Relatório Preliminar
Cap 5: A Apresentação do Relatório Preliminar
#Ministério da Magia, Sala dos Aurores#
Chegara o dia da apresentação. Draco estava insuportavelmente nervoso devido às contínuas cobranças de Quim Shacklebolt.
-Tá tudo pronto?
-Pela última vez, Draco, está! – disse Gina – Quantas vezes você perguntou isso hoje?
-Só não quero que nada dê errado. Se isso acontecer, o Shack vai arrancar a minha pele. E eu vou me vingar em vocês.
-Que ameaça de quinta! – disse Pansy, indiferente.
-Relaxa, Draco. Ou vai acabar enfartando. – disse Blaise.
-Assim teríamos paz. – disse Harry.
Todos riram, com exceção do chefe. Ele virou para Gina e perguntou, em voz baixa:
-Estou mesmo tão chato assim?
-O que acha?
O louro fez uma cara contrariada, detestava reconhecer qualquer defeito em si mesmo. Gina passou a mão em seu rosto e disse:
-Não se preocupe. Quando voltar ao normal, volto a gostar de você. Agora, acalme-se!
-Vou tentar. – o louro consultou o relógio – Blaise, posso saber onde está a sua esposa?
-Nos Arquivos, foi verificar se temos algum Li registrado por alguma coisa.
-A Luna tá fazendo isso?! – perguntou Pansy. Voltou-se para Harry – Você é um inútil mesmo, hein. Não disse que você ia investigar esse cara?
-E eu, por acaso, tenho acesso aos Arquivos da Polícia Britânica? A Luna, como Investigadora, tem!
-Que desculpa mais esfarrapada!
-Melhor do que perder tempo inventando teorias mirabolantes baseadas em capas de revistas de fofoca!
Blaise, Draco e Gina acompanhavam a discussão, olhando de uma para outro como se acompanhassem um jogo de tênis. Harry e Pansy vinham se estranhando mais do que de costume desde que voltaram da conversa com os Bolton. Não sabiam que a razão de tanta hostilidade fora a grosseria do moreno enciumado.
-Devemos interromper? – perguntou gina.
-Não. Tá engraçado! – brincou Blaise – Aposto uma rodada na vitória da Pansy.
-Feito. – respondeu Draco, dando um soquinho na mão do amigo (N/a: tipo os Supergêmeos, sabem?).
-Você tem estado insuportável!! Até um explosivim com fome tem um humor melhor que o seu!!
-Não tenho porquê gastar simpatia com você.
-Tudo bem, já chega!! – interrompeu Gina – Não sei e não me interessa o motivo da briga, mas aqui não é lugar pra isso! Ajam como os adultos que são. Ou pelo menos, que aparentam ser!
Os dois se calaram, um tanto constrangidos. Aquela ra uma característica marcante deles: eram muito passionais, sempre tinham reações intensas.
-Certo. Vamos, então. – respondeu a morena, pegando seu blazer saindo da sala. Gina a seguiu. Blaise e Draco “seguraram” Harry.
-Qual é o problema de vocês? – perguntou Draco.
-Johnny Bolton flertou com ela na maior cara-dura!
Os outros dois desviaram o olhar.
-Não precisa dizer mais nada. – comentou Blaise – E você não vai fazer nada pra consertar a situação? Como pedir desculpas e mandar flores?
-Não. Vocês vêem como ela me trata. Não vou mandar presentes!
-Pansy não é a “suposta” mulher da sua vida? – perguntou Draco – Corre atrás dela há um ano e vai deixar um ciuminho estragar tudo? Não seja imbecil.
-É. Olha o que você tem que fazer: compre rosas, escreva um belo cartão e leve-a pra jantar. – disse Blaise.
-Desde quando você é Hitch, Conselheiro Amoroso?
-Desde a primeira briga com a Luna. Ela me pôs pra fora de casa...
-É, e você não teve nem a dignidade de ir pra um hotel. Passou uma semana ocupando um quarto de hóspedes na minha casa.
-Isso não vem ao caso. – desconversou Blaise – O que importa é que fazendo isso, Luna me aceitou de volta. E em grande estilo, se é que me entendem. – completou, malicioso.
-Até que horas os senhores ficarão fofocando? – perguntou a Sra. Zaggs, surgindo de repente na sala. – Têm uma reunião agora! Vão!
Os três homens saíram da sala rápida e silenciosamente, como se fossem crianças que receberam uma bronca. Ao chegarem na Sala de reuniões, viram que as moças já estavam ali. Mal eles se acomodaram, Quim entrou e sentou-se, à cabeceira da mesa.
-Jovens, o que temos? Sr. Malfoy, o sr, começa.
-Comprovamos que Miho Hiragizawa esteve no país na época dos crimes. Partiu há poucos dias. Embarcou com nome de Tezumi Oshimura num vôo comercial pra China em companhia de um homem chamado Li.
-E quem é esse Li?
Luna retirou uma foto de uma pasta.
-Li Chang. Ficou apenas três dias no país. De acordo com o gerente do hotel Royal Inn, onde ele se hospedou, no último dia, ele chegou acompanhado da Hiragizawa.
-E o que sabemos sobre Li Chang?
-É o filho mais velho de Ji-Tsu. Já visitou a Inglaterra algumas vezes, é fichado por dirigir alcoolizado e excesso de velocidade. – disse Gina.
-Controla os negócios ilegais da família. Como a irmã herdou as empresas, para o grande público, Li foi deserdado. – continuou Luna.
-É uma bela fachada. – disse Pansy – Se o nome dele não estiver ligado à nenhuma empresa, nunca será indiciado por lavagem de dinheiro.
-É um esquema muito inteligente. – opinou Quim – A irmã dele controla os negócios legais e, aparentemente, não tem qualquer conexão criminosa. E é aí que vocês entram: tratem de encontrar a ligação existente entre o lado legal e o ilegal dos negócios Chang.
-E como investigaremos as empresas? Auditoria por carta? – disse Pansy, sarcástica.
Quim limitou-se a olhá-la, reprovador e disse:
-Srs, sra e srtas, façam as malas!
-Vai nos mandar caçar fora do país? – perguntou Blaise – Porque não deixamos isso pr’as autoridades chinesas?
-Por que os crimes foram cometidos em território inglês, e portanto, temos prioridade nas investigações. E nas prisões. – olhou para todos – Quero vocês lá o mais rápido possível. – ele se levantou e dirigiu-se à porta – Aguardem um pouco, por favor. – e saiu.
Os seis jovens permaneceram sentados, pensando na viagem. Caçar na Inglaterra tudo bem, estavam acostumados. Mas agora, teriam que ir para outro país.
-Seremos promovidos se tivermos êxito. – comentou Pansy.
-“Se”? – disse Blaise – Essa opção não existe. Quando essa missão terminar, se os bandidos não estiverem na cadeia, nós estaremos mortos!
-Fala como se fôssemos novatos. Sabemos como são as coisas. – disse Draco.
-Isso não adianta. Estaremos lá, 6 contra um exército, apenas com as varinhas nas mãos! É suicídio.
-A sua atitude derrotista não ajuda em nada, Blaise. porque você está assim? – perguntou Harry.
-Esse é o tipo de situação em que algo sempre dá errado. Eu sei que algo ruim pode acontecer.
A entrada repentina de Quim interrompeu a discussão.
-Vocês viajam em dois dias. Vôo comercial, ficarão em províncias diferentes. Assim cobrem uma área maior. Alguma dúvida?
-Só uma! – disse blaise – Vai nos mandar pra lá assim, 6 contra um exército?
-Eu não espero que entrem em confronto. O trabalho de vocês lá será espionagem: silencioso, rápido, invisível. Não quero ninguém chutando portas como se fosse um filme de ação.
A resposta não pareceu tranqüilizar Blaise, mas ele se manteve calado.
-Se ninguém mais tem alguma pergunta, estão dispensados. As passagens serão mandadas para suas casas. Não percam a hora do vôo e não precisam vir amanhã. Tirem o dia pra resolverem alguma pendência ou prepararem-se mentalmente pra essa viagem. – olhou diretamente para Blaise ao dizer isso. Em seguida, fez um gesto indicando a porta. Todos entenderam que a reunião tinha acabado e saíram.
#1 hora depois, Casa de Pansy Parkinson#
A morena entrou em casa, depois de estacionar o carro. Sentia-se exausta, tensa. Moveu-se pelo cômodo como um autômato. Jogou a bolsa e o blazer sobre o sofá.
Já estava a caminho da cozinha quando reparou que havia algo bem diferente na decoração: sua sala parecia uma floricultura. Havia tantos buquês e vasos que ela se surpreendeu não ter visto tudo aquilo assim que chegou.
Rosas, margaridas, tulipas, cravos de diversas cores. Os mais diferentes perfumes misturavam-se numa fragrância encantadora.
Pansy adiantou-se até o maior buquê, pois este continha um cartão. Suspeitava que Harry tivesse mandado as flores. Até desejava isso.
O cartão continha um pedido de desculpas e um convite para jantar. “Ele quer cozinhar pra mim, como antes...” Decidiu aceitar. Tomou um banho rápido e vestiu-se. Não sentia fome, mas aproveitaria a ocasião para resolver os problemas.
Aparatou às 8 na varanda dele e tocou a campainha. Ele atendeu e sorriu, convidando-a a entrar com um gesto.
-Incrível, você veio.
-Mas não pra jantar. Vim conversar.
-OK. Senta, então. – Harry já esperava por isso. Seria muito difícil que ela aparecesse para um jantar depois da semana infernal. Sentou ao lado dela e a encarou.
-Bom, você sabe que não temos nos dado bem e isso não pode continuar. A gente tem que resolver essa situação.
-E como podemos fazer isso? Pedimos desculpas e colocamos uma pedra sobre o assunto?
-É. Simples assim.
-Acha que isso vai dar certo?
-Claro. Harry, não somos inimigos. Sempre nos demos bem, essa semana foi a exceção. Aliás, porque tanta hostilidade essa semana? – finalmente saberia a razão do comportamento genocida dele.
Ele se ajeitou no sofá, sentindo-se meio desconfortável. Não lhe agradava contar a Pansy porque fora tão mal educado. Ela iria ficar “se achando”. Mas pelo bem da missão, era melhor contar de uma vez. Ciúme não era uma coisa tão ruim assim.
-Eu senti ciúme de você flertando com Johnny bolton. Fiquei com raiva, explodi. Você me perdoa?
Pansy ficou admirada. Era a primeira vez que ele falava daquela forma, tão franca e aberta. Ele sempre investia com frases boba e uma insistência infinita. A morena sorriu e se aproximou dele.
-Claro que eu perdôo. Também não facilitei essa semana.
-Não facilitou?! Está sendo gentil.
Ela riu.
-Eu sei, me desculpe. Admito que fui grossa.
Um silêncio sobreveio e eles evitaram se encarar. Os segundos se prolongaram, até que Harry falou:
-Tem certeza que não quer jantar? Já tá tudo pronto.
-Não, eu só vim...
-Eu fiz frango xadrez! Você gosta, né?
“Gostar” era eufemismo. Era um dos pratos favoritos dela e ele sabia muito bem disso.
-Eu tenho que fazer as malas... – ela se levantou.
-Então leva um pouco. – ele também se ergueu e se aproximou dela – Você adora frango xadrez.
-Harry, eu tenho que ir...
-Porquê? – eles já estavam muito próximos – É só um jantar.
A morena o encarou e mordeu o lábio. “Ela sempre faz isso quando está nervosa”, pensou Harry, vencendo a pouca distância. Abraçou-a pela cintura.
-Não. – disse Pansy, acariciando, hesitante, o rosto dele – Se eu não for agora, só saio depois do café da manhã...
-Ótimo, faço torradas.
-Me deixa ir...
-Você não quer ir.
-Eu tenho! – apesar das palavras, ela o acariciava na nuca.
-Então me dá um beijo. De boa noite.
Ela fez menção de beijá-lo no rosto, mas Harry virou-se e encontrou os lábios dela. Afastou-se pouco depois e pediu desculpas pelo atrevimento, embora tivesse um sorriso malicioso no rosto. Ela sorriu, igualmente maliciosa, e disse:
-Estranharia se não fizesse isso... – e o puxou para um beijo de verdade. Empurrou-o em direção ao sofá e caiu sobre ele.
Após alguns minutos de beijos ardentes, ela se separou dele.
-Tenho que ir!
-Agora?!
-Cadê minha bolsa? – ela olhava em volta, apressada. Viu o objeto sobre a mesinha ao lado do sofá – Achei! A gente se vê depois de amanhã. – ela já ia desaparatar quando ele perguntou, com o mesmo sorrisinho de antes:
-Estamos bem agora?
-Parece que sim, né? Tchau. – e desaparatou.
Harry respirou fundo e se levantou. Precisava de um banho frio, uma certa parte de sua anatomia estava um tanto animada. Lembrou da garrafa de vinho branco que estava no gelo e foi à cozinha. A maioria das pedras de gelo tinha derretido, o balde estava cheio de água gelada. Tirou a garrafa e levou o balde até o quintal.
-Um brinde a você, Pansy Parkinson, por ser tão irresistível – ergueu o objeto acima da cabeça e o virou. Depois que os arrepios de frio passaram, ele acrescentou – Só assim pra ficar calmo perto de você.
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Não desistam dessa fic, não pretendo abandoná-la. Ela só vai ficar um pouco atrasada.
Bjos, até o próximo!!!!
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