Godric's Hollow
Harry parou. Colocou a mala no chão e se virou. Ao seu lado, os amigos Rony e Hermione fizeram o mesmo.
Estava um clima pesado: A sra. Weasley chorava desconsoladamente nos braços do marido, que estava muito pálido, mas permanecia com uma expressão de firmeza.
Eram ainda 7 horas da manhã, e apesar da maioria ter se recolhido as 4 ou 5, estavam todos reunidos na apertada cozinha dos Weasley, prontos para se despedirem do trio: Harry, Rony, e Mione. Todos, menos Gina, é claro, que dissera mesmo que não vinha, mas que espiava por uma porta semi-aberta.
Harry encarou um por um; A sra Weasley, mulher que sempre fora a mãe que ele nunca teve, e que se Merlim quisesse, seria sua futura sogra... (sorriu com este pensamento), e que agora chorava pela partida do filho, dele e de Hermione. O sr. Weasley, quem uma vez salvara a vida, mesmo sendo involuntariamente... Fred e Jorge, no momento com profundas olheiras e que o ajudara tanto em muitas coisas... tão engraçados... Mereceram o sucesso que obtiveram com sua loja de logros; Gui... que adiara sua lua de mel para se despedir, Fleur, ao seu lado; Carlinhos, direto da Romênia para assistir ao casamento; Estavam todos ali... Todos, menos Percy, que dera uma passadinha rápida por lá na hora do casamento, e Gina... "Ai... Gina!”.
Harry se voltou novamente para a sra Weasley e disse:
- Obrigada por tudo, sra Weasley. Realmente sou muito agradecido por tudo o que fez por mim. Muito agradecido.
- É - concordou Hermione com a voz ligeiramente fraca. - Muito obrigada, sra. Weasley.
A sra Weasley se soltou dos braços do marido para abraçar uma Hermione constrangida.
- B-b-oa s-sorty p'a vocês e j-juízo...
- Pode deixar, mamãe - disse Rony, se aproximando das duas, no que Molly soltou Hermione para abraçar o filho.
Harry e Hermione aproveitaram para se despedir dos outros Weasley.
Quando finalmente, todas as despedidas haviam sido feitas, Rony e Mione pegaram suas mala, mas Harry permanecera onde estava. Acabara de ver dois olhos conhecidos os espiando.
Uma mão segurou em seu ombro.
- Harry, vamos? - Rony chamou.
Mas Harry não se mexeu. Continuava a encarar a porta, com um aperto no coração... Curioso, Rony seguiu o seu olhar e também a viu, compreendendo a situação.
Antes, porém , que mais alguma coisa acontecesse naquela cozinha, um espirro fez se ouvir.
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N/Gina:
Droga! Droga! Droga! Não era para o Harry ter me visto! Isto estraga tudo! E agora? A situação se tornara complicada. Ele ficou me encarando paralisado no centro da sala! Todos já estavam achando estranho seu olhar paralisado, até mamãe já parara de chorar, mas apenas Rony foi esperto o suficiente para seguir o seu olhar, e ... Ah! Mas que droga! Mais um que me viu! Tentei dizer um adeus com o olhar para o Harry e estava me preparando para sair de mancinho quando senti um formigamento estranho no nariz, e...
-Atchim!!!!!
Acho que foi o efeito do lago ontem. Namorar na água, num país abastecido pelo frio em plena madrugada só daria nisso mesmo. O pior foi que agora todos ficaram me encarando, pois com o espirro empurrei um pouco a porta e todos os olhares me descobriram.
-Gina! - Hermione exclamou. Agh! Como ela é discreta!
-Gina! - repetiram mamãe papai e Gui. - O que está fazendo aí querida? - completou mamãe. - Venha para cá se despedir do seu irmão e seus amigos.
Não houve outra saída, tive que ir.
Me encaminhei lentamente até o centro do cômodo, não conseguindo tirar os olhos de Harry, que ainda estava paralisado.
Houve um longo silêncio ali. Fred e Jorge franziam as sobrancelhas de olha na reação de Harry. A sra. Weasley olhou para Gina, e depois para Harry. Sua mente trabalhava incansavelmente tentando entender a situação, enquanto seus olhos corriam de um para o outro. "O que está acontecendo? Será que o Harry e a Gina...? Não, eu teria descoberto antes... Mas... está óbvio! Céus, como pude ser tão burra!".
Era a única, fora Rony e Mione que parecia compreender a situação.
Desviei os olhos para Mione que sorriu, largou a mala novamente e veio me abraçar.
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N/Harry:
Após termos nos encarado por longos segundos enquanto um silêncio embaraçador e compreensível passava por todos, Gina olhou para Hermione, que foi abraçá-la imediatamente.
Nesse momento, consegui sair do meu torpor e abaixei minha cabeça, sentindo pela primeira vez em dias uma angústia sem tamanho dentro do meu peito; tão forte que quase não me controlei. Enquanto as duas se despediam senti meus olhos arderem.
Rony ainda segurava meu ombro, e sei que ele percebeu o que estava se passando comigo pois apertou um pouco mais os dedos, só se afastando para abraçar Gina, quando esta e Hermione se separaram.
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N/Gina:
Me separei de Hermione, pensando quando voltaria a vê-la novamente, e Rony veio me abraçar, me deu um beijo na bochecha e disse um "até breve"... Será?
Ele se afastou, olhei para Harry novamente. Nossos olhos se encontraram e percebi que os dele estavam vermelhos...
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N/Harry
Senti que Rony voltara ao meu lado e ergui os olhos; passara os últimos minutos segurando uma lágrima teimosa que enchia meus olhos... em vão. Quando o meu olhar voltou a cruzar com o de Gina, ela escapou da minha força de vontade, e rolou. De relance, vi Fred e Jorge cochicharem alguma coisa, e uma pergunta sussurrou no ouvido da sra. Weasley. Era o seu marido perguntando algo como "O que está acontecendo ali?"
- Harry, Gina - veio a voz distante de Hermione. - Nós precisamos ir logo...
- Ok - Gina disse olhando para Hermione, depois se voltou para mim e disse: - Bom... eh... Faça uma boa... Viagem.
- Obrigada - agradeci - Se cuida em Hogwarts.
- Pode deixar - Ela sorriu. - Vou me cuidar.
As pessoas naquela cozinha pareceram compreender tudo naquele momento, pois com o sorriso de Gina me fortaleci, a beijei no rosto e a abracei.
- Harry, vamos? - chamou Rony, fazendo com que Gina e eu nos separássemos depois de vários minutos abraçados.
- Vamos - respondi, tentando me recompor. - Bom, adeus - acrescentei para todos, e evitando olhar diretamente nos olhos de Gina. Todos responderam ou acenaram a cabeça.
Nos encaminhamos até uma pequena distancia da casa e lá nos voltamos para lançar uma última olhada no que estávamos deixando para trás. Gina não nos acompanhara como os outros.
Olhei para Hermione e Rony, que estava ligeiramente mais pálido, e todos concordaram. Acenamos para os Weasley, e me concentrei:
Destinação, determinação e deliberação...
Um ligeiro mal estar, assim como acontecia todas as vezes que aparatava pareceu momentaneamente tomar conta de mim, mas antes que pudesse piorar, ou me fazer vomitar, acabou.
CRAQUE
CRAQUE!
CRAQUE!
Abri os olhos, e me vi numa rua distante e, aparentemente, abandonada.
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- Onde estamos? - Hermione perguntou.
- Provavelmente numa parte abandonada da cidade - respondeu Harry.
- Será que estamos mesmo no lugar certo? - perguntou ROny. - Quero dizer, isso não me está parecendo confiável.
- Não, é aqui. - respondeu Harry com veemência.
- Como pode ter certeza? - perguntaram Rony e Mione em uníssono.
Harry sorriu e apontou para uma placa que nenhum dos dois haviam visto.
Godric's Hollow
Povoado à 4 quilômetros.
- Ah! - reclamou Rony. - Vamos ter que andar?
Mas Hermione já o havia empurrado e os três começaram a caminhar.
Uns 45 minutos depois chegaram à parte habitada da cidade, fungando por carregar as pesadas malas.
- Onde vamos ficar? - perguntou Rony. - Na casa que era de seus pais?
- Não - Harry respondeu. - Tenho quase certeza de que a casa está inabitável, foi praticamente destruída. Vamos ter que alugar dois quartos numa pensãozinha por aqui, não sabemos quanto tempo vamos ficar.
- Tem uma aqui - disse Hermione para o outro lado da rua. - Que tal entrarmos, perguntarmos por vagas, guardarmos nossas coisa e irmos dar uma volta pela cidade?
Dito e feito. Os três entraram, alugaram os quartos e guardaram as coisas. A moça da pensão ficara muito feliz com a presença deles, pois a pensão estava praticamente vazia. Era uma mocinha um pouco mais velha do que eles que não parava de repetir: "A vovó vai ficar muito feliz por termos hóspedes, muito feliz."
Quize minutos depois os três se encontraram na pequena sala da pequena pensão.
- Para onde vamos agora? - perguntou Rony olhando no relógio. Eram oito e meia.
- Que tal andarmos um pouco pelo povoado? - sugeriu Hermione.
- Boa idéia. Quero conhecer um pouco o lugar onde meus pais viveram. Vamos.
Era um povoado trouxa comum. Não muito rico, não muito pobre, com crianças brincando nas ruas e velhos conversando na calçada, como todo dia quente de domingo de trouxa.
- As pessoas daqui parecem ser legais, e bem interessantes. - comentou Rony, ao passarem por um grupo de garotos jogando bola. - Vejam que coisa mais bizarra...
- É futebol, Rony - explicou Hermione. - É um esporte até que bem interessante.
- Eu não acho - replicou Rony. - Não tem vassouras, não tem goles, não tem...
- Pomo-de-ouro - completou Harry sonhador. - É claro que o quadribol é bem mais interessante, mas o futeb... AI!
A bola que os meninos usavam para jogar futebol acabara de acertá-lo em cheio nas costelas. Harry se virou esfregando o lugar atingido a tempo de pegar a bola que saíra quicando no chão.
- Ainda bem que não era de capotão. - grunhiu.
- Oh! Desculpe! - exclamou uma voz feminina. Os três se viraram.
Uma senhora bonita, loura e esbelta, de em média 45 anos vinha correndo na direção deles, parando apenas para puxar a orelha de um menininho louro e levá-lo com ela.
- Lucas Andrews, quantas vezes eu vou já lhe disse para tomar mais cuidado?
- Ai... mamãe, foi sem querer - choramingou o menininho.
- Desculpe - a senhora repetiu ao chegar perto dos três. - Ele nunca me ouve.
- Não tem problema, senhora - respondeu Harry sorrindo para a criança e lhe devolvendo a bola. - Aqui está... Lucas, não é?
- Obrigada! - o menino agradeceu radiante e voltou correndo para o grupo que o esperava.
Rony, Hermione, Harry e a senhora alguma coisa ficaram observando o garotinho correr.
Ah! Essas crianças! - suspirou ela. - Não sei onde arranjam tanto pique para brincarem o dia inteiro! Lucas acabou de acordar e já está lá, jogando bola.
Ela se voltou para os três, dessa vez mais prestativa, e Harry viu seu sorriso vacilar um pouco ao encará-lo.
- Incrível - murmurou baixinho. - Parece que já te vi em algum lugar...
- Não sei se isto seria possível, senhora. - Harry respondeu simpático.
- Não são daqui?
- Não. Estamos apenas... fazendo uma visita.
- Oh! Eu adoro este lugar! Vivo aqui desde que me casei! Há mais de 20 anos! É um lugar pequeno mas as pessoas são bem simples e muito simpáticas! Ah! Mas que a cabeça a minha! Nem me apresentei... Meu nome é Andrews. Oliver Andrews.
- Muito prazer, sra. Andrews - respondeu Harry apertando a mão da senhora e imaginando se ela conhecera seus pais. - Eu sou Potter, e esses são Rony Weasley e Hermione Granger.
A senhora Andrews apertou as mãos de Rony e Hermione e voltou-se novamente para Harry.
- Potter? - repetiu. - P-O-T-T-E-R?
- Sim.
- Mas isto é impossível - ela disse, as sobrancelhas ligeiramente franzidas.
- Desculpe...? - Harry se fez de educado. - Mas o quê exatamente é impossível?
- Espere um instante, por favos... RYAN!!! - ela chamou se virando para o portão. - RYAN! VENHA ATÉ AQUI!
O senhor que Harry suspeitou que se chamava Ryan venho gingando ao encontro deles.
- O que foi querida? - perguntou, olhando para o trio. - Oh! temos visitas?
Animado, o sr. Ryan cumprimentou os garotos, sem prestar muita atenção em cada um deles, era mais por educação.
Tinha uma aparência jovial, mas suas rugas de cabelos brancos os denunciavam. Tinha mais ou menos uns 50, 60 anos.
- Na verdade, querido, Lucas os acertou com a bola.
A expressão do sr. Andrews enrijeceu.
- Ah, aquele pestinha - disse em tom de desaprovação mas esboçando um sorriso. - Nunca toma jeito. Peço desculpa.
- Eles não se incomodaram - disse depressa a sra. Oliver. - Mas... querido... esse garoto diz chamar-se Potter.
O sr. Ryan virou a cabeça com tanta agilidade que um estralo informou que havia estralado dolorosamente seu pescoço, na pressa de olhar para Harry.
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N/Harry
Estava confuso. Sempre fui acostumado às pessoas que davam sempre uma segunda olhada em mim ao ouvir o meu nome em Hogwarts, ou em outros dos poucos lugares do mundo bruxo pelo qual passei. Mas não estava acostumado com pessoas trouxas me olharem assim tão surpresos. Não entendi a reação dos senhores Andrews. O que estava acontecendo? Cheguei a me perguntar se eles conheceram os meus pais, mas quase ninguém sabia da presença deles em Godric's Hollow naquela época... Será que era possível mesmo que se lembrasse deles... ou será que... não!!! Impossível! O senhor e a senhora Andrews? Aquele casalzinho simpático habitante de um povoado trouxa? Bruxos?
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A reação do sr. Andrews foi a mesma de sua esposa.
- O quê? Potter? P-O-T-T-E-R?
- Isso mesmo, senhor.
- Mas isso não é possível!
O casal se entreolhou, e Harry aproveitou este momento para olhar seus amigos também e ver se os dois também não estavam compreendendo. Pela expressão engraçada no rosto de Rony, percebeu que não era o único burro . E Hermione parecia impaciente pela falta de explicação dos trouxas. A um sinal de Harry, ganhou a autorização que precisava para falar.
- Com licença, sr. e sra. Andrews, mas exatamente o quê não é possível??
Ryan desviou os olhos para Hermione. Sua expressão mudou, não estava mais preocupado ou surpreso, mas voltara a ser simpático.
- Ah, não é nada não , menina, não se preocupem. Desculpem por todo esse alvoroço, há tantas pessoas com o nome de Potter... É que... sabem... nós conhecemos um casal que se chamava Potter. Mas é impossível... vocês não podem ter ligação nenhuma com eles...
Harry e Hermione se entreolharam.
- Eles moravam aqui? - Hermione perguntou. - Em Godric's Hollow?
- Sim, mas... uma tragédia! Coitados. O último Potter simplesmente desapareceu da casa!
- Mas, Ryan... - começou a sra. Andrews. - Olha pra ele... são muito parecidos...
Hermione olhou para Harry, com um olhar interrogativo. Ele iria contar que era quem estavam pensando que era?
- Qual o seu nome inteiro, querido? - a sra perguntou para Harry.
Harry respirou profundamente.
- Harry Tiago Potter. - O casal fez uma cara de espanto, mas Harry resolveu continuar. - Acho que sou mesmo quem os senhores estavam pensando que era. Devo acreditar que estavam falando dos meus pais, Tiago e Lílian Potter?
- Líliam e Thiago? - repetiu o sr. Ryan sem esconder sua excitação. - Mas isso é extraordinário! Oliver é o filho dos Potter!
- Mas... como? A criança nunca foi encontrada! Saiu no jornal daqui da região...
- Fui tirado da casa antes que alguém chegasse, e fui criado por uns parente da minha mãe - informou Harry, percebendo que era impossível que um dos dois fossem de seu mundo. - Vim aqui disposto a visitar o túmulo deles. Será que saberiam me informar...?
- Claro! - respondeu a sra. Andrews feliz por poder ser útil. - Eles foram enterrados nos terrenos da casa.
Ela explicou a Harry mais ou menos como se chegava lá e depois os convidou para tomar um café, o que Harry ia recusar mas recebeu um forte pisão no pé de Rony e após insistência daquela amável senhora, eles aceitaram.
Era um casal muito simpático. Contaram-lhe o pouco que conheciam dos Potter, que os havia conhecido quando se mudaram para a cidade e que eram pessoas maravilhosas, mas que quase nunca saíam de casa, e se negavam terminantemente a dizer onde ficava a casa onde moravam. Que só descobriram quando houve a notícia da morte.
Saíram de lá com as barrigas estufadas e pouquíssima informação, mas satisfeitos de já terem conhecido alguém que conhecera Líliam e Tiago.
- O que acharam deles? - perguntou Harry.
- Agradáveis - respondeu Hermione.
Alguma coisa na voz dela fez Harry perguntar.
- Não gostou deles, Mione?
Hermione o encarou com as sobrancelhas erguidas.
- Acho que não me expressei direito - disse - Eu os achei, realmente, pessoas muito simpáticas e agradáveis. Mas acho que eles eram... um pouco... fracos.
- Como assim? - indagou Rony.
Mas Harry havia entendido... em partes.
- Seriam presas fáceis nas mãos de Voldemort - explicou ele. - Não é isso o que quer dizer, Mione?
Hermione afirmou com a cabeça.
- Mas porque cairiam nas garras de Voldemort?
- Harry - começou Hermione pacientemente. - Você tem consciência de que Voldemort vai atrás de você, assim como você vai atrás dele, não tem?
Harry não respondeu, mas se lembrava disso todos os dias.
- Então - continuou Hermione considerando seu silêncio como um sim. - Você sabe que em breve ele estará por aqui e saberá que falamos com aquele casal. Havia testemunhas naquela rua. Temos que ficar longe daquele casal.
- Mas, Hermione... Eles saberão apenas que estive visitando o túmulo dos meus pais. Por que isso pode ser perigoso?
Hermione mordeu os lábios.
- Não, Harry. Eles saberão que estamos seguindo os passos de Voldemort. Não vamos voltar lá, por favor. Há aurores de guarda na casa de meus pais, há aurores na casa de seus tios. Há aurores n'A Toca. Em todos os lugares que Voldemort pode te procurar. Mas não ninguém para defender os Andrews. Vamos torcer que ninguém suspeito tenha nos visto lá.
Intimamente, Harry concordou. Será que agora botara em risco a vida de uma família inocente? Agora não podiam voltar lá, não podiam v...
- Hermione - Harry chamou de repente. - Praticamente todos os moradores daquela rua estavam lá fora. Se algum comensal aparecer por aqui e interrogar alguém, vão saber que estivemos com os Andrews. Temos que voltar lá.
- O quê? Mas...
- Temos que voltar. Enquanto estivermos aqui, nós seremos a guarda daquelas pessoas, apenas para averiguarmos se estarão bem.
Hermione hesitou.
- É... Tem um pouco de razão no que você falou. Seria bom mesmo que nenhum comensal descobrisse que estivemos aqui. Voldemort não pode saber.
- Por quê? - perguntou Rony. - O que tem de mais o Harry visitar o túmulo dos pais?
Hermione não respondeu. Haviam chegado ao lugar esperado.
Lá estava ela... a casa. Metade dela, destruída...
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