O Submundo
Capítulo 6 - O Submundo
Na manhã seguinte ao seu sonho, Harry explicava para os amigos tudo o que tinha visto e explicava que não demoraria muito para Voldemort começar a agir e eles precisavam se preparar, e para a “batalha” o garoto queria poder contar com mais um integrante e, por isso, precisava da ajuda de todos.
- Quem você está pensando em chamar, Harry? – perguntou Gina, olhando desconfiada para o garoto.
- Bem... Ahn... Vocês sabem... – disse o garoto, pondo a mão na nuca em sinal de constrangimento, mas vendo como todos os seis o olhavam, soltou o nome de uma vez só, logo após um longo suspiro – Sirius...
- Ah, Harry... – disse Mione, em tom de súplica – Você sabe que ele morreu! Ele passou pelo véu e o Lupin disse que não tem como ele voltar...
- Mas o Lupin não sabe dizer por que ele morreu e... – mas antes de continuar foi interrompido por Nick
- Peraí, vocês estão falando de um arco de pedra com um véu negro que está numa das salas do Departamento de Mistérios?
- Sim, como você sabe?
- Simples, Hermione! Meu padrinho é um Inominável e também um tremendo fofoqueiro! Ele sempre me conta um monte de coisas sobre o Departamento de Mistérios, inclusive sobre este arco que sempre foi o artefato favorito dele e o meu também. Eu me lembro que ele me contou que muitas pessoas acreditavam que todos que passavam por aquele véu estavam mortos, na verdade alguns morriam sim, mas outros sobreviviam por algum ou muito tempo, o que é extremamente difícil devido ao lugar e as “coisas” que lá habitam... – No momento em que se lembrou como sempre imaginara o lugar a garota teve um pequeno arrepio, o que não pareceu um bom sinal aos presentes.
- Por que é tão difícil sobreviver por muito tempo nesse lugar, Nick? – Perguntou Gina, num misto de curiosidade e medo.
- Simplesmente pelo fato de o lugar ser como muitas lendas dizem “O pior cantinho do inferno, reservado somente para almas que não tem nenhuma chance de salvação.” Há uma lenda que diz que as piores criaturas do nosso mundo pareceriam... Hum... “Amáveis”, perto das de lá. Diz também que os dementadores são como uma amostra de como é lá, que são pessoas que lá morreram e só buscam outras almas para compartilhar sua dor e que, na verdade, o beijo de um dementador suga as almas e as manda pro Submundo, que é como, normalmente, esse lugar é chamado, pois o lugar nem é digno de existir, ainda mais ser chamado de mundo ou universo paralelo, pois o corpo que fica aqui na Terra de uma pessoa que ganhou o beijo vive, além de suas piores lembranças, cenas que palavra nenhuma seria capaz de descrever. Existem outros que dizem que a maior parte das pessoas que morrem lá, morrem de pavor ao ver as criaturas dadas como habitantes desse lugar... Conseguem imaginar o que é isso?
Depois dessas palavras todos caíram em um silêncio profundo cada um imaginando o tal lugar. Quem quebrou o silêncio foi Rony.
- Isso faz com que as aranhas pareçam singelas e inofensivas. – Disse, tentando descontrair um pouco o ambiente, sem sucesso.
- Rony... – Disse Harry, mais preocupado do que jamais qualquer pessoa já o tinha visto – Isso faz com que tudo que conhecemos e tememos pareça nem dar medo e nos faz preferir a morte a ter que vivenciar tudo isso...
- Harry, você quer mesmo entrar num lugar como esse?
- Mione, por mais que eu não queira, tenho que fazer. Sirius está lá dentro vivendo coisas inimagináveis, não posso deixá-lo lá.
- Mas e se Sirius já estiver...
- Não, ele não está morto, eu sei disso e sei também que não posso ficar de braços cruzados e deixá-lo viver naquele lugar. Se vocês não quiserem ir, não vou forçá-los a fazê-lo, mas eu tenho que fazer isso, afinal ele é a única família que eu tenho.
- Harry, você nunca poderia entrar lá sozinho e acho que digo por todos quando falo que estamos todos com você para o que der e vier. Eu não conheço esse tal de Sirius, mas também me sinto na obrigação de tentar salvá-lo.
- Obrigado, Nicole, eu não sei o que eu faria sem vocês. – Falou percebendo bem que tinha os melhores amigos que jamais poderia imaginar e sabia que estavam juntos nessa jornada.
- Mas antes de qualquer coisa, acho que precisamos nos informar melhor, pois não sabemos como faremos para encontrar Sirius lá dentro nem sabemos como sair.
- Eu pensei nisso também, Hermione, mas não sei se tem algum livro que possa nos ajudar na biblioteca aqui de Hogwarts.
- Mas eu sei onde tem o que nós procuramos, mas não será nada fácil conseguir entrar no Ministério da Magia e roubar de lá os livros que precisamos...
****
Depois de decidirem que deveriam entrar no Ministério, os sete amigos começaram a pensar em um plano, já que o que queriam fazer não era nada fácil. Eles precisavam entrar no Departamento de Mistérios numa biblioteca que guardava pelo menos uma cópia de todos os livros do mundo bruxo e também guardava livros proibidos. Tudo lá era muito organizado, os livros eram divididos por tema, o que facilitava as buscas. Porém, como o lugar era estritamente restrito, havia vários bruxos como seguranças. Para entrar era preciso ser um desses bruxos, ter uma autorização assinada pelo Ministro ou enganar a todos, o que era muito difícil. Mas mesmo sabendo de todos os riscos, Harry precisava tentar por seu padrinho. Por isso o garoto se empenhava todo o tempo na criação do plano, sabia que talvez levasse um bom tempo para conseguirem fazer um que pudesse ter alguma chance, mas acreditava nos seus amigos e eles estavam fazendo um trabalho realmente bom e Harry só podia agradecer por tudo que eles estavam fazendo por ele. Mas em um desses dias aparentemente normais, onde eles iam da Sala Precisa para a Biblioteca toda hora, pois esta agora ficava ligada com a sala por somente uma porta, receberam a notícia de que alguém estava chegando, alguém que não poderia ter chegado em pior hora, parecia até ter sido mandado para atrapalhá-los.
- Potter, - era a professora McGonagall chegando. - ainda bem que eu te encontrei, hoje à noite chegará uma ex-aluna que, infelizmente, teve todos os seus parentes mortos, fazendo com que ela tivesse que vir morar aqui. – Vendo a cara que Harry fez, logo acrescentou. – Não se preocupe, tenho certeza que ela não tentará interferir em seja lá o que vocês estejam fazendo.
- A senhora poderia pelo menos nos dizer quem é essa garota?
- Não é preciso, mais tarde saberão. Agora tenho que ir.
Sendo assim saiu andando rápido pelo corredor para não dar chance do garoto fazer mais nenhuma pergunta. Harry seguiu para a Sala Precisa, precisava voltar para ajudar no plano. Chegando lá encontrou a costumeira cena: Hermione lendo algum livro tão rapidamente que mal se via o movimento dos seus olhos; Fred, Jorge e Nicole com uma planta do Ministério em cima da mesa tentando bolar um jeito de entrar, só que faziam isso falando muito alto já que os gêmeos queriam entrar “marcando presença” e a garota teimava em dizer que o melhor seria fazerem isso sem chamar a atenção; Gina estava com um livro de feitiços avançados próximo dela, de onde ela tirava alguns feitiços que poderiam ser úteis e os testava; e Rony estava no Ministério, escondido pela capa da invisibilidade, fazia isso para poder mapear o lugar e se informar sobre quem freqüenta o local. Harry, antes de sair, estava ajudando Gina a testar os feitiços de vários livros, mas ficou com sede e resolveu ir até a cozinha pegar um copo de água, quando viu a professora ao longe.
- Harry, venha treinar comigo, eu achei um feitiço que pode ser bem útil, mas não estou conseguindo fazê-lo. – Gina chegou, mas, percebendo o quanto o namorado estava distraído, resolveu ir até onde ele estava para saber o que tinha acontecido. – O que aconteceu?
- Não aconteceu nada. – Disse, dando um sorriso nada convincente.
- Sei... Fala logo o que aconteceu. Pra você ficar assim, boa coisa não deve ser.
- O que aconteceu é que, provavelmente, não teremos mais tanto sossego para bolarmos o plano.
- Por quê?
- Porque amanhã vai chegar uma ex-aluna que vai ter que morar aqui no castelo, pois os parentes dela morreram e ela não tem onde cair morta. Ela vai querer saber por que nós ficamos sumidos o dia todo e para onde nós vamos quando sumimos, ou seja, acabamos de perder nossa paz.
- Você pelo menos sabe quem é essa garota, quem sabe ela não vai perturbar a gente? - Perguntou Gina, levemente irritada, cruzando os braços a frente do corpo.
- Não, eu não sei, a McGonagall não quis me dizer quem era, ela simplesmente disse que saberíamos amanhã.
- Talvez seja alguém que nem conhecemos ou alguém bem desligado tipo a Luna e nem ligue para o que os outros estejam fazendo.
- Eu agradeceria se ela fosse assim, mas alguma coisa me diz que ela não será nada bem vinda.
Gina, por mais que tentasse se convencer do contrário, também estava com a mesma sensação. Mas, mesmo assim, esperava que fosse só imaginação sua. O pior era que, além disso, ela estava com o seu sexto sentido feminino avisando para que tomasse muito cuidado com essa garota. Se não, algo terrível poderia acontecer.
****
Depois que se passaram, aproximadamente, três horas de conversa entre Harry e Gina, Rony voltou do Ministério extremamente cansado e com tanta fome que seria capaz de comer um dragão inteiro e ainda se servir de uma torta de caramelo. Mas, felizmente, tinha terminado sua tarefa e, com louvor, recolhido os nomes de todas as pessoas que trabalhavam no Ministério da Magia ou estavam sempre por lá e mapeado todo o lugar, o que não era uma tarefa fácil, já que o lugar é imenso. Pode parecer besteira, mas esse é um trabalho de grande importância, já que os garotos tiveram a idéia de pedir ajuda para o Lupin para fazerem um Mapa do Maroto do Ministério (N/A: Esse nome é muito grande então nós devemos nos referir a ele só por MMM, é que somos meio preguiçosas... xD), porque assim facilitaria na hora que estivessem lá dentro procurando os livros e também tentando resgatar Sirius do véu.
- Harry, tem certeza que o Lupin vai nos ajudar? Porque você sabe muito bem que ele não é nada burro e vai querer saber para que nós queremos mapear o Ministério.
- Mas eu já contei para ele, Rony.
- Tem certeza, cara?
- Bem...
- FLASHBACK –
Pela lareira, Harry tentava convencer Lupin a ajudá-lo, só que sem dizer o por quê da ajuda.
- Harry, por mais que eu confie em você, tenho que admitir que fica difícil dar uma informação dessas para você.
- Mas eu só quero saber como faço para criar um mapa do maroto, não deve ser tão difícil a ponto da Mione não conseguir fazer.
Logo depois da última afirmação do garoto, foi possível ouvir uma leve gargalhada do outro lado da lareira.
- Realmente, Harry, aposto que a Hermione saiba fazer e, se não sabe, com certeza vai conseguir assim que eu explicar como se faz. – Falou isso com voz de riso, mas logo mudou seu tom de voz para um tom mais sério, ao continuar. – Mas não é o fato de ser possível ou não vocês fazerem, e sim o fato de que parece ser algo perigoso, senão, você falaria para mim o motivo de fazer esse mapa.
- Na verdade, não é algo realmente perigoso... Bom, talvez seja um pouquinho, mas se você soubesse não nos deixaria fazer de qualquer maneira.
- Pelo jeito você não vai desistir dessa idéia tão fácil, não é?
- Pode ter certeza disso.
- Então vamos fazer assim, você vai recolher todas as informações necessárias para fazer o mapa e... - Vendo que Harry ia interrompê-lo, respondeu a sua pergunta silenciosa. – Calma, eu já vou falar do que vocês precisam. Depois nos encontramos, eu te falo como fazer o mapa e você me fala para que ele vai servir.
- Mas assim você vai ficar sabendo o que vamos fazer. E pode tentar nos impedir.
- Acho que você não entendeu. Eu vou passar as informações para vocês e DEPOIS – Falou dando bastante ênfase para a última palavra. – vocês me contam para que vão usá-lo, a única coisa que peço é que sejam sinceros, prometo que não vou impedi-los e, mesmo assim, vocês já terão as informações para fazer o mapa.
- Está bem, já que é a nossa única opção...
- Na verdade, vocês têm outra opção... – Disse, ironicamente.
- Qual?- Perguntou, sem perceber a brincadeira.
- Você pode me contar agora, assim eu posso impedir que vocês façam o que querem. – Disse, risonho.
- Essa não vale, você sabe que eu não vou concordar com ela.
- Só estava tentando, quem sabe você mudasse de idéia?
- Pelo visto você está de brincadeira com a minha cara, então quer dizer que está tudo certo, não é?
- Está sim, mas me prometam que não vão procurar encrencas.
- Eu nunca procuro encrencas, são elas que me procuram. - Vendo que ele não acreditava, completou. - Vamos nos cuidar, não se preocupe.
- Então está bem, Harry, até a próxima e, assim que estiver com tudo pronto, me chame.
- Lupin, você não falou do que precisamos.
- Eu achei que fosse óbvio. – Vendo que o garoto não tinha entendido, continuou, logo depois de dar um longo suspiro. – Vocês precisam saber a localização de tudo no Ministério e também precisam saber o nome das pessoas que trabalham lá e das que o freqüentam bastante.
- Só isso?
- Sim, até mais.
Dizendo isso, o antigo professor quebrou o contato com seu ex-aluno.
- FIM DO FLASHBACK –
- Tá bom, não contei, mas se contarmos ele vai querer nos impedir.
- Mas ele não prometeu que não ia fazer isso?
- Prometeu, mas... Tá certo, não vou mentir para ele, não seria honesto da minha parte.
- Ótimo, era só isso que eu queria ouvir.
- Eu acho que você anda ficando muito tempo com a Hermione, está até pegando esse jeito dela de não deixar que façamos nada de errado. – Rony corou fortemente ao ouvir esse comentário. – Falando sério, Rony, quando vocês pretendiam nos contar sobre o namoro de vocês?
- O...o... q-quê? - Disse engasgando-se com as palavras.
- Vocês acharam mesmo que nós não percebemos? – Perguntou Harry, entre gargalhadas.
- Bom, na verdade, achávamos.
- A Mione também achou? - Rony confirmou com a cabeça. – Fala sério, você achar isso tudo bem, mas a Hermione eu já acho meio improvável. Vocês acharam mesmo que aquela mentira que vocês contaram enganaria a gente?
- S-sim.
- Na verdade, não enganou nadinha.
- Pelo menos assim não tivemos que contar nada.
- Covarde!
****
Nesse mesmo dia, os garotos mandaram uma mensagem para o ex-professor que chegaria daqui a poucos minutos. E, como se tivesse ouvido os pensamentos deles, Lupin chegou mais velho do que eles conseguiam se lembrar e com roupas em um estado deplorável, chegava a dar pena.
- Nossa, quando falei com você, pensei que quem estava nessa missão era só você, Rony, Hermione e talvez a Gina. Não imaginei que Fred, Jorge e a Srta. Diggle estariam também.
- Será que poderia me chamar só de Nick, professor?
- Só se você me chamar só de Lupin.
- Claro, Lupin. – Disse, dando um de seus costumeiros sorrisos cativantes, que sempre a ajudavam a conseguir o que queria, de acordo com seus pais.
Após ver esse sorriso, Lupin ficou estático como se tivesse visto um Basilisco. Os outros perceberam e começaram a se entreolhar.
- Lupin, o que aconteceu? Parece até que você viu um fantasma...
- Não... Não aconteceu nada. É só que... Deixa para lá. Vamos ver as informações para começarmos o trabalho.
Lupin não precisou pedir duas vezes para Rony passar todas as informações para ele. Ele também pediu um pedaço realmente grande de pergaminho para poderem montar o mapa. Lupin abriu o pergaminho e executou um feitiço mudo que fez tudo o que Rony mapeou passar para o pergaminho logo depois ele começou a passar as pessoas para o mapa colocando elas onde normalmente eram vistas por Rony ou onde trabalhavam. Porém o mapa ficou parado absolutamente normal para um, exceto para esse.
- Por que não está se mexendo, Lupin? – Perguntou Mione, claramente surpresa.
- É que falta vocês me dizerem quais serão as palavras-chave para fazê-lo ‘abrir’ e ‘apagar’. Vocês já escolheram, não é?
- Já sim. Para ele ‘abrir’ vai ser “Juro solenemente que o Ministério é retardado”. E para ‘apagar’ vai ser “Armada de Dumbledore”.
Assim que disseram isso, Lupin tocou no mapa e disse o comando para ele parar de funcionar e depois para funcionar e quando isso aconteceu todos já se moviam no mapa.
- Só falta uma coisa, preciso por o nome dos criadores no mapa.
- ... – Todos ficaram em silêncio, até que...
- Já sabemos! – Berraram os gêmeos, em uníssono – Ou, pelo menos, o nosso a gente já sabe...
- E quais seriam seus apelidos? – Lupin perguntou, já esperando boas idéias.
- TICO! – Gritou Fred, apontando para si.
- E TECO! – Completou Jorge, repetindo o gesto.
Todos riram e Lupin se curvou para escrever as “assinaturas”. De repente, Fred e Jorge se entreolharam e começaram a fingir cara de emoção, de choro.
- O que deu em vocês, hein?!? – perguntou Rony, espantado.
- Ora, maninho! É uma emoção muito grande...
- Sabe... Nós já sonhamos com muitas coisas, mas nunca nos imaginamos fazendo parte da Nova Geração de Marotos – Jorge completou, vendo a cara intrigada de todos.
- Hum... Pensando assim, é verdade! Vai ser muito legal... – Falou Nick, com uma carinha bem fofa.
- Nick... Você tá parecendo uma bonequinha assim, sabia? – Fred falou, corando ligeiramente, mas ninguém percebeu por causa da exclamação de Nick.
- É isso! Valeu, Fred! Pode assinar aí, Lupin: Bonequinha! – A garota falava, muito empolgada. E Lupin adicionou a “assinatura” dela também.
- Eu não sei o que colocar pra mim... – Gina suspirou.
- Que tal minha ruivinha? – Perguntou Harry, com uma expressão marota no rosto, abraçando a garota.
- Hem Hem – Rony, Fred e Jorge pigarrearam.
- Ok! Ok! Só Ruivinha então! – Decidiu Gina, sem vontade de contrariar seus irmãos ou seu namorado.
- Tá bom... – Um Harry, meio emburrado, “concordou”, arrancando risadas gerais – E eu?
- Sabe, Harry... – Começou Lupin – Alguém já te contou como seu pai chamava sua mãe? No começo, era só para irritá-la. Depois, o apelido pegou mesmo...
- Não, não me contaram. Como?
- Bem... Sempre te achei muito parecido com seu pai, Harry, até no apelido das suas duas ruivinhas – Harry abriu um sorrisão, enquanto Lupin continuava – Exatamente, Harry! Tiago chamava Lilían de minha ruivinha. Quantas vezes não ouvi: “Sua ruivinha não, Potter! Pra você é Evans! E-V-A-N-S!”. – Lupin pareceu se perder em lembranças, enquanto os outros riam.
- Hey! Então isso quer dizer que... – O garoto abriu um sorriso ainda maior, se é que isso era possível, e abraçou Gina novamente.
- Que...? – Todos repetiram, muito curiosos.
- Que o nosso filho vai ser lindo, maravilhoso, cheiroso... – Harry beijou a ruiva.
- E bemmm modesto! – Nick completou, no que todos riram, até Harry – Mas fala aí, Lupin! O Tiago era assim tãooo modesto também?
- Igualzinho! – Lupin riu – E então, Harry? O que acha de colocar Pontas, como seu pai?
- Claro!
- Nossa... agora só falto eu... – Rony reclamou.
- E EU! – Hermione o lembrou.
- Ah... É... Desculpa... – Rony se enrolou um pouco, no que Hermione o abraçou.
- Vocês não pensaram em nenhum apelido pra vocês? Não foi muito difícil para os outros.
- Não... – Respondeu Hermione, abaixando a cabeça.
- Hum... Vamos ver... Minha linda namorada é... – Rony coçou ligeiramente o queixo, fingindo muita concentração – A Mione é uma Ratinha de Biblioteca, isso a gente já sabe, mas... – Ele parou de falar quando Hermione se separou dele, rapidamente, e começou a gritar.
- COMO É QUE É? RATINHA DE BIBLIOTECA? SEU... SEU... – A garota parou pra respirar e depois falou – REI DOS FRANGUEIROS!
- Aha! Vocês são demais... Tá aí! Eis os apelidos: - Fred apontou pra Hermione – Ratinha!
- E Frangueiro! – Jorge apontou para Rony.
- O QUE? – Rony e Hermione agora gritavam com os gêmeos, vermelhos de raiva, enquanto os outros riam de se acabar.
- Ué! Vocês que se deram esses apelidos carinhosos! – Gina falou, ironicamente.
- Até tu, Gina? – Hermione fez cara de brava, até que não agüentou e riu também, junto com os outros.
- Bem... – começou Lupin, com um sorriso maroto – Agora não tem mais volta, já tá aqui! Eu falei que não ia ser tão difícil assim achar apelidos... – Ele mostrou o nome de todos no mapa.
Todos olharam para o mapa e sentiram falta de alguma coisa. Até que Harry falou:
- Cadê seu nome, Aluado?
- Ahn... O meu? Mas essa é a Nova Geração de Marotos! Eu sou da Antiga, lembra?
- Ah, por isso mesmo! Nós precisamos de alguém para nos “guiar”. Você seria perfeito, Lupin! – Dessa vez, foi Nick quem falou, no que todos concordaram enfaticamente. Lupin abriu um sorriso e acrescentou Aluado às assinaturas do Mapa.
- Agora, me digam... Quem criou as frases para abrir e apagar?
- Nós, é claro! – Responderam os gêmeos.
- Eu imaginei que tivesse sido. – Disse Lupin rindo, fazendo todos o seguirem. Logo depois, entregou o mapa nas mãos de Gina. – Está pronto. Usem bem.
- Mas é só isso? - Perguntou Gina, completamente admirada.
- É sim, agora já podem falar para que ele vai ser usado.
- Bom, já que não temos escolha... Nós vamos usá-lo para ir ao Ministério.
- Isso é o lógico. Eu quero saber o que vão fazer lá dentro.
- Nós... Nós vamos usá-lo para entrar lá e pegar alguns livros que estão no Departamento de Mistérios.
- E para que vão usar esses livros?- Perguntou Lupin, muito sério.
Harry olhou para os amigos, procurando apoio para falar, porém todos estavam tão preocupados quanto ele, resolveu continuar contando para Lupin a verdade.
- Nós vamos recolher informações deles para podermos tirar Sirius do véu. – Falou, tentando passar calma em suas palavras, mas fracassando inutilmente. Lupin ficou algum tempo em silêncio tentando processar as informações que lhe foram passadas.
- Vocês sabem o quão difícil isso vai ser, não sabem? - Ele falou depois de um tempo mostrando profunda preocupação, mas honraria sua promessa de não tentar impedi-los. Ele estava com medo que acabassem todos presos lá dentro, porém achou que eles já deveriam estar preocupados demais para ouvirem isso, então resolveu fitar o chão enquanto falava temendo que eles percebessem o que passava por sua cabeça.
- Sim. Mas nós...
- Eu sei que vão se cuidar, mas mesmo assim peço que tomem muito cuidado, não vão para lá sem antes terem certeza de como vão fazer para sair. Como Alastor diria: Vigilância constante!
- Obrigado, Lupin.
Lupin se levantou e foi em direção à porta. Já tinha feito tudo o que devia naquele lugar. Deveria, agora, acreditar no potencial deles e torcer para que tudo desse certo, afinal também sentia falta de seus amigos de colégio e Sirius era o único que ainda teria chance de poder contar. Já não podia contar com Tiago se este já estava morto há 16 anos e Rabicho... Agora não tinha mais certeza se, algum dia, ele fora seu amigo. Harry se levantou e seguiu o ex-professor em silêncio até o lado de fora do colégio. E a única coisa que lhe disse antes de partir foi:
- Adeus.
Decidiu que agora que já tinham tudo pronto, inclusive o mapa, poderiam seguir para o Ministério e assim fizeram. Precisavam fazer isso o mais rápido possível, não sabiam quanto tempo mais Sirius sobreviveria no Submundo. Agora, cada segundo poderia custar a vida de uma pessoa querida.
****
Nessa mesma noite, como já era previsto, chegou a aluna que agora começaria a residir no castelo. Minerva foi recebê-la quando esta chegou aparatando, a garota estava com uma cara realmente péssima que fazia com que percebessem a dor que ela estava sentindo, porém esta destoava de seu olhar que, no momento, estava com um brilho ligeiramente demoníaco. Mas este não foi percebido pela professora que logo que a viu correu para abraçá-la.
- Seja bem vinda novamente ao castelo, Srta. Chang.
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Eu sei que demoramos, mas finalmente o capítulo saiu. Gostaria de agradecer a todos que estão lendo nossa fic (essa é a primeira). Peço que nos perdoem, se não estiver do jeito que gostariam, só temos 13 anos e ainda vamos aprender muito.
Beijos,
GNJT
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