ORDEM DA FÊNIX



Harry chegara em casa e logo parou diante o quadro em que um homem barbudo se situava sentado esperando notícias.
- Olá Harry, alguma novidade? E onde está o Alastor?
- Não senhor, nada. Aquele... não deixou nenhum vestígio, apenas uma casa toda destruída. E o Moody teve que voltar ao ministério prestar contas do que aconteceu hoje.
- É uma pena, vocês terão que descobrir por si mesmos, Severo não é de deixar pistas, ele é muito inteligente e não deixaria ser encontrado tão facilmente.
- Sim, mas e agora? Não sei nem por onde começar a procurar.
- Bem acho que está na hora de você pedir ajuda. Creio eu que os membros da Ordem seriam de boa serventia, não seria nada mal convocar a todos para uma reunião, Harry!
- Senhor! – Seus olhos encheram-se de esperança. - Não tinha pensado nisso, é uma boa idéia. O senhor poderia avisar a professora Minerva?
- Com muito prazer, Harry. - Dumbledore piscou atrás de seus oclinhos meia lua. – Mas quando pretende fazer a reunião? Amanhã?!
- Hoje! Depois do pôr do sol. E peça, por favor, para ela convocar todos os membros que estiverem disponíveis e Senhor, se não for incomodar avise a Molly que teremos a reunião aqui.
Dumbledore desapareceu pela tela bordada do quadro e Harry que não estava a fim de conversar com ninguém, subiu direto para seu quarto. Rony e Hermione o viram chegando, seguraram sua curiosidade resolvendo não ir atrás do garoto, que com certeza não queria, pelo menos não por agora, falar sobre o ocorrido.
Subindo as escadas, pôs a mão direita em cima de sua cicatriz que há muito tempo não doía, talvez fosse por que Voldemort não estivesse mais vivo.
Chegara ao seu quarto, deitou em sua na cama de barriga pra cima, precisava pensar no que iria dizer a todos. Ele não sabia nem por onde começar. Essa seria uma tarefa difícil.
A reunião seria pra discutirem sobre Snape, o espelho e pensar em estratégias de descobrirem o que o espelho fazia e o que Snape queria com ele. Foi à única coisa que o garoto conseguiu pensar antes de cair em um sono profundo, estava esgotado.
- Harry? - Hermione o cutucou.
O garoto acordara suando, tremendo.
- O que foi cara? - Rony preocupou-se
- Er... uh.. – tentava ficar mais calmo. - Estava tendo um sonho muito estranho, o Snape com alguém, e quando eu cheguei perto, não consegui ver... acordei.
- Harry, não me diga que você esta tento sonhos... – engoliu um seco. – reais?! Digo... igual quando tinha com o...
- Da última vez vi o Snape na igreja em Newham... er.. e ele estava lá! – Seus olhos emitiam o temor indescritível.
- Sério, Harry!? E onde ele estava agora? – Rony franzia a testa.
- Não sei, Ronald! Se eu soubesse você acha que...
- E lá na casa do Stephen, Harry? O que aconteceu? – Hermione tentava evitar mais uma discussão entre os amigos. - Nós vimos você chegar, mas imaginamos que você não estava a fim de conversar sobre o assunto.
- Não tinha nada lá, nenhum vestígio dele. Isso que me deixa com mais raiva. Agora estamos com as mãos amarradas, a única coisa que eu posso fazer agora é esperar ele atacar novamente, tenho esperanças que a Ordem possa ajudar, mas isso é o que mais me preocupa no momento, não sei o que dizer pra toda essa gente. Não consegui pensar em nada de concreto.
-Você só tem que abrir o jogo e contar a verdade, cara! Tudo que tem acontecido, para que a gente debata e chegue em um acordo, quanto mais pessoas pensando juntas é melhor pra resolvermos esse caso. – Disse Rony tentando confortar o amigo.
- Ronald e Hermione, eu pedi a vocês para vir chamar o Harry e não para vir juntar-se a ele. Todos estão esperando vocês. – A Sra. Weasley colocara seu rosto entre meio a porta.
- Já vamos, Senhora! – Disse Harry recolhendo os óculos na cabeceira.
- Ah, querido, boa sorte lá embaixo. – Molly deu um breve sorriso e saiu.
Aqueles segundos que pareciam demorar uma eternidade ao atravessar o corredor pra encontrar com Letícia, não pareceu durar nem meros segundos a Harry que chegara ao topo da escada, vendo alguns cabelos calvos, outros brancos e poucos em sua forma natural.
Os gêmeos já chegavam, depois foi a vez de Arthur e Moody voltarem do ministério. Tonks e Lupin receberam seus memorandos mandados por Minerva pouco antes de chegarem. Um toque belo e hipnotizante ficou por conta de Fleur que chegara com o marido na nova sede da Ordem.
Apenas com um levantar de varinhas e feitiços mentais, a sala estava toda desocupada, foram removidos ou evaporados todos os móveis, dando lugar a muitas cadeiras no centro da sala. Ela até parecia maior assim, pensou Harry.
- Agora eram escutados alguns barulhos lá fora e a Sra Weasley tomara o lugar de Dobby.
- Elifas, Dawlish... OH, entre, Shacklebolt!
- Tempos em, Molly? – Quim adentrara a nova Sede da Ordem. – E aqueles bolinhos e salpicão?!
Mais convocados da Ordem da Fênix chegavam admirando o lugar mais amplo, limpo e rico que a antiga Sede, onde se era obrigado escutar os berros da Sr. Black.
- Sr. Weasley, o senhor viu a professora Minerva? - Harry perguntara preocupado, só ela para poder ajudá-lo mais uma vez em uma reunião da Ordem.
Nem foi preciso Arthur parar sua conversa com Perkins para responder. Pois Molly agora abrira a porta para a senhora esquelética, vestida no seu costumeiro vestido negro, entrar chamando a atenção de todos.
- Boa noite a todos, boa noite Sr. Potter, me desculpe acabei me atrasando, ser diretora e professora ao mesmo tempo, está me deixando atarefada.
- Olá professora, que bom que chegou! – Harry sentira um alivio em seu peito.
Foram direto até a sala de jantar, agora uma sala ampla de reuniões, onde a maioria dos membros estava.
- Desculpem-me pela demora. - Disse novamente sorrindo.
- Imagina Minerva, acomode-se para eu servir alguns sequilhos.
Parecia estar tudo muito gostoso. Rony e Harry devoravam os sequilhos como se nunca tivessem comido nada na vida, eram o que pensavam todos. Hermione mal tocara nas guloseimas de Molly.
- QuerRrida, você está de rregíìÌme? Não quer nenhum desses docinhos.. gostosos?! - Perguntava Fleur com a boca suja de açúcar...
-Eu perdi o apetite mesmo...
Depois que todos já estavam satisfeitos de sequilhos e docinhos, Molly se retirou da sala com as bandejas. Todos se acomodavam em alguma cadeira ao cento.
Harry foi o único que ficou de pé à frente de todos, para começar o discurso.
- Boa noite a todos os presentes, antes de começarmos, queria dizer que estou muito feliz por revê-los em mais uma reunião da ordem.
Todos sorriam para ele.
- Bom, continuando, queria deixar vocês a par dos acontecimentos. Eu e Moody fomos à casa de Stephen, a mando do ministério. Como vocês já devem saber, ele foi assassinado provavelmente por Snape. Não encontramos nada de pistas que nos levasse ao paradeiro dele, nós sabemos que ele está com o Espelho de Ojesed e com o livro de Stephen também. Precisamos saber urgentemente o que ele está tramando e o que ele vai fazer com o espelho.
Alguém mais sabe o que aquele espelho pode fazer?
Ouviu-se um burburinho e todos se calaram.
O velho barbudo sentado em seu quadro foi o único que se manifestou. De repente todos viraram para fitá-lo.
- Bem, o que minha mente ainda se recorda é que o espelho e o livro foram feitos por dois patriarcas de duas famílias muito renomadas e poderosas da época. E ambos foram passados de pai para primogênito, só que no ano de 1540, as famílias separaram-se por causa de desentendimentos que não vêm ao caso agora e cada família ficou com um artefato. Os Baungartem de quem o Sr. Stephen descendia, ficaram com o livro e a outra família que eram os Ojeseds ficaram com o espelho. – Todos fixavam os olhos a cada palavra de Dumbledore. - Mas apenas quem sabia como utilizar o espelho adequadamente eram os que tinham o livro, e os que ficaram com o espelho o usaram como instrumento de cobiça, pois como vocês já sabem, ele revela a quem o olha, seus desejos mais profundos. Então de tanto usarem o espelho, eles ficaram loucos, foi desde então que ele foi parar nas mãos de Hogwarts, o Sr. Zellos Ojesed antes de morrer confiou a mim, seu bem mais precioso. – Dumbledore engoliu em seco. - Creio que só nisso que eu posso ajudar.
Harry chamando a atenção de todos para frente da sala, disse:
- Bem, agora a única escolha que nos deixa é esperar o Snape agir. Como ele matou o Stephen, que era o único que sabia como abrir o livro e usar o espelho, a essas alturas ele já deve saber de tudo, ele com certeza matou o Stephen depois de arrancar a informação dele.
- Ou o Snape não conseguiu a informação e matou-o para que ele não a dissesse para ninguém mais. - Hermione interveio .
Todos entreolharam-se.
- Mas Hermione, o Snape é o melhor bruxo quando se diz respeito à Legilimência! – Disse Harry pensativo.
- E quem pode saber se o Stephen não era craque em Oclumência também!? – Perguntou a garota.
- A Hermione tem razão, Potter! – Moody levantara de uma das cadeiras atrás de Minerva. – O Stephen pode ter sido muito bom em Oclumência.
- De qualquer forma peço a vocês que fiquem em alerta para qualquer acontecimento suspeito que possa se relacionar com Snape. Convoquei essa reunião, pois não está certo deixar apenas o Ministério tomar conta desse caso. E se descobrirem alguma coisa sobre o Severus ou algo que possa ser útil sobre o espelho, estarei aqui para ouvi-los, é muito importante que a gente tire o Snape de circulação. Se ninguém aqui tem mais nada a complementar ou falar, acredito que não há mais nada a discutir no momento e posso da por encerrada essa primeira reunião.
- Ótimo, Harry! Ficaremos atentos a qualquer coisa que venha relacionar-se com Severus. – Minerva levantou ajeitando o vestido. – Creio que mais ninguém aqui tem o que dizer, e Harry, pode encerrar sim!
- Obrigado a todos por virem, agradeço por estarem todos unidos em mais uma tarefa. Vamos ganhar mais essa! – Harry parecia bem posto em suas palavras. – Obrigado!
Levantaram-se e muitos se despediam e outros formavam rodas de conversa para discutirem outros assuntos não abordados na reunião. Harry disse adeus e quando estava subindo a escada, alguém o chamou.
- Harry, Harry. – Os gêmeos que o chamavam.
- Oi, desculpem... eu preciso muito subir para meu quarto, estou com uma dor de cabeça insuportável.
- Tudo bem, nós só queríamos convidar você para ir com a gente na loja amanhã. Topa?!
- Ah, sim! vou sim, chamem o Rony e a Mione também, eles vão adorar..
- Ok, então até amanhã. - Despediram-se.

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