falou ela com um riso fraco. – Eu estava completamente concentrada aqui, como sempre, e acabo esquecendo de todo o resto ao redor.

A sala estava parcamente iluminada por uma pequena tocha no canto e pelo brilho que a majestosa lua que se erguia proporcionava.

- Algum motivo em especial dessa vez? – Perguntou ele curioso.

- Na verdade não. – Respondeu ela voltando a atenção para a luneta a sua frente.

- Fiquei preocupado com seu sumiço repentino – Disse James enquanto encarava os sapatos.

- Preocupado? – Perguntou a moça surpresa o encarando firmemente com aqueles olhos verde-esmeralda de um brilho estonteante. Como o brilho de uma estrela.

- É! Preocupado, mocinha – Lily fez um bico cômico ao ‘mocinha’ de James – E não faça esse bico. Sei lá! Pensei que pudesse ter acontecido algo como das outras vezes já que você desapareceu sem mais sem menos.

- Desculpa James. Do nada eu me vi com uma vontade imensa de ficar sozinha. Obrigada por se preocupar comigo. De verdade. – Sorriu ela.

- Você sabe que pode contar comigo sempre que precisar, não sabe?

- Sei sim.

Um silêncio incomodo instalou-se pela Torre. Incomodado com a situação James perguntou:

- Mesmo com toda a chuva que caiu pela tarde, e o tempo nublado, ainda consegue-se ver algo?

- Certamente que sim – Respondeu ela voltando os olhos para o céu – Acho que até mesmo posso dizer que favoreceu. Está um verdadeiro espetáculo o céu essa noite. Encantador.

James aproximou-se da garota a fim de poder contemplar a cena juntamente com ela.

- Wow! Você tem realmente razão, Lily. – Não poderia estar mais fascinante.

- Eu sempre tenho certeza, Potter. – James a encarou espantado – Acho que é a convivência diária com você – Riu ela.

- Vou fazer de conta que você não disse isso. – Era tão bom vê-la sorrindo, fazendo brincadeiras. Alegre.

Quem os visse hoje, jamais poderia dizer que há algum tempo atrás viviam feitos cães e gatos. Após alguns acontecimentos que mexeram profundamente com Lílian fizeram com que ela visse que por trás daquele James havia outra pessoa. Uma pessoa totalmente diferente. Nunca fora de muitas amigas, James no momento era seu único amigo, seu único suporte, e agradecia diariamente por ter alguém como ele todos os dias. É claro que havia feito amizade com Sirius, Remus e Peter, mas certamente não era a mesma coisa, não havia toda aquela confiança e cumplicidade que se tinha entre ela e Potter.

Lílian voltou novamente sua atenção para a luneta a sua frente.

- Hey James! – Chamou ela – Venha cá ver. – Ela afastou-se dando passagem para James observar – Consegue encontrar Cygnus?

- Aham.- Falou o rapaz. – Divino, sem dúvida.

- São mais de cinqüenta. CINQUENTA, JAMES! Cinqüenta estrelas de sua constelação podem ser totalmente visíveis a olho nu! E se você observar um pouco mais atentamente, verá Deneb e Albireo que são as duas que mais se destacam. Fascinante, não?

- Magnífico. Hey, - Ele semicerrou os olhos mais ainda – é somente a minha impressão ou elas formam mesmo um cisne?

- UM CISNE, SIM! As estrelas principais formam o desenho de um cisne de...

- ... asas abertas. Lily, você está começando a me fazer ter se arrependido por não ter me inscrito para Astronomia esse ano.

- É! Realmente deveria.

Como se despertasse de um transe James a encarou marotamente.

- Mas eu adoraria aulas particulares. – Lily o olhou surpresa. – Sim. Duvido que a Sra. Não-sei-lá-das-tantas me fizesse se interessar por essa matéria como você está me fazendo. – Lily riu.

- Vou pensar no seu caso. E o que eu ganharia em troca? – Perguntou ela

- Oras, minha companhia. Tem coisa melhor?

- É, tenho que admitir que sim. E sim, eu aceito ser sua professora – Falou ela fazendo duas aspas no ar – de Astronomia.

- Então fechado? – Perguntou ele estendendo a mão para ela.

- Fechado. – Afirmou ela selando o aperto de mão.

- E quando podemos começar? – Pediu James ansioso.

- As sexta feiras depois do jantar? – Ela sugeriu.

- Não. Tenho treinos marcados na sexta.

- Hey! Por falar nisso você não deveria estar lá no campo a uma hora dessas, mocinho? – Devolveu Lily.

- Sim, deveria se a mocinha aqui não tivesse sumido e me deixado preocupado.

- Ah que ótimo! Estou acabando com a vida do mocinho aqui.

- Não, acho até que você me livrou. Não estou com a mínima vontade para quadribol hoje. – Falou ele.

- Pera aí. – Disse ela aproximando-se de James e colocando suas mãos sobre a testa do rapaz como se quisesse medir sua temperatura. – Tem certeza de que esta bem? James Potter dizendo que não esta afim de quadribol? Está passando mal? Olha se quiser eu posso te levar até a enfermaria sem problema algum, e ainda peço à Madame Pomfrey para te examinar. – Grossas lágrimas causadas pelo ataque de riso caíam sobre o rosto de James.

- Sim, eu ‘to bem Lily. – Ele garantiu, recuperando-se da crise de risos.

O silêncio novamente reinava sobre a sala. Ambos estavam concentrados em observar a noite que fazia lá fora. Um vento cortante batia contra o rosto de James e Lily. Lily sentiu um arrepio lhe percorrer pela espinha.

- Com frio? – Perguntou James ao ver a menina encolhendo os braços.

- Não, não. – Sorriu ela em resposta.

Como podia ser tão teimosa?

De repente um risco luminoso surgiu no céu com uma velocidade incrível.

- Uma estrela cadente. – Disseram os dois em uníssono.

- Faça um pedido, Lily. Depressa.

A garota fechou os olhos bem apertados enquanto aquele risco luminoso começava a desaparecer no céu negro.

- E então? O que desejou? – Perguntou ele curioso.

- Você sabia que não se pode contar o que se deseja a uma estrela cadente? – Ele fez que não com a cabeça. – Se eu contar não se realizará. Talvez um dia você saberá o que eu pedi.

- É tão difícil de se ver uma, Lily?

- Talvez. Mas cada uma é única. Especial. Você já fez alguma vez um pedido a uma estrela cadente, James? – Quis saber ela curiosa.

- Já sim. Uma vez.

- E já se realizou?

- Não. Até hoje não. Mas sabe, eu tenho esperanças de que possa se realizar.

- É, não deve perder as esperanças.

- O que acha de voltarmos para o Salão Comunal, está começando a fazer frio, e daqui a pouco o “Mr. Filch” vai começar a atacar por aí. Sedento de alunos desordeiros e perambulando por altas horas nos corredores como nós. – James fazia uma cara cômica como se estivesse narrando algum conto de terror.

- Era exatamente o que eu iria sugerir! – Exclamou ela.

Observaram a noite pela última vez e deixaram a sala.

Já estavam a um bom tempo fora do horário predeterminado para os estudantes estarem todos dentro de seus devidos salões comunais. Durante todo o caminho James se pegou a pensar em como lhe deixava profundamente contente quando Lílian sorria, ria, estava feliz, eram tão raros esses momentos.

Por pouco não foram pegos por “Mr. Filch” quando estavam já quase perto da Torre da Grifinória.

Passaram pelo retrato que não gostou nem um pouco de ter que despertar do sono profundo que se encontrava até o presente momento.

O salão já estava completamente vazio, ou quase, se não fosse pela presença de um casal que pareceram nem notarem a chegada de James e Lily devido estarem ocupados com outras coisas mais interessantes.

James sugeriu a Lily para que os atrapalhassem, mas ela o advertiu imediatamente que não, e que se fosse ele no lugar deles gostaria de uma situação como essa.

- Então, já que você não quer atrapalhar o casalzinho ali, eu vou ir recolher a minha ilustre presença, certo?

- Certo. – Concordou ela enquanto James depositava um leve beijo sobre sua testa.

James já estava virando-se em direção as escadas que levavam ao dormitório masculino, quando foi surpreendido por Lily:

- James... – chamou ela enquanto ele a encarava esperando pelo o que Lily iria dizer – Obrigada.

- Poderia saber o porquê?

- Por existir e me trazer de volta a alegria perdida. – Respondeu ela com simplicidade, e dito isso caminhou rumo ao dormitório feminino, deixando um James completamente perdido e surpreso para trás.








N/A: Zeenti! Quem acredita que eu já atualizei ergue o bracinho. Meu, nem eu acredito ._. Sinceramente, eu gostei desse capítulo feito em duas madrugadas totalmente do tipo “Minha amiga, se mata”. E zeeeenti! Estou amando escrever essa fic *-*!
AH! E a capa então? *adp* Quem fez? Quem fez? QUEM FEZ? A Tefi /se joga/ ou Téh Lupin, xD
Sobre a citação da Constelação de Cygnus lá em cima, não é nada inventado, é tudo verídico ^^.

E muiito obrigada a Nine Black, Lisi Black, Flá Marley, Lau Potter, Guh Thewlis, **Julia BPL**, Rá Black & Téh Lupin, Fêe, Danny Black, Kika Potter, Paolla R., | Cissy Evans | ₣ℓр®, Luh Caulfield,Stela Potter e Marê Melão [Mari Evans Potter]. Obrigada de verdade! Não esperava tantos comentários para aquele “projeto-de-prólogo” =D
E mais um obrigada a Téh Lupin por ter betado *joGAY o Kev pra ti*

Propaganda mode on: http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=21116 – Simplesmente perfeita. /Propaganda mode off.

Beijões, xuxus!
~Bruna Lupin



N/B: Olá gracinhas da Tia Téh-Pontão, como vão? Eu vou bem, obrigada pela preocupação.
Bom, eu não vim aqui pra ficar tendo um papo cabeça com vocês (?), eu vim para pedir desculpas se tiverem erros e afins. No dia que eu betei eu tava meio ‘dã!’ – leia-se mais que o normal – e eu tava conversando com a Brubby’s sobre tamancos da Tiazinha + Carla Perez [puro glam!] e pensando o que eu ia escrever em Broccoli, então... Desculpa mesmo, xuxus. E GÉZUIS, Bruna, o que foi esse cap? E esse final? Liberei litros de veneno aqui! E continuem comentando nessa budega, é assim que o esquemão funciona. Obrigada. Mas agora dá licença que eu vou ter um *adp* PUTAQUEAPRIU, O MEU NOME FOI CITADO QUATRO VEZES NA N/A DA BRUBBY’S, obrigada xu, eu sei que eu sou importante para você! /six mode off/ Ta, isso que eu não ia falar muito. MAS É TUDO CULPA DO DOUGLAS E DO KEVIN! /aponta/ ODEIO VOCÊS! Er, acho que ta na hora de vocês darem tchau pra tia Téh, né? ÉÉÉÉ! \ô/ Tchau, docinhos... ;*

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