The end has no end (parte 2)



Caítulo 20 (parte 2): The end has no end


 


                O retorno às aulas não foi tão difícil quanto eles esperavam. Muitos nem souberam direito o que ocorreu. No entanto, a morte de Nick não passou em branco. Seus amigos Lufa-lufas mal puderam acreditar. Aparentemente, ele era um bom companheiro e capitão. Fazia o tipo quieto, mais na dele. Talvez por estar tramando mais do que devia. O fato era que Logbottom nunca havia aparentado nada de anormal, daí Severo ter de se explicar no jantar do primeiro dia após a volta dos garotos.


                - Nicolas era um bom aluno. Respeitado, íntegro com os mais velhos e seus iguais… porém, estava envolvido com coisas muito acima do que a escola já tenha praticado. E sofreu as consequências por isso. Espero que sirva de lição a vocês: magia não é brincadeira, muito mais quando se trata de poder. Mas ele fará falta… como aluno, aprendiz, e como filho e amigo. – por um momento ele olhou a todos os seus pupilos. E com um leve aceno de cabeça, finalizou o discurso. Nada mais poderia ser dito para diminuir os rumores. Nicolas Longbottom se transformaria em mais uma lenda de Hogwarts.


                                                               *                             *                             *


                Greg estava sentado no banco que da última vez estivera com Dill. Os nós das mãos dele estavam brancos só de serem esfregados, apesar das luvas. Poderia existir angústia pior? Ele olhou para o céu nublado. O sol parecia querer ir dormir, dando espaço para as nuves cinzas. Aqueles dias de outono, no qual ele se descobrira apaixonado pela garota jamais retornariam.


                - Será que você não poderia ser um pouquinho menos óbvio? – o seu melhor amigo aparecia, sorridente, e apesar das sombras, com os olhos verdes faiscando.


                - É fácil para você: conseguiu o que queria. Está no maior amasso com Pen. – ele disse carrancudo.


                - Não é bem assim. Você bem sabe o quanto eu fiquei louco com ela. Mas bem, é claro que nada se compara a você… - ele disse rindo.


                - É como dizem... Pimenta nos olhos dos outros é refresco. – ele estava muito parecido com Draco. Jack resolveu parar de chateá-lo.


                - Olhe, deixe disso. Você sabe que vai passar.


                - Eu não quero que passe. Eu quero… nem sei mais o que quero. Já não sei se sinto ódio ou amor… atração ou…simpes vontade de matá-la. Meu Deus, por que ela tem de ser tão confusa?


                - Hum, você já sabe o porquê. Garotas já são confusas por demais… e o fato de o primeiro garoto de quem ela gostou ter morrido de câncer, bem… só complicou mais as coisas…


                Greg se lembrou. Era o tal de Edu, cuja música tema era “I miss you”, do Silverchair.


                Ele suspirou.


                - Ela realmente o amou. – ele se levantou do banco. – Acho que vou conversar com ela. Dizer que se ela quiser, saio eu da escola. Ela pode ficar com o pai.


                - Você é louco? Você não vai sair daqui. E ir para onde? Durmstrang? Nunca, Greg. Antes de existir a Dill, tinha eu. Você vai ficar aqui e ponto! – Jack falou ofendido. Era hilário.


                - Você ouviu a Mel comentando. Ela está em dúvida se fica ou se volta ao Brasil. Pelos olhares dela, tudo tem a ver comigo. Eles me atravessam, sabe? Nem parece que eu estou ali. Ela me ignora totalmente.


                - Nem um pouco egocêntrico, hein? – Greg o olhou de modo ameaçador. – Tudo bem, eu sei que você tem razão, só quero te fazer rir! Mas olhe: esfrie a cabeça antes de começar a discutir, ok?


                Ele suspirou novamente. Estava ficando até sem ar.


                - Certo, certo. Vou subir. Você vai ficar por aí?


                - Aham. Marquei com a Penny. Você não tem ideia de como ela beija bem. E acho melhor continuar sem ter, entendeu? – olhar à lá Kayke Britto.


                - Jack... aquelas loucas... sabe, a Cat e a Tiff... elas... o que você fez com elas?


                - Ah, meu amigo. Digamos que depois da última que elas aprontaram com você, eu dei um jeitinho nelas.


                - O que você fez, cara? – ele ficou preocupado.


                - Só dei uma pequena lição. Elas não vão mais nos importunar. É sério. Palavra de Potter.


                - Certo. Eu confio em você.


                - É bom mesmo. – e deu uma piscadela para ele.


                Greg apenas riu, do jeito que ele queria, e foi caminhando.


                Mal sabia Gregory que Jack havia mandado uma carta anônima para os pais de cada uma como se fosse Harry, expulsando-as e despachando-as direto para Beauxbatons.


                                                                              *                             *                             *


                Os outros poderiam pensar como quiser, mas a ruiva estava realmente precisando de algum conforto. Decorrido aqueles dias após o final ataque e a morte de Nick, Dill começou a se sentir triste. De um jeito que só ela sabia.


                Os ensaios com a banda poderiam até esfriar um pouco a cabeça, mas por enquanto eles resolveram parar. Os pulsos dela ainda doíam um pouco quando ela se esforçava, o que era bem comum: o simples ato de segurar melhor a pena a fazia soltar um gemido.


                Olhando pela janela, ela via Jack e Penny conversando e rindo, possivelmente de algum comentário do moreno. Melany estava no Salão principal, ajudando alguns dos primos a estudar, o que era muito tedioso de se ver. O sol ia se pondo lentamente, as folhas caindo... e ela só conseguia pensar no início do ano letivo, meados de setembro, quando toda aquela louca aventura começara.


                - Bu! – Denis apareceu atrás dela com a capa cobrindo a cabeça.


                - Idiota. – ela se virou para seguir pelo corredor.


                - Huum. Por que será que eu sempre tenho de te consolar?


                - Eu não preciso ser consolada, anjinho. E você? Não se olha o espelho? Ta começando a ficar com bolsas debaixo dos olhos de tanto pensar na Mel.


                - Não é nada disso! – mas ele levou os dedos imediatamente ao rosto. – Eu venho lendo demais, só isso. Nem vem querer virar o rumo da conversa.


                - Não tente enganar a si mesmo, Denis Cavalcante. Você é um desesperado! – ela disse com um sorriso malicioso.


                - Então, minha querida, somos dois! – o sorriso dela desapareceu como num passe de mágica.


                - Mas como fala, meu Deus! Vamos, pode começar. O que você vai me dizer para fazer ao invés de cuidar da sua própria vida inútil? Faça como todos: me diga para me jogar nos braços do Greg!


                O loiro a olhou friamente.


                - Que dramática. Até parece que você não quer fazer isso. Só que eu não vim pra te ordenar nada, só vim dizer que... bem, pense melhor sobre essa história de voltar correndo para o Brasil. Fugir dos problemas não é a solução,  nem é típico da Dill que eu conheço.


                Ela rodou os olhos. Novamente estava ouvindo conselhos amorosos do garoto menos romântico que ela já conhecera. No entanto, ela sabia que ele estava certo.


                - Tá, tá, ta. Vou pensar melhor, ok? Mas agora, mate a minha curiosidade: o que você vai fazer para surpreender a cabeça-dura da Mel?


                Ele olhou para os dois lados do corredor de modo teatral, chegou bem perto dela e gritou:


                - É SEGREDO! – a ruiva quase teve um ataque. Os quadro ao redor também esfregaram os tímpanos, sobressaltados. Mas depois de rir, Den completou. – Porém, eu ia querer muito que você estivesse presente amanhã, antes do embarque para casa, no pátio principal, às duas horas em ponto. Ok? Pois bem... agora vá resolver sua vida, vá! – e saiu com a cabeça coberta pela capa, para assustar mais alguém.


                - Idiota. – ela repetiu. Mas dessa vez sorria com vontade.


                                               *                                             *                                                            *


 


                Por que quanto mais a gente quer que o tempo pare, mais ele parece acelerar? Greg já estava na sala Precisa há mais de cinco horas, como se aquilo pudesse adiar o simples fato que a partir daquele dia, nunca mais veria Dill. Só o que conseguia fazer era refletir sobre palavras, mas palavras não são mais do que atos. E o que ele menos queria era levanta a bunda do banco do piano e depois se arrepender de ter feito a maior besteira da sua vida.


                Ah, o piano! Depois de ter conversado com Jack, ele caminhara a esmo pelo castelo em quase total silêncio, a não ser pelos cochinhos desesperados dos alunos estudando para as últimas provas, que seriam feitas daqui a pouco, e então, acabara esbarrando em uma sala toda branca, totalmente diferente da decoração do resto do castelo, e apenas com um piano preto de cauda longa no centro. Em cima dele, algumas flores, que perfumavam tudo ao redor. Ele se sentou ali, e se esquecera de tudo, só ocupando a mente tocando canções conhecidas. E agora, percebendo que estava na famosa sala Precisa, os devaneios pareciam esmorecer... e toda realidade iria cair em cima da cabecinha dele.


 12:34. Boa hora para perceber que eu vou ter de partir, ele pensou já desolado, referindo-se não só à sala, mas também à escola e à convivência com seus velhos e novos amigos. Se remexendo no banco do piano, ele se lembrou da vez que viu Dill tocando na Mansão dos Potters.


                                               *                                             *                                                            *


                A ruiva se remexia para lá e para cá, mas o sono não vinha. A sua gata preta de olhos azuis, Blue, assistia à cena parecendo se divertir com a agitação da dona.


                - Tudo bem. Isso só deve ser meu subconsciente me dizendo que enquanto eu não resolver o que fazer, vou ficar acordada. Ótimo, ótimo. Valeu, subconsciente. Te devo mais essa. – ela se levantou de uma vez, assustando Blue. Pegando o seu hobby marfim, ela escapuliu pelas escadas do dormitório feminino, decidida a dar um passeio à meia noite. Era proibido, ela sabia, porém era praticamente sua última noite. O que custava?


                12:45...


                                               *                                             *                                                            *


                Deixando as mãos enluvadas roçarem pelas teclas de marfim, ele simplesmente tocou o que lhe veio à cabeça. Era The scientis, do Coldplay.


Come up to meet you, tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions
Oh let's go back to the start


Running in circles, Coming up tails
Heads on a science apart


            Andando pelos corredores, Dill achava que finalmente havia começado a sonhar. Aquilo era o som de um piano?  Não podia ser! Mas sim, era! Até os quadros mais adormecidos começavam a se remexer ouvindo o leve ressonar da melodia. E era uma de suas músicas preferidas. Aquilo era mesmo um sonho. Ela sorriu, do jeito que sorrimos quando estamos muito bêbados e sonolentos, mas em seu caso, era apenas a mais pura alegria e tranqüilidade de ouvir algo conhecido.  A voz que acompanhava a música era rouca e contida, mas melosa. Era ainda mais conhecida...


Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start


                Ela achou a sala, e com grande satisfação, abriu a porta. O quarto branco quase a fez desmaiar, no entanto, no meio de tanta luz, lá estava Gregory tocando os acordes em um piano negro como a noite. A luz da lua entrava pela janela, mas ele parecia nem notar.


I was just guessing at numbers and figures
Pulling your puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, Come back and haunt me
Oh when I rush to the start


Running in circles, Chasing tails
Coming back as we are


            Ele parou de repente, e se virou para trás. Os olhos dele estavam brilhando.


                - Eu... – a ruiva tentou dizer, mas a voz estava muito fraca. O garoto apenas riu, e uma lágrima insistente rolou. – É, que bem... eu estava com insônia, e resolvi andar por aí. Você me deixou sem sono.


                - E você me deixou sem vontade de fazer nada. – ele deu de ombros.


Ela perdeu a fala. Greg, então, abriu os braços, pedindo um abraço. Dill extinguiu a curta distância que ainda os separava com três passos, e se jogou em cima dele. Já não sabia mais o que queria, mas aquele abraço abriu seus olhos de uma maneira que ela nunca sentira. Ficaram assim por alguns segundos, até que Greg decidiu falar.


- Por favor, não vá. Eu vou. Preciso de um tempo só para mim, já que vamos viver assim, sabe? Talvez agora eu não consiga controlar isso, mas com o tempo, quem sabe? Às vezes eu só queria voltar ao tempo e evitar tudo isso... complicar tanto as coisas... eu não sei o que... – mas ele não conseguiu falar mais. Ouvindo as palpitações do coração dele, ela percebeu que aquilo era mais real do que jamais sonhara. Ao invés de levantar os olhos e encará-lo, ela o puxou mais ainda, dando-lhe um beijo. O beijo tão esperado por ambos.


12:51... (¹) Enfim um silêncio agradável na sala. A leve brisa de outono encheu ainda mais o lugar com o perfume das flores. E não se precisou mais de palavras para exprimir algo. Os toques e beijos falavam por si só. A decisão estava tomada. Eles ficariam juntos até quando tudo aquilo durasse.


                               *                                             *                                                            *


                Então, as provas acabaram. Alunos esbaforidos e satisfeitos com o início das férias corriam pelos corredores, gritando de felicidade, e imediatamente depois sendo repreendidos por algum professor. Severo era um deles, mas a alguns ele dava um leve aceno de cabeça. Jacob andava a seu lado, parecendo também se divertir com as loucuras dos alunos.


                - Ah, a juventude! Quanta saudades tenho dos meus tempos de estudante... sabe, uma vez li de um famoso autor trouxa que os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia-idade desconfiam de tudo, mas os jovens, estes sabem de tudo! (²)- e deu uma gargalhada.


                - Ele está certo. No entanto, existem homens que nunca envelhecem, não é mesmo? E homens, que nunca têm certeza de nada.  Veja Dumbledore... eu nunca o vi como a um velho, e certa vez, Potter me confidenciou a mesma coisa. E quanto mais se sabe, mais pesado fica o fardo.


                - É, e a verdade nunca é simples e pura. – Jacob deu um suspiro teatral. – Enfim, não quero me tornar um velho antes do tempo. Por isso, vou fazer o que este trouxa disse para que recuperemos a juventude.


                - E o que seria essa maravilhosa solução?


                - Cometer os mesmos erros que cometi quando era mais jovem! – ele deu um sorriso maroto e brilhante. Ao mesmo tempo, do outro lado dos jardins, eles começaram a ouvir certa agitação. A maior parte dos jovens se amontoava ao redor de um garoto loiro.


                - Venham, venham... se aproximem todos. Eu prometo que vão adorar o show. – Den virou para encarar o diretor e o professor, dando uma piscadela. Jacob assentiu levemente, se aproximando mais ainda. Severo olhava desconfiado para os dois. Isso não ia dar muito certo...


                Melany estava conversando com Penélope quando ouviu o alvoroço do jardim.


                - É a voz do Denis! – a loira falou com ar reprimido de sorriso.


                - Ah não. O que ele vai aprontar agora?


                - Vamos lá ver! – e pegando na mão da ruiva, elas dispararam para o lado de fora.


                Um círculo se formou ao redor de Denis, e ele parecia mais galante do que nunca. Quando percebeu que havia juntado a maior parte dos alunos e professores no local, especialmente seus amigos, bateu as mãos, e começou a falar.


                - Bem, eu não sou muito bom com declarações. Especialmente as de amor. – Mel, que estava próximo a um carvalho com Pen e Jack do lado, enrubesceu. - Só que eu disse que faria isso, e um Cavalcante sempre cumpre suas promessas. Então...


                Denis conjurou do nada um violão (estava começando a ficar bom nessa coisa de magia!), e começou a dedilhar uma música em português que fez os únicos que entendiam a língua arregalarem os olhos.


                - Demorei muito pra te encontraaaar, agora eu quero só você! Teu jeito todo especial de seeeer, fico louco com vocêÊÊÊê!


                Dill baixou o rosto. Não podia nem ver a palhaçada que Den estava aprontando. Penny cruzou os dedos, desesperada. Mas o que diabos você está fazendo, Deen? Isso é sério!


                Enquanto a escola toda ouvia pasma a música do garoto, ele de repente parou e olhou zombeteiro.


                - Aaah, peguei vocês. É brincadeira, gente, fala sério! Descontrair, relaxar. – mas ninguém conseguiu entender direito. Dill o fuzila com o olhar e sussura: “por favor, vai logo!”. – Bem... agora é sério. Eu vou fazer o que tiver que fazer pra ti ter... Mel.        


                A ruiva se desequilibrou enquanto todas as garotas da escola a fuzilavam com o olhar.


                - Não, é sério. Eu não sei o que teria sido a minha sanidade mental em Hog sem você. Claro que os meus dias com a Dill e a Pen também me ajudaram muito a crescer, mas... você foi a coisa mais importante que me aconteceu.


                Ela prendeu a respiração. Aquilo NÃO estava acontecendo.


                - Eu sei que você tem medo. Eu também tenho, sabe? Mas não é por isso que a gente não deve tentar. Eu sei que eu falhei também, mas... foi tudo culpa do Ian. Só que eu não tenho mais vontade de jogar ele de uma escada de Hog, porque hoje eu entendo que é justamente por causa dele que a gente se aproximou. Então, obrigada Ian!


                O polonês bufou. Den sorriu mais ainda.


                - E quem vai saber se a gente nunca tentar? Bem, o nosso querido mestre aqui sabe. Por favor senhor Mont’Alvern!


                Jacob passou entre os alunos, como se desfilasse. Em um instante estava ao lado do garoto, com os olhos faiscando de diversão.


                - Bem, querida, se você quer saber vocês se casarão, terão uma lua-de-mel dos deuses em Barbados e depois você ficará grávida de gêmeos. Ah, isso tudo depois de se formar para ser Curandeira-chefe no Saint Brutus. Então, não se preocupe, ok?- ele deu uma piscadela.


                - Eu sei que você sabe que isso tudo que eu estou fazendo é de coração. Você já me conhece, sabe meus piores segredos, e eu sei os seus... então... – ele inesperadamente foi andando por entre os colegas até ficar frente a frente com Melany. Ela não conseguiu correr, as pernas estavam em choque. Ela toda estava branca e ofegante, e ela só sentia a mão de Penny na sua. Com certeza para impedi-la justamente de correr. O loiro a olhou com ternura e só fez um pedido.


                - Você pode ser minha?


                Todas as garotas de Hogwarts suspiraram com a mão no peito.


                - Ah, Denis. Você é demais mesmo.


                - Hum. Vou considerar isso com um sim. – e a beijou. Os colegas aplaudiram, menos Ian.


                                *                                             *                                                            *


                Parecia uma tarde normal na velha Londres: tudo cinza. Os garotos desembaraçaram pela cidade antes de ir para a Mansão Potter, aonde iriam iniciar o período de férias. Dill olhava para um lago cheio de cisnes pensativa. Greg a abraça pelas costas.


                - No que está pensando?


                - Em tudo. Em como tudo mudou. Em como eu mudei. Se me falassem no ano passado que isso tudo iria acontecer, eu nunca acreditaria.


                - Mas estamos aqui, certo? E esse foi o melhor ano da minha vida.


                Ela sorriu e deu um beijo nele.


                - Até agora. Quem sabe o que o futuro nos reserva.


                - Huum. Eu acho que a Penny sabe.


                Os dois sorriram e foram se juntar aos outros amigos. Era uma tarde cinza, mas por dentro aqueles seis adolescentes estavam resplandescentes...



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Comentário da Autora: Ai, gente. Eu gostei do final... uauhahuuhahuahuhua. Eu não sabia muito bem o que fazer, maaaaaaaaas... saiu isso, né? A gente tem de terminar as coisas... odeio quem abandona suas fics. Bem, eu não pretendo fazer um FDD2, por isso deixei tudo bem trancadinho. Mas claro, outros projetos sempre se tem na cabeça... a referência ¹ é uma música do Strokes, muito bacana, que eu lembrei na hora que tive a idéia de colocar as horas antes deles se encontrarem. A referência ² foi tirada do livro O segredo de Dorian Grey, de Oscar Wilde, que eu to lendo agora, e achei bem válida. Aliás, esse cara pra mim é uma biba doida genial. O livro todo é inspirador. Se vocês tiverem a oportunidade de ler, leiam! E o próprio título do capítulo também veio de uma música do Strokes. Como eu disse, eu não quero fazer um FDD 2, mas eu odeio quando as histórias não têm continuação, e no final os personagens parece que pararam no tempo, naquela situação de felizes para sempre. Por isso eu amei o final de Amanhecer. Muito bem escrito mesmo. Mas enfim, fica a dica para o livro e para as músicas, e vocês ainda vão ouvir falar de mim! UAHUHAHUAHUHUAHUA. XOXO.

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