O Lago Dos Vaga - Lumes



Fic minha com uma amiga: “A Aposta de James” Espero que gostem!!!!!

Oi, pessoas!! Antes de postar o capitulo eu quero agradecer especialmente a todos que comentaram e votaram por aqui! Eu nem acredito, tivemos 66 visitas só no cap. 1!!!

Lya Luft: Amiga, zilhoes de bilhões de trilhões de vezes obrigada!! Se não fosse por você esse cap. nunca teria estado aqui!! Muito obrigada por fazer a “publicidade” da minha fic, você é uma inspiração!!!
Lauren Evans: Que bom que eu não sou a única do partido “anti-stress Lily Evans”! E ainda mais a minha xará!! Eu adoraria dar uma passada na sua fic, Lauren, mas não ta aparecendo no seu perfil, então você pode me passar o link? É sério que você achou maravilhosa???? Você nem imagina como eu to feliz com isso!!!!!!! Muito, muito obrigada!!!
Pri Paixão: AI... MEU...DEUS!!! É sério isso????????? Esse foi um dos elogios mais perfeitos que eu já ouvi na minha vida de escritora!!!!!!! Ai, muito obrigada!! *choro de anime* Ah, e espero que você goste da minha outra fic!!
Gaby Evans Potter: Gabiii!!! Valeu por baixar aqui!! Eu fico contente DEMAIS que você tenha gostado!! Justo a minha escritora favorita!!!!!!! *emocionada*
B Black: Que bom que está emocionante!!! Eu queria mesmo que os leitores se comovessem com a história!  Eu espero que você goste tanto do dois como gostou do um!!!
Srta Black e Srta Prongs: 10 coments = Cap. 2 Aqui está!! Enjoy! :)
Ana Paula B Potter: Ahhh, que bom que você quase chorou!! *Para. Reflete. Se dá conta que soou sádico* Eu fico feliz de ter conseguido passar pra você todo o drama do pobrezinho do James!!! Afinal, essa foi a primeira cena da história que eu bolei!!
Almofadas Black Duvida, é?? Não duvide da minha palavra! Aqui está o dois, como eu prometi, depois de 10 coments perfeitos!!! Deu trabalho aperfeiçoar ele, por isso eu espero que você curta tanto quanto o um!!! (E comente!! O que será dos pobres autores se os fãs não comentarem?? *dramática*)
Kine L. Vem agora!! (Eu sou uma inútil cara, que raios de resposta é essa que eu fui dar?? xp )
zihsendin Ahhh, o coments decisivo!! Calma, não precisa se desesperar!!! Aqui está, o cap. 2 com todo o carinho, afinal eu não quero que ninguém surte por minha causa!! Enjoy!!


O Lago dos Vaga-Lumes


No dia seguinte Lily não teve oportunidade de falar com ele. Parecia incrível, considerando que James vivia atrás dela, topando “acidentalmente” com a garota no corredor, arranjando um jeito de sentar-se ao seu lado na aula, espremendo-se para ficar ao seu lado no café, almoço e jantar, que ela não o tivesse visto ou falado com ele nem uma vez naquele dia.
E, mais incrível ainda, ela se sentia despontada com isso. Se tivesse sido alguns dias antes, com certeza ela estaria dando saltinhos de alegria por não precisar aturar o “metido-galinha-insuportavel-idiota-infantil-patético-Potter” por um dia inteiro. Mas como dizia a pequena vozinha sabia em sua cabeça;

Os sentimentos das pessoas mudam com muita rapidez. Tanta, que às vezes nem eles mesmos percebem essa mudança.

A coisa chegou a tal ponto que, na ultima aula do dia, Lily estava precisando se segurar muito para não passar um bilhete (coisa que ela absolutamente desaprovava) para perguntar aos marotos onde ele estava e o que ficara fazendo o dia todo.

- Senhorita Evans!

Lily se assustou, saindo bruscamente de seus devaneios. A classe inteira olhava para ela, alguns com inconfundíveis ares de riso, outros mirando seu caldeirão com nojo. A menina baixou o olhar para a poção que estava cozinhando e deu um grito agudo.
Sua poção, que devia estar rosa claro e lisa, podia ser facilmente confundida com lama de pântano cozinhando em fogo alto. Ela estava verde escura e barrenta e vários ingredientes estavam boiando na superfície, meio diluídos, meio inteiros. O liquido estava borbulhante e agitado como água fervente. De repente, a poção começou a crescer e borbulhar com mais força, chiando de um jeito perigoso.

- Vai explodir! – Gritou uma menina de cabelos loiros e crespos.

E ela estava certa. Com um ruído nojento de desentupidor o liquido explodiu e pingou em todos os alunos que não tiveram o bom senso de mergulhar pra debaixo da cadeira. Os que foram atingidos começaram a gritar e Lily, que levou um espirro bem na cara, entendeu exatamente o porquê. Em vez daquela sensação habitual de umidez quando nos molhamos, a poção a havia atingido com a força de uma pancada. Seu rosto inteiro ficou roxo como se fosse um hematoma enorme quando ela se jogou pra trás na cadeira e foi ao chão, ainda tonta pela dor.

- Acalmem-se! Acalmem-se! – Gritou Slughorn.

Mas ninguém parecia querer ouvir. Um garoto que estava sentado próximo a ela segurava a orelha esquerda que estava do tamanho de uma bola de tênis e sangrava. Uma menina de cabelos longos e ondulados acudia a amiga que tinha as mãos inteiramente roxas. O professor produziu um som alto de explosão com a varinha e todos pararam de gritar.

– Venham até a minha mesa e daremos um jeito nisso!

Aos trambolhões, a classe inteira correu até a mesa do professor, se acotovelando pra chegar primeiro. Slughorn consertou os estragos com um aceno de varinha. Alguns dos mais atingidos choravam baixinho de dor. Embora todo o rosto de Lily estivesse doendo um bocado, ela se deixou ficar por ultimo, morrendo de vergonha.

- Senhorita Evans – Disse Slughorn severamente após consertar seu rosto – De todas as pessoas dessa sala você é de quem eu menos esperaria isso.
- Desculpe Professor. – Murmurou Lily, vermelha - É que... Eu não dormi muito bem esta noite e... Eu estava meio distraída.
- Entendo. – Ele suspirou. – Bem que isso não volte a se repetir, certo?
- Sim senhor.

Lily saiu da sala de cabeça baixa, esfregando levemente as bochechas, e sentiu alguém tocar em seu ombro. Ela ergueu o rosto. Era Remo.

- Oi Remo. – Cumprimentou. Os dois eram mais amigos pelo fato de serem monitores-chefes.
- O James pediu pra eu te dar um recado. – Falou meio encabulado. – Ele pediu pra você estar no saguão de entrada logo depois do jantar.
- Ta bem. – Concordou ela – Mas por que...?
- Ele não me disse – Respondeu o maroto. A menina teve certeza de que era mentira. – Eu tenho que ir. Tchau.
- Tchau.

Enquanto o garoto se afastava, Lily se perguntava internamente o que seria, meio incerta, meio feliz e meio temerosa.

Eu sabia que ele ia acabar dando sinal de vida.
“É...” concordou Lily, distraída.
Quer dizer, depois de ontem à noite ele não podia simplesmente fingir que as coisas continuam iguais...
“Um-hum”.
E com certeza, conhecendo o James ele esta aprontando alguma, não acha?
“Claro...”
O que aconteceu?
“O que? Como assim?”
Você ta tão aérea...
“É só que...”.

- Lil? – Lily se virou e percebeu que Clara e Anna estavam paradas encarando-a.
- O que foi? – Perguntou, notando que elas a olhavam estranhamente.
- Porque você ta assim? – Indagou Clara.
- A-assim como?
- Assim tão distraída – Respondeu Anna – Não responde quando a gente fala com você e explodiu a poção agora na aula, justo a sua melhor matéria...
- É que... – Lily suspirou – É uma longa história garotas...

(...)

- O QUE?!
- O... O que tem de mais? – Perguntou a menina, timidamente, vendo os rostos pasmos das melhores amigas e se encolhendo ligeiramente na poltrona.
- “O que tem de mais?” – Repetiu Clara, cética. – Você, Lily Evans, a garota que mais odeia o Potter no mundo...
- ...passou a noite inteira consolando ele? – Completou Anna. – E ainda por cima vai aceitar sair com ele?
- Mas eu nunca disse que ia sair com ele! – Retorquiu Lily
- Você aceitou encontrar com ele, daí pra sair com ele é um pulo. – Disse Clara.
- Lily... – Anna encarou a amiga seriamente – você ta gostando dele?
- Sinceramente garotas... – A menina suspirou – Eu não tenho idéia.

Logo após o jantar.

- Você ta bonita Lily, quer se acalmar? – Falou Clara.
- É, você não vai se casar nem nada do gênero, é só um encontro. – Completou Anna, servindo-se de salsichas.
- Sim, mas é um encontro com o Potter. – Argumentou a garota.
- “Potter”? – Riu Clara – Eu pensei que você já o chamasse de “Jamezinho”. – Lily murmurou algo incompreensível e continuou a remexer a comida.
- Não adianta – Ela empurrou o prato – Eu não consigo comer.
- Não é lindo, Clara? – Perguntou Anna
- O que é lindo? – Perguntou Lily, irônica – Eu não conseguir comer?
- É. É lindo você estar apaixonada a ponto de ficar tão nervosa antes do primeiro encontro que nem consegue comer.

Lily não sabia se era sério ou não, então não respondeu. Ficou alguns minutos se remexendo nervosamente no banco e então, sem conseguir se conter, levantou-se, deu um rápido “tchau” para as amigas e foi embora.
A menina parou na porta do saguão e olhou em volta. Aí ela o viu. Estava, obviamente, com as roupas da escola como sempre, mas Lily percebeu que assim como ela, ele também se arrumara. A menina havia dado um cuidado especial aos cabelos e se maquiado levemente, além de estar usando sua combinação “pulseira-anel-colar” preferida. E James...
Era difícil notar o que havia de diferente nele, mas ela reparou que o garoto estava com os cabelos molhados e recendia o cheiro tão familiar de perfume cítrico. James estava encostado displicentemente na saída que dava para os jardins, olhando para fora, onde uma lua nascente brilhava palidamente em meio a um mar de pontinhos brilhantes. A menina se sentiu corar levemente e não conseguiu deixar de reparar que ele ficava muito bonito nessa posição. Ela respirou fundo e andou até ele.

- Po... James? – Chamou. O garoto se virou e sorriu.
- Que bom que você veio, Lil.
- Eu não faltaria. – Respondeu a menina, com o coração ligeiramente acelerado.
- Então vamos? – James se desencostou do portal.
- Vamos? Aonde? – Perguntou ela, seguindo o menino para fora. Nem passou pela sua mente que não deveria sair considerando que já estava escuro.
- Eu pensei em retribuir por ontem à noite. – Falou, sorrindo – Então decidi te levar pra um passeio. Tenho certeza de que você vai gostar de lugar pra onde vamos.

Lily sorriu. Os dois caminharam em silencio por um tempo, observando a paisagem clara ao luar. Então James perguntou:

- Então, é verdade o que o Sirius me disse?
- O que ele te disse?
- Que você explodiu a sua poção na aula hoje? – Ele sorriu da cara sem graça que a menina fez.
- É. Ela espirrou pra todo lado, e não foi nem um pouco agradável. Eu tive a sensação de ter acabado de sair de um ringue de Box.
- Bem, não pode ter sido pior do que o meu fiasco naquela aula da professora McGonagall no ano passado.
- Qual? – Lily sorriu, lembrando – Você quer dizer aquela vez em que você transfigurou o Petigrew em um pittbul e ele acuou a classe inteira em cima das carteiras?
- É. – James riu – E bem quando a professora havia pego a varinha pra fazer ele voltar ao normal, o Pedro pulou em cima dela e começou a latir e rosnar feito um doido. – Lily riu.
- Ela te deixou dois meses de ajudante na cozinha por causa disso, não é?
- Deixou... – James se arrepiou – Eu nunca mais quero ver um prato sujo de novo.

Depois disso os dois começaram a falar sem parar, como se já fossem amigos há séculos. Riram muito, falando de tudo e de nada, desde os doces prediletos até qual devia ser a idade de Dumbledore. Tinham acabado de terminar a discussão sobre qual era a melhor loja de Hogsmead (James foi obrigado a admitir que a Dedosdemel era melhor que a Zonko’s) quando Lily, de repente, notou que estavam entrando na floresta proibida.

- James, espera. – Falou, puxando-o pelo braço – Não é seguro entrar na floresta. Tem... Tem coisas aqui. Lobisomens, eu acho... E bem no meio da noite... Não parece uma boa idéia. – Lily olhou em volta, temerosa.
- E nenhuma dessas coisas vai nos atacar, Lil – Afirmou James. – Eles não vêm até aqui.
- Até aqui, onde? – Perguntou a menina.
- Nessa trilha, viu? – Ele apontou para o chão mais à frente e Lily viu que havia um cainho irregular, feito, aparentemente por cascos de animais.
- E porque eles não vêm nesta trilha? – Teimou, levantando as sobrancelhas. Ele sorriu.
- Porque eles não se atrevem a se aproximar dos caminhos que são usados pelos unicórnios.
- Unicórnios?! – Repetiu a menina. – Você tem certeza?
- Tenho. Os unicórnios deixam uma espécie de aura pelas trilhas que geralmente usam. Mas é uma aura tão impregnada de magia branca que funciona como uma espécie de barreira contra magia negra. – Ele falou com um tom de voz firme. – Aqui, segure a minha mão. Não é muito longe, vamos chegar logo.

Lily segurou a mão que ele estendia e lançou-lhe um sorriso. Ele retribuiu e por um momento os dois ficaram ali, parados na beira da floresta, olhando um nos olhos dos outro. A menina simplesmente não conseguia entender o mistério daqueles olhos.

Os olhos são as janelas da alma.

Se os olhos dele eram as janelas de sua alma, então era uma alma muito bonita. Havia um jeito estranho naquele olhar, um brilho que ela não conseguia identificar. Uma espécie de luz, uma luz viva e alegre que emanava ternura, carinho e proteção. James lentamente ergueu a mão livre e colocou uma mecha dos cabelos dela para trás, detendo a mão em sua bochecha, como que para impedir que ela parasse de encará-lo.
Então, ao longe, uma coruja piou alto. Como num estalo eles desviaram o olhar e continuaram andando, agora em silencio, de mãos dadas. Não era um momento que precisasse de palavras. Era algo mais que isso... Algo mais profundo e indefinido, mas também doce e cálido. Lily ouviu um ruído sibilante em algum lugar e se aproximou mais de James. O garoto apertou sua mão levemente e a menina sentiu sua coragem crescer um pouco.
De repente, quando o caminho subitamente virou para a esquerda, ele parou.

- Acho que já chegamos... é, é aqui mesmo.
- O que é aqui? – Perguntou Lily, olhando em volta.
- Por aqui – Sussurrou James, puxando um galho de arvore baixo e revelando uma espécie de túnel no meio dos arbustos – A gente vai ter que rastejar. E falar bem baixo. Vai você primeiro...
- Ahh, não. – Protestou a menina – Eu vou acabar me perdendo nisso aí. Você vai primeiro.

James consentiu e entrou no túnel. A ruiva se abaixou até ficar de quatro e começou a rastejar entre a ramagem densa, seguindo o menino. Após mais ou menos um minuto caminhando no escuro, eles saíram ao ar livre de novo. Havia uma série de moitas em volta de um pequenino descampado onde se encontravam.
O maroto espiou por cima da sebe e convidou Lily a se aproximar com gestos mudos. A menina lentamente ficou de joelhos e olhou para onde ele indicava.
Ela ficou muda de espanto.
Havia uma clareira ali, uma clareira enorme com um lago espelhado. A lua lançava raios pálidos que iluminavam a cena mais bonita que Lily já vira na vida.
Vaga-lumes.
Milhares deles, flutuando sobre o lago ou pousados nas centenas de flores roxas, brancas, vermelhas e azul-bebê que se espalhavam por toda a volta do lago e em cima das arvores.
As águas do lago eram tão transparentes que ela podia ver os peixes nadando no fundo, todos com uma coloração forte de laranja, verdes ou pretos com pintas brancas. Haviam tantos vaga-lumes, que as suas luzinhas bruxuleantes eram suficientes para manter clara toda a clareira.
Era tão lindo ver aquelas pequeninas chamas dançarem no ar parado e morno, refletindo-se nas águas límpidas do lago. Tão lindo que a ruiva sentiu como se pudesse ficar ali para sempre, com James ao seu lado, observando aquela enorme clareira. Enquanto encarava aquele espetáculo, a boca meio aberta, Lily ouviu um rumorejo a esquerda. Automaticamente ela virou-se para olhar. Alguém - ou algo - se mexia perto de um galho de arvore, como se estivesse checando que o lugar estava mesmo vazio. Lentamente, o galho foi empurrado para frente e uma forma prateada emergiu de uma trilha oculta pela vegetação.
A menina arregalou os olhos. Era um unicórnio. O mais belo e fulgurante que se possa imaginar, pateando levemente o chão. Ele olhou em volta mais uma vez com cuidado e fez um barulho baixo que definitivamente não era um relincho. Era um som soprado e doce, como a nota de uma flauta. A menina sentiu uma espécie de fisgada no estomago ao ouvir aquele som. Mas sua atenção foi distraída por um segundo rumorejo, na mesma direção de onde o unicórnio viera. A vegetação estava balançando novamente. O unicórnio repetiu o som, mais alto e imediatamente começaram a emergir dezenas de unicórnios, desde pequeninos unicórnios dourados até os mais velhos com a crina longa balançando ao vento. Eles se espalharam rápido pela clareira, felizes.
As crianças começaram a correr e exercitar as pernas relinchando animadas, uma atrás da outra, observadas pelas mães deitadas na relva. Os mais idosos sentaram perto do lago, fartando-se com as flores e bebendo lentamente a água.
Lily olhava estupefata para aquilo tudo. A cena emanava uma pureza calma, como se ali, no coração da floresta, a vida se resumisse em uma felicidade calorosa, estagnada no tempo e indiferente às brigas, mortes e tristezas que ocorriam lá fora. Como se fosse um mundo à parte, inalcançável e intangível para as artes das trevas. Um mundo sem ódio e sem rancor, sem guerras e sem violência, apenas cheio de paz, amor e felicidade.
Ela não conseguia falar, observando em silencio um jovem unicórnio se aproximar de uma alazã, parada na beira do lago. Ela virou-se para ele e os dois se afastaram juntos, como um casal de namorados.
A menina virou-se para James.

- Isso é maravilhoso – Sussurrou.
- Eu sei. – Ele respondeu olhando para ela. – Eles se reúnem aqui toda noite.
- Como foi que você descobriu esse lugar? – Murmurou olhando, encantada, um unicórnio quase bebê rolando na relva.
- Se eu te contar você tem que me jurar que não vai contar pra ninguém.
- Nem pra Clara e pra Anna? – Perguntou, encarando-o profundamente.
- Nem pra elas. – Confirmou James. Lily o encarou e percebeu a seriedade disso.
- Eu juro. – Concordou, com um aceno de cabeça.

O garoto sorriu. Ela esperou, mas ele não disse nada, ao invés disso, lentamente, foi mudando de forma. A garota recuou, reprimindo um grito, quando ele apareceu sob a forma de cervo na sua frente.

- Ja... James? – Perguntou meio incerta. O animal se aproximou dela e encarou-a com um olhar inteligente. – você é um animago?

O cervo fez um sinal afirmativo com a cabeça. Lily esticou a mão e tocou bem de leve as costas dele. O garoto recebeu um leve afago antes de reaparecer sob forma humana.

- Desde quando? – Indagou a ruiva, num sussurro de espanto.
- Desde o quinto ano. – Respondeu o maroto.
- Foi por causa do Remo? – Perguntou curiosa. Ele não perguntou como ela sabia.
- É... Basicamente.
- Então foi assim... – Lily voltou a olhar por cima da sebe. – Foi assim que você os descobriu... Você os seguiu sob a forma de cervo, não é?
- Você é mesmo inteligente. – Sorriu, enquanto remexia em um arbusto repolhudo. Um momento depois ele tirou uma cesta debaixo das raízes. – Achei que podíamos aproveitar enquanto estamos aqui e comer alguma coisa. Espero que não tenha comido muito no jantar.

Enquanto Lily agradecia internamente por não ter comido ele estendeu um toalha vermelha entre os dois e foi pousando duas cervejas amanteigadas, alguns doces e uma grande travessa de sanduíches. Os dois se sentaram lado a lado, apoiados em um tronco de arvore.
Comeram em silencio por um momento, observando os unicórnios. Lentamente James passou o braço por cima de seu ombro. Lily apoiou a cabeça no ombro dele e os dois ficaram ali, em silencio, aproveitando a noite quente, felizes pelo outro estar ali.

Cap 3 = Mais 10 coments. Sinto muito!!

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