Sentença de Morte
RON E MIONE HARRY E GINA
Harry, Ron e Mione se entreolharam. A teoria de Dumbledore parecia mais louca do que as de Harry (que já eram bastante piradas), os garotos ainda não haviam compreendido como Dumbledore havia chegado àquela conclusão, mas logo iriam entender.
-Como eu já disse, Voldemort é um bruxo extremamente astuto (nunca duvidem disso), e durante uma reflexão que fiz eu tentei imaginar como ele (Voldemort) poderia anular toda e qualquer chance de ser derrotado – Ele parou e suspirou, e continuou, ele parecia abatido por algum pensamento ruim – E infelizmente cheguei a uma conclusão, Harry.Voldemort tinha conhecimento da profecia que o torna “o escolhido”, portanto só você poderia destruir seu império de terror, então, se ele o transformasse em uma horcrux – Agora lágrimas escorriam de seu rosto- Desculpe, se ele o transformasse em uma horcrux, você teria de se sacrificar para destruí-lo.
A conclusão fez com que Harry se tornasse um saco de dúvidas, mas elas não podiam ser perguntadas, Dumbledore não podia respondê-las, não estava mais entre eles.
-Mas não desanime, Harry – Disse ele parecendo novamente poder vê-los - O que mais vai ajudá-los é uma informação que consegui com uma fonte confiável – Ele agora apresentava um brilho estranho em seus olhos azuis, parecia a esperança de se vingar- Parece que Voldemort cometeu um tropeço quando ia adquirir o broche de Ravenclaw, ele confiou esta missão a um de seus comensais, ao invés de fazer por si mesmo que seria muito mais inteligente, bom... o que aconteceu foi que este comensal, Rabastan Lestrange, cunhado de Bellatrix, conseguiu roubar o broche, mas foi perseguido por um dos descendestes de Ravenclaw, que pegou a relíquia de volta para si e lançou tal feitiço em Lestrange que até hoje ele tem falhas de memória e dificuldade para andar. O broche está provavelmente então no poder dessa família, a descendente de Ravenclaw, o problema é que... – E Harry já sabia o que ele iria dizer- Eles não moram na Grã-Bretanha e muito menos na Europa, e infelizmente é tudo que sei a respeito. E lembre-se Harry, profecias sempre se cumprem.
E a memória acabou e os três voltaram para o escritório de McGonagall, mas agora o sol já estava se pondo e Mcgonagall estava sentada em sua cadeira obviamente esperando os jovens saírem da lembrança de Dumbledore.
-Estava esperando para saber se dormiriam em Hogwarts. – Disse ela simplesmente.
-Não, nós voltaremos para a casa de Sirius – Disse Harry mesmo sabendo que a casa era sua.
-Por quê? – Perguntou Rony.
-No caminho eu explico – Respondeu Harry deixando Mcgonagall com uma sobrancelha levantada.
Gina permanecera no Largo Grimmauld, Harry saíra de lá sem falar com ela, no meio de uma discussão, e isso deixou Gina abalada. Passadas horas sem o sinal de Harry nem de seu irmão e nem de sua melhor amiga, então subiu as escadas decoradas com cabeças de elfos domésticos encolhidas, subiu silenciosamente para não acordar o quadro da Sr. Black, escolheu o quarto do padrinho de Harry, Sirius, e lá se deitou e logo pegou no sono.
Harry, Ron e Hermione chegaram pela rede Flu rapidamente após saírem de Hogwarts. Mas ao tentar se distanciar Hermione o puxou pelo braço.
-Explique por viemos para cá – Dise ela puxando uma cadeira para se sentar.
-Dumbledore disse que o broche dos Ravenclaw está com seus descendentes – Disse Harry esperando que os amigos matassem a charada.
-E daí, cara? – Perguntou Rony.
-Não existiu ninguém mais obcecado por famílias de sangue puro do que Walburga Black, a mãe de Sirius, ela deve ter livros sobre as genealogias das mais importantes famílias bruxas – Disse Harry.
-É verdade, mas está muito tarde, vamos esperar até amanhã para mexer em livros velhos cheios de fadas mordentes – Disse Hermione.
E assim eles subiram as escadas silenciosamente, Mione foi para o espaçoso ex-quarto de Régulo, irmão de Sirius, que ficava na frente do quarto do mesmo , Rony foi para o quartinho que servira aos Weasley anos atrás, e Harry rumou para o quarto do padrinho, apontou para o candelabro com a varinha, e a luz se acendeu e deitada na cama estava Gina que agora estava acordada.
-Desculpe – Disse Harry se retirando.
-Não, eu quero falar com você – Falou Gina impedindo que Harry se afastasse.
-Gina, olha eu sei que você quer ir por aí com a gente procurar as horcrux, mas...
-Eu sei, eu sei, mas Harry, isso eu já entendi, eu não vou ajudar vocês (até parece) – Disse ela parecendo confundir Harry ( e eu também), pois o que Gina parecia mais prezar era ajudar Harry em sua missão- Eu só queria ficar do seu lado – Disse ela voando para os braços de Harry, chorando.
-Acalme-se, Gina... Por que está chorando? – Perguntou Harry.
Gina parou e olhou para os olhos verdes de Harry, aqueles que diziam ser tão parecidos com os de sua mãe, aqueles olhos que ela tanto amava...
-Harry, eu sei que vamos acabar separados – Disse Gina e Harry se perguntou se ela sabia de algo.
-Não vamos, Gina iremos ficar juntos... – Disse Harry pensando na profundidade de seus dizeres.
-Prove – Desafiou Gina.
E Harry lhe beijou longamente, e pensava se isso era realmente o certo e de a quão esperta era Gina, Harry sabia que ela escolhera aquele quarto de propósito, para falar com Harry.
Harry fechou a porta, apontou para o candelabro e ele apagou...
-Tenho que ir – Disse Harry se levantando.
-Fique aqui – Pediu Gina.
Harry ficou pensativo e disse:
-Então eu vou lá embaixo, pego um copo de água e já volto – Falou Harry se levantando e colocando a camisa.
-Dois copos – Disse Gina encostando-se ao travesseiro, sorrindo.
Harry saiu pelo quarto, ainda meio tonto.
-Lumus – e a ponta varinha ficou acessa.
Quando ia sair do quarto de Sirius Harry precebeu alguém entrando no quarto de Régulo, com a ponta dos pés e cuidado para não fazer barulho, era Rony!
Harry segurou um riso e fechou a porta de seu quarto para não ser visto. Gina o olhou, curiosa e Harry lhe contou o que vira.
-Finalmente, já era a hora! – Exclamou Gina.
A porta rangeu e Rony entrou no quarto. A luz ainda estava ligada, pois Mione continuara lendo um livro extremamente chato, daqueles que ela sempre lê, mas Harry e Rony não chegavam nem perto.
-Rony... O que está fazendo aqui? – Perguntou Hermione um pouco brava.
-Estava pensando em você – Disse Rony e em seguida fazendo uma cara de cachorro abandonado que deve ter aprendido com seu irmão Gui, o lobisomem do bem.
-Eu também, mas não podemos deixar que os outros descubram! – Disse Hermione se aproximando.
-Sabe, estive pensando (pensando?) nisso – Disse Rony- Por que temos que namorar escondidos dos outros?
Mione não respondeu. Era assim que eles se encontravam, em segredo, haviam se passado um mês desde o que acontecera durante uma de suas brigas matinais, Rony tomara coragem para falar com Mione e dizer o que ele realmente sentia por ela. Desde então eles namoravam escondidos, não sabem o porquê daquilo, mas toda as madrugadas eles se encontravam na sala comunal e lá ficavam por um tempo até voltarem para as camas e fingir que nada aconteceu.
-Tem razão, vamos falar com eles amanhã – Disse Hermione colocando os braços em volta do pescoço de Rony e dando-lhe um beijo.
-Então tá - Disse Rony abrindo a porta para sair.
-Aonde você vai? – Perguntou Hermione vendo-o parar de sair - Você não vai ficar mais um pouco comigo - Disse ela imitando a cara de cachorro solitário.
Rony deu um sorriso de orelha a orelha.
-Não Mione, ainda não - e saiu na ponta dos pés.
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