A Chave De Tudo



— ACORDEEEEEM SEUS DORMINHOCOS!

”É a voz da razão, Remo está nos acordando!” – pensou Sirius.

— O quê? Por quê? O quê houve? A Lilly está aí?

— Calma Pontas, não é a Lilly que está aqui. É que já são sete e meia e nada de vocês acordarem. Sirius acorda de uma vez!- berrou Remo - Vocês já perderam o café da manhã, desse jeito vão perder as aulas também!

— Ai Remo, seria bom perder a aula, ainda mais se eu continuasse dormindo, e não tivesse sido acordado no meio do meu lindo sonho com aquela ruivinha – reclamou Tiago.

— Ih, meu amigo Pontas tá apaixonado! – disse Remo, seguido de Sirius cantarolando:

— Apaixonado, apaixonado, Pontas tá apaixonado!

— Tá... deu gente, sim, estou apaixonado. Mas será que agora vocês poderiam deixar eu dormir? Quero sonhar com a minha ruivinha, e não tô a fim de assistir dois períodos de Feitiços. Então, boa noite! – Tiago se virou para o lado e, tentando ignorar o barulho que seus amigos faziam, voltou a dormir, num sono tão profundo, tão profundo, e...

— Thiagooo! Vamos lá, acorda de uma vez! Já é meio-dia, caro amigo, está na hora do almoço e você ainda nem se levantou!

— Tá, calma Sirius, não vou perder o almoço, estou morrendo de fome! – falou Tiago, sonolento.

— É isso aí, o estômago sempre falando mais alto que a preguiça! – Exclamou Pedro, que estava de lado, só observando o amigo ser sacolejado por Sirius.

— Hei Sirius! Eu já acordei, dá pra parar de me sacudir agora?

— Tudo bem, amigão: vou deixar você em paz!

Tiago, apesar de seu longo banho, chegou a tempo de comer alguma coisa, ele não estava com a mínima vontade de ir às aulas pela tarde, mas sabia que se não as assistisse iria se prejudicar demais, já que seus exames estavam chegando, além de levar “aquela” bronca dos professores. A única coisa que o animava naquele dia era saber, que logo mais, seu plano para conquistar Lílian iria começar a ser posto em prática. E então ele seguiu rumo às masmorras.

Os dois períodos de Poções que se seguiram até que foram bem divertidos, eles fizeram poções para mudar de aparência. Ao final da aula todos estavam praticamente irreconhecíveis: Lílian havia mudado seu cabelo, ele estava loiro, e seus olhos haviam perdido o tom de verde, e estavam escuros como os de Sirius. Sirius que agora tinha cabelos rosa-pink, apenas com uns pequenos chumaços negros, que restaram, ria ao se divertir com a aparência de Remo, que estava bem mais alto e com as sobrancelhas verde fluorescente. Tiago, assim como o amigo, estava com o cabelo rosa, apenas com uma única diferença: ele havia conseguido fazer mechas azuis. E Pedro havia sido um desastre só, ele estava com a pele meio amarelada, ainda não se sabia muito bem o que ele tentou realmente fazer, mas ele estava com uma aparência muito doentia.

Ao final da aula, o professor distribuiu frascos com um líquido amarelo escuro, que era para eles voltarem ao normal, e à Tiago, que havia conseguido obter o melhor resultado da aula, o professor entregou um frasco, cujo seu conteúdo era rosa, e que fazia a quem bebesse adquirir uma aparência diferente e desconhecida. Era uma poção que tinha um efeito diferente a cada pessoa que bebesse. Segundo o professor, uma das mais curiosas, intrigantes e misteriosas poções já vistas.

Saindo dali, ele rumou para as outras aulas, que nada tiveram de interessante. Depois se dirigiu para o salão comunal da Grifinória, sem sequer jantar, estava muito ansioso, agora faltava muito pouco para seu plano começar a ser posto em prática, e ele via que o tempo, quando se queria que algo acontecesse realmente, demorava a passar. Então, ele subiu para o seu dormitório e esperou pela reação da ruiva.

Um pouco mais tarde, no dormitório feminino, Lílian estava em sua cama, pensando na maioria das vezes nos N.O.M.s, que estavam cada vez mais próximos. Sua cabeça estava voando, seus pensamentos estavam cada vez mais vagos, ela olhava para o teto, estava mergulhada em seus sonhos quando é despertada com um estalo, e percebe algo batendo em sua janela. Ao olhar em sua direção, a ruiva vê uma coruja, uma bela coruja que, amarrado à sua pata trazia um pequeno e delicado embrulho vermelho.

Lílian abriu a janela e desamarrou o embrulho da pata da coruja, agradeceu e a viu planar sobre o céu já escuro, em direção ao corujal da escola. O embrulho era muito bonito e bem feito, todo vermelho, com pequenos e finos laços dourados, e entrelaçado aos lados estava um pequeno, porém lindo botão de rosa vermelha. Lílian ficou muito curiosa, e tratou de abrir logo o pacote. Nele estava uma caixinha de madeira, muito bonito delicada, com pequenos corações gravados em sua volta.

Ao abri-la Lílian se deparou com uma coisa inusitada. Dentro da caixa havia uma chave, uma pequena chave dourada e, como a caixinha não tinha cadeado e nem fechadura, encontrar uma chave dentro dela era algo muito curioso. Mas o mais curioso ainda estava por vir, pois ao lado da pequena e brilhante chave, havia um bilhete com o seguinte texto:

E de repente
O resumo de tudo é uma chave
A chave de uma porta que não abre
Para um interior ainda desconhecido,
Contudo juro nunca desistir.

Mas se esse sentimento, essa magia,
Que é o amor
Ainda está trancado dentro de mim,
É porque você não ousou o descobrir.

PS: Você é a única e eterna dona dessa chave, a única que pode libertar meus sentimentos mais profundos.
,

Aquilo era uma declaração de amor sem duvida. Lilly não sabia o que fazer, e nem o que sentir. Nunca havia recebido um bilhete tão romântico assim. Ela releu o bilhete umas três vezes. O virou de todos os jeitos possíveis procurando o remetente, ou alguma pista de quem ele poderia ser, mas não encontrou nada. Aplicou um feitiço para o papel revelar seus segredos, mas nada aconteceu, era um simples bilhete.

De repente ela ouviu o barulho da porta às suas costas, e tentou esconder o presente. Em vão porque sua amiga Lisa, uma garota simpática e muito decidida com quem dividia o dormitório, já tinha visto o que ela segurava.

— Lílian! O que é isso em suas mãos?- falou a jovem com curiosidade.

— Ah, isso? – disse Lílian ao mostrar o pacote.

Lisa fez uma cara de reprovação, era uma garota magra de cabelos escuros e olhos azuis, e tornou a perguntar:

— Sim Lílian, esse pacote vermelho que está em suas mãos! Lilly, é impressão minha ou essa rosa vermelha veio junto? Nossa, isso é muito romântico!

— Bom, chegou agora à pouco, uma coruja veio me entregar. É uma caixinha de madeira, tem uma chave dentro, e veio também isso aqui. – Lílian estendeu a mão e entregou o bilhete para a amiga.

— Nossa, quem escreveu isso está realmente apaixonado por você amiga. O problema é descobrir quem te mandou isso. Você tem alguma idéia de quem seja?

— Não, nenhuma. - falou Lilly, absorta em seus pensamentos - Bom, em todo o caso, seja quem for, um dia eu vou descobrir. Boa noite Lisa, tô morrendo de sono.

— Ok, outra hora vamos descobrir o autor desse bilhete tão apaixonado. Boa noite! – Lisa tomou o rumo de sua cama e pareceu logo dormir.

O tempo não passava e Tiago, em sua cama, não conseguia dormir, ele não parava de pensar na reação de sua amada, ele tinha feito aquele embrulho com tanto carinho! Seus pensamentos poderiam ser resumidos em: “O que Lilly achou da chave?”, ou então: “Se ela não gostar do cartão a culpa também será do Sirius, foi ele que fez a maior parte do poema!”. Ele, então se virou para o lado e esperou o sono bater. Afinal, amanhã seria um novo dia, um novo dia para conquistar Lílian Evans.




N\A: Oii, bom tá aí o segundo capítulo. Não tive muitos comentários nem votos, nem pra dizer se tá bom ou se tá ruim. Mas os que tiveram me motivaram a postar esse segundo capítulo. Bom o poema foi uma adaptação de "a Chave" do Drummond, e de outro poema que eu encontrei pela net . Espero ter mais comentarios e mais votos agora, nem que seja pra dizer que não gosto. O capítulo não ficou muito grande (como o outro) mas, fazer o que né? Bjao a todos

Betado por: Rufus Sorcerer

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