Surpresas
Uma imagem escura passou pela cabeça de Harry. Caminhava pelo mesmo corredor escuro do sonho anterior. Tinha a leve impressão que conhecia aquele lugar, mas não sabia de onde... Caminhava, tudo se passava em “câmera lenta” na sua mente... No fim do corredor, havia uma porta. Entrou por ela, e surgiram várias outras portas. Estava indeciso por onde entrava, luzes bruxuleantes vinham de archotes ao lado das portas. Entrou por uma, e encontrou...
- Harry! Harry, o que foi?!
Rony estava sentado na cama de Harry, junto com Neville e Hermione. Harry levantou-se e pôs os óculos. Estava muito suado.
- Harry, o que aconteceu? – perguntou Hermione, com a voz tremula.
Harry tentava se lembrar do que acontecera, mas... Já não sabia mais.
- Eu... Eu não me lembro – respondeu, com a mão da cicatriz, que continuamente doía, desde a volta de Voldemort.
- Não foi um dos seus sonhos, foi? – perguntou novamente a garota, assustada – Porquê...
- Ele já disse que não se lembra, Hermione – exclamou Rony, com um quê de irritação na voz – E por que o que?
- Porque a maioria desses sonhos foi para nos dizer alguma coisa – exclamou Hermione, levantando-se da cama de Harry – Não acha que isso é importante?
- Gente, eu já disse que está tudo bem – disse Harry, interrompendo a discussão – Por que não vamos tomar café?
Ouvindo isso, Hermione olhou para o relógio e soltou uma exclamação.
- Ai, meu Deus! Estou atrasada!
- Mas nossa aula começa 9 horas! – exclamou Rony, que estava sentado ao lado de Harry, olhando para o relógio.
- Eu tenho que exercer as minhas funções como monitora-chefe! – exclamou, pegando a mochila, que estava no chão – E por sinal, Ronald, você devia fazer o mesmo. Além do que, tenho outras coisas para fazer...
- O quê?! – perguntou Rony, incrédulo – Não tem a ver com o que a McGonagall te disse, tem?!
A garota não chegou a ouvir o que o Rony dissera. Pegara uns livros que estavam sobre a mesa-de-cabeceira de Harry e desceu as escadas que saiam do Dormitório dos Meninos.
- O que ela deve ter de tão importante para esconder? – perguntou Rony, nervoso.
- Eu não sei – disse Harry – Mas acho melhor nós descermos, ou nos atrasaremos para as aulas.
Harry tirou o pijama e pôs as vestes de aula. Depois, desceram pela escada e saíram pelo Buraco do Retrato.
- Vocês não acham que ela foi para a biblioteca? – perguntou Neville, tentando acompanhar o passo de Harry e Rony.
- Deve ser – disse Rony, irritado – É o “lema” dela: está com dúvida, vá à biblioteca! Mas nem começaram as aulas ainda! – exclamou.
- É, mas você conhece a Hermione, não é? – disse Harry, rindo.
Chegando ao Salão Principal, tentaram encontrar Hermione na mesa da Grifinória, mas não a viram.
Harry percebeu como também seus colegas, que a escola estava bem mais vazia depois do ano anterior. Havia muito espaço nas mesas das Casas. Depois do ataque dos Comensais da Morte, e da morte de Dumbledore, os colegas deviam temer um outro atentado. Em parte, Harry concordava com os colegas: sem Dumbledore, a escola ficava com um ar triste, e com um ar de desconfiança. Dumbledore dava autoconfiança aos colegas. Dava autoconfiança ao próprio Harry. Dumbledore...
Olhou, de relance, à mesa dos professores. No centro, onde antigamente ficava o diretor, estava McGonagall, do seu lado estava Slughorn, Flitwick, Trelawney, Hagrid, Vector e... Laurien Harrington?!
- Rony – murmurou Harry, cutucando o amigo – Olha só!
Rony percorreu os olhos até onde Harry indicava, e soltou uma exclamação.
- É aquela mulher que vimos no trem ontem! – exclamou Neville – Será que ela é nova professora?
- Provavelmente – respondeu Harry, intrigado – O que mais ela estaria fazendo em Hogwarts? Deve ser professora, sim...
- De Defesa Contra as Ates das Trevas? – perguntou Rony, curioso.
- Não sei – respondeu Harry – Mas logo iremos saber. Estão entregando os horários, olhe!
A professora McGonagall passava entre as fileiras, entregando os horários aos alunos. Logo, passou pelos garotos e entregou-lhes os seus.
- Bom-dia – disse, quando acabou de lhes entregar – Vão se sentar para o café.
- Bom-dia – respondeu Rony – Nossa, ela está de bom humor hoje! – disse aos garotos sarcasticamente, quando a professora já estava longe deles.
Eles se se sentaram à mesa da Grifinória, junto aos poucos colegas da Grifinória que voltaram, e comeram o que tinha para o café da manhã naquele dia.
- Olhe, temos horas livres esse ano também! - exclamou Rony, com um enorme sorriso no rosto - Logo depois da primeira aula, depois do almoço... Sexta temos só três aulas!
- É, mas tem uma coisa que você esqueceu - disse Harry, também olhando para seu horário - Este ano temos os N.I.E.M.s, ou seja, como diz Hermione, horários livres igual a horas de estudo...
Logo, despediram-se de Neville, e se dirigiram à primeira aula, que era de Transfiguração.
Subiram as escadarias de mármore e entraram na sala. Foram um dos primeiros a chegar.
- Você acha que a McGonagall vai dar aula? – perguntou Rony, tentando ver o que estava dentro da sala.
- Acho que não – respondeu Harry – Deve ter muitas preocupações como diretora...
- Será que é a mulher que vimos no trem? – perguntou Harry – Quero dizer, não vi nenhum professor novo à mesa dos professores hoje, só ela...
- Pode ser – respondeu – A não ser que seja Hermione – disse, dando uma risada.
- Né – riu Harry, tirando os livros da mala – Vai saber! E falando nela – disse, indicando Hermione com a cabeça.
A garota entrava decidida pela sala de aula. Vinha com a enorme mochila nas costas, e vários livros e pergaminhos nas mãos.
- Oi Hermione! – exclamou Rony.
- Olá, Ronald – respondeu a garota, simplesmente. Mas os garotos estranharam o que ela fez. Estavam sentados na primeira fileira, perto da porta, e a garota passou reto por eles, despejando as coisas em cima da mesa do professor.
- O que você está fazendo Hermione?! – exclamou Rony – Guardamos um lugar para você aqui!
- Não vou precisar dele – disse, pegando um livro e caminhando-se para a frente da classe.
Os alunos (da Grifinória e da Corvinal) pararam de falar aos poucos quando ela fez isso. Ninguém parecia entender nada.
- Obrigada – disse – Bem, esse ano, houve uma mudança de planos quanto ao seu novo professor de Transfiguração.
- A é? – perguntou Rony, sarcasticamente – E quem vai ser agora?
- Eu.
A sala desatou a rir, entre eles Harry e Rony.
- Hermione – disse Harry, tentando se conter – Hoje é dia 2 de setembro, não dia primeiro de abril.
- É – disse Rony – Senta aqui vai, para com palhaçada...
- É você que tem que parar com a palhaçada aqui, Sr. Weasley – exclamou a garota, pondo as mãos nos quadris – A não ser que queira perder pontos para a sua casa.
- A minha casa é a sua casa! – exclamou Rony – Não pode fazer isso!
- Ah, posso sim! – exclamou tirando a mão da cintura e jogando os livros na mesa – E isso se aplica a cada um de vocês!
As risadas pararam instantaneamente. Hermione soltou um risinho e pegou o giz de lousa.
- Muito bem – disse, escrevendo o nome na lousa – Bem, acho que vocês já me conhecem, mas por via das dúvidas – disse, envolvendo o nome com um círculo.
- O que ela acha que está fazendo? – sussurrou Rony para Harry.
Harry levantou os ombros para o amigo, insignificantemente.
- Hoje, iremos entrar num assunto muito complexo em magia – disse, andando pela sala – Iremos dar continuidade ao que vimos ano passado, sobre a Transfiguração humana. Alguém sabe como podemos fazer isso?
Ninguém respondeu.
- Bem – disse com um olhar de severidade aos colegas – Há varias maneiras de Transformação humana. Nenhuma em que usamos necessariamente a Transfiguração. Existem pessoas que já nascem com esse dom. Elas recebem o nome de metamorfomagas, ou seja, podem mudar de aparência à vontade. Embora muitos bruxos queiram mudar de aparência como os metamorfomagos, preciso enfatizar que essas pessoas nascem com esse dom, e são realmente raras.
- Existem também poções que podem nos transformar em outras pessoas. Alguém sabe me dizer? – perguntou a garota, esperançosa.
- Poção Polissuco? – respondeu Rony, com a mão no ar.
- Muito bem – disse, com um sorriso – Cinco pontos para a Grifinória.
- A Poção Polissuco... É uma poção que pode nos transformar em outra pessoa por um curto prazo – aproximadamente uma hora –. Apesar de parecer muito fácil de se preparar, ela não é. É uma das poções mais complicadas que já vi, e é proibida pelo Ministério por razões óbvias. Muitos bruxos e bruxas usaram e ainda usam a Poção Polissuco para o mal, para se fingir de outras pessoas para praticar magia negra. Então é aí que eu quero que vocês entendam: Temos de prestar bem atenção nas pessoas em quem confiar... Estar atentos a tudo e a todos.
Harry e Rony se entreolharam... Conheciam muita gente que se transformaram em outras pessoas através da Poção Polissuco, como Bartô Crouch Jr., que se transformou no Prof. Moody no seu quarto ano em Hogwarts, tentando matar Harry, Crabbe e Goyle, além de alunos da Sonserina no ano passado que se transformaram em garotinhas para garantir que o plano de Malfoy desse certo, além deles próprios, que se transformaram em Crabbe e Goyle no seu segundo ano, para tentar descobrir quem era o herdeiro de Slytherin.
- Bem, voltando ao assunto – continuou a garota – Existem ainda os animagos, que são bruxos que podem se transformar em animais. Esse tipo de transformação, assim como as outras, é muito complicada e se leva anos para um bruxo conseguir se transformar em animal, assim como conseguir a licença do Ministério. Podemos citar a professora McGonagall, que pode se transformar em gato, Sirius Black, que pode se transformar em cão, mas são poucos os que sabem disso, Pedro Pettigrew, aliado de Voldemort – aqui todos, com exceção de Harry, soltaram uma exclamação – que todos acreditavam que estava morto e não fora culpado pelo que Sirius fora, pode se transformar em rato, além da Rita Skeeter, uma mulherzinha ordinária que pode se transformar em besouro clandestinamente para destruir a vida de todo mundo e que...
Naquele momento, Harry e seus amigos não ficaram sabendo o que a garota ia falar sobre a Skeeter, pois batera o sinal de fim de aula. Todos iam se levantando quando a garota pediu a atenção dos colegas:
- Esperem um pouco! – exclamou – Quero que vocês me tragam, na próxima aula, dois rolos de pergaminho sobre a Transformação Humana, basicamente sobre tudo o que falei hoje. Também pesquisem sobre, no mínimo, três bruxos que tem esse tipo de capacidade.
Todos anotaram o que ela pedira, e se foram. Harry e Rony esperaram todos saírem da classe, e voltaram-se para Hermione:
- Hermione – disse Harry – O que você estava fazendo?
- Ensinando – respondeu, simplesmente, arrumando seus pertences.
- Mas... Era isso o que a McGonagall tinha te pedido? – indagou Rony, pasmo.
- Sim – respondeu, colocando a mochila nas costas.
- Sim – disse Rony, imitando a voz da garota – Você não vai falar nada com a gente?
Hermione, que estava se dirigindo para fora da classe, parou, e disse aos garotos:
- Me desculpem – disse, com um tom de culpa na voz – Mas é que estou realmente ocupada. Mas... O que vocês acharam? – perguntou, com um sorriso esperançoso.
- Estava ótima! – exclamou Harry – Realmente você é boa no que faz!
- Obrigada – disse, rindo – Agora... Temos que ir. Que aula é agora?
- Feitiços – respondeu Harry, olhando no horário de aulas.
- Então vamos logo, ou vamos nos atrasar!
- Mas... Você tem que dar aula agora! – exclamou Rony - Não tem?
- Vamos Rony – disse Hermione, tomando dianteira.
***
As outras aulas correram bem. Na aula de Feitiços, eles aprenderam o Feitiço do Patrono, que entrava no Nível Incrivelmente Exaustivo em Magia. Harry, como Rony, Hermione, e alguns membros da antiga AD, já o sabiam executá-lo, e não tiveram tanta dificuldade em realizá-lo. Em si, o Feitiço do Patrono é um feitiço de uma magia muito avançada, e foram poucos os que conseguiram se defender dos Dementadores – Bichos-Papões –. No fim, somente Harry, Rony, Hermione e Luna tinham conseguido realizar o feitiço, e conseguiram vinte pontos cada um para suas casas.
Depois da aula, eles se dirigiram para o Salão Principal para o almoço. Realmente, haviam muito poucas pessoas em Hogwarts naquele ano. Sentaram-se à mesa da Grifinória, junto dos colegas da Grifinória.
- Hermione, você sabe quem é ela? – perguntou, indicando a misteriosa mulher que viram no trem, que estava na mesa dos professores.
- Quem, a Laurien? – perguntou, distraidamente – É nova professora.
- Do quê? – indagou Rony, cheio de batatas na boca.
- Defesa Contra as Artes das Trevas, óbvio – respondeu Hermione, servindo-se de uma coxa de frango – Ela é muito legal, sabem... Ela já foi um auror!
- Laurien? – exclamou Harry, largando o garfo no prato – Auror?
- É o que parece – disse Hermione – Realmente, ela é um mistério.
- Bem, temos aula com ela hoje – disse Rony, ainda com a boca cheia de batatas – Podemos ver como ela é...
Depois do almoço, tiveram o primeiro horário livre, mas o disperdiçaram quase inteiro praticando o feitiço Expulsório, que era o contrário do feitiço Convocatório. Estavam treinando, assim como muitos colegas do sétimo e sexto ano ao seu redor, com as pedras e os galhos que haviam no pátio.
- Uediuósi! - exclamou Rony, tentando expulsar o galho que Hermione fez ir em sua direção.
O galho parou abruptamente, dando meia volta e acertando nas costas de Gina.
- Melhor irmos andando - disse Rony, tentando se esconder e abafar os gritos da irmã.
O sinal batera, e eles se dirigiram à sala de Poções. Slughorn estava de muito bom humor, um pouco pálido e magro, mas parecia o que se podia se chamar de bem.
- Harry, Harry, Harry... – disse Slughorn, logo que chegaram – Mas que prazer em vê-lo!
- Olá professor – respondeu Harry, sem graça, em meio dos colegas – Tudo certo?
- Oh, sim! – exclamou, com um sorriso – Sim senhor! Bem, vamos à aula pessoal! Todos em seus lugares!
- Bem, estarei passando agora uma pequena revisão de algumas poções que são muito importantes para os exames de N.I.E.M.s. Bem, estarei escrevendo na lousa e vocês terão que me entregar essas poções até o fim da aula.
Slughorn passava os exercícios na lousa, e todos os colegas copiavam-nas em silêncio. O professor tinha passado as poções de alguns antídotos, a poção da paz e Veritaserum: a poção da verdade.
Depois que o Prof. Slughorn passara as poções na lousa, os alunos começaram a trabalhar em silêncio. Harry observou Rony e Hermione pegarem os ingredientes para preparar as poções, mas uma coisa o preocupava: não possuía mais o livro do Príncipe Mestiço. Aquele livro, outrora foi de seu antigo professor, Severo Snape, além dele mesmo no ano passado. O livro continha muitas dicas, e foi o principal fator de Harry ter tirado notas altas no ano anterior.
Não tinha jeito. Pegou o livro Estudos Avançados no Preparo de Poções e começou a trabalhar.
Fora uma aula muito agonizante. Harry conseguira fazer as poções da verdade e da paz, porém não conseguiu terminar a de antídotos. Rony não se saíra tão bem: realizara somente a poção de antídotos. Hermione, como sempre, fizera todas e ganhara a nota máxima, além de vinte pontos para a Grifinória.
Acabaram de entregar as poções para o professor, quando tocara o sinal para a próxima aula. Harry pegara a mochila, e já ia saindo com Rony e Hermione quando Slughorn, no meio da aglomeração de alunos que saiam da sala, chamou Harry:
- Harry! – exclamou – Venha até aqui! Preciso ter uma conversa com você...
Eles foram para perto do professor, quando ele falou:
- Hum, será que vocês podiam nos dar licença? – perguntou Slughorn, referindo-se à Rony e Hermione.
Eles olharam para Harry, mas este disse:
- Tudo bem – disse – Nos encontramos na aula de DCAT. Avisem à professora que já estou indo.
- Tudo bem – respondeu Hermione, virando-se – Vamos Rony.
Os dois saíram, e Slughorn virou-se para Harry. Deu um sorriso ao garoto.
- Bem, Harry – exclamou Slughorn, pondo a mão no ombro do garoto – Meu garoto!
Harry sentia-se extremamente sem-graça ali, com o professor, como se fosse uma celebridade ambulante.
- Ia justamente te convidar para mais uma reunião do Clube do Slugue – disse, tirando a mão do ombro de Harry – Quinta, às 7h15min.?
- Hum – exclamou Harry, surpreso – Tudo bem.
- Ah, pode chamar a srta. Granger... Ela era aquela garota que estava com o de cabelos vermelhos, não era? – perguntou, indiferente.
- Sim, e estava com meu amigo, Rony – exclamou, com um tom de frieza na voz.
- Então, a gente se vê! – exclamou o professor, com um enorme sorriso – Até mais, garoto!
Harry pegou a mochila – que ele colocara em cima de uma carteira – e saiu. Mais uma reunião do Clube do Slugue. Uma reunião que Slughorn fazia para um grupo de estudantes talentosos ou parentes de pessoas importantes. Era, realmente, muito chato. Mas, era “o menino que sobreviveu”... Odiava ser famoso – pelo menos daquele jeito –. Não queria ser reconhecido por um passado de horrores, um passado que tirara seus pais de sua vida... Mas, o que podia fazer? Ele apenas gostaria de ser uma pessoa normal, um garoto com uma vida normal, que não estivesse correndo perigo de morte, que não estivesse envolvido com Voldemort...
- Harry... Harry!
De repente, uma voz o chamou. Estava tão longe, perdido em seus pensamentos...
- Harry! – disse Hermione, levantando-se do banco em que ela e Rony estavam sentados – O que o professor Slughorn queria?
- Não é obvio?! – exclamou Rony, parando ao lado de Hermione – Não é mais uma daquelas reuniõezinhas que ele faz, não é?
- O pior que é – disse Harry, sentando-se – Quita-feira, às 8h.
- Vocês não foram para a aula? – perguntou o garoto.
- Fomos – disse Hermione – Mas a Laurien disse para o esperarmos aqui fora. Temos que realizar uns “exercícios” que ela passou, e somos seu grupo.
- Até que ela é legal, sabe? – disse Rony, com um sorriso – Até que foi simpática com a gente!
- Hum... Vamos? – perguntou Harry, levantando-se e colocando a mochila nas costas – Já perdemos cinco minutos...
Eles se dirigiram à sala de DCAT, que não estava longe de onde estavam. Harry bateu na porta, e ouviu-se apenas a voz da professora:
- Entre!
Harry abriu a porta, e algo passou voando em sua frente, o que o assustou. Quase que, instintivamente, puxou a varinha.
- Desculpa Harry! – exclamou Luna, que corria do exrermo da sala em sua direção – Era para eu ter desarmado a Gina, mas parece que não deu certo...
- Eu acho que todo mundo percebeu isso! – exclamou Gina, que se levantava do chão.
- Harry! – exclamou a professora – Que bom que você chegou! Venham, vou mostrar o que vocês devem fazer...
Naquela aula, houve basicamente uma revisão de certos feitiços que, na opinião de Harry, eram muito interessantes. Revisaram o feitiço de desarmamento, convocatório, impedimento, petrificação, além de alguns outros.
No fim, todos saíram muito cansados. Foi sorte de alguns alunos saírem sem se machucarem, pois a maioria não tinham tanta prática em feitiços. Harry e Hermione receberam notas máximas, e dez pontos cada um para a Grifinória. Rony também não se saíra mal, porém não executara com perfeição o feitiço convocatório, esbarrando uns cinco livros na cara de Gina, que fazia par com Luna.
- Desculpa – exclamou Rony, rindo, ajudando a garota a se levantar – Você sabe que não foi por querer, não é?!
- Então presta mais atenção no que você faz, Rony! – disse a garota, massageando o rosto, que estava muito vermelho – Parece que sou só eu que estou apanhando aqui hoje! – e riu.
Harry também rira. Sentia uma vontade de estar com ela novamente, de abraçá-la, de protegê-la... Sentia uma vontade...
- Harry, vamos! – exclamou Rony, que puxava o braço do amigo.
- Hum...? Ah, sim, vamos – exclamou Harry, encabulado.
Gina, viu Harry, observou que ele estava olhando para ela, pois seu rosto ficara escarlate. Ela tentou disfarçar com a manga das vestes, fingindo que ainda massageava o rosto, e saiu com Luna, rindo.
Harry, Rony e Hermione já estavam saindo, quando Laurien os chamou.
- Harry! Venha até aqui, por favor...
Os garotos se dirigiram até ela, então Hermione puxou Rony.
- É melhor a gente ir – disse.
- Não, podem ficar! – exclamou a professora, rindo – O convite serve para vocês também.
- Que convite? – perguntou Harry, confuso.
- Eu estou chamando vocês para um chá na quinta, as 6h30min – disse ela, sentando-se na cadeira, e abrindo o livro do 5º ano – Até lá, já estou livre. Tudo bem?
- Tudo bem – respondeu Harry – A gente se vê então!
- OK – exclamou a Profª. Harrington, pegando um rolo de pergaminho ao seu lado e fazendo umas anotações – Podem ir!
- Com Licença – exclamou Hermione, puxando os garotos para fora – Tchau, Laurien!
- Tchau, querida! – exclamou – Harry, encoste a porta para mim, por favor?
Harry afirmou com a cabeça e, ao sair, fechou a porta da sala.
- Legal ela né? – disse Harry á Rony – Vocês estavam certos... Hermione?
A um segundo atrás, ela estava com eles, mas, ao mesmo tempo, não estava mais lá. O longo corredor estava deserto, exceto por Pirraça, que fazia uma barulheira do inferno na sala de troféus.
Com certeza, o segredo que descobriram sobre ela durante a manhã não era a única surpresa do ano... Hermione escondia alguma coisa.
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