Ida a Hogwarts
Capítulo 5 - Ida a Hogwarts
- E agora.... Como a gente sai daqui?
- Ué! É só desfazer o feitiço! - falou Rony com cara de quem acha a pergunta sem sentido.
- Não é tão simples assim - respondeu Hermione, roendo as unhas de tão nervosa - Eu... Eu não sei o contra feitiço!
- O quê?!Você é louca?!
- O que prefere?! Morrer ou ficar trancado comigo?! - pergunta a garota, irritada.
- Ahn... Eu prefiro ajudar os outros na luta, com certeza!
- Então tá! Arromba a porta e vai para lá! - exclama ela, meio magoada. Ela anda até o lado oposto da loja. Ficou um silêncio constrangedor, quebrado alguns minutos depois por Rony.
- Mi, desculpa! - falou sentando-se ao lado dela. - Eu não queria ter dito aquilo, é que eu queria estar lá ajudando os outros. Mas também estou feliz de estar aqui. - falou pondo o rosto dela em suas mãos carinhosamente. Enquanto limpava uma lágrima do seu rosto, ela abriu um leve sorriso. Depois disso nenhum dos dois teve certeza de como aconteceu só perceberam quando seus lábios estavam entrelaçados do jeito que eles sempre quiseram. Quando se separaram, sorriam abertamente um para o outro e Mione não conseguiu evitar falar:
- Seu grosso! - e sorriu para ele que a beijou outra vez, só que mais intensamente.
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- Tô preocupada com o Rony e a Mione. - falou Nick sentando-se a um canto. Fred levantou-se de onde estava e foi se sentar ao lado dela.
- Não se preocupe. - falou pegado de leve em sua mão para lhe consolar - Tenho certeza que estão bem. - sorriu deixando a garota melhor. Harry e Gina observavam de longe e sorriram um para o outro. Porém, Gina logo parou de sorrir, afinal também estava preocupada.
- Ai! - exclamou Harry, porque Gina se distraiu e esqueceu que estava curando um ferimento no braço do garoto.
- Desculpa. Me distrai.
- Percebi, é por causa do Rony e da Mione, não é?
- Sim. Eu sei que não vai acontecer nada com eles e que eles sabem se defender, mas não consigo parar de me preocupar.
- Eu também. Mas mudando de assunto... Como você sabia que o lugar que estava guardando a Horcrux estava selado por aquele feitiço? Aquilo foi bem esperto!
- Ah, nem tanto. - disse Gina corando levemente - É que eu já conhecia aquele feitiço. Foi a Hermione que me falou dele, ela disse que era muito difícil de ser quebrado e também que era muito interessante. Mas nunca imaginei que Voldemort iria usá-lo para guardar algo tão importante. Ele provavelmente morreria tentando quebrá-lo.
- Não. Provavelmente, ele mandaria outras pessoas fazerem isso para ele.
- Tem razão. Como sempre. - disse sorrindo para o namorado e logo depois o beijando. - Obrigada.
- Por que você tá me agradecendo? Sou eu que tenho que agradecer, afinal você salvou minha vida.
- Estou agradecendo porque agora tenho absoluta certeza de que você me ama mais do que tudo. Se não, não teria sobrevivido.
- Então também tenho que agradecer, se você também não me amasse da mesma forma não sobreviveria. - a garota sorriu e Harry a beijou docemente.
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Finalmente, depois de alguns minutos, Rony e Mione se separaram, sorrindo muito um para o outro e com os lábios vermelhos. Ficaram se olhando por um tempo até Rony se lembrar que ainda estavam trancados na loja.
- Mione, como vamos fazer para sair daqui?
- Talvez eu tenha uma idéia...
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- Vocês falharam! Como conseguiram perder para cinco adolescentes? Essa é a última vez que permito um erro de um de vocês, da próxima vez não terei piedade. Agora sumam da minha frente antes que eu me arrependa!
- Sim, Milorde. - responderam em uníssono e se retiraram do aposento, deixando Voldemort sozinho.
- Será que você descobriu o meu segredinho, Potter? É melhor que não, para o seu próprio bem e daqueles que o cercam - falou sarcasticamente.
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- E o que você está pensando em fazer? Aparatar talvez?
- Seria uma opção, mas duvido que, como a loja está fechada, tenham deixado ela sem um feitiço anti aparatação.
- É verdade, mas, se não dá para sair aparatando, como vamos sair daqui?
- Bom... - e andou um pouco pelo local parando perto de um armário - Estava pensando no Armário Sumidouro, afinal ano passado o Malfoy conseguiu passar os Comensais por ele até Hogwarts, então pensei que talvez pudéssemos passar...
- Ótima idéia! Mas eu não sei como se faz para meio que ativá-lo.
- Nem eu, mas não deve ser difícil, afinal o idiota do Malfoy descobriu como fazer.
- Tem alguma idéia de como fazer?
- Talvez. Deixe-me ver... - falando isso entrou no armário - Rony não seria melhor que você entrasse também. Se ele ativasse do nada seria melhor que nós dois fossemos juntos, né?
- Tá, mas cabe nós dois aí dentro? - agora que Rony mencionara, ela percebeu que o armário era realmente bem pequeno para os dois.
- Vai ter que dar. - mal falou isso e já estava empurrando Rony para dentro do armário e se espremia para entrar e conseguir fechar a porta. Haviam entrado não tinha um segundo e acidentalmente Rony ativara o armário dando uma cabeçada no lugar certo do teto. A sensação que tiveram era de que estavam num daqueles brinquedos trouxas que parecem que foram feitos para enjoar a pessoa de tanto girar. Mas para felicidade deles a "viagem" foi rápida. Parecia que tinham passado somente cinco segundos quando chegaram numa das formas da sala precisa que nunca haviam visto antes. Estava entulhada de coisas velhas e empoeiradas arrumadas de forma totalmente desorganizada de modo que faria Tia Petúnia ter um ataque do coração na hora, sem nenhuma chance de voltar a viver.
- Ainda bem que chegamos. - disse Rony parecendo meio enjoado, quando olhou para Hermione achou estranho o fato de ela não ter se abalado com a "viagem" - Você não ta enjoada nem tonta?
- Não, por que deveria ter ficado?
- Como assim "por que deveria ter ficado?" até parece que você não sentiu o quanto aquilo pode deixar alguém tonto.
- Ah! É por isso. - disse rindo - É que já estou acostumada. Andei muito num brinquedo parecido quando era mais nova.
- Está dizendo que os trouxas andam em brinquedos que te deixam enjoado só para se divertir? – Rony exibia uma expressão do tipo “Só sendo maluco pra fazer isso”.
- É, mais ou menos isso. – respondeu ela com um sorriso divertido diante da expressão de Rony.
- Então, ainda bem que eu sou bruxo. - disse Rony, bem atordoado, enquanto Hermione ria.
- Bom, de qualquer jeito, agora nós só temos de sair daqui e avisar ao Harry e aos outros que saímos da Borgin & Burkes e que estamos em Hogwarts...
- Isso é bem fácil. É só irmos para o corujal e mandarmos uma carta.
- Sim, mas antes temos de ver se tem alguém no colégio, de preferência a professora McGonagall, para explicar por que estamos aqui e ver se podemos ficar aqui um tempo.
- Por que temos de pedir para ficar aqui?
- Porque estou morrendo de saudade daqui. – disse a garota sorrindo e andando em direção à saída da sala precisa – E não venha me dizer que não gosta daqui porque eu sei que gosta.
- Nisso você tem razão, Hogwarts é muito mais que uma escola. – enquanto Rony falava isso, os dois saíam pela porta que rapidamente voltou a ser parede. Andaram por algum tempo sem ver nenhum sinal de vida até que passaram pela sala onde sempre tiveram aula de Transfiguração e ouviram o som de uma voz muito conhecida:
- Será que, depois de tudo o que aconteceu, Hogwarts um dia ainda irá reabrir? – perguntou a pessoa para si mesma um pouco magoada.
- Tenho certeza que quando tudo isso acabar e Aquele-que-não-se-deve-nomear finalmente for derrotado a escola reabrirá e voltará a ser como sempre foi. – disse Hermione entrando na sala e falando com a professora McGonagall.
- Sr. Weasley! Srta. Granger! O que fazem aqui? – perguntou, assustada de encontrá-los ali.
- É uma longa história, professora.
- Então, é melhor começarem a contá-la imediatamente. – disse do mesmo modo que fazia sempre que eles se metiam em alguma encrenca. Hermione contou, então, tudo desde a chegada deles a Borgin & Burkes até a saída deles do armário.
- Depois, começamos a andar pelo castelo e encontramos a senhora aqui.
- Muito bem, eu acho que é melhor avisar ao Sr. Potter de que estão aqui, enquanto isso vou pedir aos elfos para arrumarem suas camas e prepararem algo para vocês comerem. Imagino que vão ficar aqui por um tempo, estou errada?
- Não, senhora. Posso pedir um favor?
- Imagino que sim Srta., o que seria?
- Posso chamar o Harry, a Gina, o Fred, o Jorge e a Nick para ficarem um tempo aqui também?
- É claro que sim, Srta. Granger! Hogwarts pode não estar funcionando, mas estará sempre de portas abertas para qualquer aluno que precisar!
- Ótimo! Mandarei uma coruja para avisá-los agora mesmo. - e saiu rapidamente do aposento com Rony em seus calcanhares até chegarem ao corujal. Chegando lá, pegou um pedaço de pergaminho, uma caneta e começou a procurar um lugar limpo para poder apoiar o pergaminho e começar a escrever. Mas, antes que o pudesse achar, foi interrompida por Rony.
- O que é isso?- perguntou Rony, arrancando a caneta das mãos dela e analisando-a atentamente.
- Isso? - perguntou Hermione, arrancando a caneta das mãos dele do mesmo modo que este havia feito com ela - Isso é uma caneta trouxa. Nós a usamos no lugar das penas para escrever.
- Porque você tem uma caneta e um pedaço de pergaminho no bolso?
- Porque nunca se sabe quando será preciso escrever.
- E por que uma caneta e não uma pena?
- Porque a caneta é mais fácil de carregar do que uma pena e um tinteiro e não tem chance de sujar. Mas agora, Rony, me deixa escrever essa carta. - E apoiando-se no único lugar limpo o suficiente para escrever começou:
“Queridos Harry, Gina, Fred, Jorge e Nick,
Nós, Hermione e Rony, estamos mandando essa carta para lhes avisar que estamos bem e não estamos mais na Borgin & Burkes e sim, em Hogwarts. Esperamos por vocês aqui para, quem sabe, descobrirmos nosso próximo passo. Quando chegarem aqui, explicaremos como chegamos.
Até mais,
Rony e Mione.”
Mal que acabara de escrever e já chamava uma coruja para mandar a carta.
- Pronto. Não demora muito eles estarão aqui. É só esperar.
****
Na casa de Fred e Jorge, todos estavam saindo para irem a Borgin & Burkes, afinal já fazia algum tempo, na verdade, algumas horas, que Rony e Mione tinham ficado para trás e ainda não tinham aparecido, como todos estavam muito preocupados decidiram fazer uma busca pelos arredores da loja. Mas, ao chegarem lá, não encontraram nada.
- É, eu acho que eles devem ter, no meio da confusão, fugido para algum lugar. – vendo que ninguém se movia, Jorge continuou – Vocês não acham que é melhor voltarmos para casa, eles podem aparecer por lá e pelo jeito eles não estão aqui.
- Talvez, mas, se não me engano, pensei ter visto de relance a Hermione lançar, com cara de assustada, um feitiço na porta da loja trancando eles por dentro. Não seria melhor nós tentarmos entrar? - propôs Nick
- Não acho que a Mione seja o tipo de pessoa que lança feitiço na porta sem saber o contra-feitiço – falou Gina, como se tivesse feito uma afirmação óbvia.
- Não sei, Gina, talvez ela simplesmente tivesse lançado sem pensar - disse Harry pensativo.
- Bom, já que vocês decidiram assim, acho que é melhor entrarmos logo, né? – disse Fred, enquanto tirava uma chave dourada do bolso e a girava na maçaneta, como se ele fizesse isso todos os dias. A porta, novamente, sumiu revelando a loja no seu habitual caos. Os garotos procuraram pela loja, por uns quinze minutos, mas não encontraram vestígios de Rony nem de Hermione. Passado este tempo, resolveram sair da loja e procurar em outro lugar. Mal saíram da loja e foram abordados por uma coruja-das-torres que para felicidade deles, trazia uma carta de Rony e Hermione.
Harry foi o primeiro a lê-la seguido rapidamente de Gina, Fred, Jorge e Nick. Assim que todos terminaram de ler a carta, não demorou muito, estavam aparatando em Hogsmead. Jorge foi o primeiro a desaparatar, seguido de Harry, Gina, Fred e Nick, nem pararam para pensar e já estavam caminhando em direção a Hogwarts, passaram pelos portões facilmente, e logo entraram castelo adentro. Encaminharam-se ao único lugar onde ouviram algum barulho, a antiga sala da professora Minerva.
- Sr. Potter, já imaginava que não demoraria muito a vê-lo e vejo que você está acompanhado da Srta. e dos Srs. Weasley e da Srta. Diggle. Imagino que estejam procuram o Sr. Weasley e Srta. Granger.- eles assentiram com a cabeça - Bom eles estão no Salão Comunal da Grifinória e a senha é Rabo Córneo Húngaro. Imagino que devo mandar arrumar camas para os senhores, certo?
- Sim, gostaríamos de ficar aqui, se nos permitisse.
- É claro que sim, Sr. Potter. – eles se dirigiram para o local onde estavam Rony e Hermione e antes mesmo de entrarem, já podia ouvir vários risos vindos lá de dentro. Assim que entraram encontraram o dois fazendo a maior bagunça, correndo um atrás do outro pela grande sala, assim que Hermione foi alcançada por Rony, este começou a fazer cócegas sem que percebesse a presença dos demais amigos.
- Pelo jeito, vocês já se entenderam, né? – assim que Harry acabou de falar, Rony e Hermione pararam com a brincadeira, ficando a menina com o rosto muito vermelho e Rony com as orelhas vermelhas, junto com todo o resto.
- Ahhhh... Vocês já chegaram? – disse Rony, muito encabulado, ajudando a “amiga” a se levantar.
- É, nós chegamos, mas parece que vocês não gostaram muito disso... - disse Gina brincando com o irmão.
- É.....que.......é... bem.... – todos começaram a rir com o jeito todo envergonhado do Rony. Todos riram durante um bom tempo, até que Rony e Mione já estavam ficando irritados com isso.
- Já não cansaram de rir de nós, não? - disse Rony, envergonhado
- Tá... Paramos, mais que foi engraçado, foi!!!Isso vocês tem que admitir. – disse Jorge.
- Eu não acho. – disse uma Hermione bem irritada
- Claro que não acha graça. Você estava envolvida.
- Sendo engraçado ou não já está mais que na hora de pararmos com isso para deixar esses dois contarem TUDO – falou Gina enfatizando bem a última palavra – que aconteceu lá na loja e como vocês vieram parar aqui. – o jeito como ela falou deixou bem claro que parecia saber o que tinha acontecido com os garotos durante o tempo que ficaram sozinhos e que não poderiam esconder nada dela, porém Hermione pulou algumas partes que ela mesma denominou de “ para ficarem só na nossa memória ou para serem contados depois em particular”, mas não foi bem sucedida pois todos na sala entenderam perfeitamente o que havia acontecido naqueles momentos que a menina resolveu deixar de fora, mas que só foram expressados por olhares e risadinhas contidas porém bem perceptivas. Toda a noite passou muito bem, com conversas animadas e risos. Já era tarde quando todos foram dormir. Já deitado, veio uma pergunta na cabeça do Harry: “Qual será nosso próximo passo?” E depois de muito tempo pensando nesse assunto e com algumas idéias na cabeça ele finalmente dormiu, mas para seu azar seu sono foi bem agitado. Ele viu Voldemort torturando Mundungo, acusando-o de estar com o medalhão de Slytherin e ordenando-o que falasse onde estava o medalhão. Nessa hora, Harry lembrou-se de ter visto algo que poderia ser o tal medalhão quando estavam arrumando a sede da Ordem um pouco antes de seu quinto ano em Hogwarts e, agora que parara para pensar, percebeu que aquele medalhão era mesmo o de Slytherin, mas se aquele era mesmo o medalhão com a Horcrux então ela não deveria mais existir, pois esse estava um pouco deformado. Esse deveria ser o motivo pelo qual Voldemort estava tão irritado, mas seu devaneio foi interrompido por uma imagem muito forte: Voldemort matara Mundungo cruelmente, de uma maneira horrível demais para se por em palavras. Logo depois, o garoto acordou com duas perguntas na cabeça: “Por que a Horcrux estava na casa dos Black?” e “Qual seria o próximo passo do Lorde das Trevas agora que ele sabia que suas Horcruxes poderiam estar correndo perigo?”. Mas o sono foi tão grande que o menino-que-sobreviveu voltou a dormir tendo pesadelos a noite toda por causa do que acabara de presenciar.
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DESCULPA!!!!!!
Eu sei que demorei para postar esse capítulo, mas foi pelo fato de eu ter escrito um pouco em três computadores diferentes! Prometo que tentarei ser mais rápida.Até o próximo capítulo e não esqueçam de comentar falando o que estão achando da fic!
Beijos,
GNJT
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