Vivendo o dia, como se fosse o

Vivendo o dia, como se fosse o



Seguinte pessoal, dessa vez eu demorei a beça pra postar, mas não me culpe, pois não teve um único comentário do capítulo! Como é que eu vou saber que aqueles leitores da página ali estão realmente lendo a minha fic ou apenas clicando nela? Porque senão há alguém lendo, não tenho porque continuar postando, certo?

Pleasssssseeeeeeee!! Façam uma leitora feliz!! Deixem um comentáriozinho de nada... ^^

Não gostaram do capítulo ou sequer notaram atualização? Por favorrrr!! Lembrando que a MeP só tem mais dois capítulos... + epílogo. Então, agora que está acabando, vamos comentar??

Vocês não sabem o quanto me faz bem um comentário!!


^^

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP

Capítulo 27:
Vivendo o dia, como se fosse o último


E a guerra estava decretada. Todos se preparavam para a última batalha, que como na antiguidade, tivera uma data marcada.

Os alunos foram dispensados de Hogwarts, os trouxas avisados do pergio eminente e preparados para a luta; aulas grátis de como duelar no ministérios da magia e um desespero total naqueles que se preparavam para a grande batalha. O gran final...

Quem seria o vencedor?

Em uma noite de fevereiro, dia que antecedia aquele marcado para o fim dessa guerra existente há vários anos, o clima estava pesado no Largo Grimauld, nº 12. Todos aqueles que não tinham famílias para passar o possível “último dia” estavam lá, ou, no caso da família Weasley que estavam todos juntos na sede, reunidos.

Rony e Hermione estavam em um canto; ele, observando tudo ao seu redor; ela, com um livro aberto na mão e passando os olhos por ele, apesar de terem que oir e vir várias vezes para captarem uma das frases.

Harry estava a vista dos dois, porém um pouco longe, perdido em seus pensamentos e com uma sensação estranha no estômago.

O senhor e a senhora Weasley conversavam aos sussuros com os Granger, convidados por eles a passarem aquele triste dia lá. Aliás, tudo que se pronunciava naquele dia era aos sussurros, como se um monstro adormecio pudesse ser desperatdo a qualquer momento. Um monstro que habitava em seus próprios corações.

- Harry, posso falar com você?

Harry ergueu os olhos, surpreso. Estava tão absorto em seus pensamentos que nem viu Gina se aproximar. Ficou curioso... Gina tinha um estranho sorriso nos lábios. Por qual motivo?

- Hum?
- Anda, Harry! Eu preciso lhe falar!

Harry se levantou tropeçando. Parecia ter acabado de acordar. É certo que ele não estava dormindo, mas podia dar a certeza de que estivera sonhando, até ser acordada por Gina.

A garota o levou até um dos cantos da cozina, o encostou na parede e o encarou, ainda com um sorriso nos lábios.

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP

Narrado por Rony:

Pela primeira vez na minha vida não estava conseguindo prestar muita atenção em Hermione. Todos estavam estranhamente quietos, eu sei, principalmente o Harry. E era exatamente isso que estava fazendo com que minha atenção escapasse do brilho castanho dos olhos da garota a minha frente: Harry.

Meu amigo estava estranho, e ao mesmo tempo que eu sabia e entendia o porquê, não fazia a mínima idéia de como tentar aliviar o que ele deveria estar sentindo. Quer dizer, o que nós estávamos sentindo.

É, isso era coisa mais típica de Hermione, ela saberia como aliviar a situação. Fui me virar para chamá-la, mas vi Gina se aproximando de Harry... Sorrindo? Intriguei-me, e ao invés de continuar com o plano, resolvi obervá-los.



O chamou, mas ele parecia estar em outro mundo, até se assustou quando a viu. Trocaram uma ou duas palavras, e ela o conduziu para um canto da cozinha onde, graças a porta da dispensa aberta, eu só conseguia ver uma parte do rosto dele, encostado na parede.

Tentei me concentrar, mas nunca fui bem em leitura labial. Mesmo se fosse, Harry apenas escutava, não parecia estar a fim de falar nada. Suas sobrancelhas estavam apertadas e estava com uma expressão enrijecida. O que Gina estaria falando para que ficasse tão enfurecido?

Infelizmente, quando Harry abriu a boca para dizer alguma coisa, Hermione me cutucou e eu desviei os olhos do casal.

- Você sabe que é feio ficar espionando dos outros? – ela me perguntou com desdém.

Fiquei etre a vergonha e a falta de reação.

- Eu só queria saber sobre o que eles estaam conversando! – retruquei na defensiva, mas saquei na hora que foi a coisa errada a dizer.

Hermione se inclinou na minha direção, com aquele olhar intimidador que só ela conseguia fazer.

- Procure outras coisas para se distrair ao invés de ficar bisbilhotando a conversa de sua irmã e seu melhor amigo.

Senti-me complentamente desarmado, então não respondi nada. Quando ela voltou a encostar-se à cadeira desviei os olhos a ponto de vê-los, aparentemente, abraçados. Perguntei-me se teriam feito as pases, mas afastei o pensamento dos dois ao sentir novamente o olhar de Hermione sobre mim.

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

Rony permaneceu encarando a namorada. Ela ficava tão linda daquela forma! Concentrada, em silêncio. Sempre a observava nesses momentos e nunca se cansava!

Ele ficou reparando em cada detalhe seu. A começar pelos cabelos armados e fofos que molduravam o seu rosto como se ele fosse a obra de arte mais cara e elicada do planeta...

Os olhos abaixados em direção ao livro com pálpebras macias e rosadas, cílios longo e escuros eu encantavam qualquer um que reparasse neles. Rony sorriu ao se lembrar de que sempre que podia, enquanto a beijava, abria os olhos para observar a beleza da garota com os olhos fechados, apaixonada. Nesses momentos sempre interrompia o beijo para dizer que a amava, e depois voltar a beija-la, a trazendo cada vez para mais perto de si.

Desceu os olhos para as bochechas rosadas, mesmo sem maquiagem. Adorava morde-las antes de começar a beija-la com vontade, sentindo a garota se encolher em seus braços e sorrir.

O nariz, pequeno e simples, que não chamava atenção em seu rosto, mas que era tão perfeito! Na sua opinição o nariz mais bonito que ele já vira! Talvez porque estava acostumado em seu olhar no espelho e dar de cara com um nariz comprido e cheio de sardas. E que pele ela tinha! Tão macia, tão limpinha. Se tivesse algumas sardas daria para contar com os dedos de apenas uma mão!

E os lábios? Tamanhos médios, rosados, com a mesma textura aveludada da pátala de uma rosa. Incríveis! Delicados, provocantes...

Ele se levantou depressa e se inclinou. Antes que ela pudesse sequer ter entendido alugma coisa, seus lábios se colaram com sofreguidão, numa espécie de “esboço” de um beijo.

Mas com a mesma velocidade que se juntaram, se separaram, e Rony deu a volta na mesa, se inclinando para sussurrar no ouvido de uma espantada Hermione.

- Vem comigo?

E mesmo sem receber resposta, segurou a mão da garota e a puxou, correndo escaa a cima.

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

Dylan se aproximou de Ammy, que parecia triste, sentada no chão, longe de todos.

- Ammy? – chamou, pondo a mão em seu ombro.
- Ah, oi! – disse ela, depois de ter se assustado. – Desculpe, não vi você se aproximar.

Ele riu.

- Eu vi, você parecia ocupada demais perdida em seus pensamentos.

Ele se sentou ao seu lado, enquanto ela ria, mas logo caíram no silêncio.

- Sabe – continou ele, lançando-lhe um olhar pelo canto dos olhos. – Você não fica bem assim. Tem um sorriso tão lindo! Deveria sorrir mais
- Não tenho motivos para sorrir – murmurou ela, baixinho.
- Você diz... Por causa da guerra? Mas hoje você é livre! Hoje pode ser o último dia de todos aqui. Você deveria aproveitá-lo. Viver o seu dia, como se fosse o último.
- Não é realmente por causa da guerra – disse Ammy, o encarando. – Morreria lutando se fosse preciso. Mas gostaria... De ter Draco ao meu lado.

Dylan sentiu a dor daquelas palavras o atingirem, mas desfarçou.

Sei que tudo vai passar
Quando eu me desligar
E não mais respirar
Sei, as coisas são assim.
Onde tudo tem seu fim
Não tente me esperar

- Você o ama? – perguntou.

Ela desviou os olhos.

- Ama ou não?

Vendo que seria impossível escapar, voltou a encará-lo, e respondeu por fim.

- Mais do que qualquer coisa no mundo.

Foi a vez de Dylan desviar o olhar, tempo suficiente para ganhar coragem e dizer o que precisava dizer.

Vou estar
Em algum lugar
Onde ninguém vai me achar
Entender
Não há porque
Tudo que me faz viver


- Amanhã, Ammy, você não sabe se estará viva. Ne você, nem eu, nem Draco, que assumo, teve peito para se oferecer abertamente ao nosso lado amanhã. Você está esperando o que para ir atrás dele e declarar o que sente?

Ammy sorriu, pesarosa.

- Não vai adiantar. Você sabe como é um malfoy, ele não me deixará chegar perto, é uma batalha perdida!

Ela ergueu os olhos quando sentiu as mãos de Dylan tocando delicadamente as suas.

- Nunca ache que uma batalha está perdida, Ammy, pois ela nunca estará, enquanto você não desistir de lutar.

- Eu tenho medo, Dylan! – exclamou ela, deixando algumas lágrimas escorregarem de seus olhos. – Medo de ouvi-lo dizer que não me qeur. Não agüentaria! Eu o amo tanto que se o ouvisse dizer quenão me ama, acho que morreria!

Dylan sorriu, mas seus olhos pareciam marejados.

- Não e tão ruim assim – disse. – Você supera. Eu estou superando, e se não conseguir. Eu estou aqui.

Ammy secou as lágrimas e o encarou.

- Você...

- Sim, Ammy – falou Dylan sorrindo trsite e tirando uma mecha de cabelo caído nos olhos da garota. – Eu sei que acabei de conhecer você, mas... Bom, acho que é melhor assim, quanto mais tempo tivesse passado mais difícil seria te esquecer agora. – Ela fez mensão de interrompê-lo, as ele a caloum colocando um dedo sobre seus lábios. – Não se preocupe comigo, Ammy. Me acostumei a ser sozinho em todos os aspectos. Vou ficar contente se você conseguir o que quer. Por isso, faça por mim, faça por Draco, mas principalmente por você; vá atrás dele.

Tanto tempo sem saber
Que quase sem querer
Espero encontrar [espero encontrar]
E se a certeza for em vão
Eu busco outra razão
Pra nunca mais voltar


Ela tocou nos dedos do rapaz que ainda estava em seu rosto e os apertou.

Sorriu em seguida.

- Obrigada, Dylan...
- Não agradeça – falou ele, triste mas aliviado por ter feito o que era necessários. – Só faça o que eu te pedi.

Ela o encarou, deu-lhe um beijo rápido nos lábios se despedindo, e correu, subindo as escadas de dois em dois degrais.

Vou estar
Em algum lugar
Onde ninguém vai me achar
Entender
Não há porque
Tudo que me faz viver


Dylan suspirou, tocando com os dedos os lábios que haviam sido beijados com tanta doçura pela garota que ele amava.

Sim, ele a amava. Um amor inusitado, uma paixão relânpago, mas a amava. Sentimento que nunca sentiu por outro alguém...

Distante estou sem me perder
E em silêncio ouço você
Sei onde estou, tente esquecer


Mas ainda estava orgulhoso de sua atitude. Fez o que era certo, sentia que Draco também amava Ammy, e os dois mereciam ficar juntos. Com ele ela nunca seria feliz, mesmo se sobrevivessem na guerra. Nunca lhe daria o amor que ele queria...

Vou estar
Em algum lugar
Onde ninguém vai me achar
Entender
Não há porque
Tudo que me faz viver


Ele crescera sozinho, vivera sozinho, morreria sozinho. Estava acostumado com a solidão.

Secou uma lágrima solitária e se levantou.

Daria o Maximo de si nessa guera, e era nisso que ele tinha que pensar.

Vou estar
Em algum lugar
Onde ninguém vai me achar
Entender
Não há porque
Tudo que me faz viver


♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

Rony puxava Hermione enquanto subiam as escadas, levou-a até seu quarto e fechou a porta.
- Rony, o que...?
Foi calada por um beijo desesperado, enquanto sentia suas costas levemente tocarem a parede fria e Rony apoiava os braços atrás de si.

Ronald Weasley nunca agira assim. Talvez era a proximidade da guerra, quem saberia dizer? Mas quem seria ela naquele momento para não ceder? Quem seria ela para interromper aquele beijo para perguntar?

Hermione Granger?

Sim, sem dúvida Hermione Granger faria isso. Porém, naquele momento ela não estava nem um pouco preocupada com a sua identidade, e a única coisas que achou sensato fazer naquele momento foi corresponder ao beijo, com a mesma intensidade.

Quando finalmente, os lábios do namorado se afastaram (o que aconteceu depois de muito tempo) ela voltou a ser a mesma.

- O que deu em você? – perguntou, não conseguindo deixar de sorrir.
- Você disse para eu achar alguma coisa mais interessante para fazer, não se lembra?

Ela abriu um sorriso ainda maior.

- Por incrível que pareça, eu não falei com a intenção de que você pensasse nisso.

Ele corou.

- Na verdade... Não foi apenas nisso que eu pensei...

Ao desviar os olhos tímidos da garota corada, inevitavelmente eles caíram na cama, conhecididamente próxima

Ergueu correndo os olhos, com medo de que ela tivesse notado, mas tarde demais. Provaavelmente seguira seu olhar, pois ainda mais corada mirava a cama próxima também. Ele não se segurou.

- Hermione...

Ela o encarou de mancinho, constrangida.

- É que hoje... – começou ele. – Quero dizer, amanhã nós não sabemos se estaremos vivos. Eu queria... Queria lutar amanhã com a lembrança que, sem dúvida, será a melhor da minha vida...
Ela baixou os olhos, com o começo de um sorrisinho tímido.

- Quero dizer... Claro, tudo bem se você não quiser, eu nunca te forçaria a nada. Só gostaria... de ter o que pode ser uma última noite feliz.

O coração de Rony começou a bater mais rápido, enquanto esperava uma resposta, mas ela não dise nada.

- Hermione?

Ela ergueu a cabeça, e tinha um brilho em seus olhos que ele nunca vira antes.

Pensando que estivera forçando a barra, Rony a abraçou.

- Harry – murmurou ela.

Ele se afastou para encara-la.

- O que disse?
- Harry não dorme com você?
- Bom, sim, mas com certeza ele vai ficar com Gina.

Hermione sorriu notando que o namorado falara aquilo de forma estranhamente formal.

Silêncio por um tempo.

Rony resolveu não dizer mais nada. Ela lhe falaria se mudasse de opinião.

Deu um beijo suave nos lábios e subiu para a bochecha, rindo com a reação já esperada. Desceu para o pescoço com beijos e mordidinhas de leve, passando para a curva entre ele e o ombro...

Parou. O que era aquilo?

Sim, duas mãos que ele conhecia muito bem invadindo sua camisa.

Não disse nada, continuou o que estava fazendo, sentindo que os botões começavam a ser abertos.

- Hermione – implorou, quando sentiu os dedos da garota deslizarem até o cós da calça, após ter terminado com a camisa. – Isso é a sua resposta?
- Sim – murmurou ela baixinho.

Sem esperar um minuto sequer, Rony pegou uma das pernas de Hermione e a passou em sua cintura. Ela segurou em seu pescoço e ele ganhou apoio para enlaçar a outra também.

Foi até a cama com ela no colo, e a teria deitado delicadamente se não tivesse tropeçado e caído com ela.

- Você ‘tá bem? – perguntou preocupado.

Ela começou a rir e a situação se suavisou.

Se beijaram novamente. Conhecendo-se, entregando-se...

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

- Ainda há tempo de desistir.
- Se quisesse, já o teria feito.

Eles se encararam bem nos olhos.

- Você não parecia tão segura quando te perguntei.
- Não. Se é para ter uma última noite com você eu não estou.
- Mas...
- Eu quero uma primeira. Apenas uma primeira de outras que terão que vir e não uma última.

Ele sorriu e não disse maia única palavra.

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

Ammy subiu as escadas correndo, e sem pensar duas vezes, abriu a porta do quarto de Draco.

Ele se sobressaltou e desfarçou, mas não antes de ela ver algo que a deixou alguns segundos parada a porta.

Aparentemente, ele estava sentado na cama, segurando algo que olhava insistentemente e escondeu depressa. A julgar pelos olhos vermelhos e rosto úmido; chorava.

Sedução pode fazer mal pro coração
Pode despertar uma ilusão e fazer sofrer


Ele se virou de costas para Ammy, enquanto uma mão parecia secar as lágrimas e a outra deslizava para baixo do travesseiro.

Ammy fechou a porta.

- Draco...

Ele apoiou as mãos na cabeceira da cama e permaneceu de costas, a cabeça baixa.

- Você... está bem?

Um soluço que ele tentou reprimir sem suceso lhe informou que não.

Ammy se aproximou lentamente, e por um impulso tocou levemente as costas do rapaz.

- Draco? – repetiu, num tom mais baixo. – Tudo bem?

Ele respirava sonoramente, como se estivesse tentando se acalmar. Ammy olhou para o lado e levou as mãos até debaixo do travesseiro, retirando de lá uma foto pequena e meio massada.

Seu coração apertou-se de uma forma nada singela quando ela reconheceu a mão de Draco. Narcisa Malfoy, jovem e até mesmo sorridente enquanto brincava com um bebê também louro em seu colo.

- Era você?

Ele virou-se para trás, ainda com os olhos vermelhos, e arrancando a foto de suas mãos, rasgando-a. Ammy tentou impedir, mas não conseguiu. Em instantes o que era uma fotografia bruxa se transformara em farelos.

- Draco, por que fez isso?
- Não preciso dela – ele exclamou com um voz estranhamente rouca.

Ammy inspirou para tomar paciência.

- É claro que você precisa, Draco. Você sente falta dela, está na cara! Por que simplesmente não pode assumir isso?

Ele não respondeu.

- Você me disse, na... última vez que nos falamos que todos o consideravam um ser sem coração, sem sentimentos e qua não se importava com ninguém, apenas com si próprio. Será quenão é você que tem essa opinião sobre você mesmo?
- Eu...
- Você deveria começar a expressar mais seus sentimentos. Draco. Isso, não faz de você um fraco...
- Ammy...
- ... Ao contrário! Um fraco é uma pessoa que se entrega aos seus problemas, aceitar ajuda de alguém não vai torná-lo mais vulnerável...
- Ammy, eu...
- Porque você não diz o que você sente? Não expressa seus sentimentos, não aceita a ajuda das pessoas que gostam de você ao invés de mantê-las longe? Porque você não deixa que se aproximem? Não deixe que eu me aproxime de você?

Me entreguei, confiei no seu amor
Juro que me dediquei, você nem ligou
Seduziu, mas não quis se envolver
Nunca me levou a sério então
Eu resolvi te esquecer


Ela calou-se, notando, pela primeira vez a intensidade daqueles olhos claros e úmidos que a encaravam.

Ele sacudiu a cabeça, desviando o olhar.

- Eu vivi toda a minha vida acostumado a ser quem sou, Ammy. A ser assim. Não conseigo simplesmente mudar.
- É claro que você não conseguirá de uma hora para outra, Draco, mas se você tentar...
- Eu tento! Só que... não consigo.

Ela sorriu bondosamente.

- Continue tentando! Uma hora, quem sabe, você não consegue? Apesar de que...
- Apesar?
- O dia já está indo embora. Amanhã... Amanhã a gente pode não se encontrar mais, e...

Ela abaixou a cabeça, derrotada. Sempre falou o que queria claramente, e nunca recebeu valor. Esperaria... não mendigaria compaixão, não mendigaria afeto...

Mas depois algo me surpreendeu
Uma lágrima caiu dos seus olhos
quando eu te disse adeus



- Você está com medo? – perguntou Draco displicente.

Ammy o olhou.

- Você está? – devolveu.

Ele esperou um pouco para responder.

- Como você falou... Amanhã... Amanhã pode ser o fim, e eu sequer consegui mudar. Sequer consegui... me abrir. Acho que lamentaria muito morrer sem antes ter essa oportunidade.
- Ainda há uma noite.
- Não é o bastante para quem desperdiçou 17 anos.
- Mas já é alguma coisa.

Ela o encarou, insistente.

- Não! – exclamou quando ele baixou os olhos, segurando em seu queixo e fazendo-o olhá-la novamente. – Olha para mim...

Me olha nos olhos e diz que então me quer
Olha nos olhos e diz
Se o coração tá querendo falar,
Me olha nos olhos e diz


Foram faíscas que explodiram ao encontro daqueles olhos. Mas não foram faíscas de ódio, irritação, mas faíscas que caíram pesadamente no estômago de ambos.

Ammy quase se inclinou para beijá-lo, mas se segurou. Não disse que mudaria? Não disse que seria diferente? Esperaria uma reação de Draco e não se ofereceria novamente.

- Ammy, você... vai fazer alguma coisa ainda hoje?

Ela sentiu a própria respiração falhar.
- N-não. Porque?
- Você... não quer ficar aqui?
- Mas eu já estou aqui...
- Não, Ammy. Você não quer... fica... comigo. Aqui?

Ela engoliu em seco, compreendendo. Mas não seria assim. Esperou tanto tempo para ouvir certas palavras dele... Não desistiria enquanto não as ouvisse.

- Mas... Eu estou aqui. Com você. Não estou?

Draco bufou, começando a ficar impaciente.

- Eu sei que você está aqui, Ammy. Eu estou falando com você, não estou? Eu quero saber se você não quer... Não quer passar a noite aqui. Comigo.

Ele corou com as próprias palavras. Ou talvez seria apenas reflexo de uma Ammy extremamente vermelha, quem sabe?

- Você sabe que eu adoraria – ela falou lentamente. – Mas... Por você. Eu tenho motivos para isso?

Me entreguei, confiei no seu amor
Juro que me dediquei, você nem ligou
Seduziu, mas não quis se envolver
Nunca me levou a sério então
Eu resolvi te esquecer (te esquecer)


Ele franziu as sobrancelhas, a princípio não entendendo, mas depois percebendo a onde ela queria chegar.

Foi a sua vez de engolir em seco.

- Eu... não sei se teria jeito para isso, Ammy. Eu nunca fiz isso que você quer que eu faça. Nunca precisei...

Mas depois algo me surpreendeu
Uma lágrima caiu dos seus olhos
Quando eu te disse adeus


Ele notou o desapontamento nos olhos dela e sentiu algo queimar em seu estômago. Num impulso, pegou em suas mãos, fazendo-a voltar a encará-lo.

- Porém, se você não se importar, eu posso tentar...

Ela sorriu.

- Eu não me importo.

Draco inspirou profundamente, tomando coragem. Céus! Aquilo era mais difícil do que receber o sectussempra de Potter neste ano! Pelo menos, ele ainda tinha a elegância que recebera desde pequeno.

Apertou mais as mãos de Ammy e voltou a encara-la, enquanto se acomodava de joelhos no colchão.

- Hãm... Em primeiro lugar, Ammy, eu queria... Queria pedir... D-desc-culpas por ter... brigado. Com você.

Ele ficou esperando uma reação dela, que apenas riu. Draco malfoy estava sem dúvida desconcertado, e aquilo chegava até a ser engraçado.

- Eh, você não vai dizer nada, não é? Certo... Bem... Se você me desculpou, eu quero dizer que... Depois daquele dia, eu... Eu senti muito a sua falta e comecei... A pensar. Acho que... Eu também... Também...

Ele soltou o ar e fechou os olhos.

- Eu também amo você, Ammy. – respondeu suavemente.

Me olha nos olhos e diz que então me quer
Olha nos olhos e diz
Se o coração tá querendo falar,
Me olha nos olhos e diz
Me olha nos olhos e diz que então me quer
Me olha nos olhos e diz
Se o coração tá querendo falar me olha nos olhos e diz


Ele abriu os olhos lentamente. Não podia acreditar quão facilmente as palavras escaparam de sua boca, e encontrou Ammy lutando para segurar algumas lágrimas que queriam explodir de seus olhos. Foi a última visão que teve antes de fechar os olhos novamente, sentindo o sabor e a leve pressão daqueles lábios sobre os seus.

Ammy não resistiu àquelas palavras e o novo impulso de beijá-lo surgiu novamente, dessa vez, não o repelindo, e rompeu a distância entre eles, colando seus lábios.

Draco a puxou para mais perto, seu corpo e coração exigindo um maior contato. Ela cheirava a chocolate!

Sentiu os lábios de Ammy se entreabrindo e não resistiu, aprofundando o beijo, enquanto enlaçava a sua cintura.

Separou-se alguns minutos depois, para tomar ar, e a encarou. Tinha uma dúvida...

- Ammy...

- Hum? – Ela ainda tinha os olhos fechados, a expressão sonhadora e os lábios vermelhos. A visão mais linda que ele já tivera dela!

Por Merlim, se ela não mudasse aquela expressão ele não conseguiria perguntar nada!

- Ammy – chamou de novo e ela abriu os olhos, olhando-o, interrogativa. – Ammy, você... E aquele cara...

Ela mirou bem aqueles olhos cinzentos, tentando decifrar o que eles queriam dizer. Pareciam mostrar medo, insegurança, desespero. Sorriu e o abraçou.

- Dylan e eu somos apenas amigos.
- Apenas amigos?
- Grandes amigos. Foi ele quem me convenceu a vir te procurar hoje.

Draco se afastou o suficiente para encara-la. Sério.

Por um momento ela se assustou, mas ele logo sorriu.

- Então, acho que devo agradecê-lo também.

Ammy sorriu e eles voltaram a se beijar.

Naquela noite, talvez última, eles não saberiam, Draco repetiu centenas de vezes a frase que por sua vida toda, se negou a declarar.

No momento do êxtase, juraram amor pelos restos de suas vidas, mesmo que esse resto pudesse significar apenas mais algumas horas.

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

Harry e Gina estavam sozinhos em um cômodo afastados da casa. Sentados no chão, Gina entre as pernas de Harry e este com as mãos sobre a sua cintura, encostado na parede.

- Gina – Harry chamou baixinho, rompendo o silêncio que reinava já há certo tempo, exceto pelo crepitar do fogo na lareira. – Se eu falar uma coisa, você promete me escutar e não levar a mal?

Gina suspirou, os olhos semicerrados.
- Não vai adiantar, Harry.
- Porque? – ele insistiu.
- Eu não vou abandonar você.
- Você não estará me abandonando – falou ele. – Eu sou obrigado a seguir este caminho, você não.
- Ah, Harry – Gina suspirou de novo. – Eu sei que você está preocupado, mas eu prometo que vou lutar sensatamente. Aliás, nem vou me arriscar tanto assim, não estarei na guerra mesmo. Estarei no St. Mungus ajudando a cuidar dos feridos. Não estarei correndo tanto risco.
- Estará, Gina, nós não sabemos se vão invadir a hospital também, ainda não descartarmos essa hipótese. Você poderia...
- Ficar escondida enquanto vocês enfrentam sozinhos um batalhão de seguidores do mal? Nunca, Harry.

Harry fechou os olhos, sentindo-os arderem.

- Por favor, Gina...

A garota se virou para olha-lo, ao escutar aquele tom de súplica, e secou uma lágrima solitária com os dedos.
- Harry...

Ele abriu os olhos, e por um momento, quis que o dia de amanhã nunca chegasse, que aquela noite nunca acabasse... Mas sabia que não adiantaria. Não havia escapatória, e Gina não desistiria, era tão teimosa!

- Tudo bem, não quero brigar com você. Mas por favor, cuidado! E se caso eu não...

Gina colocou seus dedos sobre seus lábios, impedindo-o de continuar.

- Por favor, não continue...
- Mas é preiso, Gina, você sabe que isso é possível...
- Por favor, Harry – Era ela quem chorava agora.

Harry a abraçou, encarando o fogo, e eles permaneceram daquele jeito.

O silêncio... era a melhor forma de driblar seu sofrimento, quando não existiam palavras capazes de oferecerem algum consolo...

♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥MeP♥

Sei, bem meloso esse cap, não? Mas eu tinha que juntar as casais agora, né? Já que não temos mais tempo... Alias, próximo capítulo uma mão na roda para aqueles que gostam de ação... Vocês vão perder a guerra? Contada, ainda por cima, em terceira pessoa do ponto de vista de várias personagens...

Mas gente, eu estou triste, porque é o fim da fic! Postarei só quando tiver comentários dessa vez... (Eu sei que é chato!!! Mas eu preciso deles pra sobreviver!)

XD

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