A seleção



Demorou um pouco, mas chegaram. Quando Tiago saiu do vagão, avistou uma linda menina, ruiva. Não era totalmente ruiva, seus cabelos tinham um tom castanho-avermelhado, visivelmente natural. Os cabelos caíam sobre os ombros e eram levemente ondulados. Sem dúvida, a menina mais linda que Tiago já vira em todos os tempos: a garota perfeita.
- O que está olhando, Tiago? – perguntou Sirius.
- Aquela menina – disse tentando mostrá-la sem apontar. – Ela é linda!
- Ih, temos alguém apaixonado aqui...
- Ah, fala sério! Não estou apaixonado... Ela, simplesmente, é LINDA!
- Melhor irmos andando – disse Remo. – Antes que o trem volte para Londres.
E saíram do trem.
- ALUNOS DO PRIMEIRO ANO – gritara um homem gigantesco. Ele tinha o rosto completamente oculto por uma juba muito peluda e uma barba selvagem e desgrenhada, mas dava para ver seus olhos, luzindo como besouros negros debaixo de todo aquele cabelo. – ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, AQUI!
Um grupo se formou em volta do gigante. Andaram um pouco, por um pedaço muito escuro. Ninguém via nada, apenas as pequenas clareiras que as árvores deixavam. As árvores haviam ficado para trás. Estavam à frente de um lago iluminado por uma imensa Lua que refletia nas águas daquele lago. Na margem dele, havia alguns barquinhos.
- Este é o Lago Negro – disse o gigante. – Sentem-se nos barcos. Quatro para cada barco. – “Oba”, murmurou Sirius. – Vamos, vamos. Em poucos minutos estaremos vendo Hogwarts!
Era verdade. Não demorou muito e todos viram um enorme castelo, inúmeras janelas com luzes acesas. Um castelo de aparência suja, mas um lindo castelo.
Logo chegaram. Estavam à porta do castelo. Elas se abriram admitindo uma bruxa alta, magra, com cabelos negros presos num coque, um chapéu bruxo preto enviesado, óculos quadrados. Tinha uma expressão facial muito exigente e severa. Ela era vice-diretora e professora de Transfiguração. Chamava-se Minerva McGonagall.
Subiram a escadaria que levava a uma enorme porta. Desviaram para a esquerda e contornaram a sala que havia detrás da enorme porta. Entraram numa pequena porta bem distante, ao final do corredor. Entraram. Era uma pequena câmara. No outro lado havia uma porta dupla.
- Bem-vindos a Hogwarts – disse a Profa. Minerva. – O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por Casas. A Seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua Casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua Casa, dormirão no dormitório da Casa e passarão o tempo livre na Sala Comunal.
“As quatro Casas chamam-se Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal e Sonserina. Cada Casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua Casa, enquanto os erros o farão perder. No fim do ano, a Casa com o maior número de pontos receberá a Taça das Casas, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a Casa à qual vier a pertencer.”
“A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam.”
Ela entrou pela porta dupla.
Um murmurinho ocorreu na câmara e logo retornou a Profa. Minerva.
- Boa sorte – disse baixinho.
Abriu a porta e fez menção para que todos saíssem. Um grande Salão estava à frente dos novos alunos. Quatro mesas gigantes encontravam-se à frente da porta enorme, da qual os alunos não passaram. Uma minúscula escadinha com apenas três degraus separavam as quatro mesas verticalmente de uma mesa horizontal do tamanho das outras. Aquela mesa era dos professores.
À frente da mesa dos professores, encontrava-se um banquinho com um chapéu-bruxo muito velho, pousado em cima do banco. Já os alunos encontravam-se em frente ao banco, de costas para os outros alunos das quatro mesas.
- Quando eu chamar seus nomes,venham até aqui, sentem-se no banco e ponham o Chapéu Seletor em suas cabeças – disse a Profa. Minerva.
- Pedro Pettigrew.
O menino, muito tímido, subiu a escadinha, sentou-se no banco e colocou o chapéu em sua cabeça.
- GRIFINÓRIA!
Aplausos vindos da mesa da Casa.
Foram chamados outros alunos.
- Remo Lupin.
O garoto fez o mesmo.
- GRIFINÓRIA!
- Todos de nós quatro estão indo para a Grifinória – murmurou Sirius para Tiago.
- Qual o problema? Eu acho que também vou. Minha família sempre foi da Grifinória.
- Mas a minha sempre foi da Sonserina.
- Lílian Evans.
A ruivinha mais linda da escola, na opnião de Tiago, estava com o Chapéu Seletor na cabeça. Ele, conseqüentemente, a selecionou:
- GRIFINÓRIA!
Tiago alegrou-se.
- Severus Snape.
Um menino com cabelos sebosos e negros, até os ombros, um enorme nariz. Um garoto realmente feio.
- SONSERINA.
- Tiago Potter – gritou Minerva, já perdendo a voz.
Tiago ficou um pouco nervoso...
- GRIFINÓRIA! – Tiago ficou irradiantemente feliz.
Quando Tiago passou por Sirius em direção à mesa de sua Casa, ouviu Sirius dizer: “Tô perdido...”.
- Sirius Black.
E para a surpresa dos garotos, o chapéu falou alto e em bom som:
- GRIFINÓRIA!
Sirius foi correndo ao encontro dos amigos.
- Minha mãe vai me matar!
- Tudo bem, cara – disse Tiago. – Pelo menos você não ficou na Casa de sua família, nossa rival: Sonserina!
O diretor, Prof. Albus Dumbledore, levantou-se abriu os braços, deu as boas-vindas e disse algumas regrinhas básicas.
Felizes, os quatro amigos terminaram de comer e foram dormir juntos. [N/A: no bom sentido, tá gente? o.O]

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