Algumas mudanças
- Olá garotos! - ela exclamou. - Tst-tst... deixa a sra. Vascony saber que estão chegando a essa hora!
- Ainda acordada, Amy? - Harry perguntou.
- Ah, sim. É por isso que acordo tão tarde, nunca durmo cedo! Pra ser sinsera - Ela baixou a voz. - eu também acabei de chegar.
Harry e Rony se entreolharam.
- Você viu Hermione por aí? - Rony perguntou.
Amy arqueou as sobrancelhas.
- Os três mosqueteiros se perderam, foi?
Disse isso em tom de brincadeira, por isso os garotos não levaram a mal, apesar de não terem gostado do seu tom.
- Nós tivemos que resolver umas coisas e ela estava muito cansada, por isso voltou para cá.
- Ah... Entendo... Mas não, eu não a vi. Deve estar dormindo, a porta de seu quarto está trancada.
Harry ia pergutnar como ela sabia que a porta estava mesmo trancada, mas resolveu permanecer calado.
- Oh! Vocês estão machucados! - ela exclamou olhando atentamente para os garotos. - Andaram brigando por aí?
- vou subir para ver Hermione - Rony falou, e para surpresa de Harry, Amy não tentou impedir.
Os dois ficaram sozinhos.
- Bom - começou Harry - Acho que eu vou para o meu quarto. Estou cansado...
- Espere, eu tenho uns medicamentos tiro e queda nas minhas coisas. Porque não vem comigo e eu te ajudo a cuidar dese arranhões. Por mais cansado que esteja não vai conseguir dormir com o rosto ardendo.
Harry fitou-a por alguns instantes. O quê estava tramando?
- Não se preocupe, Potter, eu não mordo - disse com um olhar do tipo: "não se você não quiser".
- Hum... ok. - Harry respondeu. Era uma oportunidade para dar uma boa olhada no quarto de Amy e tentar descobrir alguma coisa.
Ela sorriu, satifeita,
- Ótimo. Que bom que você não tem medo de mim.
- Tem algum motivo para que eu tenha medo de você?
- É só um comentário, Potter, nada mais.
MAs Hary não se conformou com essa resposta.
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Rony chegou até o quarto de Hermione e bateu na porta. Ninguém respondeu.
- Hermione? - chamou baixinho, e novamente não hove resposta.
Ele puxou o trinco, mas a porta estava trancada. Olhou para os lados e não viu ninguém, então, tirou a varinha e murmurou: Alohomora!.
A porta se abriu.
Rony entrou, de mancinho e sem fazer barulho, fechou novamente a porta. Hermionee estava deitada, de olhos fechados, provavelmente dormindo.
Tudo o que passara naquela noite pareceu não ter mais sentido quando ele a viu, dormindo feito um anjo.
Por um momento de loucura ele pensou... não... esse momento não foi nada mais do que um momento, Hermione suspirou, ele se tranquilizou.
Se aproximou da cama de Hermione tentando não fazer barulho e não acordá-la. Se sentou atrás dela e lentamente, mexeu em seus cabelos.
- Hermione - chamou baixinho.
- Hum... - fez ela.
- Como foi lá?
- Ah... amanhã...
Ela estaria realmente tão cansada assim?
Rony ficou mais alguns segundos apenas observando-a, e acariciando seus cabelos.
- Está tudo bem? - perguntou.
- Huhum...
Hermione se virou para Rony. Era impressão dele ou ela estava diferente? Parecia pálida... Fraca... Os olhos mal se abriam...
Eles se encararam por alguns segundos. Hermione levantou o braço e tocou no corte que Rony tinha a cima da sobrancelha.
- Você está machucado...
- Tudo bem. - ele respondeu, não foi nada.
Ela deslizou os dedos, tocando a bochecha e os lábios do rapaz, depois se aproximou mais.
- Acho que você está bem cansada... - murmurou Rony. - É melhor eu deixá-la dormir...
Ele lhe deu um beijo na testa e se preparou para se levantar.
- Rony...
Alguma coisa na voz de Hermione o fez se assustar. Era uma voz tão fraca...
- Hermione, tem certeza de que está bem?
- Fica aqui...
Ele a encarou.
- Ok. Vou esperar você dormir.
Ele voltou para a cama e ela deitou sua cabeça em seu peito.
Rony a abraçou.
- Você está tão estranha - murmurou, enquanto ela se aconchegava melhor em seus braços. - Parece pálida...
- Só estou cansada...
- Tem certeza? Não aconteceu nada que não queira me contar?
- Cansada... só cansada...
- Então está bem. Vou deixar você durmir.
Depois de alguns minutos Hermione pareceu ter pegado no sono, mas apesar de cansado e de ter nos braços a garota que amava, Rony não conseguiu imitá-la. Pensava...
Que coisa estranha... Mione me parece tão fraca, tão cansada... Será que ela viu algo que a chocou? E a Ammy? Não gostei do jeito dela... Aquele sorriso... Será que Mione descobriu alguma coisa sobre ela? Mas se tivesse descoberto, teria nos contado imediatamente... ou não? Bom, deixe que ela durma e descanse, amanhã ela nos contará o que quer que seja...
Entorpecido pelo gostoso e tão conhecido perfume do shampoo de Hermione, Rony acabou adormecendo.
Acordou com os primeiros raios de sol daquela manha envadindo o quarto, delicadamente se desvencilhou de Hermione que ainda dormia profundamente, e se levantou.
Parou à porta, obsevando a garota dormindo. Tinha uma expressão perturbada no rosto. Estava sonhando, ou tendo algum pesadelo? Não se conformou... Alguma coisa estava errada! Quando ela descesse para o café ele e Harry a encostaria na parede para conhecer cada detalhe da noite passada!
Se voltou, deu um beijo ne teste da garota, e se retirou do quarto.
Trombou com Ammy na escada.
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Harry seguiu Ammy até o quarto dela ainda imaginando o que a garota planejava. Quem será que era aquele homem e o que tinha feito a ela para que ficase tão feliz? E Hermione? Será que estava tudo bem?
Mas Harry afastou seus pensamentos da amiga quando Ammy fechou a porta atrás dele. Se houvesse alguma coisa errada, Rony iria ficar sabendo e lhe contaria. Agora, sua prioridade era descobrir o máximo possível sobre Ammy, tinha que se concentrar nela.
- Senta aí - falou ela, indicando a cama, enquanto tirava o casaco; ainda estava vestindo a roupa da apresentação.
Notando isso, Harry se ocupou em observar o quarto, enquanto se sentava.
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Narrado por Harry:
Não havia nada demais ali. Os mesmos móveis que provavelmente havia em todos os quartos, apesar de decorados diferentemente; uma única janela... Aberta? E fotos de Ammy espalhadas por todos os cantos... Observei que ela não era daquelas garotas com obcessão por rosa, ao contrário. Não vi nada ali que tivesse um cm sequer dessa cor. Tudo me passava uma imagem deprimente, vazio... Talvez por ser quase tudo preto, até mesmo a fronha e o lençol da cama.
- Tenho algumaspoções que vão fechar esses cortes em questão de segundos - ela disse.
- Certo - respondi.
Parei e refleti por um momento. Uma ficha caiu na minha cabeça.
- Espere... O que foi que você disse que tem aí para fechar cortes?
Ela me olhou, sorrindo.
- Poções - respondeu se aproximando de mim com um algodão e um vidrinho fumegante. - Sim, estou vendo sua surpresa, mas eu também sou uma bruxa, igual a você, Weasley e Granger.
Fingi estar surpreso.
- Como soube...?
- Ora, Potter, que bruxo não o reconheceria na primeira vez que o visse? E quando ouvisse o seu nome, então?
Soube na hora quem era, é claro.
Simplesmente, não gostei do seu tom.
Ela molhou o algodão com o líquido do vidrinho e se aproximou. Era um pocuo... hum... digamos que atirada mesmo. Fiquei surpreso ao ver que não havia sinais de receio em suas feições quando se encaixou entre meus joelhos e se aproximou o suficiente para me constranger.
- Ai! Exclamei, quando um líquido quente escorreu no meu rosto.
- Que isso, Potter, chorando por causa de um remedinho?
- Quem está chorando? - perguntei irritado, enquanto tentava esconder os meus olhos que marejavam.
Ammy riu.
- Pronto, alguns cortes já estão fechados, vire-se agora para eu passar nesses outros cortes.
Sinceramente, não sei porquê ela me pediu para virar a cara se ela mesma a virou com sua mão! Tentei, por tudo no mundo eu tentei não deter os olhos em seu decote. E consegui... Por alguns segundos .
Fazendo de tudo para me distrair com qualquer outra coisa, olhei para a janela.
- Prontinho! - Ammy exclamou, parando de mexer em meus corte... ops... não havia mais cortes! - Já terminei!
Mas ela não se afastou.
- Está bem melhor assim - agradeci sem encará-la. - Obrigada.
- Está tenso, Potter - Ammy comentou, começando a massagear os meus ombros. Nossa! Aquilo doía!
- Eu? Tenso? Não... não estou, não.
Foi tudo de repente: Olhei para Ammy; ela agarrou (fortemente por sinal) o meu pescoço e seus lábios quentes fizeram contato com os meus, frios nos dois sentidos da palavra. Fiquei tão surpreso que nem me movi, e obviamente não correspondi ao beijo. Tentei empurrá-la, mas ela foi mais rápida, e o empurrado para trás acabou sendo eu.
- Que foi, Potter? Parece que nunca beijou uma garota.
Fitei-a irritado. Ela agora me prendia com os joelhos nas laterais do meu corpo e com um pouco de força eu a empurraria, mas ainda tentava ser educado; era um cavalheiro.
- É claro que já. E se eu quizesse beijar alguém agora iria procurá-la.
Ammy riu com desdém.
- Mas ela está com outro agora, não é?
Não entendi o que ela quis dizer com isso.
- Contudo... Acho que ela não faria isso para você.
E sem aviso, Ammy começou a desabotoar as fivelhinhas de sua roupa.
Aquilo estava errado. Eu estava vivendo o momento errado com a pessoa errada. Ammy era sim, atraente, mas eu não a desejava. Era fiel de corpo e sentimentos à minha ruivinha... e tive que assumir para mim mesmo que era com ela que eu gostaria de estar vivendo aquele momento.
- Me responda, Potter, você deixa sua namorada sozinha com seu amigo?
- Do que está falando? - perguntei surpreso.
Ammy parou de mexer na última fivela e me encarou como se eu fosse o ser mais burro do mundo dos bruxos.
- Estou falando de Granger e Weasley, Potter. São tão amigos a ponto de dividirem as mesmas garotas?
Soltei uma boa gargalhada na cara de Ammy, o que pareceu irritá-la.
- Que disse a você que Mione era minha namorada?
- Não é?
- Claro que não! Ela é namorada do Rony!
Ammy ficou alguns minutos paralizada. Depois, murmurou mais para si do que para mim:
- ... mais fácil do que eu pensava...
- O quê?
Quando ela me olhou, se lembrando da minha presença, um movimento ao nosso lado nos fez virar a cabeça. Era uma bela coruja carregando uma estranha e enorme garrafa escura.
Olhei para Ammy que parecia contente com a encomenda que acabara de chegar.
Quando me viu encarando-a, se deitou novamente sobre mim e mordiscou o meu pescoço. Estava, dessa vez, decidido a empurrá-la e deixar de lado as boas maneiras, mas não foi necessário: ela se levantou sozinha.
- Seus cortes já estão curados, Potter, pode ir agora.
Agradecendo eternamente a existência de corujas, saí quase correndo daquele quarto, e fui me deitar, respirando profundamente.
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Narrado por Rony:
Depois de ter saído do quarto de Hermione e me desculpado com Ammy por ter trombado com ela logo nas primeiras horas da manhã, fui para o quarto, deitei-me na cama e fiquei mirando o teto.
Não consegui organizar meus pensamentos, estava tudo confuso e embaralhado na minha cabeça.
Os minutos foram se passando e o sol pareceu não ser mais um recenascido, por isso pensei em acordar Harry, mas um estampido vindo de algum lugar naquela casa pareceu fazer isso por mim.
- Acordou, é?
- O que foi isso? - ele perguntou esfregando os olhos.
- Provavelmente, alguém derrubou uma panela lá na cozinha.
Harry foi se virar para o outro lado.
- Ei! - chamei me erguendo nos cotovelos. - Não acha que já é hora de se levantar?
Harry suspirou.
- Milagre você já estar de pé.
Não respondi, fiquei imaginando o que pensaria se dissesse que passei a noite ao lado de Hermione. Quero dizer, qem acreditaria que eu apenas fiquei observando-a dormir? Embora, quando explicasse ele entenderia...
Escutei Harry se levantar e entrar no banheiro. Minutos depois, voltou completamente vestido, e definitivamente, acordado.
outro estampido... Dessa vez, me levantei de um salto. O som me fizera despertar para algo que eu ainda não havia me tocado...
- Harry... o quê você acha da Ammy?
- Hum... em que sentido?
- Você acha que ela é capaz de machucar alguém?
Harry me olhou, como quem analiza o fundamento de uma pergunta.
- Não acho que ela faz esse tipo - respondeu por fim.
Suspirei aliviado.
- Mas...
Ergui os olhos, angustiado.
- Não confio nela - ele completou.
Harry provavelmente não entendeu quando me viu sair correndo do quarto.
- Rony! - ouvi-o chamar, vindo atrás de mim. - Onde pensa que está indo?
- Harry... tem alguma coisa estranha... - disse a ele, sem parar de andar. Chegamos a frente da porta do quarto de Hermione e me virei para olhá-lo melhor. - Hermione esta muito estranha ontem. Justamente no dia em que ela foi atrás de Ammy, e estou preocupado. Hoje de manhã trombei com Ammy e nem me toquei, mas ela estaava vindo em direção ao quarto de Hermione!
- Você acha que ela fez algo com Mione? Mas o quê?
- É o que vamos precisar descobrir - respondi, batendo na porta. - Mione? - chamei.
- Hum... - foi só o que ouvimos.
- Mione! Levanta! A gente precisa conversar!
- Ainda é cedo, Ronald
- Cedo? - olhei para Harry. - Desde quando você se preocupa com o horário?
Não houve respota.
- Não vai levantar? - tornei a perguntar.
- Vão descendo! Eu vou tomar um banho e já vou!
- Ela não me parece tão estranha. - Harry me falou enquanto procurávamos um lugar na mesa do café da manhã.
Não respondi. A verdade era que a voz de Hermione estava bem mais firme do que ontem, masd não me contentaria enquanto não a visse e pudesse me certificar de que ela estava definitivamente normal.
Hermione desceu, e estava mais animada do que eu podia imaginar.
- Bom dia! - exclmaou se sentando ao meu lado.
- Bom dia - respondemos nos entreolhando.
- E então ? - Harry perguntou. - O que aconteceu ontem? Vai nos contar?
- Bom - começou Hermione. - Eu segui Ammy até uma construção, e vocês não imaginam o que eu descobri.
- O quê? - perguntaram Harry e Rony ao mesmo tempo.
- Aquele homem que estava com ela, era um comensal da morte.
Harry se engasgou.
- Tem certeza?
Hermione fez que sim.
- Então era mesmo o que estávamos pensando, não é? - disse Rony. - Precisamos tomar cuidado com Ammy, então, ela está do lado dos comensais! Eu sabia que tinha alguma coisa errada com essa garota!
- Não! - exclamou Hermione de repente. - Não há nada errado com Ammy! Tenho quase certeza de que ela está agindo pela maldição IMPERIUS!
- O quê?
Rony se aprumou na cadeira.
- É isso mesmo. Pela reação dela tenho certeza de que lançaram nela a maldição imperius nela.
- Isso é sério! Se um comensal está enfeitiçando ammy, precisamos ajudá-la!
Hermione cancordou vagamente com a cabeça, enquanto se inclinava para pegar a geléia ao lado de Rony.
- Oh, desculpa, Rony - ela pediu sorridente, quando seus fartos e úmidos cabelos foram jogados na cara dele.
- Não foi...
Mas Rony não terminou de responder, acabara de notar uma coisa diferente.
- Que cheiro bom - disse.
- Cheiro? - repetiu Hermione. - Que cheiro? Não estou sentindo nada!
- Vem do seu cabelo.
- Ah! - Hermione exclamou. - É o shampoo, acabei de tomar banho.
Harry se levantou para ir ao banheiro.
- Já falei que adoro o seu shampoo? - Rony murmurou na orelha dela.
Ela riu.
- Do que que é mesmo? Tuti-Fruti?
- É chocolate! Francamente, tem diferença!
- Desculpe - o garoto pediu envergonhado. - Mas você também nem tinha notado o cheiro!
- Bom, é que eu já estou acostumada, não é? Meu cabelo bate com mais frequência na minha cara do que na sua.
Rony não respondeu. Achou, e devia mesmo, estar maluco.
Quando Harry voltou do banheiro, os garotos terminaram as refeições e saíram para o jardim.
- Por falar em Ammy - começou Harry. - Vocês não a viram por aí?
- Deve estar dormindo - falou Hermione despreocupadamente.
Mas Rony que estava caladão já havia algum tempo, pareceu inquieto.
- Por que? Ela não está em lugar algum?
- Não, eu não a vi.
- Olhem ela lá! - disse Hermione apontando para um banco do jardim.
Ammy estava sentada lá, sozinha.
- Vamos até lá? - perguntou Rony.
- Por que? - indagou Mione, aparentemente aborrecida.
Seguiu caminho até Ammy e se sentou ao lado dela.
- Tudo bem, Ammy?
Ammy encarou-o, sem expressão. Harry pensou... seria constrangemento pela noite passada?
- Tudo bem - respondeu a garota desviando o olhar.
Harry estava constrangido, por tudo o que tinha acontecido na noite passada, e pensando no que Hermione havia lhe falado sobre a imperius, se constrangeu ainda mais. Será que não fora um pouco rude demais com a garota? Quer dizer, se ela está mesmo agindo sob a maldição Imperius... coitada... não merecia receber um tratamento assim... Abriu a boca para dize alguma coisa, apesar de ainda não saber o que era, mas Ammy falou na sua frente.
- Desculpa por ontem.
- Ah.. hãm?
- ontem... desculpa... eu estava forçando a barra...
- Ah... tudo bem - respondeu Harry, prestando atenção no fato de Ammy parecer pálida e com olheras... será que estava começando a regir contra a maldição? - Tem certeza de que está bem? Você tá tão diferente de ontem...
- Estou ótima - respondeu ela automaticamente.
Harry resolveu não insistir, e se virou para olhar Rony e Hermione, os dois pareciam discutir.
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- Porque ficou assim, Hermione?
- Assim... como?
- Quando eu falei para irmos até Ammy. Por que você fechou a cara, parecendo irritada?
Hermione suspirou.
- Você não acha que ganharam um obcessão muito grande por essa garota, não?
Rony espantou-se.
- Obsessão? Por Ammy?
- Sim, você e o Harry.
Rony olhou-a, estranhando.
- Não está com ciúmes, está, Mione?
- E porque não estaria? - respondeu a garota, corando.
- Ora, porque... Porque... se lá... eu gosto de você e não dela.
- Mas ela é uma garota bonita, atraente...
Rony balançou a cabeça, negando.
- Pode até ser, mas ela não chama atenção em nada mais além disso.
Hermione ficou em silêncio, apenas o encarando.
- Como assim? - perguntou baixinho.
- O corpo de Ammy é a única coisa que chama a atenção nela. Quero dizer, eu ainda não a conheço muito bem, mas... não fui muito com a cara dela. Sabe, mione,o corpo não significa muito as vezes, até para nós homens.
Hermione estava com uma expressão estranha, mas Rony não reparou.
- Se você está com ciúmes dela, saiba que não tem necessidade disso. É de você que eu gosto. Vocês sim, é perfeita, em todos os sentidos.
Mione sorriu. Não era um de seus sorrisos comuns, mas um sorrisinho frio e curto.
- Bom, vamos até lá? - chamou Rony.
- Ah...
Ela hesitou.
- Vamos lá, Mione, só ver o que está havendo. Não foi você mesma quem disse que ela
pode estar enfeitiçada, talvez esteja precisando de nossa ajuda.
- Hum... ok. Vamos.
Eles chegaram perto de Harry e Ammy.
- Hum... oi, Ammy. - murmurou Rony.
A garota levantou os olhos e o encarou. Não tinha aquela expressão de antes. Meio cínica, meio ignorante. Parecia triste.
- Olá, Weasley.
- Oi Ammy.
- Olá Granger.
Rony olhou para Harry, buscando uma respota para a atitude de Ammy. O garoto apenas sacudiu os ombros, em sinal de igual incompreensão.
- Você está bem, Ammy? - perguntou Rony.
- Vocês tiraram o dia para me perguntar isso hoje? - falou a garota, ríspida. Agora sim, voltara a seu estado normal. - Não posso nem ficar quieta no meu canto que vocês já vem me incomodar? Não se metam na minha vida! Com licença!
Ammy se retirou, batendo os pés.
Hermione riu.
- Garotinha estressada..
- O que será que aconteceu? - perguntou Rony.
- Sabe-se lá... - respondeu Harry. - MAs a gente precisa fazer alguma coisa. Acho melhor deixarmos Ammy pra lá e fazermos o que tem que ser feito, já adiamos demais por causa dela.
Hermione arqueou as sobrancelhas.
- Do que está falando?
- Oras... - resmungou Harry surpreso. - Temo que por em prática aquele enigma, lembra? Precisamos correr atrás daquilo e tentar descobrir onde está...
- Harry! - chamou Rony de repente.
- O que foi?
- Que horas são?
Harry olhou no relógio.
- Nove e meia. Porque?
- Nove e meia? - engasgou Hermione. - Já?
- Já. Porque?
- Hum... não nada.
- Vamos sair agora, pessoal? - perguntou Rony. - Porque você não vai buscar o enigma, Mione. Deixamos ele com você, não deixamos?
Harry abriu a boa, pronto para interromper e dizer alguma coisa, mas a um olhar de Rony ele voltou a fechá-la.
- Ah! Sim... Eu vou buscar... mas acho que não sei onde o coloquei..
- Como? - perguntou Rony. - Você não se lembra?
Hermione corou.
- Vou lá em cima buscar e daqui a pouco estou de volta.
Ela entrou correndo, e Harry, abobado, olhou para Rony.
- O que foi isso? Quem é o mais desmemoriado, você ou ela?
- O quê? - Rony perguntou distraído.
- Rony, vocês se esqueceram de que o enigma está comigo?
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