A jornada começa



Capitulo 3 – A jornada começa


- Não dá e você sabe disso...

- Por que não? Vai, explica, Harry! – Era o dia seguinte ao casamento e estava na hora da partida do trio em busca das Horcruxes, mas Gina e Nick não queriam ficar pra trás.

- Ah, Gina, por favor! Você sabe por que não posso levar nem você nem a Nick – vendo que as garotas continuavam querendo explicações, começou – Primeiro: - dirigiu-se a ruiva – seria muito arriscado levar você, Gina. Se Voldemort souber o quanto eu gosto de você... – nessa hora, ambos coraram, mas ele continuou – A primeira coisa que ele faria seria tentar chegar até mim por você... – e percebendo que ela não iria aceitar o motivo, virou-se para sua nova amiga, Nicole Diggle – E segundo, Nick, eu não posso expor você a isso, é muito perigoso.

- Fala serio, Harry! Eu não tenho 5 anos de idade, sabia? Isso não é desculpa, eu sei muito bem me defender...

- Olha, eu sei que vocês não querem ficar paradas, mas não posso levar vocês, é perigoso demais – vendo que elas continuavam sem aceitar, completou: - por favor, entendam! – agora ele já estava implorando.

- Tá bom, - aceitou Nick pelas duas, o que deixou Gina muito confusa – nós não vamos com você!

- Obrigado! – ele falou aliviado – Obrigado mesmo por entenderem... – falando isso, despediu-se de todos, deixando Gina por ultimo – Gina, eu...

- Tudo bem, Harry, eu não entendo, mas sei que sou obrigada a aceitar, não se preocupe – Harry a abraçou forte, agradecendo por ela ser tão maravilhosa e ao mesmo tempo lamentando ter de deixá-la para trás – Te adoro muito, nunca se esqueça disso, tá? – falou ainda abraçado a garota.

- Também te adoro muito, Harry. Nunca se esqueça disso também... – após essas palavras, Harry não resistiu e a beijou com todo o amor que tinha e teria que guardar por muito tempo, até que tudo que preocupa o mundo bruxo acabar. Quando se separaram, os dois estavam ofegantes e não sabiam exatamente quanto tempo tinham ficado se beijando, só tinham como referência a cara surpresa de todos. Ambos coraram furiosamente. O primeiro a quebrar o silencio foi Rony:

- Bem... Vamos, Harry?

- Ahn... Claro. Tchau, Gina... – e deu um selinho na garota.

Em um minuto, nem Harry nem Rony e nem Hermione estavam mais na Toca. No quarto, Gina resolveu fazer uma pergunta a Nick sobre algo que por mais que tentasse na compreendia:

- Nick...?

- Fala!

- Logo você, que adora uma boa briga e até hoje não se perdoa por nunca ter participado da AD, aceitou não ir com o Harry atrás das Horcruxes...

- Ah, isso... Bem, eu disse que não iríamos com eles e não que ficaríamos para trás... – Gina sorriu ao entender o plano da amiga

- Eu não sei o que seria de mim sem suas idéias, Nick!

****

- Chegamos...

- E onde exatamente estamos, cara? – Um Rony confuso olhava tudo a sua volta.

- É, Harry? Nós não íamos pra casa dos seus pais? – Mione perguntou.

- E nós vamos, Mione. Só que vamos ter que andar um pouco...

- Por que, cara? Não é mais fácil aparatar lá?

- Porque – Mione respondeu, incrédula com a pergunta – você acha mesmo que nós vamos aparatar no meio de uma cidade trouxa?

- Ah...

- A Mione está certa. E agora para de reclamar e anda! – essa foi a última vez que um deles falou durante toda a caminhada até Godric’s Hollow, cidade onde Harry e seus pais moraram até o dia em que seus pais foram assassinados. Essa vila desde então é atormentada por estranhos acidentes. O primeiro e mais marcante foi a morte misteriosa de um casal que morava na casa do alto da colina e ninguém mais se aproximava da casa por alegarem que foram vistos vultos e luzes na casa nos últimos três anos. Quem contava essa historia para 2 turistas perdidos era o dono do único restaurante-estalagem da vila, só que o que o dono não sabia era que 3 jovens bruxos ouviam tudo.

- Nos últimos 3 anos... Harry, não foi na época em que...?

- Voldemort retornou? Sim, foi – respondeu Harry, pensativo, afinal isso significava que alguma coisa importante se encontrava em sua antiga casa.

- Será que tem uma Horcrux lá? – Hermione interpretou os pensamentos do trio.

- Talvez, mas isso só saberemos amanhã. Está muito tarde! – Falou Harry, e Hermione viu que já passavam das duas da manhã. Todos foram se deitar.

Rony e Mione logo adormeceram, mas Harry não conseguia dormir, estava muito ansioso e só conseguia pensar nos estranhos vultos que rondavam sua antiga casa. E com esses pensamentos, finalmente adormeceu.

****

O sol ainda estava nascendo quando Harry acordou. Ele dormira muito mal naquela noite, acordara várias vezes ansioso pela hora que descobriria que vultos eram aqueles. O garoto-que-sobreviveu desceu para tomar café da manhã, sabia que por mais que tentasse não conseguiria dormir direito.

- Bom dia – cumprimentou Harry, sem muito entusiasmo.

- Bom dia, Sr. Diggle – Harry dera esse sobrenome para que não descobrissem quem ele era – Deseja o seu café da manhã?

- Sim, por favor – sentou-se numa das mesas e tomou seu café bem devagar, esperando pelos amigos. Não demorou muito e Hermione descia pelas escadas, mais animada que o amigo.

- Bom dia, Mione.

- Bom dia, Harry... Nossa! Que cara é essa? – Hermione estava certa, Harry estava com uma cara de cansaço horrível.

- Só estou com sono. Sabe, não consegui dormir direito...

- Não foi só você... – Rony descia as escadas com uma cara tão ruim quanto a de Harry – Você levantou a noite toda e acabou não me deixando dormir.

- Desculpa, cara. É que estava ansioso demais para dormir.

- Tudo bem, também estava ansioso. Se não, você não me acordaria tão fácil...

- Harry, quando nós vamos para sua c... Pra lá?

- Daqui a pouco, mas antes é melhor vocês comerem alguma coisa, imagina o que a Sra. Weasley faria se soubesse que não estamos comendo bem?

- Talvez nos esganasse...

- Ou nos atolasse de comida, é mais a cara dela!

- Bom, eu não sei vocês, mas eu não quero ser esganado ou atolado de comida, então comam direito! – Depois que todos acabaram, começaram a caminhar em direção as ruínas da antiga casa dos Potter e uma pergunta acompanhava Harry: O que encontraremos lá?

****

- Anda, Gina...

- Calma Nick, não quero deixar nada para trás...

- Daqui a pouco quem vai ficar para trás somos nós!

- Calma, já está tudo pronto. Mas você acha mesmo que minha mãe vai acreditar que estamos na sua casa?

- Claro! Meus pais vão nos dar cobertura.

- Ainda bem, porque se mamãe soubesse o que estamos fazendo ela teria um ataque... – Nessa hora elas já estavam no Noitibus.

- Pronta?

- Claro! Faço tudo pelo Harry...

- Eu sei, foi por isso que eu te trouxe. Acha mesmo que você estaria aqui se não fosse por amor? – Ao ouvir isso, Gina corou levemente, ela queria muito estar com Harry naquele momento, sabia o quanto era importante para ele. Só desejava que ele estivesse bem e que não a mandasse de volta para casa...

****

Tinham finalmente chegado. Fora uma longa caminhada até o alto da colina, mas não se importavam, precisavam descobrir o que quer que ali estivesse, mesmo que não ajudasse a salvar vidas, pois agora era como se fosse um desejo que se instalara em todos, sem motivo. Para Harry, era mais do que isso, era como uma volta ao passado, um passado que ele desejava que tivesse sido diferente, muito diferente. E com esses pensamentos, chegaram ao lugar que procuravam.

O que antes era uma casa estava em ruínas, Harry começou a andar por todos os cantos a procura de algo suspeito ou um vestígio de magia negra. Após longos minutos de procura, Harry sentou-se no chão. Não acreditava que conseguiria achar algo até que viu uma espécie de quadro, mas quando Harry o tocou, seu rosto refletiu por um instante e logo em seguida emitiu um feixe de luz que chamou a atenção de Rony e Mione, que foram se juntar ao amigo antes da mensagem começar. Porem, antes de emitir qualquer som, a imagem do quadro se modificou para um quarto de bebe.

Uma mulher, que parecia embalar seu bebê, se assustou com o grito do marido seguido de um feitiço e de uma gargalhada. Lilian tentou selar o quarto com todos os tipos de feitiços, mas com um estrondo e a porta caindo, percebeu que não havia conseguido, Voldemort entrara.

- Sai da minha frente, sua sangue-ruim! – ordenou o Lorde das Trevas – Você não precisa morrer, só me dê o bebê!

- Não! Me mate no lugar do Harry! – pediu Lilian, mas Voldemort a empurrou para um canto do quarto.

- Agora é o seu fim, bebê... – e pôs o máximo de nojo na ultima palavra – AVADA KEDAVRA!

- NÃOOOOOOOOO! – Lilian atirou-se na frente do feitiço que acertaria seu filho, protegendo-o.

- Tola! Morreu para nada... Na verdade, deve se sentir honrada, sua morte será lembrada como mais uma que me deixou mais invencível, imortal. – E conjurou uma taça, lançando-lhe um feitiço.

- Borgin & Burkes... – murmurou e a taça desapareceu – Agora é a sua vez, bebê: AVADA KEDAVRA! – Nessa hora, Harry sentiu alguém ao seu lado, mas não havia nada no lugar, apesar dele sentir um aroma conhecido. Logo voltou sua atenção para o quadro que apresentava novas imagens:

Logo após o feitiço ser lançado, deixou apenas uma cicatriz e ricocheteou em quem o lançou, fazendo com que seu corpo virasse pó e sumisse, sobrando somente suas roupas. Assim que essa cena acabou o quadro silenciou-se e voltou ao normal.

- Harry, tudo o que nós vimos foi...?

- Sim, Hermione, foram as cenas do dia da morte dos meus pais... – ao falar dos próprios pais, Harry se emocionou, uma pequena lágrima caiu de seus olhos e ele sentiu uma pequena mão apoiar-se em seu ombro. Virou-se rapidamente e segurou aquela mão, percebeu que estava coberta por um pano e o puxou, revelando duas garotas:

- Gina! Nick! O que vocês fazem aqui?!?! – Harry perguntou aos berros.

- Oi para você também Harry! – falou Gina e abriu a boca para continuar, mas vendo que o garoto estava prestes a explodir, ela apenas completou: - Calma, nós podemos explicar!

- Sim, mas quem vai explicar sou eu, afinal a idéia foi totalmente minha. – Nick adiantou-se.

- Então é melhor começar logo! – falaram Harry e Hermione, ao mesmo tempo. Nick ficou tentando explicar, enquanto Gina ficou num canto olhando desolada para a cidade, ela sabia que provavelmente ele mandaria as duas para casa. Harry, ao perceber o estado da garota, viu que havia exagerado e foi até lá.

- Gina, me desculpa... – e apoiou suas mãos nos ombros dela, de modo a ficar cara a cara com ela – Não devia ter gritado com você. Acho até que devia ter trazido vocês duas com a gente. Acho que no fundo eu sabia que vocês fariam isso, talvez até soubesse...

- Ah Harry! – exclamou a garota, e pulou para abraçá-lo – Me perdoa, por favor, eu não sei se ficaria bem se você não me perdoasse – e o beijou sem nem saber se ele a perdoava. De longe, Rony, Mione e Nick observavam sorrindo divertidos, até que Nick foi até o casal e falou:

- O casalzinho feliz aí vai deixar a gente continuar a jornada ou preferem ir direto para a igreja? – Nick brincou com os dois. Harry e Gina coraram e foi a garota que respondeu.

- Estamos indo, Nick.

- Mas pra onde vamos? – perguntou Rony, que também havia se aproximado, junto com Hermione.

- Beco Diagonal, é claro! – respondeu Harry, como se fosse extremamente óbvio.

- Por que...? – Rony parecia ainda muito intrigado.

- Você não ouviu Voldemort falando, não? “Borgin & Burkes”! Deve ser pra lá que ele mandou a Horcrux.

- Então, pronto! Vamos pra lá! – falou Nick, decidida.

Todos já haviam aparatado quando novamente o quadro começou a “falar”:

“Filho, espero sinceramente que perdoe a mim, seu pai, Sirius e Dumbledore por não contarmos nosso maior segredo à você, mas desejo que o descubra logo, pois será muito importante para a batalha final...”

Dez segundos após a voz de Lilian Potter sumir, o quadro explodiu, levando consigo a mensagem que Harry nunca deveria ter perdido.

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Bem,

Espero que tenham gostado desse capitulo, demorou bastante, mas tá aí! Acho que não vou demorar para postar o cap 4, então fiquem de olho!

Beijos,

GNJT

PS: não esqueçam de comentar!!!

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