Tentando entrar na linha



Cap 8: Tentando entrar na linha...


Momento de silêncio. Ninguém parecia querer abrir a boca na frente do diretor. Até que...

- Nós só estávamos nos divertindo... – Den fala meio se desculpando.

- Eu não quero saber. Minha sala, agora, os quatro. – e sai caminhando rápido com os outros professores na sua cola. Ninguém falou nada de novo.

- Vamos... – Greg sussurra para os amigos o acompanharem.

Eles saem andando, abrindo espaço na multidão de alunos.

*******************

- O que deu errado? – sussurro de quem não está muito aí com o que perguntou.

- Não sei, cara. O responsável pela porta do Salão era o Pirraça.

- Então foi aquele poltergueist desgraçado. Ah, quando eu botar as minhas mãos nele...

- Você não vai fazer nada com ele. Acalma-se, desse jeito que você ta aí, o Snape vai nos pegar ‘certinho’.

- Quer dizer que ele já pegou vocês no flagra outras vezes? – Dill se manifestando pela primeira vez desde que o pai apareceu.

- Bem, pegar pegar, é a primeira vez, sabe? Antes quem nos ‘pegava’ e levava para ele era o dinossauro desencarnado do Filch. Acho que dessa a gente não passa, Greg. – Jack com um sorriso conformado.

- Pegar pegar? Hum... não gostei nada disso... – Den.

****************

- Não falem nada. – essa foi a única coisa que ele exigiu quando saíram andando até a sua sala.

- Quem disse que iríamos falar alguma coisa? Eu não falei nada, o Harry também não, nem o Rod, quem foi que falou algo?

Severo respirou mais longamente tentando não ficar estressado com Jacob. Tinha que se manter calmo para decidir o que fazer.

- Falando sério, Severo. Você sabia que ia ser assim. Desde o início.

- Eu sabia, eu sabia.

- Então. Se acalme, está bem? – Jacob mostrando que também sabe ser amigo. Tinham chegado à frente das gárgulas.

- Snape, eu só quero que você saiba que não quero que você amoleça com nenhum deles. – Harry.

- Nossa, Harry, obrigado pelo conselho! Mas isso é tudo que eu não vou fazer hoje. – ele se vira para as estátuas. – Abram! E digam aos desordeiros que vem aí atrás, que primeiro entre a garota.

Dizendo isso, as estátuas se afastam consentindo e eles entram um a um.

***************

Eles chegam à frente das estátuas da noite anterior.

- Sangue de unicórnio.

- A garota deve ir primeiro. – gárgula da direita.

- Quem falou isso?

- O diretor. Agora abram espaço para ela.

- É, parece que você vai ter que encarar essa sozinha, Dill!

A ruiva encara os garotos.

- Sem problemas. Se eu gritar, vocês sobem?

- Claro. Agora, se lembre: fique calma, fale a verdade, e diga que tudo isso foi idéia nossa. – Greg, gesticulando na sua direção e na de Jack, que concordava balançando a cabeça.

- A culpa é de vocês? Quem foi que disse isso?

- Eu estou dizendo agora. E vê se não dá muita bandeira! Ele sabe quando nós estamos mentindo...

- Isso eu sei, né? – ela fala andando em direção à entrada. – Mas, acho que não vou fazer isso. A idéia foi minha, desculpe garotos. – e sai correndo escada acima, sem dar ouvidos aos apelos dos meninos.

*******************

A ruiva foi subindo a escadaria da noite anterior, e chegou meio ofegante por causa da pequena acelerada que teve de dar para evitar os garotos. Chegou à porta com uma maçaneta estranha de latão e tentou se controlar como Greg havia falado. Arrumou os cabelos, deu uma puxada nas mangas da blusa, endireitou a saia e deu mais um suspiro: era a hora.

Ela virou a maçaneta e entrou de uma vez na sala, que ainda não estava muito iluminada porque a luz do sol ainda entrava. Do outro lado da sala estavam Snape, Harry, Jacob e Rod. O diretor fez um gesto com a mão para que ela se aproximasse mais da mesa.

- E então... – ele começou exigindo uma explicação.

- E então... O que?

- E então, explique-se! E nem tente mentir!

Ela suspirou e tentou manter a mente vaga.

- Não tem o que explicar, foi minha idéia, eu só estava tentando me divertir, Sev.

- Se divertir, você chama aquilo de diversão?

- Sim! – ela fala certa.

- Aquilo me pareceu mais uma tentativa de suicídio.

- Ótimo. Então, vai me expulsar? – ela pergunta impaciente.

- Olha só no que ela pensa! – Harry rindo em direção a Jacob. Severo parecia que estava para se levantar e ir dar umas palmadas na filha.

- Dill, querida... Por que você quer tanto sair daqui? – Jacob, tentando acalmar os ânimos da sala.

- Não me diga que ainda não deu de perceber... – ela fala levantando uma sobrancelha com cara de descrença. – Vamos lá, Tio Já-já, é muito fácil, é só juntar dois mais dois.

- Escute, Dillyan. Infelizmente, não vai ser dessa vez que você vai sair daqui. Esse recorde ainda não será seu, meu amor.

Dill levantou as sobrancelhas. Agora estava realmente surpresa. E ele ainda havia a chamado de “meu amor”. Era praticamente o cúmulo para ela.

- Não vai ser dessa vez que você vai me envergonhar perante toda comunidade bruxa, não mesmo. Ao invés disso, só vou lhe falar uma coisa: se você aprontar outra dessas, quem vai expulso são seus companheiros.

- Mas...

- Talvez eu devesse fazer isso agora mesmo... – cara de pensativo. Harry engoliu seco ao lado dele.

- Não. Isso não.

- Você deveria ter pensado nisso antes de fazer uma barbaridade daquelas.

- Mas a culpa é toda minha! Eu só pedi para que eles me ajudassem! Eles não têm nada a ver!

- Tem sim! Porque aceitaram isso. E então? Vai ser assim? – ele a olha por cima do nariz.

Ela resolve dar uma de Den.

- Faça o que quiser. Eu não me importo. – ela se vira para que eles não vejam sua cara de desprezo se transformar em desespero.

- Então, que assim seja. – Severo com uma cara de quem está entre confuso e indignado. – Você vai ter detenção por uma semana: limpar as molduras dos quadros do corredor do quinto andar. Todo dia, às dez e meia. A senhorita Melany terá o prazer de fazer isso.

- Hum! – só o que ele ouve em resposta.

- E menos quarenta pontos para a Grifinória.

- Tá.

- E eu também comunicarei isso para a sua mãe.

- Ótimo! – ela se vira: agora ele havia pegado na ferida dela. – Fale! Ela não está mesmo nem me escrevendo! Nem se importa comigo agora que eu vim para cá. Então, qualquer coisa!

Ela parou de falar meio ofegante, os olhos escuros mostravam que ela estava realmente nervosa com a falta da mãe. Os outros professores não sabiam o que falar.
Eles estavam mesmo no meio de uma briga familiar.

- Você fala isso como se eu fosse o culpado de tudo isso, mas eu não sou, sou seu pai, e tenho tanto direito de ter você a meu lado quanto a sua mãe. Agora, saia. – olhos faiscando do outro lado da mesa.

Seria possível que havia um pouco de pesar e desapontamento na voz? Ela não quis analisar com todos aqueles adultos a encarando, somente deu uma bufada, se virou, andou um pouco, deu um pontapé em uma mesa pequena e ainda saiu batendo a porta.

- Realmente, vocês são uma bela família. – Jacob.

Snape abaixa a cabeça.

*****************

Enquanto a briga rolava solta lá em cima, os garotos tentavam descobrir porque Pirraça teria deixado a vigia da porta.

- Simplesmente porque ele gosta de ver barraco. E eu vou matar ele!

- Jack, calma. Nós dois sabemos que não seria a primeira vez que ele ferra com a gente, mas também não podemos recorrer à violência. – Greg de maneira calma, enquanto também pensava porque o Poltergeist teria feito isso, alisando o queixo com as mãos com munhequeiras.

- Se fosse comigo... eu já teria dado um jeito nisso. Mas agora estou preocupado com a Dill... tomara que não faça nada a ela.

- Tomara que a expulsem! – uma voz esgaçada. Den se virou para tentar ver quem falara isso, e viu um pequeno homem de bengala pairando no ar, com cara de divertido.

- Você! Desça aqui se for homem, seu Poltergeist vira-folha! Por que foi nos entregar, por que?! – Jack, pegando a varinha.

- Eu?! Eu não entreguei ninguém, filho de Pirado!

- Entregou, Pirraça! Porque se você tivesse cuidado da porta, o Snape não teria nos pego. Fale logo.

- Não foi eu, filho de Comensal traidor! Juro! E olha que é difícil eu jurar algo para alguém!

- Então... – Jack confuso.

- Foi a própria Filha do Diretor que me pediu para deixar de vigiar a porta!

- O que?! – uníssono de três jovens muito bons no meio de um corredor de escola.

- É exatamente isso que vocês estão ouvindo: ela me pediu para deixar o pai pegar vocês no flagra. Aparentemente não se importou muito com o fato de vocês poderem sair da escola por culpa dela, ela somente me pediu, e Pirraça como bom amigo que é, o fez! Agora, se virem! Hihihihihi! Teremos expulsões, teremos expulsões, teremos expulsões.... – ele sai cantando animadamente.

- Só pode ser mentira.

- Pior que não...

***************

A garota desceu as escadas correndo, tentando esconder as pequenas lágrimas que se formavam no canto dos olhos.

- Dill, Dill! Por favor, diz que aquele homenzinho feio falou uma mentira, diz, diz que você não fez isso só para ser expulsa, diz! – Den, que a pegou pelos ombros para fazê-la olhar nos seus olhos.

- Ele não está mentindo, eu fiz isso... – ela diz baixinho. – Agora, subam.

- Por que você fez isso?

- Eu... depois conversamos... – ela se desvia dos braços do garoto e dos olhares dos outros e sai correndo pelo corredor afora.

- Vamos logo subir. – Jack com cara de enterro.

**********************

- Ah, aqui estão os desordeiros! – Severo com um esboço de sorriso nos lábios.

- Então, garotos, não se cansam de aprontar, não? – Harry com um tom muito sério.

- Pai, nós...

- Nada de pai aqui, agora eu sou seu Professor, e como Professor e Líder da Grifinória, eu exijo explicações dos dois alunos da minha casa, agora.

- Harry, a gente só queria ajudá-la, está bem? Mas, para falar a verdade, a idéia toda foi minha - Den com um pouco de pesar nos lábios.

- Sua? Faça-me rir! A minha própria filha assumiu que foi ela que teve a idéia.

- Mas não foi, ex-sogrinho, sinto desapontá-lo. – ele fala um pouco irritado. – De manhã Pen fez Dill prometer que ela não faria nada, pelo menos não agora, e se não fosse por mim, ela teria cumprido essa promessa.

- E por que fez ela fazer isso?

O garoto pensou um pouco: uma coisa era admitir à amiga e ex que ele estava morrendo de ciúmes por uma garota, outra extremamente diferente era admitir isso à uma sala repleta de professores e para o próprio diretor.

- Eu só estava entediado, e queria vê-la aprontar: as idéias dela são muito boas, sabe? E eu não imaginava que aqui as coisas eram tão rigorosas. – dá um risinho muito convincente de play.

Greg e Jack não conseguiram disfarçar os sorrisinhos de lado apesar dos anos de experiência que tiveram nessas situações. Talvez, por isso e juntando o fato de que Severo sabia que Den era um oclumente nato, a expressão no rosto dele ficou totalmente fechada.

- Eu não acredito. – ele fala com ferocidade e perfurando os olhos do garoto.

- Ótimo! Eu só falo a verdade, Sev, se você não quer aceitá-la, por mim... agora, só não quero que a Dill pague por uma coisa que ela não teve culpa.

- Tarde demais.

- O que? – uníssono novamente.

- Isso mesmo. Eu já dei uma detenção a ela: limpar as molduras dos quadros do corredor do quinto andar, toda essa semana a partir das dez e meia.

- Mas, senhor, o corredor do quinto andar é o corredor de Monet!

- É, Sev, fala sério! Você não pode...

- É [i]senhor[/i] para você, Potter!

- Senhor, por favor, o Den...

- O senhor Denis é um oclumente, ele não fala nada mostrando se é verdade ou não, portanto sua opinião ou defesa aqui sempre será inválida.

- Fala sério, que preconceito contra os oclumentes!

- Chame do que quiser, agora saiam.

- Peraí! E nós, não vamos ter detenção? – Greg desconfiado: nem tirar pontos deles o cara tirou.

- Não, vocês não, só a Dillyan será punida.

- Então eu vou ajudá-la. – Den de uma vez.

- Por que?- Sev com cara de quem não entende nada.

- Porque sim! Eu sou amigo dela, eu a enfiei nisso, então, se o senhor não se importar...

- Não me importo! Agora saiam antes que eu decida descontar cem pontos de cada pela palhaçada!

Os três saem correndo da sala como se ela estivesse pegando fogo.

***************

- Eu achava que você iria punir todos - Rod.

- Sim, ele não puniu, ele fez uma coisa bem pior, e isso não se faz, viu, Sev!

- Oras, eu sou o Diretor, eu faço o que eu quiser!

- Eu não vou ficar aqui te culpando, Severo, calma, tenho que ir.

- Por quê? – Harry, interessado.

- Penélope está me procurando na minha sala. Preciso vê-la. Até logo, pessoal! – e ele sai da sala. Harry também se apresa a sair sem reclamar a Snape por ele não ter dado detenções a Jack e Greg: menos uma preocupação. Ele também precisava se reunir aos seus pupilos.

Rod também não quis se demorar com o diretor tão estressado na sala, foi embora inventando que tinha que ajeitar as aulas de amanhã. Snape ficou sozinho na sala, pensando.

- O Jacob tem razão. Jogá-los uns contra s outros não fará de você um bom pai, nem melhorará o comportamento dela, Severo... – uma voz cansada de um quadro fala com Snape.

- Eu sei que não, Professor Dumbledore, mas isso não ocorrerá, você verá.

***********

Jack e Den saíram correndo em direção à torre da Grifinória, enquanto Greg foi tentar achar Pen, a garota devia estar bem estressada com eles.

Ao entrarem na Sala comunal só encontraram Mel acariciando Blue em uma poltrona, e ela não estava só com o gato no colo: um garoto e uma garota de cabelos escuros estavam ao lado dela, conversando animadamente.

- Mel, Mel! Cadê a Dill, você a viu?

- Ela passou como um rojão Weasley por aqui e subiu para tomar uma ducha.

- Ela, ela estava bem? – Den parecendo não se importar muito.

- Até que sim, só com a voz um pouco rouca, mas de resto, normal.

- Jack, cara, fala logo, como foi lá com o Snape! – o garoto animadamente. – Quantos dias de detenção vocês pegaram?

- Infelizmente, caro Charlie, não foi dessa vez que eu e Greg batemos nosso próprio recorde de novo: ficamos sem detenção.

- Mas, o que houve então? – a garota, muito parecida com o menino ao seu lado, que aliás, tinha um piercing na boca muito bem colocado.

- Acho que o Snape queria que a gente ficasse com raiva da Dill.

- E por que será?

- Para deixarmos de falar com ela, oras! Ah, como ele é horrível! – Mel, acariciando a gata. – E por falar nisso, ela já me falou que eu vou ter que monitorar a detenção dela. Corredor de Monet, será que ele não tinha mais nada o que inventar não?

- Bem, não vai dar muito certo comigo, eu... ei, Dill! – a garota descia de maneira divertida a escada justo quando ele falava, os cabelos estavam meio úmidos, ela havia trocado de uniforme.

- Ei, garotos, vamos indo falar com o Harry?

- Claro, vamos sim. Já estamos até meio atrasados. Tchau, pessoal!

Os garotos se viram e saem andando pela abertura do quadro e começando a ir em direção à sala em que teriam aulas com Harry.

- Dill, você não acha que a gente se importou, não é?

- Não. Eu sei que não... desculpem... – fala baixa.

- Fala sério, se eu soubesse que você iria aprontar isso nunca teria pedido sua ajuda.

- Den, sem sermões, ok? Já me bastou o Sev... e você, Jack, você me perdoa por ser tão egoísta?

- Claro. Não pense que eu e o Greg ficamos com raiva. Quer dizer... até que ficamos, mas sabemos o quanto você sente necessidade de tentar se vingar dele. Se fosse comigo, nossa, ele já era.

Eles continuaram andando, com Jack na frente para mostrar-lhes o local.

- Vamos para a sala do Tio Harry?

- Não, para a sala do Jacob, lá é melhor, mais discreto, sei lá... e a detenção, gostou?

- Óbvio que não. Vou ter de limpar quadros pelo resto da semana, e ele ainda tirou quarenta pontos da Grifinória. Ele me ama.

- Percebe-se! – Den fica ao lado da amiga e dá um beijo no seu pescoço. Jack não gostou muito de ficar excluído da cena de aparente amizade.

Eles chegaram ao pé de uma escada ondulada que ia até o topo de uma torre. Quando conseguiram terminar de subi-la, já com os pulmões para fora, bateram em uma porta de madeira com um quadro muito bonito na frente.

De repente, uma mulher surge da paisagem bucólica do quadro e fala.

- Senha?

- “Morangos de Rouen”.

- Correto, podem entrar.

Eles passam pelo portal e se deparam com uma bela sala escura, iluminada fracamente por uma lareira que combinava com o ambiente, cheio de livros e frascos dos mais variados, quadros, vasos, e tigelas e mais tigelas com frutas, especialmente morangos.

- Morangos de Rouen? O que diabos isso significa?

- Jacob adora morangos. E os melhores, segundo ele, são de Rouen, o lugar onde ele nasceu na França.

- Bom significado...

- Hey, garotos! Aqui! – era Harry. Ele estava a um canto da sala, onde havia uma mesa com cadeiras retas. Ao se dirigirem ao lugar onde o professor esperava, viram de soslaio Pen sentada a uma mesa com Jacob, estavam ambos muito concentrados a olhar para uma bola de cristal.

- Tio Harry, como vai? – ruiva com uma cara de quem diz “não é engraçado como nos vemos a cinco minutos?”

- Bem, Dill. Agora, antes que vocês comecem a tagarelar sobre o que aconteceu agora a pouco, vou logo falar: não falem nada. Estamos em aula agora. Bem, sentem-se.

Os garotos obedeceram e se sentaram lado a lado.

- A arte da Oclumência e da Legilimência são usadas desde muito tempo, até antes da existência da própria magia em si. Muitos trouxas tem esse poder ‘oculto’, mas não tem magia suficiente para desenvolvê-los. Achávamos que com vocês ocorresse mais ou menos isso, – ele apontou para os brasileiros. – mas erramos, e muito feio. Por isso vocês estão aqui hoje, para aprenderem a controlar esse dom, que até pouco tempo, não passava de uma dor de cabeça incômoda, ou um simples chute na prova, uma simples dedução... vocês me entenderam, não?

Eles concordam com a cabeça. Para eles era incrível o quanto Harry soubesse o que eles sentiam. ”Isso já não é mais coincidência. “, Dill pensou.

- Vocês são principiantes, por isso vão começar com exercícios simples. Nós vamos aumentando o nível e a intensidade dia após dia. Eu irei ajudar-lhes a como manter suas mentes fechadas, abertas, leves, alertas. Mas primeiro... – ele se vira e vai até uma estante. - ... quero que vocês leiam esses livros para a próxima semana.

- Caraça, até aqui teremos dever de casa.

- Mas é óbvio. Não é só porque essa aula é uma aula fechada, que eu não poderei passar deveres.

- O Jack não vai ler com a gente?

- Eu já li todos esses livros. São os meus prediletos, vocês vão gostar... – ele fala folheando os livros de qualquer maneira e parando em uma página qualquer.

A noite continuou com eles a discutir e a tentar botar as idéias em ordem sobre a nova matéria. Às vezes eles davam olhadas para o lado de Penny e Jacob, mas e loira parecia não se importar. Desistiram de tentar chamar a sua atenção.

Nove e meia, nove e cinqüenta e cinco, dez e dez, dez e vinte...

- Tio Harry, preciso ir... er, detenção.

- Tudo bem, Dill, pode ir. Ah, e por favor, sem mais encrencas, sim?

- Okay! – ela sai da sala dando um tchauzinho a todos.

****************

- Corredor do quinto andar, corredor do quinto andar, corredor do quinto andar... – ela cochichava sem saber direito onde era. – Ah! Aí está você!

- Nossa, quanta animação, nem parece que vai ter de limpar todas essas molduras sem magia, Dill! – Mel, esperando a amiga em pé, ao lado de quadros enormes com uma aparência bucólica.

- Ah, não adianta eu ficar me remoendo por ter pegado a detenção. Tenho outras coisas com o que me preocupar. – ela começa a se abaixar e a pegar um pedaço de pano molhado. – Nossa, essas pinturas estavam precisando era de um esfregão no meio da tela, e não nas bordas, olha só: só tem um borrão de tinta!

- Haha. Não, Dill, é assim mesmo. Os quadros desse corredor são de um conhecido pintor trouxa que pintava desse jeito: captando só a impressão da luz nas coisas.

- Hum... ta bom. Deixa eu começar...

*******************

- Vamos logo, cara, vamos ver a Dill. – Den descendo as escadas. Ele estava muito puto por dentro, tentou falar com Pen quando ela ia saindo da sala, mas a garota simplesmente o mandou soltá-la.

- Den, você está meio ‘estressadinho’, não? – não era Jack, e sim Greg, ele estava ao pé da escada com uma mão no queixo e rindo.

- Eu? Por que eu estaria estressado? Fala sério, só quero ir ajudar Dill. Você vai com a gente?

- Era minha intenção.

- Vamos, caras... – Jack desce e eles seguem para o corredor.
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-Você tem sorte, sabe. O Pirraça geralmente aparece para atentar as pessoas que ficam de detenção, e a múmia do Filch apareceu antes de você aparecer.

- Oh, nossa, que sorte! – ela fala molhando o pano num balde novamente e passando na mesma moldura que ela começara a limpar meia hora antes.

- Olha lá! A Dill é até prendada, sabe limpar e tudo! – Jack.

- Hum.

- Oi, garotos. Cadê a Pen?

- Ainda está estressada com vocês, pessoal. Ela não quis nem me olhar quando a encontrei no Salão comunal da Sonserina.

- Depois falo com ela, Den, prometo.

- Pô, justo o quinto andar, Dill? Justo as obras de Monet?

- Afinal, o que tem essa pinturas, além de serem um monte de borrão? – Den como quem não quer nada.

- Pensava que vocês haviam estudado Monet.

- Não, eu tava dormindo nessa hora. Acho, com certeza. Claro que sim.

- Ele era um pintor impressionista que pintou vários quadros como esses desse andar, enormes, e de aparência bucólica.

- Aaah... legal...

Eles começam a rir. Passaram o resto da noite ajudando Dill a tentar acabar logo, mas não adiantou muito: à meia noite não haviam limpado nem dois quadros inteiros.

****************

Novo dia. Segundo dia.

- Dill! Acorda, precisamos ir!

- De novo, que saco, agora que eu deitei!

- Não, querida, você se deitou à meia noite e meia, já são mais de sete e meia.

- Okay! Mas que droga. Pode ir indo, eu desço daqui a pouco... – ela se levanta e vai em direção ao banheiro vazio.

******************

Jack sentado, pensativo na melhor poltrona do Salão.

- Vamos indo?

- Se você quiser... o que você tem? – eles vão andando em direção à saída.

- Estive pensando, acho que... estou interessado na Dill.

- Hum, e o que tem isso? Aliás, por quem você não se interessa? ”Além de mim!”, ela completa em pensamentos.

- Nada, só acho que vai ser meio difícil, sabe? – ele fala sentindo um alívio: sempre que falava para a prima por quem estava interessado, ela fazia uma cena. Mas de uns tempos para cá ela estava se comportando de maneira mais ‘ civilizada ‘.

- Bem, faça como você sempre faz, peça ajuda a Greg, se bem me lembro, ele está lhe devendo uma, não?

- É, talvez eu faça isso mesmo! – ele se anima ainda mais e dá um beijo na prima ao chegar ao Salão Principal. Mel, ao vê-lo passar, bota a mão na bochecha, no lugar em que ele tocou os lábios e fecha os olhos. ”Ah, Jack, por que eu não sou tão boa para você?”

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Salão Comunal da Sonserina. Um moreno de olhos muito cinzas lança olhares para todas as garotas bonitas da Casa e é amplamente corespondido.

- Hey, Pen! Aqui! – ele corre para acompanhar a garota saindo.

- Não se meteu em confusão hoje?

- Não, ao contrário de certas pessoas, eu não gosto de me meter em confusões.

- Certo. Ainda com raiva de nós?

- Não de você, e sim de Den e Dill.

- Quando você falar com eles, vai ver que eles não fizeram nada demais.

A loira fica quieta. A verdade era que não estava mais agüentando de curiosidade, queria logo falar com os amigos. Mas o orgulho falava mais alto: não iria dar o braço a torcer.

***************

Sete e quarenta e cinco. Salão Principal. Den e Dill entram, cada um com um aparelho de iPod na mão, a diferença é que o da garota funcionava, o do garoto não.

- Mas que droga de aparelho! – ele exclama.

- O que houve? Não está prestando?

- Não! E é tudo novo!

- Deve ser porque ainda não está com o feitiço. Me dê aqui... – ela pega o aparelho das mãos do menino e aponta a varinha para ele. Depois de alguns instantes tenta ligar o iPod e ele funciona normalmente.

- Valeu, Mel! Te amo! – ele fala só por falar e começa a comer.

Eles não tiveram muito tempo para conversar, logo o sinal bate e os grifinórios precisam ir para as aulas com Greg.

- Nos vemos mais tarde, então?

- Com certeza no almoço.

- Se cuidem, garotos. Tchau.

- Senhores brasileiros? Aqui, por favor!

Era Jacob. Ele estava ao lado da enorme mesa dos professores, onde eles podiam ver uma porta atrás dele.

- Vocês terão aulas aqui, senhores. A sala foi ampliada magicamente e vocês poderão ter até aulas de Trato de Criaturas Mágicas aqui. Não é perfeito?

- Ô se é! To só animação! – Den entra “vibrando” na sala. Penny passa como um raio por eles e se senta em uma mesa, sozinha.

- Não vamos incomodá-la agora, Den. Espera só até o final das aulas, aí você pode dar um ‘piti’ para a sua loira, ok? – Dill segura o amigo antes de ele seguir Pen. Nesse instante Tonks entra na sala e começa a conversar com eles sobre a primeira impressão deles sobre a escola e sobre a matéria dela.

***************

Eles tiveram mais de seis aulas durante o dia, só foram terminar alguns minutos antes do almoço. Para Dill e Den, aquele dia era um record: nunca tinham prestado tanta atenção em todas as aulas de um só dia. Mas quando o último professor saiu, Den ainda conseguiu arranjar forças e saiu correndo para pegar a loira pelo braço e Dill fechou a porta.

- Ai! Me solta!

- Só se você ficar e conversar, como uma verdadeira dama britânica.

- Me solte, você não pode me obrigar a fazer isso.

- Você acha mesmo? – ela fica arrepiada só pelo tom da voz dele.

- Solte-a, Den. Ela não vai escutar a gente se você continuar assim

O garoto a soltou.

- Para escutar o que? Que vocês só queriam se divertir, que eu sou a careta, que eu sou a cdf irritante que eu...

- Foi tudo culpa minha! E pára de se esculhambar,você não merece. – ele fala de uma vez. Não parecia nem um pouco alterado, mas a voz havia se alterado bastante. – Eu pedi a Dill que me ajudasse, eu, a fiz ter a idéia, eu que quis chamar a sua atenção porque eu...- ele parou para se aproximar dela o mais perto possível. - ...estava com ciúmes demais de você.

Depois desse sussurro altamente sexy que Dill achou que nem a mais pura mulher do mundo não deixaria de ficar caidinha pelo amigo, a ruiva sai discretamente pela lateral. Iria deixar os dois pombinhos se resolverem à moda antiga: um bom amasso.

***********

- Cadê o Den e a Pen?

- Se reconciliando lá dentro da nossa sala de aulas. – Dill com um sorriso satisfeito.

- Sério? Ela não saiu no tapa com ele?

- Felizmente o Den começou a gritar e encobriu os lamentos da Penny, aí foi só chegar e dar um beijo!

- Boa! É assim que eu e o Greg resolvemos as coisas! – Jack todo feliz ao lado de Dill.

- É, né? Então resolve aquela que está vindo do meio do salão então!

Eles olham para a direção da cabeça de Mel. Quem vinha era ninguém menos que Cat Chang, junto com suas comparças que se achavam as mais bonitas de Howarts, Tiffany Maclaggen e Karoline Smith. Eles vinham arredondando a mesa da Grifinória, e a morena oriental olhava diretamente para Jack.

- Amor!! Por que você não falou comigo nesse fim de semana? – ela chegou sentando no colo dele. O perfume das três jutas era mais doce do que um cento de tortas de caramelo, enjoou a todos.

- Err... Cat, o que você acha que está fazendo? Achei que havíamos terminado!

- Terminamos?

- Sim!

- Mas, amor! A gente estava tão bem!! – sorriso de muitas intenções.

- Não. Cat, sério, depois conversamos... eu... preciso ir à biblioteca, dever de poções. Aliás, eu e o Greg, não é, cara?

- É! Com certeza! Valeu por lembrar, Jack, já havia me esquecido. Er... tchau, pessoal, nos vemos... depois. – os dois saem correndo. Na verdade, Jack chamou o amigo por que ele estava em uma situação parecida com a dele: Karol e Tiffany estavam só sorrisos à ele.

Com a saída repentina deles, as meninas se viram de frente somente com Mel e Dill.

- Oh! Mel, querida, como está? Nem percebi que você estava aí!

- Oh, Cat, querida! É uma pena que eu não posso dizer o mesmo de vocês três. – ela fala tampando o nariz. As garotas de nariz em pé dão sorrisinhos de quem não se importam e se voltam para Dill.

- Então essa é a filha do diretor. Nossa, prazer em conhecê-la... como é mesmo seu nome?! – uma das loiras perguntou.

- É Dill. Mas não se preocupem, não acho que poderão usar meu nome.

- Por quê?

- Meu nome não fica muito bem na boca de gente como vocês. Agora, se nos derem licença, estamos tentando almoçar aqui.

- Com certeza já estamos indo. Essa parte da mesa de repente deixou de ser interessante. – e sairam balançando o quadril, não obtendo muito resultado.

- Que nojentas. Quem eram?

- A loira que te perguntou o nome, Tiffany Maclaggen. A que estava ao lado dela como um espantalho, Karol Smith. E a que supostamente levou um pé na bunda do Jack, Catarine Chang. Elas três são os ‘demônios com saias’, por assim dizer, daqui.

- Demônios com saia? Quem é que tem medo daquilo, fala sério! Já vi muitas garotas que nem elas na minha vida, e não passam de um monte de chapinha, maquiagem e unhas postiças. – ela faz pouco caso.

- Mas não aquelas garotas, Dill. Sério, eu também não tenho medo delas, mas como você já está de detenção, era bom não mexer com elas. Uma é filha do Ministro, a outra, filha de um dos principais acionistas e a outra, bem, é filha de uma modelo muito rica. Enfim, são influentes, e podem exercer essa influência de um jeito bom ou não.

- Elas que venham mexer comigo. – ela coloca uma colherada de purê na boca, só olhando as três jovens na mesa quase ao lado da Grifinória, a Corvinal. Muitos garotos também as encaravam, mas de um jeito que ela sabia que não era nada bom.

**********

A semana passou mais rápido do que todos esperavam. Mas também, tantos afazeres! De manhã os brasileiros, já muito amigos de novo, tinham seis aulas diárias dos mais diversos assuntos de bruxaria. Eles gostavam da maioria, mas o pior de longe para eles era História da Magia, ensinado por um professor que era um fantasma. Ele era irritantemente monótono, e nem Dill nem Den conseguiam acompanhá-lo nas suas anotações por mais de quinze minutos, fazendo com que precisassem sempre pegar as anotações de Pen ao final de cada horário dele. Depois do almoço, quando geralmente ficavam juntos os seis amigos, eles rumavam para a biblioteca da escola, e pesquisavam coisas para os deveres de casa, que eram milhares. Depois ainda tinham as aulas da tarde, em que eles se esforçavam para acompanhar os ritmos mais exaustivos em magia, sempre ajudados por um ou outro colega de classe, e a noite tinham as aulas particulares com Harry e Jacob, junto com a detenção de Dill. E de manhã era ainda a mesma frescura para Den e Dill acordarem. Enfim, nada estava indo às mil maravilhas, mas pelo menos a detenção da ruiva havia acabado. E eles poderiam dormir um pouco mais cedo.

- Não importa que eu durma mais cedo, pô. Quanto mais eu durmo, mais eu quero dormir. – Den orgulhoso de contradizer Mel.

- Então você só pode ter alguma doença trouxa ainda não conhecida. Aliás, você e a Dill, que quanto mais toma café, mais dorme. Vocês só podem ser loucos! – os seis começam a rir.

O caso era que já era sábado e Dill de uma vez na sua cama às seis horas, e sem ninguém chamá-la. Ela ficou pensando na vida deitada lá, se virou, mas não conseguiu voltar a pegar no sono, e deu um soco na almofada só de se lembrar o porquê. Ela decidiu não lutar contra o próprio hábito e se levantou para ir se arrumar: iria fazer uma caminhada.

*************

Greg estava com cara de poucos amigos. Geralmente ele nunca acorda cedo nos dias de sábado, como qualquer outra pessoa normal em Hogwarts, mas hoje ele foi totalmente obrigado a fazer o contrário e por uma coisa absurdamente absurda: responder uma carta para sua mãe.

”Greg, seu pai é um hipócrita. Greg, você precisa se casar. Greg, cadê sua irmã? Greg, vou processar seu pai por seqüestro familiar. Greg, namore com a Tiffany. Greg isso, Greg aquilo... Sinceramente, no dia que ela falar, Greg, se atire de uma ponte, eu farei isso com muito prazer!” Ele ouvia a voz da mãe a cada pensamento, e se sentia mais frustrado ainda. Se sentir pressionado era o que ele menos gostava na vida.

Ele caminhava sem nenhuma pressa até o corujal que ficava no alto de uma torre do castelo quando viu uma sombra de garota passar por ele a passos largos. Ela usava uma blusa preta e de capuz, mas mesmo assim ele viu uma mecha de cabelos ruivos por lá.

- Hey, Dill! – a garota se virou antes de virar um corredor. Abaixando o capuz, ele pode perceber pelo sorriso que era a amiga.

- Greg! O que foi, está sem sono?

- Eu não. Tenho de mandar esta carta para minha mãe. E você? Mel já te viu assim tão... acordada?

- Não, seu besta, ela não me viu. Aliás, ninguém e não sei porque, só quem encontrei a pouco foi o Pirraça, e ele ainda tentou me lançar um candelabro na cabeça.

- Ah, ele gosta mesmo de fazer isso. Bem, é que geralmente, a galera tenta dormir até mais tarde hoje, saca? Ei, vamos comigo até o corujal?

- Ah, tudo bem...

Eles foram conversando até lá, mas a ruiva não estava tão animada quanto ele pensava, pouco a pouco ela foi diminuindo as palavras para responder a ele e logo as respostas se reduziram a ‘sim’ e ‘não’ bem desanimados.

- Afinal, o que você tem?

Ela suspira.

- Bem, é que, indo agora para o corujal, entregar essa carta à sua mãe... eu indo fazer caminhada, num dia de sábado, cedo... bem, isso tudo me lembra a minha mãe.

Momento de silêncio.

- É que... sábado era um dos únicos dias da semana que ela ficava em casa comigo, e nós aproveitávamos para sair e passear e tal, no parque... Programas de mãe e filha, entende? E, até agora ela não me escreveu... sendo que os pais do Den e da Pen, escrevem todo dia, ou quase todo dia. É meio... decepcionante, entende?

Eles haviam chegado ao pé da escada do corujal, que era em caracol. Greg se virou para encará-la e percebeu que os olhos negros estavam muito tristes, não era preciso ser legilimens para saber.

- Se acalme, vai ver ela quer escrever, mas não consegue aceitar o fato de que você não está lá.

- É, pode ser isso, mas se fosse eu...

- Você é você, e ela é ela. Além disso, pode ser também que ela não queira interferir na sua possível relação com o Sev.

- Aff, se ela não estiver escrevendo por causa disso, eu juro que eu... – ela parou de falar. Os dois já haviam subido quase toda a escada, chegando ao seu topo e ouviam nitidamente um barulho estranho de sussurros e estalos, como de beijos, além de risadas.

Greg botou o indicador na boca pedindo silêncio e subiu bem devagar as escadas com ela atrás. Fosse quem fosse, iriam pegar no flagra. Mas quando chegaram até a porta e viram a cena das duas pessoas se agarrando, Dill teve vontade de não ter feito nada e simplesmente ter se virado e ido embora: era grotesca demais até para ela.

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milhões de pordões!!!!!!!! a falta de atualização no dia prometido foi inteira e completamente minha!!!
simplesmente esqueci por causa de um trabalho escolar...
espero q perdoem...
o cap. nove tah vindo daki a pouko

bjinhos

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