A Carta







Caia uma tempestade em Londres onde poucos se aventuravam a sair de suas quentes casas, mas se olhassem atentamente para o céu veriam um borrão preto no meio da chuva. Alguns achariam que era invenção da sua cabeça, outros achariam que era um louco voando em sua vassoura sem tomar devidas precauções, principalmente nos tempos de hoje.
O louco na vassoura era ninguém mais ninguém menos que Harry Potter, o Menino-Que-Sobreviveu como já foi conhecido, por ter sobrevivido com um ano de idade ao maior bruxo das trevas já visto no mundo mágico e enfraquecido o mesmo. Recentemente, era conhecido como, “O Eleito”. Neste momento estava voando em direção ao Largo Grimauld, exatamente ao nº. 12 onde era a sede da ordem da fênix, e também a Casa da Nobre família Black.
Não passava em sua cabeça que Sirius não estaria lá, só as lembranças... Neste ultimo mês ele decidira deixar o passado para trás, superar as mortes de Cedrico Diggory, Sirius e Dumbledore, e provar a se mesmo que essas mortes não foram em vão. Decidira que iria sozinho em busca das Horcruxes de Voldemort, só que recebera uma carta que o fez mudar de idéia, e por causa desta mesma carta que ia ao Largo Grimauld.
Seus pensamentos rondavam entre a carta e como entrar na mansão Black, sem que ninguém der conta de que ele estará lá. Ao chegar ao Largo Grimauld olhou bem para as paredes que juntavam o nº. 11 e o Nº. 13, e as casas começaram a diminuir e uma mansão apareceu entre elas, era A mansão Black, subiu os degraus para a porta o mais devagar possível.
Pegou o canivete que Sirius lhe dera, e o colocou entre a porta e a parede, mexeu o canivete muitas vezes de cima para baixo de um lado para o outro e finalmente conseguiu abrir a porta, tentou abrir a porta o mais devagar possível, antes de entrar colocou a capa da invisibilidade. Novamente tomou todo cuidado para fechar a porta e não fazer barulho, e principalmente para não chamar a atenção do maldito quadro da Sra. Black, que faria o maior escanda-lo se o visse, por isso ao passar pelo mesmo fez o maior cuidado possível indo bem devagar, passou por varias portas e viu que uma estava com a luz ligada, mas não se importou e continuou ao seu destino até chegar ao lugar onde queria.
Ele se perguntara se estava no lugar certo varias vezes até tomar coragem e entrar, o quarto estava muito escuro e em um canto do quarto havia muita palha no chão e em cima dele estava o que ele procurava. Bicuço. O bicho ficou assustado por não ver ninguém, mas a porta se abriu e Harry rapidamente tirou a capa de invisibilidade e falou:
- Shiu... Sou eu, Harry – E fez a reverencia e esperou que o animal respondesse – Vou precisar da su...

Mas não deu tempo de terminar a frase, pois a porta se abriu naquele momento e por ela passou a pessoa que ele menos gostaria que entrasse, era Gina Weasley
- Quem está a..., Harry! Onde você es... – Mas não deu tempo para terminar pois Harry Tinha posto a mão na boca dela para que ela falasse mais baixo – Onde você estava todo esse tempo?
- Como você descobriu que eu estava aqui? – perguntou harry meio friamente
- Sua bota está molhada, manchou o chão todo, como você teve coragem de desaparecer por todo este tempo Harry? Mais de mil cartas e você não nos respondia
- Eu não podia Gina
- Como você não podia? Estava sem tinteiro? Nós ficamos sem noticias de você desde o dia em que voltara para a casa dos seus tios. Você não tem noção de como ficamos preocupado contigo – Gina deu uma pausa e olhou para Harry, ele estava com a cabeça baixa prestando atenção em gina na defensiva – Todo o pessoal da ordem está a sua procura, está sendo quase impossível encontrar alguém da ordem nesta casa, todos estão desesperados a sua procura.
-Gina,- disse Harry calmamente agora, pois percebeu que ela estava chorando – eu queria responder a suas cartas, mas, eu não podia.
-Por que Harry? Isto depende de sua vontade.
- Eu não podia Gina – levantou a voz – deixe me explicar Gina, por favor – Gina nada respondeu – Alguns dias depois do enterro do professor Dumbledore eu recebi uma carta, enviada por ele contando que eu deveria partir em treinamento, pois há muito tempo descobrira que Voldemort - Gina deu um leve arrepio ao escutar esse nome, mas depois voltou ao normal – Havia uma arma, que há muito tempo a procurava mais ainda não sabia onde ela poderia estar, mas que teria alguma coisa haver com Salazar Slytheryn. Por isso eu estava vindo buscar Bicuço para ajudar-me na viagem.
Agora era a vez de Gina de não falar nada apenas olhava para o escuro da sala como se não tivesse nada a escutar.
- Gina, por favor, olhe para mim.
Gina levantou a cabeça, Harry percebeu que uma lagrima agora saia do rosto dela.
- Então quer dizer que depois de tanto tempo sumido, reaparece para depois fugir.
- Gina eu quero que entenda, pois irei precisar da sua ajuda. – Esperou alguma reação de Gina, mas nada saiu dela. – Eu precisarei saber o que Voldemort está fazendo enquanto eu tiver fora – fez uma pausa – você poderia me comunicar o que estiver acontecendo por aqui? – Gina hesitou em, mas acabou respondendo que sim – Muito obrigado Gina. E você poderia guardar essa carta para mim?
Ele tirou um pedaço de papel do bolso e o entregou a ela. Harry colocou novamente a mão no bolso e tirou a sua varinha e um embrulho com um pequeno pedaço de papel. Com a varinha conjurou uma simples mesa de canto, e colocou o embrulho em cima.
- Ah... Gina, não conte para ninguém que me viu está bem?
Gina deu um sinal positivo para Harry e ele foi à direção de Bicuço para montá-lo.
Harry já segurava as penas do animal quando soltou, virou-se e deu um profundo beijo em Gina, querendo mostra a ela quanto ele a amava.
Não queria que aquele momento acabasse, mas teve que ir embora, dando passos para trás admirando os belos cabelos ruivos daquela garota, virou-se e montou em Bicuço. Olhou uma ultima vez para Gina e levantou vôo com Bicuço. Gina foi à janela para também dar uma ultima olhada para Harry.
- Também te amo Harry, e a propósito, parabéns!
Sussurrou Gina para si mesma. E logo após Harry desaparecer no céu, Gina abriu a carta:

“Harry
Antes de qualquer coisa quero que saiba que sim! Eu estou morto Harry, mas isso não significa o fim, mas sim o começo. O começo da guerra entre as forças do mal e as forças do bem. E você é a chave principal desse duelo Harry! Por isso peço que não volte a hogwarts
Você terá de treinar Harry treinar muito para que consiga derrotar Tom, e você sabe disso, por isso tomei providencias antes de morrer, fiz com que um velho amigo meu concordasse em treiná-lo.
Mas isso não depende de mim ou dele, mas sim de você. E quero deixar bem claro de que a escolha de ir treinar é totalmente sua, pois você poderá também treinar em Hogwarts, mas não terá o mesmo resultado.
E se você decidir ir até ele, o papel que esta junto à carta, irá ajudá-lo a chegar lá.
Ah e mais duas coisas Harry não conte isso para ninguém e a outra é que quero que você saiba que...”

Gina achou uma carta meio sem lógica, até que percebeu que a carta tinha sido rasgada muito delicadamente para que não perceba, mas não se importou muito com isso e foi dormir.

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