SEGUNDO DIA - DE VOLTA À LUTA
No capítulo anterior...
“A garota tinha dado os primeiros passos, mas James a impediu, segurando-lhe o braço.
– Ela já tem uma comitiva considerável. A gente não precisa ir também. – disse ele, com uma voz doce, mas com uma ponta de malícia. A garota permaneceu em silêncio por alguns segundos.
Silêncio. Lily respirava aceleradamente, e James ainda lhe segurava o braço.
[...]
– Pra falar a verdade, preciso sim. – disse ele, sorrindo marotamente. – Que tal nos darmos uma volta? Tenho um lugar ótimo...
– Seria perfeito. – respondeu a garota. – A propósito, meu nome é Clarisse. Clarisse Tourent.
[...]
– Então dispensa ela logo e volta a atacar a Evans amanhã. Será que ela tem alguma amiga...?
– É o que eu vou fazer.
– O que? Descobrir alguma amiga pra mim?
– Não, Almofadinhas. Voltar a atacar amanhã, cara. Voltar a atacar...”
SEGUNDO DIA – DE VOLTA À LUTA
Veronika Polkins e Sammantha Walker entraram sorrateiras no dormitório dos garotos na manhã seguinte. Sorriram marotamente ao ver que os quatro ainda dormiam.
Executaram em si um feitiço Sonoros não-verbalmente; contaram até três com os dedos e gritaram juntas:
– BOM DIA, FLORES DO DIA!
A reação foi mais divertida do que o esperado.
Remus se levantou em um salto, acabou enrolando-se no lençol e caiu em cima de Sirius. Este gritou todos os palavrões possíveis e imagináveis, fazendo as garotas estremecerem com o “distinto vocabulário do moço”.
Mas James foi o que mais se enfureceu. Começou a lançar todas as azarações que conhecia nas garotas, mas por estar sem óculos não conseguiu acertar nenhuma.
Peter, que era de longe o mais lento dos quatro, só se deu conta da confusão um bom tempo depois.
– Garotas!!! – gritou ele, correndo em seguida e se escondendo em algum lugar.
– James, para de tentar nos azarar!!! E Sirius, será que você não tem um pouco mais de palavrões para falar?
– Sem problemas. – falou Sirius, mal-humorado, e começou uma lista totalmente nova de palavrões.
– Nossa, quanta cultura! – riu Veronika.
Ao mesmo tempo, Lily entrava no dormitório com suas mãos tapando os olhos.
– Ta todo mundo vestido? – perguntou ela.
– Não! – falou James. Mas a resposta era para a pergunta de Sammantha.
– Quem não está vestido? – perguntou Lílian, apertando mais ainda a mão sobre os olhos, achando que a resposta fora pra ela.
– James... – respondeu Sirius, rindo da situação que estava prestes a causar.
No mesmo instante, como por impulso, Lily abriu um frestinha entre os dedos para espiar James, mas Remus falou algo antes de ela conseguir identificar qualquer imagem, fazendo-a tapar os olhos novamente.
– Aha! Você olhou, Lílian Evans, e não adianta negar! – disse, rindo da cara da amiga.
– Eu?!? Capaz! Eu não olhei, Remus!!! – defendeu-se Lily, que sem olhar por onde andava tropeçou, pois ainda estava de olhos tapados, em alguma das milhares coisas espalhadas pelo chão do dormitório dos marotos e caiu.
Ao cair, viu que não era o chão, e sim uma cama... A cama de James. Ainda de olhos fechados, apalpou a cama até chegar em uma mão que aparentemente era humana. Digo aparentemente, pois quem sabe o que se pode encontrar no quarto dos marotos.
– Quem é? – perguntou ela, segurando a mão ainda mais forte.
– Eu. Nika. – respondeu Veronika. Mas não era ela, claro. Era o dono da cama.
– Posso destapar os olhos? – perguntou Lílian.
– Não. – respondeu James, entrando na brincadeira. – Ainda não decidi que roupa eu coloco.
– Então anda logo! – respondeu ela, irritada. – Meninas, vocês não estão olhando, né?
– Claaaro que não, né Lily! – responderam Veronika e Sammantha, em coro.
– Mas por que a preocupação, Lílian? – perguntou Remus, marotamente.
– Porque ela está com ciúmes do nosso veadinho, oras! Pobre pequeno Jimmy... – respondeu Sirius, divertido. – Francamente, Aluado, você está pegando a doença do Rabicho. Aí, como eu vou conseguir as anotações de História da Magia, Poções, Transfiguração, Feitiços, Herbologia, Astronomia, Trato das Criaturas Mágicas...?
James não agüentou o comentário do amigo, e pos toda a brincadeira em risco.
Retirou sua mão delicadamente debaixo da de Lily, abraçou ela pelos ombros e disse bem baixinho:
– Só um pouquinho, tá? Não sai daí que eu já volto pra você terminar de me agarrar. – e se levantou, indo em direção a Sirius, deixando Lílian no mínimo confusa.
– Veadinho é seu pai, ouviu bem? – bradou ele, furioso.
– E quem disse que não é, Pontas? – falou Sirius, dando de ombros.
Ao mesmo tempo, uma Terceira Guerra Mundial se travava na cabeça de Lílian.
Como assim, ele já volta? Será que ele...
“Você tá viajando legal aí, né Lílian? Porque até parece que a Nika e a Sam iam mentir pra você.”
Ué, nunca se sabe quando o lado traidor delas pode despertar...
“Deixa de ser ridícula, Lily. Era a Veronika que tava do seu lado. Quando você abrir os olhos vai perceber que era pura loucura sua.”
Como?
“Não sei. É um mistério. Mas que você vai estar enganada, vai sim.”
Só pra calar a tua boca, eu vou abrir os olhos! E a Veronika vai estar bem longe, rindo com a Sammantha!
“Então tá. No três a gente abre, tá?”
Tá. Um, dois...
“Três, abra os olhos!”
– TODOS OS PRESENTES NESTE DORMITÓRIO ESTÃO COMPLETAMENTE, TOTALMENTE, INEGAVELMENTE E IRREMEDIAVELMENTE DETENTOS ATÉ COMPLETAREM 35 ANOS! – gritou Lílian, ao descobrir a brincadeira dos amigos. Ou melhor, ex-amigos.
– Nossa, Lily! Não é para tanto, né? – disse Sammantha.
– Foi só uma brincadeirinha inocente. – falou Veronika.
– Uma brincadeirinha inocente? UMA BRINCADEIRINHA INOCENTE? É ISSO QUE VOCÊ ACHA? QUE FOI UMA BRINCADEIRINHA INOCENTE? Mas você além de traidora é também cara-de-pau, Veronika!
– Que feio ser traidora e cara-de-pau, Veronika. – falou Sirius debochado. Nika mostrou a língua para ele.
– E você pensa que eu não ouvi a sua voz, Black?
– Moi*? Que é isso, Evans? Quando eu menti pra você?
– Concordo com o Sirius. – disse Peter que recém tinha se recuperado do susto, e cá para nós não foi uma novidade o tempo de raciocínio.
– Alguém quer, por favor, calar a boca do Pettigrew? – perguntou Lílian, agora já não tão nervosa.
– Concordo com a ruivinha. – disse James para mexer com a Lily e debochar do Peter. – Minha fofinha sempre tem razão.
– Se você nos der uma detenção, Lílian – disse Sammantha. – Vai ser obrigada a nos monitorar, sabe... E vai ter que nos agüentar reclamando. E vai passar umas horas de graça com o James. Ótima maneira de passar o fim de semana, ein amiga? – disse ela, sarcástica.
– Hey! – protestou James.
– Sério, Lílian. Todos aqui pedimos desculpas. Agora, vamos para Hogsmeade esquecer tudo isso... Sem detenções é bom pra todo mundo! – falou Remus. – Que tal?
– Eu mato e você enterra? – perguntou James a Sirius, olhando assassinamente para Remo. O primeiro queria ficar com Lily trancado em uma sala, mesmo que em detenção, e Sirius...
– Não. Eu mato e você enterra. - ...queria ficar trancado com as outras duas amigas. Eram suas amigas, mas acima de tudo, eram garotas. Além do mais, ele era Sirius Black. – Esse lobo desgraçado vai ter o que merece.
– Eu queria matar... Mas tudo bem. – concordou James. Os dois então olharam ameaçadoramente para Remus.
– Pois bem... Vamos à Hogsmeade antes que eles resolvam despertar o lado serial killer. – falou Remus, referindo-se aos amigos raivosos.
– Beleza. Mas só tem um porém... – disse Sammantha. – Vamos fazer um mapeamento de onde nós vamos ir. Porque senão fica aquela coisa de “aonde nós vamos?” e a gente fica lá olhando um pra cara do outro com a maior cara de tédio. Até que a Lily diz: “eu quero ir a Floreiros e Borrões!” e o Remus concorda, o James paga as despesas dela e eu, a Nika e o Sirius ficamos entediados enquanto o Peter fica babando na vitrine da Dedosdemel.
– Nossa! – reclamou Remus. – A gente não pode ser tão previsível assim...
– Mas são. – falou Sirius. – A idéia da Sam é boa. Aonde a gente vai primeiro?
– O óbvio é irmos primeiro à Dedosdemel. – começou James.
– Por quê? – perguntou Peter.
– Caramba. Você é tapado. – disse Sirius. – Bruxa de um olho só te lembra alguma coisa? – ao ver o esforço que Peter fazia para lembrar, o garoto continuou. – Passagem secreta, ok?
– Ah...
– E por que a gente não pode ir pela porta como qualquer pessoa normal? – perguntou Lílian. – A gente tem que se esmagar numa passagem escura e gelada?
– É só você chegar bem perto que não fica gelada. – riu James.
– Ah, lembrei... – zombou Lily. – Vocês não são normais.
– E além do mais... É bem mais legal ir por lá, você sabe disso. – falou Veronika.
– Ótimo, a gente pode ir agora? – perguntou Sirius, apressado. – Eu estou atrasado. – completou ele, olhando o relógio.
– Atrasado pra que? – perguntou Nika, curiosa.
– Ãh...Pra me encontrar com a... a... é... aquela... hum... – Sirius parecia não conseguir lembrar exatamente com quem ele iria sair. – É uma ruiva... Ou será que é loira? É loira sim. E tenho quase certeza de que ela é do sétimo ano. E também algo me indica que ela é da Corvinal. Ou será que é do quinto ano da Lufa-Lufa? Não. Essa foi ontem... Ou será que não? Que seja! De uma coisa eu tenho certeza: é uma garota.
– Ou será que é um garoto? – perguntou James, debochado.
– Capaz, Jimmy. O veadinho aqui ainda é você! – riu Sirius.
– Escuta aqui, sua cadela nojenta...
– Dá pra gente ir? – reclamou Lílian. – James, tenho certeza de que você é mais nojento que o Sirius. Vamos agora?
– Lá vem bomba... – suspirou Sammantha.
– A gente senta, o Peter traz pipoca e dá pra assistir de camarote. – falou Nika, divertida.
– Tô indo! – falou Peter. Ele levou a sério a história da pipoca.
– E vê se faz com que as pipocas cheguem dentro do pote aqui. Não é pra engolir elas antes, certo? – concluiu Remus, rindo também.
Aquela briga estava tornando-se interessante
– EU NÃO SOU SUA NAMORADA, POTTER!!! – gritou Lílian. – VAMOS AGORA ANTES QUE EU ME ARREPENDA DE POUPÁ-LOS DA DETENÇÃO! – ela gritara tão alto que primeiranistas que estavam conversando lá em baixo no Salão Comunal se assustaram e saíram correndo.
– Ah... Não deu tempo de comer pipocas! – resmungou Sammantha. – Mas vamos logo.
– Cadê o Peter? – perguntou Sirius.
– Foi buscar as pipocas, ora! – respondeu Veronika.
[...]
– Eu odeio isso... Eu realmente odeio isso... Quero um grande salão iluminado... Iluminado e quentinho... – resmungava Lílian, enquanto ela, as duas amigas e os marotos passavam pela passagem secreta. – Eu quero uma porta grande... Mais alta do que eu... Mais larga do que eu...
– Chegou, ok? – Sammantha apertou os olhos para ver o sabor impresso na embalagem de bolachas. – Você pode se comportar como uma garota de 16 anos, prestes à fazer 17? Tenho certeza que Dumbledore nomeou você monitora chefe não foi por acaso. Ele esperava que você fosse a pessoa certa, uma das únicas da nossa idade que não se comporta como uma criança de cinco anos!! Dumbledore não pode estar tão errado assim!
– Claro que não errou! Dumbledore nunca erra... – começou ela. – SAMMANTHA WALKER, O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO, EIN?
– Nada, amiga... – apressou-se Sam. De uma coisa ela sabia: se você quer irritar Lílian Evans e não é o Potter, fale que ela é infantil. – Apenas que você deve calar a boca.
– Ah! Uma luz no fim do túnel, finalmente. – exclamou Veronika.
– Senhoritas, com vocês o nobre e empoeirado porão da Dedosdemel! – falou James, que foi o primeiro a chegar no porão, seguido dos marotos.
– Luz, finalmente! – exclamou Lílian, aliviada. – O dia está tão bonito, mesmo com a presença de vocês... – disse ela, olhando pela janela.
O sol estava radiante, e estava bastante quente.
– Vamos subir pra loja? – perguntou Peter animado. A Dedosdemel era a loja preferida dele. – À não ser que a Lílian queira ir à Floreiros e Borrões. Porque daí a gente não tem escolha, né...?
– Não quero... – falou Lílian, para espanto de todos. – Acho que vamos ao Três Vassouras, topam?
– Claro. – Sirius estava extremamente feliz por não ter de entrar na loja que tanto odiava. Igualmente felizes estavam Veronika e Sammantha. – Ruivinha, você ganhou minha simpatia. O Pontas tá liberado agora, ok?
– Que história é essa de liberação? – perguntou James ao amigo.
– Esquece, Pontas, vai confundir seu cerebrozinho. Rumo à Madame Rosmerta? – perguntou o maroto.
– Opa, já estou lá! – falou Remus, excitado. Ele ainda era o mesmo, mas Rosmerta também era (N/A/: e considerem vocês que, se ela chama atenção agora, imaginem no tempo dos marotos!), o que o permitia momentos dignos de Pontas e Almofadinhas.
– O que vocês deram pra ele beber?!? – perguntou Sammantha, estranhando a reação do amigo.
– Três garrafas de firewiskey. – respondeu James, igualmente surpreso com a atitude do maroto, mas entrando na brincadeira.
– E eu pensei que ele era santo! – cochichou Veronika para Sirius, rindo marotamente. Pois é, ela já tinha adquirido até o sorriso, pela convivência excessiva.
– Enganou-se, baby! – cochichou Sirius de volta.
Os sete foram conversando e chegaram no Três Vassouras. Sentaram em uma mesa mais afastada e pediram qualquer coisa.
[...]
– Ela está cada vez mais apaixonada... – cochichou James para os outros marotos e Sammantha; Veronika e Lily tinham ido ao banheiro.
– Ah, claro... – falou Sam, irônica. – A questão é que ela não sabe se está mais apaixonada por você ou pela lula gigante!
– Como assim? – perguntou Peter, curioso.
– Rabicho, lê o cardápio e escolhe alguma coisa, ok? – falou Sirius, empurrando o cardápio para o amigo e dando um largo sorriso. Pedro tinha uma imensa dificuldade para ler, então os quatro teriam alguns momentos de sossego.
– Eu aposto três galeões como eu beijo a Lily até o fim do passeio. – falou James, largando o dinheiro na mesa.
– Pois eu aposto seis como não beija! – falou Sirius, colocando mais três galeões na mesa.
– Estou com o Sirius! – disse Remus. – Mas só tenho doze sicles... – o garoto largou o dinheiro na mesa, meio constrangido.
– E eu estou com o James, aposto mais três galeões como beija! – concluiu Sammantha, largando o dinheiro na mesa, para a alegria de James. – Então temos aqui... Nove galeões e doze sicles. Se o James conseguir, o dinheiro é dividido entre eu e ele. Senão, fica entre o Sirius e o Remus. Apostas encerradas, boa sorte à todos.
– Só tem uma coisa... – lembrou Remus. – Quem fica com o dinheiro até lá?
Os quatro se olharam em silêncio, enquanto Peter continuava lendo o cardápio.
[...]
Enquanto isso, no banheiro, Veronika estava sentada em cima do balcão da pia enquanto Lílian revirava a bolsa atrás de um pente.
– Nika, você é amiga deles, então vai saber me responder... – começou a ruivinha. – Potter está tramando o que, exatamente?
– Por que você está me perguntando isso? – disse Veronika, se fazendo de desentendida.
– Não me responda com outra pergunta. Eu sei que eles estão tramando alguma, eu só queria saber o que é! Porque o Potter está agindo estranho... Ele está mais... – Lily finalmente encontrou o pente, e ficou admirando-o por algum tempo. – Mais... Educado, talvez?
– Eu não notei diferença alguma! – falou Nika, falsamente inocente. – Acho que é você que finalmente passou a enxergá-lo como um ser humano, e não como um...
– Trasgo fantasiado de gente? – completou Lily, enquanto desembaraçava os longos cabelos com um pente de madeira. – Talvez... Mas, Merlin, o que eu estou dizendo?!? O Potter é um trasgo fantasiado de gente, e nada vai mudar isso!
Lílian suspirou na frente do espelho, guardando automaticamente o pente na bolsa.
– Está ficando cada vez mais difícil negar, né? – perguntou Veronika, saindo de cima do balcão e se postando ao lado da amiga. Lílian concordou com a cabeça, fazendo a amiga sorrir, triunfante.
– A gente pode voltar agora? – perguntou Lily, numa tentativa drástica de mudar de assunto. – Cerveja amanteigada quente não é nada boa. Vamos?
– Ok... Conversamos mais sobre isso depois, tá? Junto com a Sammantha?
E as duas voltaram para a mesa. Chegando lá viram um silêncio estranho, seguido por um sorriso de James, Sirius, Remus e Sammantha direcionados à Veronika.
– Guarda. – disse Sammantha, juntando o dinheiro e largando-o nas mãos da amiga.
– O que é isso? – perguntou a garota, confusa.
– Uma aposta. Eu e o Aluado contra a Sam e o Pontas. – explicou Sirius, enquanto as duas garotas sentavam-se. – Aposta que nós vamos ganhar, apenas pra constar.
– E o que os cavalheiros estão apostando? – perguntou Lílian, curiosa.
– Cavalheiros? Em nada. – respondeu Sammantha, divertida. – Agora, essas coisas... – ela apontou para os amigos. – S. S. M.!
– O que? – perguntou Lily, confusa.
– Segredo Secreto de Maroto. – respondeu Veronika, séria. – Uma idiotice que a gente inventou no segundo ano e que não sei porque ainda é usada. Mas, se é um S. S. M., por que a Sam tá dentro e eu não?
– A gente te fala depois. – falou Remus. – E vale lembrar, Polkins, que a “idiotice” foi criação sua e do Sirius. Lembra como vocês andavam sempre juntos até o quinto ano?
– E lembra aquele verão entre o terceiro e o quarto ano que a gente foi pro Largo Grimnauld pra tentar tirar o Sirius da casa dele... – começou James.
– E a Sra. Black encontrou vocês dois agarrados em baixo do balcão da cozinha! – completou Sammantha. Veronika e Sirius riam, lembrando da história toda.
– A sessão “nostalgia” já acabou? – perguntou Lílian, sem se interessar muito com aquela conversa. – Eu preciso ir até à Dervish & Banges comprar um bisbilhoscópio. Tenho certeza de quem tem alguém mexendo nas minhas coisas... – lançou um olhar para as duas amigas.
– Inocente!/Culpada! – responderam em coro, respectivamente, Nika e Sam, levantando as mãos. – Lílian olhou furiosa para Sammantha. – Qual é, só achei que você tinha pegado as minhas meias! – defendeu-se a morena.
– Caso resolvido, a gente não precisa ir até a Dervish & Banges. – falou Remus. – Vamos pra onde?
– Decidam vocês, já me atrasei o suficiente! – disse Sirius, olhando no relógio de pulso. – Pontas, você estava comigo: qual era o nome da garota mesmo?
– Susanna Watson. – respondeu o maroto. – Mas é tudo o que eu sei sobre ela.
– Corvinal, sétimo ano. Alta, loira, olhos verdes. – disse Sammantha. – Provavelmente vai te levar à Madame Puddifoot, esteja preparado. Até mais!
– Certo, tchau pra todo mundo! – falou Sirius, acenando já de costas para os amigos, saindo do lugar em seguida.
– Então... Nós vamos aonde? – perguntou James, assim que o amigo saiu.
As três garotas se olharam, olharam para a rua, para os garotos, umas para as outras de novo e sorriram, dizendo em uníssono:
– Trapobelo Moda Mágica!
Os dois marotos se olharam. O dia ia ser longo.
Saíram do restaurante, deixando Peter para trás.
[...]
– Você parece uma cenoura! – comentou Veronika para Lílian, enquanto a amiga experimentava um vestido laranja com uma boina verde.
– Toma, experimenta este! – disse Sammantha, estendendo para a amiga um vestido azul de seda, com pequenos cristais transparentes.
A ruiva pegou o vestido e voltou para a cabine. Segundos depois, reapareceu.
– Nossa, Lílian! – exclamou Nika. – É perfeito!
– Você está linda! – concordou Sammantha. – Hey, os dois, venham aqui um momento! – disse a garota, chamando Remus e James.
– Mas o que...? – começou James, mas interrompeu a fala quando viu a “sua” ruivinha parada na frente do espelho. – Merlin... – foi tudo o que conseguiu dizer.
– Vou levar! – concluiu Lílian, após se olhar no espelho várias vezes. Mas, sinceramente, a decisão final veio com o olhar de James. Entrou na cabine, trocou de roupa e dirigiu-se ao balcão. – Ai, droga... – resmungou ela, remexendo na bolsa. – Não tenho dinheiro...
– Sem problemas! – disse Veronika. – É o seu presente de aniversário atrasado. – e deixou o dinheiro para a senhora no caixa.
[...]
Após algum tempo olhando vitrines no vilarejo, os quatro foram atrás de Sirius na Madame Puddifoot.
Entraram no restaurante, acenaram para Sirius, que estava entediado com a garota, e esse saiu apressado, provavelmente dando uma desculpa idiota.
– Furada total. – resmungou ele. – A garota ficava dando mole pro Malfoy!
– Assim você aprende a não aceitar sair com qualquer uma. – disse Veronika.
– Ok, mas vamos dar o fora daqui! – pediu Sirius. – Cadê o Rabicho?
– Ficou no Três Vassouras. – respondeu Remus. – Vou chamá-lo. Encontro vocês no Salão Principal, já está na hora de voltarmos.
Os seis se separaram e desapareceram no meio da multidão de alunos.
[...]
– Gente, vocês podem ir na frente? – perguntou James. – Quero fazer uma última tentativa... – olhou para Lílian, que parara para conversar com duas garotas.
Sirius, Veronika e Sammantha concordaram, seguindo em frente enquanto James continuava parado.
– Admita que não foi tão ruim assim... – disse James, assim que Lílian o alcançou.
– Na verdade, Potter... Foi excelente! Estou surpresa com você.
– Que bom. – sorriu ele. – Assim fica mais fácil pra você acreditar que eu...
– JIMMY! – gritou uma garota morena, que vinha correndo na direção deles. – Ainda bem que eu te achei! – e o beijou ali mesmo.
Lily saiu pisando duro, furiosa.
[...]
– Veronika, o dinheiro! – pediu Sirius, lembrando-se de repente. – Da aposta! – completou ele, ao ver que a amiga estava confusa.
– Hum... Eu... Bem... – começou a garota, meio envergonhada. – Transformou-se em um belo vestido azul! – disse ela, finalmente.
– Nika!!! – gritou Sirius. – Você gastou o meu dinheiro com um vestido?!?!?!
– Nem vem que é um vestido lindo! – defendeu-se ela. – A Lily ficou magnífica nele! E QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA GRITAR COMIGO DESSE JEITO, SIRIUS BLACK?!?
– QUER QUE EU COMECE A ENUMERAR? – perguntou Sirius, também gritando.
– Nika, Almofadinhas... – falou Sammantha. – Menos, os dois!
Já estavam no dormitório feminino quando Veronika perguntou discretamente para Sammantha:
– A final, o que era a aposta?
– Se o Pontas beijaria ou não a Lily até o fim do passeio.
A porta do dormitório abriu violentamente, e uma Lílian Evans louca de raiva entrou.
– O que foi, Lily? – perguntaram as duas.
– Nada! Apenas uma garota que eu nunca vi na vida fez o favor de me lembrar o quão idiota o Potter é e me impediu de fazer uma loucura!
N/A:
* “Moi” é eu em francês, pra quem não sabe. Dá próxima vez que a gente colocar, fica registrado, ok?
Gente, comentem!!!! Não custa nada!!!!!
IsaBe_AD
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