Revelações - Completo!






Everybody Knows - McFly
(Todo mundo sabe)

The sun is in the sky and it is gonna be a glorious day, huh
So pour yourself a coffee, put your clothes back on and tell me your name
Now hearts are getting broken but I guess it's what they call growing up
We don't expect results because the kids 'round here just don't give a fuck

(O sol está no céu e vai ser um dia glorioso, huh
Então sirva-se de café, coloque suas roupas novamente e me diga o seu nome
Agora corações estão sendo quebrados mas eu acho que isso é o que eles chamam de crescer, yeah
Nós não esperamos resultados porque o pessoal daqui simplesmente não se importa)

Nothing really matters, nothing really matters at all
When all your dreams are shattered, everything is beautiful
Nothing ever happens, they think we waste our lives but they're wrong
We're moving on
Yeah!

(Nada realmente importa, nada não importa mesmo
Quando todos os seus sonhos são quebrados
Tudo está bonito, nada nunca acontece
Eles acham que nós desperdiçamos as nossas vidas, mas eles estão errados
Nós estamos seguindo em frente
Yeah!)

Everybody knows
You know the ship's going down
Everybody knows
Oh, sailor Jerry's around
Everybody knows
We're gonna die in this town
Yeah

Hey!
Woah

(Todo mundo sabe
Você sabe que o navio está afundando
Todo mundo sabe
Oh, o marinheiro Jerry está por aqui
Todo mundo sabe
Nós iremos morrer nessa cidade
Hey!
Woah)

My voice is gone for screaming and my body aches from giving them hell
(Na na na na, na na na na na)
You gotta know the truth that we're not in this for the cash but it helps
Woah
(Na na na na, na na na na na)

(Minha voz sumiu de gritar e meu corpo dói por atormentá-los
Nananana, nananana
Você tem que saber a verdade que não estamos nisto por dinheiro, mas ele ajuda
Nananana, nananana)

Nothing really matters, nothing really matters at all
When all your dreams are shattered, everything is beautiful
Nothing ever happens, they think we waste our lives but they're wrong
We're moving on
Yeah


(Nada realmente importa, nada não importa mesmo
Quando todos os seus sonhos são quebrados
Tudo está bonito, nada nunca acontece
Eles acham que nós desperdiçamos as nossas vidas, mas eles estão errados
Nós estamos seguindo em frente, yeah)

Everybody knows
You know the ship's going down
Everybody knows
Oh, we'd say that Jerry's around
Everybody knows
We're gonna die in this town

(Todo mundo sabe
Você sabe que o navio está afundando
Todo mundo sabe
Oh, nós diríamos que o marinheiro Jerry está por aqui
Todo mundo sabe
Nós iremos morrer nessa cidade)

Everybody knows
Hey!
Everybody knows
Oh yeah!
Everybody knows
Oh, we're gonna die in this town
Everybody knows
Oh, you know the ship's going down
Everybody knows
Oh, sailor Jerry's around
Everybody knows
Yeah, we're gonna die in this town
Woah
Hoo!
Woah, hey!
Woah, hey!
We're gonna die in this town

(Todo mundo sabe
Hey!
Todo mundo sabe
Oh yeah!
Todo mundo sabe
Oh, nós iremos morrer nessa cidade
Todo mundo sabe
Você sabe que o navio está afundando
Todo mundo sabe
Oh, o marinheiro Jerry está por aqui
Todo mundo sabe
Yeah, nós iremos morrer nessa cidade
Woah
Hoo!
Woah, hey!
Woah, hey!
Nós vamos morrer nessa cidade.)




“Bellatrix desceu a mão dos cabelos dele para gola da camisa do Lorde e fazendo a camisa deslizar pelos ombros dele, e arranhou as costas dele com um pouco de força.”


Herdeiras do Mal 2 - E começa a guerra bruxa.

7º capítulo - Revelações.


Mansão Malfoy

Voldemort voltou a olhá-la nos olhos e acariciou com as duas mãos a cintura fina da mulher, descendo com as carícias para o quadril dela, onde se encontrava a última e incômoda peça de roupa que ainda os separava. Ele beijou-a nos lábios de forma sensual, mordiscando o lábio inferior dela.

Estar na casa de sua irmã no meio de uma festa naquela situação com o Lorde era extremamente excitante para Bellatrix. Tudo aquilo era inusitado demais e eles tinham um tempo muito curto antes que alguém começasse a procurá-los, mesmo assim Voldemort parecia sem pressa. Claro, ele era o Lorde, quem contestaria algo que ele fazia? Ninguém.

Ele deslizou a mão pelo contorno do quadril dela um pouco e então pegou Bellatrix no colo, levando-a até a pia, onde a sentou. Bellatrix envolveu as pernas no quadril dele. Voldemort passou a ponta dos dedos pelas coxas dela, olhando-a nos olhos de forma maliciosa, até chegar perto da calcinha dela. Ele podia ver nos olhos dela que o desejo a queimava por dentro, que ela queria tê-lo dentro dela o mais rápido possível e ele brincava com isso. Ele estava completamente certo, Bellatrix não agüentava nem mesmo o toque dele sem desejá-lo, ainda mais naquela situação. Ele tinha total controle sobre ela, ele sabia disso e ela sabia que ele sabia.

Voldemort refez o caminho pelas coxas dela, mas daquela vez com os próprios lábios. Bellatrix apoiou os braços na pia atrás de suas costas, jogando a cabeça para trás. Se os dedos dele já a haviam excitado de forma inexplicável, imagine o que os lábios fizeram. Então ele chegou próximo à calcinha e decidiu acabar com aquela tortura, era divertido vê-la se contorcer de desejo e prazer, mas ele poderia melhorar aquilo. Ele segurou a calcinha dela dos dois lados e a puxou, sendo ajudado por Bellatrix – já que ela estava sentada. Ela agradecia à Merlin pelo fim daquela maldita tortura. Ele então a segurou pela cintura, ainda mantendo espaço entre eles. Ele colocou a mão naquele espaço e tocou a intimidade dela, que tentou inutilmente esconder um gemido. Ele começou a massagear o clitóris dela e o contato visual que ele mantinha, sempre com aquele olhar provocador, era o que a matava. Bellatrix sabia que aquilo era o troco, afinal ela mesma tomara atitudes semelhantes antes, mas ele tinha muito mais controle da situação.

Ele aumentava a intensidade da carícia e via ela engolir seco e respirar fundo, tentando se controlar. Ela pensava coisas sem sentido e tentava não gemer alto demais.

Voldemort aproximou os lábios da orelha dela.

- Você quer mais do que o meu dedo, não é?

- Uhum. – foi o máximo que ela respondeu.

- Então pede. Diz o que você quer..

- Eu... Eu quero o senhor, milorde. Dentro de mim. – gemeu ela, mordendo o lábio. Um gemido que saiu de forma muito sensual.

- Acho que esse é um pedido que eu posso atender. – Voldemort puxou Bellatrix pelo quadril e a penetrou com força, fazendo-a soltar um gemido um pouco mais alto do que os anteriores.

Todos nos andares de baixo começavam a se perguntar onde os dois estariam e eles imaginavam isso - sem pouco ligar. Voldemort se mexia dentro dela lentamente, mas começou a aumentar a velocidade dos movimentos, os dois queriam a mesma coisa, queriam ver o outro chegar ao ápice, então davam o melhor de si, ele a penetrava com vontade e ela rebolava, acompanhando-o. Eles voltaram a se beijar, entre os gemidos baixos dela. Bellatrix mordeu o lábio dele. O prazer dentro dela ia aumentando gradativamente, de uma forma única. Era uma experiência única, afinal. Provavelmente nunca mais eles voltariam a fazer sexo no banheiro da Mansão Malfoy durante uma festa. Logo os movimentos se tornavam frenéticos, Voldemort não consegueria segurar por muito tempo e ela sabia que sim. Mas ele queria vê-la chegar ao orgasmo primeiro, então começou a distribuir beijos pelo colo e pelos seios dela, o toque dos lábios dele no corpo dela teve o efeito esperado, aumentou a excitação da morena e combinado com aqueles movimentos frenéticos dos quadris deles, a aproximou muito do orgasmo. Não levou mais do que uns dois minutos para que ela sentisse aquela onda de prazer inexplicável percorrer seu corpo sem controle, o corpo dela todo tremeu e ela gemeu alto. Ela murmurou algo como "Ai meu Merlin." Vê-la chegar ao orgasmo de forma tão descarada foi a gota d'água para que Voldemort também chegasse lá. Ela mordeu o lábio dele e riu. Os dois estavam suados, cansados, não dava para voltar para a festa daquele jeito. Então esperaram algum tempo. Quando já estavam em um estado apresentável, limpos e vestidos, eles sairam do banheiro. E foram em direção às escadas.

Bellatrix afastou rapidamente a mecha mal presa do cabelo que caía em seu rosto e colocou-a novamente no lugar . Ela e Voldemort desciam juntos as escadas sem serem notados – algo estranho se tratando deles.

Voldemort mantinha a mão na cintura dela, que estava com a mão no ombro dele. Bellatrix aproximou o rosto do ombro dele.

- Parece que, por enquanto, ninguém nos notou. - sussurrou a morena.

- Acha isso ruim?

- De forma alguma, é absolutamente maravilhoso que cuidem de suas próprias vidinhas medíocres. – Bellatrix descia as escadas lenta e cuidadosamente - um tombo não seria interessante, pois atrairia a atenção além de ser constrangedor

- Sim. - concordou Voldemort. –Todosdevem pensar menos em comentar sobre a vida alheia e mais em fazer o trabalho, porque alguns deles estão incumbidos de me dar informações, como o próprio Lucius. - Bellatrix assentiu.

- Mesmo assim a maioria das pessoas se esquece do trabalho durante festas. – disse ela, chegando ao fim da escada. – Talvez porque existem outras coisas para fazer além de pensar.

– Ela se aproximou calmamente dele, colocando as duas mãos envolta do pescoço do Lorde.

- E a minoria consegue pensar e se divertir ao mesmo tempo, este é o nosso caso. – disse ele, que colocou a mão na nuca dela, acariciando o local. Bellatrix aproximou o rosto do dele, sentindo a respiração do bruxo em seu rosto.

Lucius Malfoy, os viu de longe, sentindo a raiva o corroer por dentro sem poder fazer nada, Narcissa conversava com ele e isso o impedia de ir falar com Rodolphus, que estava do outro lado do salão.

- Não se preocupe com sua irmã, Cissy. – disse ele, escondendo a raiva. – Ela não poderia estar melhor.

- O que quer dizer com isso? – perguntou Narcissa , vendo que o marido olhava para um ponto fixo, enquanto tomava o que restava de seu uísque de fogo . Ela seguiu o olhar dele e, por cima do ombro, viu Bellatrix e Voldemort juntos, prestes a se beijarem.

Bellatrix roçou seus lábios nos de Voldemort diversas vezes até que iniciou um beijo. Um beijo que em momento algum deixou a natureza calma com a qual começara.

Alguns minutos depois, Voldemort interrompeu o beijo, fitando Bellatrix. Naquele momento, a atenção estava novamente sobre eles.

- Parece que não conseguimos ficar muito tempo sem sermos notados. – disse ele, ainda próximo aos lábios dela.

- Acho que nenhum de nós nasceu para ser invisível, principalmente quando estamos juntos. – sussurrou ela. – Porque...

- Porque quando juntos, nossa incapacidade de sermos imperceptíveis dobra. – completou ele.

- Sim. Talvez essa seja a única incapacidade que possa ser boa.

- É, talvez.

Voldemort afastou o rosto do dela e guiou Bellatrix até a mesa onde estiveram outrora.

Quando eles passaram, alguns Comensais olhavam na direção oposta, fingindo que não os estavam observando. Narcissa, por sua vez, olhava desconfiada para a irmã, pois Bellatrix havia sumido por um tempo considerável.

- Com licença, Lucius. – disse ela educadamente para depois se dirigir à mesa onde se encontravam Bellatrix e Voldemort.

Bellatrix sorriu ao ver a aproximação de Narcisa, a expressão de desconfiança da loira a divertia.

- É tão divertido...- murmurou a morena.

- O quê? – perguntou Voldemort olhando-a pelo canto do olho.

- Ter certeza de que bem no fundo, a Cissy sabe que nós... – ela parou. – Bem, o que fizemos. – terminou a bruxa, se certificando que ninguém que passasse por ali poderia saber exatamente o que era – mesmo que desconfiassem.

Narcissa se aproximou da mesa e encostou a mão delicadamente sobre a mesa.

- Bella, será que eu poderia... Falar com você? – perguntou à irmã.

- Claro, diga. – respondeu Bellatrix.

- Poderia ser a sós?

- Ah, ok. Com licença, milorde. - disse Bellatrix, que se levantou e foi até outra mesa com Narcissa.

O Lorde também se levantou e foi até Lucius Malfoy que, depois que Narcissa saíra de perto, dirigira-se à mesa de bebidas onde desfrutava de mais uma dose de uísque de fogo.

- Não acha que está exagerando um pouco na bebida, Lucius? – perguntou Rodolphus, que estava ao lado do amigo.

- Às vezes, precisamos exagerar, todos nós.

- Só espero... – disse Voldemort ao chegar perto dos dois. – Que a bebida não o faça perder o controle sobre si mesmo.

- De forma alguma, milorde. Isso não aconteceria.

- Eu não ficaria nada contente com alguma possível confusão. – Lucius entendeu o que Voldemort queria dizer quando viu o mesmo olhar por cima do ombro, na direção de Bellatrix.

Rodolphus, por sua vez, não entendera e também não se esforçava para fazê-lo, pois tinha certeza absoluta de que Lucius escondia algo dele. E, na opinião dele, era alguma coisa muito mais grave do que o surgimento de uma “Lady das Trevas” – que era a forma como os comensais costumavam chamar Bellatrix quando estavam debochando.

- Sente-se Narcissa... – pediu Bellatrix educadamente e com um sorriso no rosto.

- Está bem, obrigada. – respondeu Narcissa, que atendeu ao pedido da irmã e se sentou ao lado da mesma. – Eu, fiquei preocupada com o seu sumiço, Bella.

- Por quê? Por acaso achou que algum auror me encontrara? Realmente possível já que eu estou legalmente livre.

- Obviamente não é isso e, por favor, sem sarcasmo ou deboche... – pediu Narcissa, um tanto incomodada com a forma que a irmã usava para lidar com as coisas.

- Está bem.

- Ótimo. O lorde estava com você todo o tempo, não é?

- Sim, quer dizer, em boa parte do tempo. Mas por quê o interrogatório?

- Porque eu... Eu... Bella...

- Seja direta.

- Eu quero que você respeite minha casa, Bella. É isso. Eu sei porque vocês sumiram e prefiro nem imaginar exatamente o que fizeram.

- O que eu e o Lorde fizemos ou deixamos de fazer, é nosso problema, Cissy. E, além do mais, eu não a entendo. Sempre achei que gostava de me ver feliz..

- E gosto. – interrompeu a loira. – No entanto, evite exageros de felicidade em minha casa, por favor.

- É a sua casa, então, como quiser. – Bellatrix olhou para a mesa e riu. Não poderia mudar o que estava feito.

- Por que a risada?

- Nada, querida. Com licença.

Bellatrix saiu de perto dela e foi na direção da mesa de bebidas, onde estava Voldemort.

Ao ver Bellatrix se aproximar, Lucius serviu mais uísque de fogo para si. Ele sabia que provavelmente ela seria a protagonista de mais uma bela cena com Voldemort, então era melhor beber para suportar melhor.

Rodolphus percebia que Lucius se descontrolava quando estava próximo de Voldemort e Bellatrix. Ele achava completamente estranho, não sabia por que Lucius ficava daquele jeito. O descontrole vinha da bebida, mas tinha que haver algum motivo para que ele ficasse tão incomodado com aquela relação. E Rodolphus sabia que, com certeza, não era sua grande amizade com ele.

Bellatrix parou atrás de Voldemort e aproximou os lábios do ouvido de Voldemort.

- Eu disse que ela, bem no fundo, sabia. – sussurrou ela bem baixo, para que apenas ele pudesse ouvi-la.

Voldemort sorriu com o canto dos lábios e se virou, sem dizer nada. Assim que ele virou, Bellatrix passou por ele sorrindo e pegou uma taça de Martini na mesa.

Ela olhou para Lucius, pelo canto do olho e viu que o copo dele estava mais uma vez cheio.

- Não acha que está exagerando um pouco, Lucius? – perguntou ela, levando a taça delicadamente aos lábios.

- Isso é problema meu, minha querida Bellinha. – respondeu Lucius, mal educado.

- É, está definitivamente exagerando. Porque já perdeu a boa educação.

- Às vezes ela não serve para nada.

- Eu bem sei que no fundo você pensa assim sobre educação, bom senso e, algumas vezes, cavalheirismo quando quer ter ou fazer o que não está a seu alcance. – alfinetou ela.

Agora Rodolphus tinha certeza de que algo muito grave acontecera entre os dois. Ele nunca vira Bellatrix responder Lucius daquela forma, ele sempre haviam sido amigos.

Ela virou o rosto quando deu alguns passos para ficar novamente ao lado de Voldemort e Rodolphus enxergou algo estranho.

- Bella...

- Sim.

- O que é isso no seu pescoço? – Lucius tomou mais whisky de fogo ao ouvir a pergunta de Rodolphus, enquanto Bellatrix sorria.

- Uma cicatriz.

- Eu sei, mas, como a conseguiu?

- Talvez o Lucius saiba responder. – disse Bellatrix, fazendo Lucius engasgar. Logo depois da reação dele, ela tomou mais um gole de Martini para evitar uma crise de riso.

Lucius arregalou os olhos, sem saber o que dizer.

- Hum, é uma longa história, Rodolphus. Outro dia conto, agora não é o momento.

Bellatrix terminou seu Martini e olhou para Voldemort por cima do ombro enquanto colocava a taça em cima da mesa.
- Sabe, milorde, eu diria que é um exímio dançarino. Mas tive uma chance muito curta de apreciar esse seu talento. Então, será que poderia ter honra de dançar com o senhor novamente? – perguntou ela, virando-se para ele.
- Agradeço o elogio, Bellatrix. E, acho que lhe darei essa oportunidade. – ele deu a mão a ela. – Com licença, meus caros.
Eles foram juntos até o centro do salão, onde se encontravam os outros casais, e começaram a valsar.
- O clima entre Lucius e Rodolphus no momento não deve ser dos melhores. É o efeito que você causa. – disse Voldemort, próximo ao rosto dela.
– Lucius deve estar inventando uma forma de explicar a cicatriz, enquanto o Rodolphus tenta descobrir como ela surgiu.
- Tenho uma teoria. – disse ele.
- Teoria?
- Sim. Que você deixou essa cicatriz não para poder provar algo depois, e sim para atormentar Lucius pelo resto da vida. – respondeu ele.
- Quem sabe não fiz isso inconscientemente. – ela sorriu. – Até que é uma boa idéia atormentá-lo com isso. Se bem que penso que ele já não se importa mais.
- Se importa, pois pode afetá-lo. Não seria interessante para ele se Narcissa descobrisse. – disse ele, afastando o rosto do dela. – Lucius não gosta de escândalos, tem que zelar pela perfeita reputação que possui.
- A reputação dele não pode ser destruída, afinal ela lhe é favorável, milorde. – disse ela , olhando-o nos olhos. – Se não fosse por isso e pelo fato de que Narcissa não acreditaria, eu já teria contado.
- Acho que pode se surpreender com sua irmã, ela não acredita tanto no marido quanto você pensa. – disse Voldemort, abaixando mais a voz quando viu que Narcissa e Lucius se aproximavam para também valsar.
Bellatrix, pensativa após as palavras de Voldemort, analisou a irmã. Ele provavelmente estava certo sobre isso, como na maioria das coisas, quem sabe se ela contasse, Narcissa acreditasse – afinal ela não era burra. A única coisa que a impedia de contar, era o possível escândalo.
- É, talvez eu esteja subestimando a Cissy. – sussurrou Bellatrix, voltando a olhar nos olhos de Voldemort. – O Lucius a manipula, mas pode ser que nem tanto. Ela é minha irmã, afinal.
Narcissa fitava Lucius um pouco desconfortável, ele havia bebido demais e já estava um pouco fora de controle. Ele murmurava coisas sem sentido sobre exposição pública e sobre como ele era o homem certo, mas ela não entendia absolutamente. Aquele convite para uma valsa fora feito de uma forma um tanto quanto estranha já que ele a puxara dizendo que eles iam valsar – nada típico dele.
Por um momento ela viu os olhos dele cruzarem com os de Bellatrix, o que causou um leve sorriso nos lábios dele. Narcissa preferira ignorar os pensamos que haviam inundado sua mente naquela hora.
A valsa continuou por mais alguns minutos, sem mais olhares ou conversas, até que acabou.
Bellatrix sorriu para Voldemort e foi com ele novamente até a mesa de bebidas, onde se serviram para depois voltarem à mesa que ocupavam.
Lucius também foi até a mesa de bebidas mais uma vez, onde serviu mais uísque de fogo para si.
- Lucius, por Merlin... Chega! – Narcissa tirou o copo da mão do marido.
- Me devolve, Cissy! – disse ele, com a voz alterada, pegando o copo novamente.
Lucius tomou a dose de uma só vez, ainda descontrolado. Narcissa estava visivelmente preocupada, Lucius nunca bebia tanto. Ela não entendia o que estava acontecendo com ele.
Bellatrix colocou a taça na mesa e sentou-se ao lado de Voldemort, aproximando o rosto do dele.
- Sabe, eu me pergunto neste momento se posso ou não beijá-lo. – sussurrou ela.
- E por que não poderia?
- Não sei, é estranho afinal é a primeira vez que vamos a uma festa juntos depois que... bem, que todos ficaram sabendo. – disse ela, mordendo o lábio inferior.
Um discreto sorriso se formou no canto dos lábios de Voldemort. Bellatrix pensava ser sarcástico, talvez ele pensasse que a atitude dela era ridícula, mas não era. Nem ele mesmo sabia porque aquele sorriso, que ele fizera questão de retirar rapidamente, se formara. Voldemort pressionou os lábios contra os dela, passando as mãos na cintura da morena.
Bellatrix estava confusa, não tinha certeza de mais nada, pois se ele considerara sua atitude ridícula, por que a beijava? Então, se ele não pensava aquilo, por que sorriria? Ela decidiu se entregar completamente ao beijo em vez de tentar entender os motivos que levaram àquele sorriso.
Lucius continuava bebendo, achava aquela exposição deles um absurdo, nunca se importara antes com aquela relação porque era escondida. Mas ver a forma como ela se entregava a ele, como se deleitava com aquilo, o irritava de forma incontrolável e Lucius usava a bebida para conter toda essa raiva.
Rodolphus observava as atitudes de Lucius e estava desconfiado, não era possível que Lucius ficasse tão irritado apenas por ser amigo do marido de Bellatrix. Havia algo mais e ele imaginava. Ele se aproximou de Lucius e parou ao lado dele, que mantinha os olhos fixos em Voldemort e Bellatrix.
- O que é isso, Lucius? – perguntou Rodolphus, assustando o amigo. – Seria amizade demais, ou ciúmes?
- Do... Do que está falando Rodolphus?
- Acho que você sabe bem. Será que você também sucumbiu aos encantos dela?- Lucius engasgou e fitou o chão, sem dizer nada, enquanto Rodolphus negava com a cabeça. – Pobre Narcissa, é apenas o que eu digo.
Rodolphus deixou Lucius sozinho novamente, estava bêbado demais e provavelmente não lembraria daquela conversa na manhã seguinte. Mas Rodolphus faria questão de fazer Lucius relembrar.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Melinda estava sentada em sua cama, esperando por Gabrielle. Ela esperava aquele momento há semanas e agora sim se sentia segura para contar a verdade a Gabrielle. A maioria das pessoas pensaria primeiro em Nicky, por ser conhecida há mais tempo, mas ela tinha que levar em conta as famílias de cada uma delas, e a ruiva era irmã de uma auror.
Melinda ouviu uma leve batida na porta e foi atender, Gabrielle fora completamente pontual.
Assim que Melinda abriu a porta, Gabrielle correu para dentro do quarto, pois já era tarde e ela não poderia ser vista.
- Sente-se. – disse Melinda, apontando a cama.
Gabrielle obedeceu e sentou-se na ponta da cama e Melinda se sentou ao lado da loira.
- Sabe Gaby, eu preciso ter uma conversa extremamente importante com você. – Gabrielle assentiu. – Entretanto, preciso que me responda algumas coisas antes.
- Pergunte o que quiser, Mel. – disse a loira, sorrindo. Adorava estar na companhia de Melinda, pois apesar do pouco tempo de amizade considerava-a sua melhor amiga. A loira, inclusive, sentia algum ciúme de Hilary que era oficialmente a melhor amiga de Melinda.
- Ótimo. Sabe, eu nunca te perguntei sobre seus pais. Nunca os vi na sociedade, não sei com o que trabalham... Digo, somos amigas e não sei nada sobre sua família. Então, o que pode me dizer sobre eles? –Melinda usava a voz mais doce que Gabrielle escutara na vida. – Bom, se quiser mesmo me dizer.
Melinda poderia usar Legilimência para descobrir tudo aquilo, mas preferia ouvir da própria Gabrielle, pois isso mostraria o tamanho da confiança que a loira tinha nela.
- Bom, como deve imaginar, os dois são bruxos. Minha mãe nasceu no sul da Inglaterra e meu pai na França. Os dois estudaram em Beauxbatons, como você mesma, pelo o que soube. – Melinda assentiu. – Foi onde se conheceram. Eu nasci na Inglaterra, para onde os dois se mudaram assim que se casaram. Nos últimos anos eles não têm freqüentado muito a sociedade. Acho que tinham medo.
- Medo? Do quê?
- Eles tiveram e têm a mesma profissão, digamos assim, dos seus pais. – respondeu ela, abaixando a voz o máximo que pôde. – Acho que não queriam ser vistos com algumas pessoas, com medo que estas ou eles mesmos fossem reconhecidos.
- Mesma profissão, o que quer dizer com isso? - Melinda sabia bem o que Gabrielle quisera dizer, mas preferiu perguntar.
- Meus pais são Comensais da Morte.
- Os meus são muito mais do que isso, minha querida. – respondeu Melinda, referindo-se muito mais a Voldemort do que a Bellatrix.
- Muito mais? Como... o que quer dizer...
- Gabrielle... você seguiria a carreira de seus pais?
- Sim. – respondeu Gabrielle, sem hesitar. Desde que os rumores de que Lord Voldemort voltara começaram a correr, seus pais haviam conversado com ela que, no começo, tinha medo. Porém desde aquela manhã, quando ocorrera a fuga dos Comensais, ela tinha certeza do que se tornaria. Ela sabia que Voldemort fora o autor daquilo e uma fuga em massa de Azkaban apenas mostrava o poder que Lord Voldemort tinha- poder esse que a encantava. Sirius Black fugira, mas ele era uma, não várias pessoas. E, além do mais, após a fuga do mesmo, a segurança provavelmente fora aumentada.
Melinda sorriu ao ouvir a resposta de Gabrielle, era a que esperava, mas fora dada com muito mais convicção do que ela jamais imaginara.
- Agora sim posso te explicar o que disse sobre meus pais...- Melinda parou por um instante, mexeu no cabelo e voltou a fitar Gabrielle, que estava inquieta. - Bem, eu não creio que você pense que eu e Blásio somos gêmeos, pois somos extremamente diferentes até mesmo para irmãos normais.
- Eu nunca disse nada, mas sempre achei que um dos dois era adotado. – disse Gabrielle.
- Claro, não sabe qual dos dois porque não conhece minha suposta mãe...
- Suposta? Então você é a adotada.
- Sim. Sendo assim, não sou uma Zabini. Sempre soube disso, mas eu nunca tive nenhuma pista dos meus pais verdadeiros... até julho passado. - Melinda sorriu ao ver que a curiosidade de Gabrielle aumentava a cada instante.
- Então sabe quem são eles! Quero dizer, você disse “até julho passado”... O que significa que... – Gabrielle estava extremamente curiosa, queria saber logo o final daquela história.
- Descobri quem eram em julho, exatamente. – disse Melinda com uma calma que chegava a irritar Gabrielle.
- E quem são eles?
- Começaremos por minha mãe. Você deve conhecê-la... Eu não te lembro ninguém? – perguntou a morena. - Que você provavelmente já viu em alguma festa ou, eu não sei, talvez no Beco Diagonal...
Gabrielle fixou os olhos em Melinda, tentando buscar semelhanças com alguém. “Pele branca, cabelos negros, olhos verdes, linda... quem mais eu conheço que...” pensava Gabrielle, até que chegou a uma conclusão, um pouco absurda.
- Não é possível! Eu só conheço uma mulher que se pareça com você. A vi pela primeira vez no Gringotes, meus pais disseram o nome dela enquanto conversavam... Depois descobri quem era ela e tudo o mais.
- Quem é ela? – perguntou Melinda, voltando a usar a voz doce. Ela tinha certeza que Gabrielle acertara.
- Bellatrix Lestrange, mas aí você seria ...
- Irmã da Hilary?
- Sim...
- É, às vezes o destino nos prega peças. – disse Melinda calmamente.
Gabrielle pensava que não entendera bem o que a amiga dissera, ela havia admitido? Não, ela e Hilary irmãs? Não era possível. Seria coincidência demais.
- Você está querendo dizer que...
- Que, de fato, sou filha de Bellatrix Lestrange e irmã da Hilary.
- Mas ela é uma Comensal da Morte, Melinda. Eu sei que é sua mãe, mas você disse que ela era mais do que isso. – disse Gabrielle, fazendo uma careta devido ao exagero de Melinda. – Exagerou um pouco, não acha?
- Não, ela não é uma simples Comensal, ela é a melhor e...
- E?
- E é a mulher de Lord Voldemort. – Melinda transmitia orgulho em sua voz.
- Como? – gritou Gabrielle, colocando a mão sobre a boca em seguida. – Desculpe, é que... Ele e ela? Eu digo... E o seu pai? Como ele fica?
- Meu pai?
- Sim, seu e da Hilary...
- Ah, está se referindo a Rodolphus Lestrange...
- Sim. A quem mais?
Melinda pressionou as mãos sobre os lábios, para reprimir o riso. Por um momento ela imaginou uma situação que lhe parecia impossível e hilária: Ela e Hilary chamando Rodolphus de pai. Não o conhecia pessoalmente, mas vira a fotografia dele no Profeta Diário.
- Eu e a Hilary... – começou Melinda, recuperando-se da crise de risadas. – Somos apenas meio-irmãs. Eu não sou uma Lestrange, Rodolphus não é meu pai.
Gabrielle estava cada vez mais confusa, não tinha a mínima idéia de como Melinda fazia para lidar com tudo aquilo tão facilmente. Se fosse com ela, já estaria numa ala para loucos no St. Mungus.
- Se ele não é seu pai, então quem é? – perguntou a loira, passando a mão pelos cabelos, Melinda conseguia perceber como ela estava confusa.
- Desta vez não farei você adivinhar... Nunca conseguiria descobrir. Gaby, preciso que preste atenção no que direi agora. Eu não estou brincando, por mais que possa parecer. Mas nada do que eu disse e principalmente do que direi poderá sair daqui, pelo menos enquanto eu não autorizar. Entendeu? – Melinda não usava mais a voz doce, agora estava séria, de uma forma que Gabrielle nunca vira. Ela parecia ter amadurecido anos em alguns segundos.
- Sim. – a voz de Gabrielle era baixíssima, apenas um sussurro. Ela, que antes olhava Melinda nos olhos, passou a olhar para os próprios joelhos. O tom da conversa mudara e isso a assustava um pouco.
- Bellatrix é minha mãe, isso eu já disse. – Melinda abaixou o tom de voz o máximo que pôde, até chegar a um sussurro parecido com o “Sim” de Gabrielle. – Isso não impressiona nada perto de meu pai. – Melinda encostou a mão no braço de Gabrielle, fazendo com que a loira voltasse a olhar para ela. – Que é Lord Voldemort.
A expressão de Melinda não mudou nada, continuou tão séria quanto estivera no minuto anterior. O mesmo não aconteceu com Gabrielle, cuja expressão mudou completamente.
Antes, ela estava desconfortável com a mudança de tom da conversa, mas agora estava horrorizada, chocada, não sabia o que fazer ou o que dizer. Agora sim podia entender porque Melinda dissera aquilo antes, era inacreditável que Lord Voldemort tivesse uma filha. Porque ter uma mulher, poderia ser considerado normal... Mas, filhos? Não Voldemort. Gabrielle não sabia se acreditava ou não na amiga.
- Melinda, eu...
- Shh! – Melinda colocou o dedo sobre os próprios lábios, como um pedido para que Gabrielle não dissesse nada. – Eu sei que é estranho e inacreditável, mas eu não estou mentindo! Pode perguntar a qualquer Comensal, incluindo seus pais, pois todos sabem.
- Por que eles não me disseram nada disso? – perguntou Gabrielle indignada. Se a filha daquele a quem ela provavelmente seguiria no futuro estudava em Hogwarts, ela pensava ter direito de saber. - Eu estudo com você!
- Não somos do mesmo ano e na época não nos conhecíamos pessoalmente, isso é um motivo. Ou, talvez, seus pais sejam bem mais discretos do que outros Comensais, porque eu sei que alguns de meus colegas que têm pais Comensais sabem quem sou eu. – disse Melinda, brincando com seu medalhão. – Como a Pansy Parkinson, por exemplo.
Na opinião de Gabrielle, qualquer um, por mais burro que fosse, teria medo que Pansy descobrisse um segredo seu – ainda mais um como o de Melinda. Aquilo definitivamente não era bom.
- Mel, por que está me contando isso?
- Simples, porque confio em você. – respondeu a morena, parando de mexer no medalhão.
- Não pretende absolutamente nada?
- Eu não disse isso, é claro que pretendo. – Melinda sorriu, mas não de forma meiga e sim maldosa.
- O quê?
- Tudo em seu devido tempo, minha cara. Por hoje já teve informações demais... Volte para o seu quarto e descanse. – Melinda se levantou e estendeu a mão à Gabrielle.
A loira olhou da mão de Melinda para o rosto da mesma e então segurou a mão da amiga e se levantou.
Melinda conduziu Gabrielle até a porta.
- Pode ir, não tem ninguém. – Melinda sorriu, abrindo a porta para a loira.
Gabrielle assentiu e passou pela porta, calada. Ela sabia que Melinda não diria mais nada então preferiu esperar. Assim que Gabrielle saiu, Melinda fechou a porta e se encostou à mesma, sorrindo.
- Perfeito, Mel. Perfeito. – disse ela para si mesma. – Ela se parece comigo, é ambiciosa e fará tudo o que pedir. – Melinda mordei levemente o lábio. – É, agora só preciso da ajuda da Nicky, mas esta virá sem que ela sabia nada sobre minha família.
Melinda não pretendia contar a verdade tão cedo a Nicky, mas a ruiva a ajudaria mesmo assim. As desavenças entre Melinda e Harry não eram novidade para mais ninguém, então se Melinda perguntasse algo, Nicky provavelmente diria sem perguntar o porquê. Se não dissesse, Melinda tinha uma outra maneira de descobrir.
A morena deitou-se na cama, não estava com sono, mas permanecia ali pensando. Tinha muito no que pensar.

Mansão Malfoy
Apesar do horário avançado, a festa continuava anormalmente animada, nenhum dos convidados fora para casa.
Bellatrix continuava sentada ao lado de Voldemort, agora apenas conversavam.
- Estranho... – murmurou ela.
- O quê?
- Esta animação. Pelo horário, alguns já deviam ter ido embora, no entanto, todos ainda estão aqui. – respondeu ela.
- Tem muito tempo que os Comensais não comemoram nada juntos, faz sentido que queiram aproveitar. – disse ele, pegando o copo de uísque de fogo na mesa.
- É, está certo. - ela começou a brincar com a azeitona dentro de uma taça de Martini vazia. – Como sempre. – completou ela, com um sorriso.
Bellatrix olhou para a frente e o sorriso saiu completamente de seus lábios, Lucius vinha na direção deles, aparentemente mais bêbado do que da última vez que ela o vira. Ele tentava esconder, mas a bebida já afetava sua forma de andar.
Ao chegar próximo da mesa, Lucius parou fitando Bellatrix, que olhava para ele chocada. Ela nunca vira o cunhado tão embriagado.
- Lucius... – ela tentou falar, levantando-se. – Está bêbado demais.
- Eu estou bem! – respondeu o loiro, falando de forma rápida e totalmente enrolada. – Eu... Eu preciso falar com você Bella, mas só com você. – Bellatrix se esforçava para não rir, ver Lucius tão bêbado era extremamente cômico.
- Pode falar na frente do Lorde, sabe que não escondo nada dele...
- Se você quer assim, eu vou fazer assim. – Lucius deu de ombros, parou por um momento, parecendo tonto e voltou a olhá-la. – Bella, você sabe, sabe mesmo que eu nunca te esqueci, não sabe? E eu sei que você também não pode ter esquecido, o que nós vivemos foi tão..
- Nós não vivemos nada além de uma idiotice adolescente Lucius. E cuidado! A Cissy pode ouvir..
- Que ouça, eu não ligo! Eu só quero dizer que é comigo que você tem que ficar, porque ninguém vai te querer como eu, ninguém. – Bellatrix se esforçava para entender o que ele dizia, pois ele falava muito rápido e cada vez mais enrolado. – E você fica aí a vida toda correndo atrás do Lorde, mas ele não gosta de você, não te quer de verdade!- Lucius parou subitamente. – Com todo o respeito, milorde! – disse ele, dirigindo a Voldemort, que apenas ergueu uma sobrancelha – Mas é a verdade, ele nunca vai te querer como eu, por mais que você se esforce.
Bellatrix simplesmente ignorava as palavras de Lucius, enquanto tentava não rir e torcia para que Narcissa não se aproximasse, mas de qualquer forma, ela se aproximou.
- Lucius, está dizendo insanidades. Pare! – pediu Bellatrix. Ela olhou para Voldemort, que permanecia parado como se fosse uma estátua.
- Eu não vou parar, é a verdade! Bella, por favor, volte para mim! Eu sei que fiz besteiras, mas podemos esquecer. Podemos, não? Só eu posso te fazer feliz como você merece. Porque só eu te amo o suficiente.
Narcissa parou atrás do marido, chocada. Ela tentava fingir que não era nada daquilo que ouvira, mas era. Lucius acabava de se declarar a outra mulher, à sua própria irmã.
- Ele não sabe o que está dizendo. Está completamente bêbado. – disse Bellatrix, dirigindo-se à Narcissa.
- É claro que eu sei e posso te provar. – Lucius segurou o pulso de Bellatrix com força e a puxou pelo mesmo. – Você vai dançar comigo!
Lucius arrastou Bellatrix pelo salão, até o local onde todos dançavam. Pela primeira vez, Voldemort se levantou e deu alguns passos, seguindo-os.
Bellatrix tentava disfarçar, mas todos já percebiam que algo estava errado. Os dois começaram a dançar, mas à medida que a música tocava, Lucius aproximava mais o corpo do de Bellatrix.
- Lucius, pare! Respeita a Narcissa, por favor. – Bellatrix se afastava à medida que ele se aproximava.
Rodolphus estava perto do lugar, ele já desconfiava de Lucius mas não imaginava que ele chegaria a tanto. Lucius agora estava próximo demais de Bellatrix, quase como se pretendesse beijá-la e ela não conseguia se livrar dele. Rodolphus ia na direção deles, mas congelou no lugar que estava, assim como todos, quando viu que Voldemort se aproximava lenta e calmamente dos dois. Apenas Bellatrix viu que ele se aproximava.
Quando ficou bem próximo deles, Voldemort não tirou Bellatrix para dançar como fizera com Rodolphus. Ele ficou próximo o bastante para que pudesse tocar nela e a segurou pelo braço que estava estendido. Lucius parou ao ver Voldemort e a expressão indecifrável dele fez Lucius congelar, o loiro olhou para Bellatrix que parecia aliviada por estar livre. Lucius soltou a mão e a cintura de Bellatrix. Voldemort puxou Bellatrix trazendo-a para perto de si.
- Na realidade, o que você sente por quem quer que seja, pouco me importa, Malfoy. – disse Voldemort, com a voz fria. – Apenas se lembre de que Bellatrix é minha mulher. E que, como você mesmo tentou demonstrar minutos atrás, você me deve todo o respeito. Então, não repita esta incômoda situação. Fui bastante claro? - Lucius apenas assentiu. – Ótimo. Agora, eu e Bellatrix vamos nos retirar. Até uma próxima oportunidade, meus caros. – ele olhou para Bellatrix e se afastou um pouco dela. - Vamos, Bella.
- Sim, vamos. – disse ela, dando um beijo rápido nele.
Eles se dirigiram até a saída da mansão, de onde aparataram para a Mansão Riddle.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. – no dia seguinte.

Gabrielle ainda não acreditava que ela sabia sobre a verdadeira identidade de Melinda, era bom demais para ser verdade. Das amigas de Melinda – com exceção de Hilary que era irmã da morena. – ela era a única que tinha o privilégio dessa informação. Não poderia estar mais orgulhosa de si.
Ela desejava ter o poder de, em um futuro próximo, superar Hilary no conceito de Melinda, mesmo que as duas fossem irmãs – algo que a própria Gabrielle sabia que seria praticamente impossível.
Durante o café da manhã, todos notaram a enorme felicidade que Gabrielle demonstrava, no entanto a loira recusava-se a lhes dizer o motivo.
- O motivo só interessa a mim, Draco, eu já disse. – respondeu ela quando o garoto lhe perguntara pela terceira vez o motivo de tantos sorrisos.
Melinda apenas observava, sem se incomodar em dizer sequer uma palavra. Nunca imploraria por uma resposta como todos faziam, portanto não precisava fingir.
- Gabrielle... – disse a morena, pronunciando-se pela primeira vez desde o início do café da manhã. – Tem todo o direito de guardar seus motivos para si, estou certa de que não é nada grave. – ela sorriu. – Suponho que a deixaremos em paz agora, não?
A pergunta de Melinda soara como uma ordem para todos, que passaram a apreciar a beleza da mesa. Ao ver a reação de todos, Gabrielle sorriu para Melinda, que acenou discretamente com a cabeça.
Melinda não fizera aquilo à toa, ela tinha Gabrielle como aliada, mas quanto mais admiração provocasse na loira, melhor.

Mansão Riddle

Bellatrix estava encostada na janela do quarto, observando a neve que caía naquela fria manhã de janeiro.
Na noite anterior, ficara até tarde na casa de Narcissa, mas mesmo assim acordara cedo.
Estava pensativa enquanto observava a neve. Rodolphus estava de volta e o que ele faria ou deixaria de fazer em relação a ela e Voldemort – provavelmente nada. – não era o que a incomodava e sim uma certa jovem de dezessete anos, Hilary.
Há poucos meses, Bellatrix descobrira de uma forma não muito agradável que a Hilary era filha de seu marido Rodolphus – na época, preso. Com a volta dele, Bellatrix se perguntava se deveria contar a ele ou se deixava que Lucius o fizesse.
Voldemort estava parado na porta do quarto e entrou sem fazer barulho. Sabia no que Bellatrix estava pensando.
- Conte você mesma ao Rodolphus. – disse Voldemort, próximo a ela. – Afinal ele teve a filha com você não com o Malfoy.
Bellatrix sorriu, ainda de costas para ele e se virou.
- É, eu contarei. Deixar que o Lucius contasse poderia fazer com que o Rodolphus ficasse com mais raiva ainda. Isso se o Lucius não contou ainda, claro.
- Provavelmente não, ele estar evitando falar com o Rodolphus e antes da festa de ontem ele não contou.. – disse Voldemort.
- Sim, Rodolphus teria dito algo sobre Hilary. Preciso falar logo com Rodolphus sobre isso. – disse Bellatrix. – Se alguém falar sobre a Melinda antes, ele vai desconfiar. – Voldemort concordou com a cabeça.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts – horas depois.

Gabrielle acabara de deixar a aula de transfiguração e recebera um recado para
encontrar Melinda no Salão Comunal, não sabia o que ela queria mas descobriria logo.
Ao entrar no Salão, viu Melinda sentada, esperando-a.
- Melinda, você...
- Sim, eu te chamei, Gabrielle. – interrompeu Melinda. – Preciso conversar com você.
Gabrielle sorriu e assentiu, qualquer coisa que fosse deveria ser importante. Se não fosse, Melinda não a teria chamado.
- Vamos conversar onde? Pode ser no meu quarto se quiser. – disse a loira.
- Pode ser.
Gabrielle levou Melinda a seu quarto, onde ela indicou que a morena se sentasse em um pequeno sofá.
- Preciso da sua ajuda, Gabrielle. Eu soube que o Potter está reunindo-se com seus amiguinhos e ensinando-os a se defender. Sabe muito bem que tenho meios de descobrir o que quiser. – disse a morena.
- Sim, mas por que não conta para o Profª Umbridge?
- Porque teria que dizer que fiquei por aí usando Legilimência. E tem uma forma melhor de rebater isso. Bom, o Potter os ensina a se defender, mas por enquanto está se defendendo do vento, afinal meu pai não sairá das sombras enquanto o Ministério o ignorar. - Gabrielle assentiu. – Mas logo que ele sair, o Potter terá seu próprio exército de adolescentes que, apesar de pouca, é uma vantagem para Dumbledore. Talvez o Potter e seu grupinho precisem de alguém à altura deles para poder usar seus conhecimentos. Afinal de contas para que serve a defesa se não há quem ataque? – Melinda sorriu. – É a aí que nós entramos, Gaby.
- Então está querendo... – Gabrielle abaixou o tom de voz. – Criar seus próprios Comensais da Morte?
- Não. Potter não está criando aurores, está criando possíveis aurores. Exatamente o que eu farei.- respondeu Melinda, com a voz tão baixa quanto a da amiga. – Eu os ensinarei a duelar e atacar para que um dia possam ser úteis a meu pai. Enquanto não são úteis, ficam de olho no Potter o no grupinho dele.
- E, se for necessário, os atacarão no futuro.
- Sim, dessa forma, os Comensais adultos não perdem seu tempo com adolescentes que acham que vão salvar o mundo.
- Mel, onde eu entro nessa história?
- Você vai me ajudar, tenho a impressão de que Dumbledore sabe de mim, então fico quieta. Preciso que você fale com outros filhos de Comensais e veja se eles se interessam nessas aulinhas.
- Está bem, eu faço isso. Mas, você conseguirá ensiná-los?
Melinda riu.
- O que você acha? – ela ergueu a sobrancelha.
Gabrielle a analisou por um tempo, nunca duvidara de nada em relação à Melinda e agora que sabia sobre os pais dela, duvidava menos ainda. Nem mesmo sabia porque perguntara aquilo.
- Sim, conseguirá.
- Resposta correta. – a morena sorriu. – Mas lembre-se, seja discreta! Sempre! Confio em você.
- Serei discreta e não se arrependerá de confiar em mim, não mesmo – Gabrielle sorriu, era a primeira fora da família a saber sobre o parentesco entre Melinda e Voldemort e agora a ajudaria, as coisas não poderiam estar melhores. Aliás, poderiam, se Hilary não continuasse em seu caminho, mas quanto a isso não tinha o que fazer, elas eram irmãs.
- Sinto que não e espero estar correta. – foi a última coisa que Melinda disse antes de se despedir e sair do quarto.

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts – Dias depois

Nicky estava andando com Melinda, voltavam da aula de poções, estavam entrando no Salão Comunal quando viram Gabrielle se aproximar andando rápido – praticamente correndo.
- Melinda, eu preciso falar com você. – disse Gabrielle quando ficou próxima o suficiente das duas.
Melinda imaginava o assunto que Gabrielle queria tratar e não sabia se a mesma já havia comentado com Nicky então decidiu falar sozinha com Gabrielle.
- Nicky, você poderia nos deixar a sós, por favor? – perguntou Melinda. – Apenas por alguns minutos.
- Ah, sim, claro. – respondeu Nicky, um pouco chateada com aquele clima de segredo sustentado pelas duas. Durante os últimos dias, Gabrielle se mostrara cada vez mais estranha, sempre de segredinhos com os alunos da Sonserina, até mesmo com aqueles que não costumavam falar com ela. Sem muito que fazer, ela saiu de perto das duas esperando que o segredo logo fosse dividido, afinal, elas eram um trio.
Assim que Nicky saiu de perto delas, Gabrielle e Melinda verificaram se não tinha mais ninguém por perto e, ao constatar que estavam realmente sozinhas, Gabrielle começou a falar.
- Cada vez mais Sonserinos querem se tornar... Você sabe o quê.– sussurrou Gabrielle, sorrindo maldosamente.
- Eu sei o que eles desejam se tornar, agora se conseguirão realizar o desejo...
- Mel, você entendeu!
- Entendi. Já falou com a Nicky?
- Não, com nenhum dos mais próximos, talvez você mesma quisesse falar com a Nicky, a Hilary e o Draco. – respondeu a loira. – Se quiser, eu posso...
- Fale com a Nicky, eu falo com os outros dois. – interrompeu Melinda
Gabrielle sorriu, não era exatamente fã de Hilary e Draco era namorado de Melinda então era realmente melhor que ela mesma falasse com os dois.

No dia seguinte

Melinda estava sentada em sua cama e tinha em suas mãos uma lista. Nela estavam os nomes daqueles que gostariam de ser Comensais no futuro. Não era uma lista muito comprida mas só havia nela alunos a partir do quarto ano, o que alegrou Melinda, ela não queria ensinar Artes das Trevas para crianças. E, para melhorar as coisas, os nomes de todos os alunos da Sonserina que participavam da Brigada Inquisitorial estavam ali, então teria menos gente para vigiá-los.
Ela precisava decidir onde se encontrariam, isso complicava as coisas, precisava ser um local escondido. Após pensar muito ela percebeu que só havia um local assim, a Sala Precisa. Fora nela que ocorrera a última, e desastrosa, festa de Halloween organizada pelos alunos da Sonserina, tinha que avisar aos outros.
A atenção de Melinda foi desviada pelo barulho de sua porta batendo. Nicky acabara de entrar correndo no quarto. A ruiva parecia assustada, mas não espantou Melinda que, calmamente, colocou a lista sobre a cama.
- O que foi? – perguntou a morena.
- Você não tem idéia!
- Talvez eu tenha, conta logo. – Nicky se aproximou da cama de Melinda e se sentou na beirada.
- O Potter, ele.. Está treinando os amigos! Como se fosse um tipo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas adolescente ou algo assim! – Nicky dizia uma palavra por cima da outra de forma que Melinda teve que se esforçar para entendê-la.
- Ah, isso.
- “Ah, isso”? Você fala como se não fosse novidade! – Nicky não conseguia entender a reação de Melinda.
- E não é, eu já sabia. – Melinda sorriu. – Você também é Legilimente, sabe que posso descobrir o que eu quiser, não é? E como eu vivo vigiando o Potter, eu descobri.
- Você andou usando Legilimência em Hogwarts?! Uma coisa é a gente brincar de ler a mente dos outros no café da manhã, outra é usar isso pra descobrir as coisas. – Nicky parecia chocada.
- Você, claramente, não me conhece. Eu não vou sair por aí jogando na cara de Dumbledore que eu estou entrando nas mentes dos alunos. Qual é o problema afinal? Eu tenho esse talento e, ao contrário de você que vive dizendo que é péssima, sou boa nisso. Vou usar quando achar que preciso. – ela abriu mais o sorriso. – De qualquer forma, já que você não usa Legilimência para descobrir as coisas, como descobriu?
Nicky olhou para a cama, não sabia o que Melinda diria sobre tudo aquilo, mas como a própria dissera, ela não tinha receio algum de usar Legilimência quando necessário.
- Eu...Bem você sabe da minha história com o Harry e... – Melinda revirou os olhos e voltou a olhar a ruiva com expressão de desgosto. – Há algum tempo percebemos que só poderíamos ser amigos
- Ou nem isso.
A ruiva mordeu o lábio, com receio de continuar.
- Se você está com medo de dizer que continuou a falar com ele durante este ano, você deixou isso na cara, querida. – disse Melinda arqueando uma das sobrancelhas.
- É, eu continuei. De vez em quando nos encontrávamos e conversávamos e hoje eu o encontrei.
Flashback

Nicky estava andando por um corredor quando encontrou Harry Potter, eles, de vez em quando, se encontravam e decidiram conversar.
- Como vão as coisas? – perguntou ela.
- Ah, você sabe como estão as coisa para mim, não é? Todos sabem.
- Sim, e a Umbridge não melhora as coisas pra você.... – disse Nicky, colocando a mão no ombro dele.
- Não.
- Como se não fosse o suficiente acabar com nossas aulas de Defesa contra as Artes das Trevas, digo, eram muito melhores antes quando podíamos praticar algo. Acho que você concorda.
- Concordo sim e, bem... – Harry sorriu, confiava em Nicky, sabia que ela não era um tipo de aspirante a Comensal, julgá-la apenas pela Casa seria injustiça e ela era irmã de Nymphadora Tonks, não podiam ser tão diferentes.
Ele, então decidiu contar a ela sobre a AD e convidá-la para entrar. Nicky disse a ele que logo responderia e que precisava pensar, claro que, ela precisava contar isso para Melinda. Já havia dito a Gabrielle que teria interesse em, no futuro ser Comensal da morte, algo que havia decido. Para azar de Harry, ela realmente era muito diferente de Nymphadora.

Fim do Flashback

Melinda olhava enigmaticamente para a lista a seu lado, extremamente séria, para Nicky estava claro que ela planejava algo. Segundos depois, ela sorriu com o canto dos lábios, antes de voltar a ficar séria e olhar Nicky nos olhos.
- Diga ao Potter....- começou Melinda;
- Que eu não vou entrar, eu sei. – interrompeu-a Nicky.
- Não, de forma alguma! Não pode desapontar o Potter, afinal de contas, ele a convidou para algo que é tão importante para ele! – disse Melinda, com um enorme sorriso.
Nicky, por sua vez, a fitava completamente pasma.
- Mel, eu... como assim? Ok, então entendo mais nada.
- Pois para mim está tudo muito claro! Se o Potter te convidou, por que deveríamos desperdiçar a chance de ter uma espiã lá?
- Mas o Harry falou de uma lista que os membros assinam. E ela está azarada contra um traidor. – Melinda pareceu refletir consigo mesma por algum tempo.
- Neste caso, precisará ser espiã deles. Conte ao Potter que também estamos nos reunindo e se ofereça para ser espiã, assim terá que dizer algumas coisas e não assinará a lista.
Nicky ficou impressionada com a rapidez de Melinda para conseguir uma solução, ela era inteligente, a garota mais inteligente da Sonserina que só perdia para Hermione Granger no ano deles, mas mesmo assim era assustador.
- Ah, ok, eu falarei com ele. E sobre isso de nos reunirmos?
- Faremos isso na sexta, naquela sala onde foi a festa de Halloween, lembra?
- Lembro sim, que horas?
- Eu te aviso.
- Está bem...Eu tenho que ir, preciso terminar o meu dever de Transfiguração... – disse Nicky, levantando-se da cama.
Melinda assentiu e passou a observar novamente a lista.



Mansão Riddle

Rodolphus Lestrange estava parado no hall, Voldemort o chamara. Rabicho agora vinha em sua direção.
- Lestrange! – disse Rabicho com um sorriso falso. – O que faz aqui? Ah, é verdade, sua esposa agora mora aqui.
Rodolphus desejava responder de forma não muito educada, mas não valia a pena. Rabicho era apenas ralé, alguém que estava vivo porque tivera utilidade para Lorde das Trevas em algumas vezes e não por ser útil com freqüência. Antes que Rodolphus dissesse algo, eles ouviram a voz de Voldemort – que estava parado atrás de Rabicho.
- Eu o chamei, Rabicho. – disse Voldemort.
- Ah, sim. Desculpe-me, milorde. – disse Rabicho que fez uma reverência e saiu.
- Boa noite, milorde. – Rodolphus, assim como Rabicho, fez uma reverência.
- Boa noite, Rodolphus. Me acompanhe até o escritório, onde poderemos conversar à sos.
- Como quiser, milorde.- Rodolphus seguiu Voldemort até o escritório.
Bellatrix acabara de descer para a sala, onde esperava sentada. Sabia que Voldemort tinha que falar com Rodolphus, como fizera com ela e faria com Rabastan, porque nenhum deles o negara no julgamento. Assim que Voldemort terminasse, ela conversaria com Rodolphus sobre Hilary.
Vários minutos se passaram até que os dois apareceram na sala. Ela se levantou. Rodolphus viu Bellatrix se levantar e imaginou que ela esperava Voldemort.
- Bem, suponho que estivesse esperando para falar com o Lorde, então.. Boa noite. – ele fez menção de sair da sala, mas foi impedido pela voz dela.
- Não, na verdade preciso falar com você Rodolphus. – disse ela. Voldemort saiu quase imperceptivelmente da sala.
- Comigo? – perguntou Rodolphus olhando para o local onde outrora estivera Voldemort, constatando que este os deixara sozinhos.
- Sim, com você. Eu aconselho que se sente.
- Estou bem.
- Como preferir. Vou direto ao ponto. Rodolphus, algum Comensal já te falou sobre a filha do Lorde? – perguntou ela.
- Não, mas não é necessário, eu a conheço desde o nascimento. – respondeu Rodolphus, seco. - Hilary, não é?
- Na verdade, não. E é sobre isso que quero falar.
- O que quer dizer com isso?
- A filha do Lorde tem quinze anos e se chama Melinda. Aquela menina que você conheceu não é filha dele, nós descobrimos isso há alguns meses. – ela parou por algum tempo para que ele assimilasse. – Eu tive a Melinda quando estava na Escócia, por isso nunca a conheceu.
- Porque você imaginou ter engravidado duas vezes do Lorde, correto? Por isso ninguém nunca conheceu a menina antes. – Bellatrix assentiu. – Mas você estava errada e, se não é filha do Lorde, a sua primeira filha...
- É, Rodolphus, é sua filha. – Bellatrix confirmou antes que ele pudesse terminar.
Ele se sentiu tentado a rir, muito tentado a rir na verdade.
- A vida é engraçada, não Bella? A última coisa que nós queríamos era ter filhos e tivemos uma por acidente.
- Um terrível acidente, mas achei que você deveria saber.- disse ela, querendo acabar a conversa por ali.
- E preferiu me contar antes que outro o fizesse. Mas fico feliz de saber. Eu a conheço, mas...
- Quer revê-la?
- Sim.
- Ela tem dezessete, ainda está em Hogwarts. Só pode vê-la se ela for a Hogsmead e ainda assim é arriscado, você é procurado.
- Mas você não, Bella. Pode atraí-la.
- Está bem. – concordou Bellatrix. - Eu aproveito para falar com a Melinda e, de qualquer forma, a Hilary vai insistir para conhecê-lo.
- E eu aproveito para conhecer a filha do Lorde.
- Ele provavelmente vai apresentá-la àqueles que saíram de Azkaban quando ela vier na Páscoa.
- Eu aproveito para conhecê-la antes.
- Que seja.
Rodolphus sorriu, sabia que para Bellatrix aquela conversa era no mínimo irritante, pois ter uma filha com ele e acompanhá-lo a Hogsmead para apresentá-lo a essa filha eram as ultimas coisas que ela desejaria na vida.
- Creio que não temos mais nada para conversar. Boa noite, Rodolphus. –despediu-se ela, passando por ele para sair da sala.
- Boa noite. – disse ele por cima do ombro antes de se dirigir à porta da casa.


Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts – Alguns dias depois.

A sexta-feira chegara rápido e, como o combinado, Melinda faria a primeira reunião com os Sonserinos da lista. Nicky havia falado com Harry Potter e já havia participado de uma reunião da Armada de Dumbledore, claro que ela não assinara a lista sobre a qual falara com o pretexto de ser espiã.
Era realmente muito irônico que a Sala Precisa fosse usada tanto por Melinda quanto por Harry para darem "aulas" completamente opostas, mas isso não impediria nenhum dos dois. Afinal aquele era o lugar mais seguro em Hogwarts para fazer aquilo.
Melinda estava sentada em um canto da sala, que tinha vários sofás negros - parecidos com os do Salão Comunal da Sonserina - dispostos de forma que deixavam um grande espaço para duelos bem no meio.
Várias pessoas já haviam chegado e outras iam chegando aos poucos para não serem pegos. Estava marcado para que todos chegassem até as oito da noite e foi nesse horário que chegou o ultimo da lista. Aqueles alunos ali eram, em sua maioria, de famílias ricas e influentes e tinham pais Comensais da Morte. Havia exceções, claro, mas eram muito poucas.
Assim que todos se sentaram, Melinda começou a falar.
- Acho que não preciso explicar porque estamos aqui, todos sabem. - começou ela. - O Lorde das Trevas voltou, nós sabemos que é verdade por nossas famílias e queremos nos unir a ele. Mas uma coisa incomoda a todos nós... Será que podermos servir a ele apenas com os conhecimentos que adquirimos em Hogwarts? - ela ouviu alguns murmúrios de dúvida. - Eu creio que não. Digo, as coisas que aprendemos aqui são úteis, mas não são suficientes.
- E como vamos aprender outras coisas? Relacionadas às Artes das Trevas... Podemos perguntar aos nossos pais, mas isso seria fora de Hogwarts. - pronunciou-se McNair.
- Livros. - respondeu ela.
- Então roubaremos livros proibidos na biblioteca?
- Claro que não, eu não sou estúpida, McNair. Não os chamaria aqui para fazer esse tipo de coisa.
- Que tipo de coisa faremos? - foi a vez de Goyle.
- Para começar Duelos, depois Poções. Quase como as coisas de Hogwarts, mas por um outro lado...
- Você fala como se fosse nossa líder, mas você não é! - disse Avery, irritado. - Ou melhor, o que te leva a pensar que é, Zabini? Não se esqueça que alguns de nós somos mais velhos e mais experientes do que você.
- Simples, meu caro Avery. - Melinda sorriu. - Eu chamei vocês e, além do mais, sou a única aqui com algum conhecimento real sobre Artes das Trevas.
- Poupe-me, Zabini! Você conhecer Artes das Trevas? Provavelmente nunca lançou uma imperdoável na vida. É só uma menina mimada de quinze anos querendo mandar em todos. - retrucou ele. - Eu só vim para ver até onde isso chegaria.
Hilary gelou naquele momento e viu Melinda ficar calada. Sabia que ela fervia de ódio por dentro e poderia responder, mas não o faria, provavelmente não tinha autorização de Voldemort para falar sobre o parentesco deles. No fundo, a loira gostava que, pela primeira vez em meses, alguém tivesse contestado Melinda. A morena, por sua vez, permanecia quieta, fitando Avery, morrendo de vontade de mostrar a ele quem era a menina mimada que nunca lançara uma Imperdoável, mas não falaria nada, não confiava nele e só tinha autorização para contar àqueles que tivesse certeza que seriam leais. Mas, ela acabou percebendo que o fato de alguns ali saberem demais, a atrapalharia. Não alguns, mas alguém, Pansy Parkinson.
- Por que não responde, Melinda? Não diz logo a ele e a todos a verdade? - perguntou Pansy, com uma expressão vitoriosa. - Vai perder seu mini-exército, milady!
Melinda lançou um olhar reprovador a Pansy, elas podiam se odiar, mas ir contra a vontade de Voldemort era demais.
- Não diga idiotices, Pansy! - respondeu Melinda, enquanto alguns ainda se perguntavam porque Pansy se referira a Melinda como "milady".
- Com medo, Melinda? Por Merlin! Eu nunca imaginei ver nervoso e medo no seu rosto, mas estou vendo! - zombou Pansy frente à realmente assustada expressão de Melinda. - Sabem por que ela está tão assustada? - Pansy se levantou. - Porque eu posso contar a qualquer minuto o segredinho dela, que é o motivo pelo qual ela se colocou na posição de líder.
- Você vai contar de qualquer forma, diga logo, Parkinson! - disse McNair, mau-humorado com a demora.
Hilary estava chocada, Pansy ia contar e isso seria ruim, porque todos começariam a adorar Melinda, e bom, porque ia contra a vontade da morena. A loira não sabia desde quando desejava que contrariassem ou fizessem algo ruim contra Melinda, mas era incontrolável, afinal todas as atenções iam para ela e Hilary ficava de lado. Poderia parecer infantil para alguém de dezessete anos, mas era o que ela sentia.
- Mantenha essa sua boca fechada, Pansy, ou eu a fecharei. - disse Melinda, olhando para Pansy de forma assustadora. Não parecia a mesma Melinda de minutos antes, até a voz estava completamente mudada.
- Uma ameaça? Está ficando perigosa! Uma coisa de família... - ela decidiu falar de uma vez. - Porque ela não é Zabini coisa nenhuma! - todos viram Melinda olhar repentinamente para o chão, tentando acalmar a si mesma, talvez esperando que Pansy não ousasse continuar. - Os verdadeiros parentes dela aqui são Draco Malfoy e Hilary Lestrange, primo e irmã, porque ela é filha da Bellatrix Lestrange! Não se empolguem ainda! A melhor parte é que ela é meio-irmã da Hilary... E o pai dela é o motivo que leva ela a querer nos liderar. Querem adivinhar quem é ou saber de uma vez? Prefiro contar. O pai dessa linda garota aqui é ninguém mais, ninguém menos, do que Vocês-Sabem-Quem! Isso mesmo! Ela é filha do Lorde das Trevas.
A sala se inundou de comentários sobre o que Pansy dissera, a maioria questionando se aquilo seria possível. Melinda perdeu o controle naquele momento e soltou um grito de negação.
- Vai negar, Melinda? Eles podem perguntar aos pais! Você foi apresentada! É por isso que eu sei sobre você, minha mãe me contou e duvido que eles não sabiam.. - disse Pansy, posando de vitoriosa.
- Está enganada! A maioria aqui não sabia porque não têm pais que não sabem segurar as próprias línguas! - respondeu Melinda, indo até Pansy e segurando-a pelo braço.
- Então... você está confirmando? - perguntou Avery, se mostrando totalmente chocado. Se fosse verdade, tudo o que ele dissera antes, seria uma enorme bobagem.
- Por que eu deveria negar? No próximo feriado que tivéssemos iriam correndo para cara perguntar a seus pais. - Melinda largou Pansy. - No final das contas, a Pansy, facilitou as coisas para mim, acho que ninguém mais vai me questionar.
De fato, ninguém ia. Podia não ser Voldemort em pessoa, mas tinha o sangue dele e o medo de que Melinda se irritasse demais dominava a todos.
Apenas uma pessoa naquela Sala não temia que Melinda tivesse um ataque, Hilary. Na verdade, ela não suportava ver todos adorando a filha do Lorde. Os minutos se passavam e mais pessoas se juntavam ao redor de Melinda para perguntar coisas, as respostas de Melinda - mesmo que curtas e objetivas - pareciam ser as melhores do mundo e Hilary não conseguia agüentar. Alguns chamariam de inveja, ela não se importava, mas se Hilary pudesse escolher, ninguém nunca teria descoberto que ela não era filha de Voldemort.
- Chega! - gritou Hilary, conseguindo a atenção de todos.
- Hy... - Melinda tentou dizer algo, mas foi logo interrompida.
- Eu não agüento mais! Não posso conviver com isso! Você chega, como quem não quer nada, rouba minha família e agora meus amigos, e fica bem com todos de adorando. Eu não posso mais, por mais que tenhamos sido amigas um dia, você me roubou tudo! Tudo! Minha mãe não quer mais saber de mim e o único que sobra é meu pai fugitivo que vai me odiar porque eu decidi não ser Comensal! E por que eu decidi isso? Porque vou ter que te colocar como superior a mim e eu não vou fazer isso!
- Eu te roubei tudo? - perguntou Melinda, andando lentamente na direção de Hilary. - Eu?
- Não, imagine!
- Como eu poderia roubar coisas que você nunca teve? - Melinda começara a ser cruel.
- O que, você... Não ouse!
- Você nunca teve família, ou amigos! Pelo menos não de verdade, sabe disso e não pode suportar que eu tenha. - por mais que doesse mais nela do que em Hilary, ela continuaria.
- Eu tinha! Até você chegar! Eu era a filha do Lorde até você falar com aquela cobra!
- Até você não falar com ela e eu impedi-la de te atacar, você quis dizer! Seja racional, Hilary! Você está tendo um ataque de ciúmes como uma criança! - Melinda não conseguia acreditar naquilo.
- Pode até ser, mas, uma criança que perdeu tudo para a irmãzinha mais nova!
- Você perdeu tudo e eu sou o monstro responsável por isso! Eu fiz um plano para acabar com a sua vida! Lindo, Hilary. Mas eu vou te contar uma outra versão dessa maravilhosa história! A minha versão! Você me tirou tudo!
- Eu sei que é louca, mas está saindo dos limites!
- A vida toda, você teve a sua família por perto, nossa mãe ficou presa quando você tinha três anos, mas ela voltou quando você fez onze! E eu? Eu fui abandonada ao nascer por que você tinha o privilégio de ter nascido primeiro. - Hilary desviou os olhos dos de Melinda. - Cresci longe do meu lugar, enquanto ele era usurpado por você, que cresceu com todo o cuidado que a filha do Lorde, a missão mais bem sucedida da mamãe, deveria crescer. Quer saber? Foi bom você ter ficado louca, porque eu posso finalmente jogar a verdade na sua cara! Se tem alguém que deveria odiar a outra aqui esse alguém sou eu! Você só está tendo uma crise infantil e sem fundamento porque a sua mãe e seus tios decidiram dar atenção à garota que viveu quinze anos com outra família! Depois eu sou a egocêntrica!
- Pode até ser uma crise louca, infantil e sem fundamento porque eu sou uma garota mimada! - Melinda murmurou algo como "Que bom que você sabe." - Mas o fato é que eu não posso ficar do mesmo lado que você, essa minha infantilidade, como você chama, não me permite isso.
- Então prefere assinar sua sentença de morte?
- O quê?
- Se não está conosco, está contra nós. Prefere ficar contra nós a passar por cima dessa besteira toda?
- Sim, e eu farei tudo pra acabar com o seu mundinho perfeito, Melinda.
- Então estamos quites, porque você acabou de acordar em mim um ódio que eu não sabia que sentia. Sabe que, mesmo que você reconsiderasse, eu não te aceitaria de volta. - ao dizer isso Melinda fez Hilary sentir como se tivesse levado uma facada por ser rejeitada. - Saia logo daqui, Hilary, para seu próprio bem, porque a cada segundo a sua presença me deixa mais irritada.
- Como quiser, princesa! - ironizou Hilary. - Mas você não se livrou de mim.
- Eu nunca disse que sim.
Hilary saiu da sala, ainda irritada porque Melinda dera a última palavra. A morena ficou olhando para a porta por algum tempo, até que olhou para os olhos novamente. Todos pareciam extremamente chocados, nunca esperariam vê-las discutir daquele jeito.
- Mel... – disse Gabrielle que, apesar de estar amando aquilo, fingia lamentar.
- Não se dê ao trabalho, Gaby. Nenhum de vocês precisa lamentar. Ela escolheu o caminho dela. – Hilary nos virou as costas por um motivo completamente passional, mas isso é problema dela, agora é tão nossa inimiga quanto Harry Potter poderia ser.
Gabrielle podia perceber as ondas de ódio na voz de Melinda, finalmente Hilary estava fora da jogada, e ela poderia tomar para si o lugar de melhor amiga da morena. O mais interessante é que ela não precisara fazer absolutamente nada para conseguir isso. Hilary cavara a própria cova e era uma bem funda, não só não era mais amiga de Melinda, mas inimiga dela. Gabrielle não pôde impedir um sorriso que se formou em seus lábios enquanto se aproximava de Melinda.
- Agora temos que seguir e esquecer dela. – disse Gabrielle, tocando o ombro da morena. – Por mais que tenha sido uma de nossas melhores amigas.
- Exatamente, Gabrielle. Não podemos deixar o coração nos guiar, apenas a razão. – disse Melinda, colocando a mão sobre a de Gabrielle. – Acho que, após tudo isso, não seria inteligente continuar. Todos podem sair, mas saiam daquela forma que combinamos, senão Filch os verá.
Todos começaram a sair e, após alguns minutos, só restaram 4 pessoas: Melinda, Gabrielle, Nicky e Draco.
- Preciso de um favor, Gaby. – disse Melinda.
- O que quiser...
- Vigie a Hilary. Ela sabe demais, é melhor prevenir. - Gabrielle assentiu e os quatro saíram, um por um, da Sala Precisa.
Uma semana depois
Melinda se dirigia apressada ao Salão Comunal, recebera um recado de Gabrielle para encontrá-la lá. Ao chegar, viu Gabrielle e Nicky paradas próximas à porta, quase tão pálidas como o Barão Sangrento.
- Graças a Merlin! – disseram as duas em uníssono.
- O que aconteceu, gente? Calma! – Melinda estava começando a se assustar.
- Vem com a gente! – Gabrielle a puxou em direção aos dormitórios e a guiou até o quarto de Nicky.
Melinda foi praticamente empurrada para dentro do quarto pelas outras duas quando elas pararam à porta do mesmo.
- Por Merlin! O que deu em vocês duas? – perguntou a morena, jogando-se na cama. – Parece que estão prestes a morrer ou sei lá.
- Praticamente. – disse Gabrielle, ofegante e com os olhos arregalados.
- Melinda, você não tem noção. – disse Nicky.
- A mínima noção. – completou Gabrielle.
- Então me façam ter noção! – disse a morena já impaciente.
Gabrielle esperou um pouco para falar, como se estivesse tomando coragem para começar a contar.
- Você me mandou vigiar a Hilary, não é? – perguntou a loira, Melinda assentiu. – Então... Ela ficou quieta a semana toda, mas hoje ela decidiu aparecer...
- E de uma forma bem chocante. Eu estava junto com o Potter, como você bem sabe estou vigiando ele, e a Hilary apareceu. – contou Nicky e, pela primeira vez, Melinda arregalou os olhos. – Começou a conversar com eles e pediu para entrar na Armada.
- Vocês só podem estar brincando! – Melinda não conseguia acreditar.
- Calma, Mel, não estamos na melhor parte! – Gabrielle sorriu sarcástica. – Eles obviamente não acreditaram nela e ela precisou provar que não estava brincando. Lembra quando ela disse que acabaria com o seu mundo? Pois é, ela deu o primeiro passo. Contou para eles o seu maior segredo, Mel. Fez eles saberem que você é filha do Lorde das Trevas.
- O quê? – perguntou Melinda com a voz completamente alterada e levantando-se da cama. Hilary ultrapassara todos os limites. – Podem anotar o que eu digo. Ela quer guerra? Então eu vou acabar com ela!
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Hey, meus amores! *-*
Finalmente eu postei tudo! KOSAOKASKOKO
Eu desde já quero agradecer a minha beta linda, Mary Lupin (http://fanfticion.net/~marylupin) que é ótima e, sem ela, essa fic teria muito menos sentido afinal eu escrevo coisas sem sentido. /fato. Bom, ela tirou umas férias, então vou tentar sobreviver.

Não consegui encontrar a musica para colocar aqui, então se alguém quiser ouvir: http://br.youtube.com/watch?v=b3b9om6Qe7w

Bem, vou começar com a chantagem ;DD eu só posto novamente com mais comentários! E começou a guerra Melinda/Hilary XD

Anyway, amo vocês! ♥

beeijos! :******

Mel Black 23/02/09

Ps: Sim, eu mudei as photplayers da Mel, da Gaby e da Nicky ;DDDD

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