Procurando Lily! Betado

(Green Day - Basket Case)




No capítulo anterior...
A noite se passou num hotel de médio porte onde cada um dos quatro amigos adquiriu um quarto, Lily poderia fugir, voltar para casa, mas ela não desejava fazer isto....

Capitulo 6 - Procurando Lily!

(titulo alternativo ) : Lily sumiu mesmo!


Você está com dor. Isso é tudo que você sabe. Sua cabeça está batendo e seu coração está pulsando e você deseja saber se alguém conseguiu amarrar um nó no seu pescoço.

Lily se deu conta que estava deitada, com a bochecha apertada contra o chão de madeira parda. Havia um gosto desagradável na boca. Com esforço ela abriu os olhos e então os fechou novamente enquanto a luz de um bulbo nu oscilava queimando seus olhos. Ela esperou, então os abriu uma segunda vez. Lentamente ela endireitou as pernas e esticou os braços, e pensou o que costumava pensar toda vez que isso acontecia.

Foi assim quando os sonserinos decidiram que seqüestrar “a sangue ruim” e deixá-la na floresta proibida era uma boa idéia; foi assim quando seus supostos “melhores amigos” decidiram lhe trazer de volta a lembrança; e estava acontecendo de novo.

Você ainda está viva. Você é prisioneira. Mas por alguma razão eles não a mataram.

Deu uma olhada ao redor. Ela estava em um quarto completamente nu: nenhum tapete, nenhuma cortina, nenhuma mobília, nenhuma decoração. Nada. Havia uma porta de madeira, presumivelmente fechada, e uma única janela. Ela foi pega de surpresa por ver que não estava barrada, mas quando ela cambaleou para a janela, ela entendeu por quê. Ela estava suspensa, sete ou oito andares.

Se sentando lá, ela jogou os eventos que tinham a trazido a este lugar.

Quatro homens tinham vindo ao hotel, matado a queima roupa o segurança, Clark, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Os homens haviam invadido o quarto no meio da noite, sem varinhas, usando uma FP9 com única fabricação na Hungria, ela sabia por que seu pai era admirador das armas de fogo e sempre a fazia freqüentar clubes de tiro nas férias. Mais uma das coisas sobre o pai que Lily nunca admirou.

Ao ver que ela tinha acordado um dos homens veio a porta. Ele era baixo, negro, e por causa de uma grande cicatriz no lado esquerdo, ela o apelidou de Cicatriz. Ele, ao que parecia, era o líder. Ele a puxou para fora enquanto apontando a arma de longe.

- Se levante! - ele estalou. - Você deve vir comigo.

Eles passaram por um guarda, o segundo homem do ataque, que sorriu. Era da mesma altura do outro, moreno, e o que o destacava eram os dois dentes da frente, feitos de ouro. Lily chamou-lhe de Dente Dourado. Ele também os acompanhou. Ao fim do corredor ela encarou o terceiro homem. Ele era extremamente alto e desengonçado, tinha um cabelo ralo cor de gengibre e, ao contrário dos outros, nada lhe parecia ameaçador a não ser a altura, com um leve sotaque austríaco, ele foi apelidado de Gigante.

Ela tinha que pensar rápido, olhou ao redor, o andar parecia não ter fim. Aparentemente fora um hospital, agora abandonado. Num estalo Lily teve uma idéia. Ela sabia que eles não eram dos mais inteligentes, e ela tinha um plano.

Rapidamente deu um tapa na cabeça de Dente Dourado, o homem olhou para Gigante e fez cara feia. Ela deu outro tapa. Dente Dourado se enfureceu e empurrou o outro homem na parede. Cicatriz se assustou e, esquecendo-se de Lily, foi separar a briga. Era o que ela precisava. Num momento ela estava lá, no outro ela já estava no outro andar correndo desesperadamente para uma possível saída. Deu de cara com três corredores. Ela não tinha tempo de investigar os três, logo eles a alcançariam. Mais uma idéia, talvez não tão boa, mas era a única chance.

Ela correu ao primeiro corredor observando qualquer coisa que pudesse auxilia-la. Num quarto havia uma maca, uma pia e um vaso. Ela ouviu uma voz, um leve sotaque austríaco, era Gigante. Ela entreabriu a porta, ele se aproximava. Lily pegou uma pedra pequena e mirou o mais longe que podia. Um barulho ao fim do corredor. Gigante se pôs a correr, sem desviar de nada. Lily colocou o pé, e a próxima coisa que viu foi Gigante caindo de cara no chão, quanto mais alto se é, maior a queda. Rapidamente ela pegou o vaso, era pesado e de cerâmica, e jogou com toda força na cabeça do homem. Ele desmaiou e ela calculou que isso lhe daria uma vantagem de quinze, talvez vinte minutos.

No próximo corredor ela ouviu a voz áspera de Dente Dourado.

- Venha cá garotinha eu não vou lhe machucar... - ele gritou, sem deixar de completar num sussurro - ...muito.

Lily olhou o segundo corredor, havia um desfibrilador à esquerda. Ela já vira filmes o bastante para saber para que servia. Se estivesse funcionando um choque de alta voltagem atravessaria o corpo do homem com facilidade. Ela teria que se arriscar. Mansamente chegou perto do aparelho e ligou, havia algumas instruções apagadas, mas algo disse à ruiva que lhe bastava apertar o botão vermelho, sempre era o vermelho. Dente Dourado virou-se rapidamente, mas não antes de Lily esconder ao aparelho as costas. O Homem aproximou-se com o rosto assustador. Lily sentiu a voltagem pulsando em suas mão e, assim que o homem se aproximou o suficiente, ela esticou os braços para frente e apertou o botão disparando uma alta voltagem no peito do homem que caiu abruptamente no chão batendo a cabeça na parede.

Agora só faltava mais um, mas ela não iria procura-lo. O segundo corredor a levava a um elevador, era sua liberdade. Sem demora ela correu para a saída. Era só ela e a sua liberdade. Foi aí que sentiu.

Não é só o metal frio da arma que te faz perceber que uma arma está apontada no seu pescoço, era o sopro da morte que vinha junto com isto.

- Levante-se. Continue andando e não fale com ninguém. Vista essa roupa - Cicatriz lhe entregou um conjunto largo de moletom e um boné. Ela vestiu por cima da roupa que tinha desde a noite anterior e ele recomeçou a falar. - Do outro lado da rua tem uma Van, eu quero que você entre lá, eu vou está logo atrás, e se você se quer respirar fora do ritmo eu vou estourar essa cabecinha ruiva em mil pedaços.

Lily sabia que esse era seu fim, depois de tantas coisas ela iria morrer numa Van, sozinha.

Logo apareceu Gigante e Dente Dourado, Gigante tinha um corte no cílio e tinha o nariz sangrando. Dente Dourado tinha perdido um dos dentes de ouro e tinha a camisa queimada no lugar do impacto com o desfibrilador. Ambos tinham um olhar maluco. Como se matar Lily não fosse suficiente. Antes teriam que cortá-la em pedaços bem pequenos e da maneira mais dolorida. Não foi só o fato de ela conseguir derrotar os homens, foi o fato de eles, homens e adultos, serem humilhados por ela, uma mulher, quase uma menina.

Eles saíram ao lado de um estádio, onde uma partida de futebol entre o Manchester e o Liverpool tinha acabado de terminar. Pelos gritos dos torcedores Lily percebeu que a partida havia acabado com um resultado de dois a um para o Liverpool. A rua era larga e estava extremamente cheia. Atrás, os três homens andavam disfarçadamente ao lado da ruiva.

Os fãs do Manchester pareciam ter ido, levando sua decepção com eles. Mas os partidários do Liverpool estavam sem pressa. Já era noite, e era uma noite moderada, enquanto os amigos gritavam à vitória. Lily soube que a situação dela ficaria pior a cada passo que desse. Aqui mesmo, agora, poderia haver algo que ela poderia fazer. Havia dois policiais, conversando juntos, inadvertidamente que qualquer coisa estivesse errada. Haveria dúzias mais na Estrada. Lily imaginou Cicatriz fechando a porta da Van, naquele momento ela seria morta.

Ela não podia falar; ela não pôde se virar. Ela tinha que manter reta, sem qualquer ação. À frente dela, próxima à saída do estádio, ela pegou um olhar rápido. Dois partidários do Manchester nas camisas do time. Um deles era um skinhead(1) e tinha olhos pequenos, vermelhos e uma face corada, cara-marcada. Ele estava fazendo careta aos torcedores do Liverpool e Lily poderia ver que ele amaria causar bagunça. Ele estava se balançando nos seus pés. Ele provavelmente estava bebendo. Mas havia muitos policiais ao redor. Tudo que ele tinha era atitude - e ele estava mostrando muito disto como ele podia.

E de repente ela teve uma idéia. Ela mais se parecia com um menino, e isso, naquele momento seria de grande ajuda. Cicatriz estava mantendo um olho em cada movimento. Mas ele não poderia ver o roto dela. Ele não podia ver o que ela fazia com as mãos. Mas o partidário do Manchester podia.

Lily reduziu a velocidade.

- Mantenha - Cicatriz ordenou em uma feia voz baixa.

Lily encarou o skinhead. Ela tinha lido uma vez em algum lugar que se você encarasse outra pessoa muito duro, eles se dariam conta de você. Ela tinha tentado freqüentemente isto quando ela estava entediado na sala, principalmente com o Potter. Agora ela focalizou toda sua atenção até mesmo no homem quando ele continuou andar adiante, enquanto tecendo pela multidão.

O homem observou. Não era nenhuma telepatia; não havia nenhum modo real de que ele poderia o evitar. Lily estava a aproximadamente quinze metros, se pondo mais perto a todo o tempo. Pessoas estavam cruzando na frente dela os pais com os filhos, pares, os fãs vestidos com o símbolo do Liverpool - mas Lily os ignorou. Os olhos dela perfuraram no partidário do Manchester.

O skinhead a notou. Os próprios olhos dele se estreitaram.

A mão de Lily estava contra a barriga dela. Com o olhar ainda fixo no homem, (2)ela elevou dois dedos lentamente e deliberadamente, então derrubou um deles. Não, Cicatriz não tinha visto, ela estava sinalizando a contagem: dois a um. E ela tinha deixado a posição de dedo mediano dela ofensivamente na vertical. Lily zombou ao partidário, enquanto tentando olhar tão agressiva quanto ela podia. O partidário a fitou. Lily repetiu o sinal. Este foi o pior insulto que ela poderia lançar ao homem sem abrir a boca.

Ele tinha assistido o time dele perder com desgosto, e a penalidade arruinada nos segundos finais tinha o enfurecido. E aqui estava um pequeno convencido, um partidário do Liverpool, tirando sarro dele! Bem, para inferno com a polícia. Para inferno com a multidão. Ele não ia se levantar aqui e levar isto. Ele ia tirar satisfações.

O partidário do Manchester parou na frente dela, enquanto bloqueando o caminho.

- Qual é o seu problema? - ele exigiu.

Lily parou - ela não tinha nenhuma escolhaa - e sentia Cicatriz se encontrando por acaso com ela. Não havia mais qualquer distância entre eles.

- Eu disse - qual é o seu problema?

Lily não disse nada. Tinham-lhe ordenado para não falar. (3)Ao invés ela torceu a face em uma zombaria de diversão, enquanto escarnecendo o homem que se levantou na frente dela.

Funcionou. O partidário a xingou e mandou um punho fechado no rosto dela. Lily se abaixou. O punho voou passado na cabeça dela e bateu na garganta de Cicatriz que tinha estado logo atrás parado. A arma disparou. A bala bateu no partidário do Manchester no braço. Pânico estourou. De repente todo o mundo estava gritando e estava correndo, atento que alguém tinha sido atingido, mas não sabendo quem tinha atirado. Os dois policiais correram pelos portões. Atrás deles se apareceu um terceiro policial a cavalo. O cavalo relinchou e começou a empurrar pela multidão se espalhando.

No momento que a bala tinha atingido o skinhead, Lily saiu correndo sem nem mesmo olhar para trás, com uma leve culpa, mas o arruaceiro não tinha se machucado tanto. Ela correu o máximo que pode, mas quando suas pernas já não agüentavam mais ela parou encostada em um poste. Aquele foi seu erro. Uma mão encostou-se ao seu ombro. Era Rupert Summer. Sim, ele era o quarto homem, o que não se envolveu na briga, o que estava mascarado.

••••••

James estava jogado no banco de trás do carro, ainda se perguntando como pode ter deixado isso ir tão longe. Há menos de uma semana sua maior preocupação era sobre a festa de casamento, e agora nem mesmo sabia onde sua noiva estava. Desaparecida no meio da noite, uma porta arrombada, um homem morto. Tudo indicava que fora seqüestrada por muggles(4). Por quê? Como eles haviam descoberto? Será que eles conheciam o pai de Lily? Pelo pouco que James sabia ele era um riquíssimo empresário. Mas como eles descobriram se estavam tomando cuidados, não ligaram para ninguém, não falaram com ninguém... A não ser... Peter! Eles tinham encontrado com Peter pouco antes de chegar ao prédio, ele estava estranho. Ele havia avisado que todos estavam procurando por Lily, tanto a policia muggle, quanto os outros aurores. Afinal, o pai de Lily tinha influencias.

- Não se preocupe Pontas, nós vamos encontrá-la.

- Que tipo de futuro marido sou eu Almofadinhas? Eu deixei um bando de caras levarem minha noiva!

- Você não poderia fazer nada – disse Marlene endireitando o retrovisor do carro. – Assim que nos passarmos na casa da minha mãe eu vou fazer uma poção de localização. Se ela realmente foi raptada por muggles vai dar certo!

James deitou a cabeça no banco, latejava, ele nunca mais falharia com Lily, nunca mais...

••••••••

- Alô. - Mr. Evans atendeu a secretária.

- Mr. Evans, Mr. Sumer na linha 2.

- Obrigado. - O homem apertou o botão com um largo e falso sorriso. - Novidade Rupert?

- As melhores. Devo dizer que Lily está cada vez mais arrisca, machucou três dos meus melhores ... serventes muggles. - O homem riu.

- Pode chamá-los de capangas.

- Como queira Mr. Evans, não se preocupe, nos não a machucaríamos.

- Tenho certeza que você não faria isso - Mr. Evans falou ríspido.

- Claro, espero que não se importe, tivemos que aplicar um pequeno sedativo. Amanhã a entregaremos na sua casa. E também quero que não se esqueça do nosso acordo. Vinte por cento das ações após o casamento. - Rupert falou receoso, mas sem deixar sua voz desfalecer.

- Mr. Summer, eu não esqueço de suas promessas, e também espero que você cumpra as suas... - Sem mais palavras, Mr. Evans desligou o telefone.



••••••

- O que eu estou fazendo aqui? Você tem algum problema? James vai te cortar em pedacinhos...

- Lily, Lily, Lily. Sempre tão agressiva. O Potter nunca vai chegar antes do grande dia.

- Grande dia?

- Eu sou rico, eu sou bonito, eu sou influente, puro sangue... Um homem perfeito, e em dois dias um dos homens mais ricos da Inglaterra, e também o futuro candidato a ministro. O parlamento vai suplicar para que eu assuma o posto, e você Lily, vai estar ao meu lado – Rupert sorriu. Rupert Summer estava longe de ser feio, tinha olhos e cabelos tão negros quanto a noite, porte atlético, sorriso cativante. Mas qualquer um que notasse mais que aparência perceberia em Rupert um homem frívolo e cruel.

- Que você era rico e egocêntrico eu já sabia. Agora essa de louco e enfadonho, é totalmente nova.

- Ao meu lado você será grande – ele continuou a ignorando. – Ao meu lado Lily Evans, você será invejada tanto no mundo bruxo quanto no mundo muggle. Quantos primeiros-ministros muggles você já teve notícia? Eu te respondo, nenhum! Eu serei o primeiro, e quem sabe um dia eu também cheque ao ministério no lugar de Fudge? Aquele velho maluco! Não tem noção do que o espera...

- Eu realmente tenho que ouvir toda essa bobeira? Quero dizer, estar num quarto com as mão amarradas não é castigo suficiente?

- Ora Lily, se eu fosse você eu não faria tantas piadinhas, lá fora eu tenho três homens que adorariam lhe dar uma lição!

A ruiva ficou ainda mais vermelha, mas ainda não era a hora, ela daria um jeito, ela tinha que confiar nos seus amigos....


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(1) skinhead: É um cara de cabeça raspada, um encrenqueiro, eu realmente não sei como se chama aqui no Brasil porque eu aprendi isso no Inglês, e lá eles não dão a tradução pro português, você tem que entender e blá, blá, blá.


(2)O sinal da Lily: Vocês entenderam né o que ela fez, foi tipo, aquele gesto feio que muita gente faz, principalmente no transito. Levanta o maior de todos sozinho.. (¬¬)

(3)Sim gente, Lily mostrou a língua pro cara. Hshsh

(4) Gente, eu não disse no capitulo anterior, mas eu prefiro o termo muggle ao termo trouxa. Até porque ficaria muito estranho o pai da Lily dizer “Eu sou um trouxa”. (Uu)

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N/B: Uaaaaaaaau! Que legal! Ela foi sequestrada!!! Cara, eu odeio o pai da Lily. Sério. Ô pateta!
Hehehe
O capitulo ficou ótimo, Mel! Como sempre ;)

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Thanks to:

ina clara

Cah Black

Bru Black e Marii Lupin

Carla Ligia Ferreira

thamy gibson evans

Espero que tenham gostado desse clima de ação, eu sei que é romance, mas estou lendo a serie Alex Rider que é totalmente ação e eu não consigo deixar de me influênciar, mas eu prometo um final bem “mel”. Se vocês não estiverem gostando é só avisar... A eu queria dizer o quanto foi dificil escolher uma musica para esse capitulo porque eu não sabia se colocava uma pra definir o Rupert ou uma mais haver com o capitulo. Eu infelizmente não encontrei a musica que eu queria, então resolvi colocar uma animada, a cara da bagunça da lily.. BJKAS!

Quanto ao próximo capitulo..
O quê é o grande dia?
Quem esse Rupert pensa que é para falar assim do nosso James?
Porque o pai da Lily é tão mau?
Um pouco mais de Lene e Sirius?
E onde o Peter entra nessa historia?

Só no próximo capitulo (má eu? ‘Magina!)