O Castelo do Vale



-Bem, aqui estamos – lhe disse Remus no dia seguinte. Estavam diante de um castelo de pedra, não muito grande, com quatro torres. A Escola não era muito longe do povoado.

Eles entraram e Remus juntamente com Harry sentou numa das cadeiras vermelhas no hall da escola. Uma voz atrás deles sussurrou:

-Harry Potter. Dumbledore me disse que viria logo. Podem vir, por favor.

Remus se surpreendeu ao escutar a voz. Deu meia volta e meio que contemplando a pessoa exclamou:

-Laura... É você. Depois de muito, muito tempo se te ver...

-Que surpresa! – disse a mulher sarcasticamente – Boa Tarde Professor Lupin. – disse meio mal-humorada – Devo... Devo levar Harry para conhecer o castelo – dizendo isso, a mulher o pegou pelo ombro e saiu rapidamente do hall.

“O quê que está acontecendo aqui?” Se perguntou. “Alguma coisa rolou ou rola entre esses dois” Mas não teve tempo para pensar em mais nada, porque já sem a cara de mal-humorada, a mulher lhe deu um amável sorriso e se apresentou:

-Sou a professora Laura Poly, diretora da Escola Humstall de Estudos Mágicos. Te mostrarei o castelo, certo?

Passeou com Harry por todo o castelo. Tinha um terreno enorme, campo de Quadribol e uma depressão para as aulas de Trato das Criaturas Mágicas. Entrando no castelo, no primeiro andar estavam o salão de jantar, a enfermaria e a sala do zelador; no segundo, os escritórios dos professores e a biblioteca; no terceiro, a sala do Leão, onde os alunos passam o tempo quando não estão nas aulas e os dormitórios; e no quarto andar estão as salas de aula. Na Torre Norte, ficava o corujal, na Leste a sala de adivinhação, na Oeste a sala de Astronomia e na Torre Sul, o escritório da Professora Poly.

Ao terminar o passeio, Harry se animou a fazer uma pergunta:

-Os alunos aqui não são separados por casas?

-Não – respondeu ela – São muito poucos, somente dez por turma. Mas ganhamos em espaço. – terminou ela sorrindo.

Harry esteve a ponto de perguntar como eles jogam Quadribol, mas se conteve. A professora Poly olhou seu relógio e exclamou:

-Santo céu! Olha que horas são! Deve ir embora, amanhã deve estar aqui as oito da manhã em ponto com seu malão. Certo? Nos veremos amanhã.

Dito isto, ela o levou até uns dois corredores onde Remus estava. Sem saber o porque, Harry percebeu que ela queria a qualquer custo evitar o professor Lupin. Decidiu não se meter mais no assunto.

Depois, Lupin o acompanhou ao povoado e comprou as vestes de Humstall. (Negras, com alguns detalhes nas mangas e na parte de baixo em vermelho.) Na manhã seguinte, Harry estava pontualmente as oito da manhã na parte de fora do colégio com todas as suas coisas e um pouco antes da professora Poly chegar, Edwiges vinha voando cansada, e pousou no ombro do garoto com uma carta em sua pata. Era de Cho.

Querido Harry:

As novidades aqui não são muitas, realmente lamento o que aconteceu com você, como você me pediu, não vou lhe perguntar o que aconteceu para Snape ter tentado lhe expulsar e destruir sua varinha, como ele era um Comensal da Morte, suponho que ele tenha feito isso a mando de Você-Sabe-Quem. Bem, respondendo a sua carta, acho que devo lhe responder uma coisa: Eu não sei responder o que é o amor, as respostas cada pessoa encontra do seu jeito, eu, por exemplo, amei Cedrico e ele continuará para sempre dentro de mim como uma lembrança boa e eterna. Bem, pelo jeito que você escreveu a carta, você deve estar se apaixonando pela... Qual é o nome dela mesmo hein? Ah, sim, me lembrei, Gina Weasley! Vai demorar um pouco para você admitir isso, outras pessoas lhe dirão o mesmo. Mas, bem, mudando de assunto... Ah! Tenho uma novidade, estou saindo com um garoto aqui de Beauxbatons e você me perguntaria: Mas o corpo de Cedrico ainda nem apodreceu? Bem, acho que ele gostaria que eu ficasse com outras pessoas se ele morresse, do mesmo jeito que eu desejaria a ele. Lembrei que nosso plano era ficarmos bem, mesmo um sem o outro. E sobre a Escola... Humstall é bem interessante, ouvi falar algo sobre ela alguma vez! Bem, até a próxima!

De Sua Amiga,

Cho Chang.

Após ler a carta, ele guarda, Edwiges entra na sua gaiola e saem do castelo para recebê-lo, um homem velho e aparentemente fraco, um garoto loiro e magro e a Professora Poly.

-Bem vindo Harry – disse ela – Esse é Henry Seward, o zelador e ele – disse indicando o garoto loiro – É Jean Duboix, o monitor e ele te ajudará por hoje quando precisar. Devo ir, dou aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

-Bem, garoto – disse o zelador – te ajudarei com suas coisas até o dormitório.

-Não se preocupe, posso levar sozinho – disse Harry.

-É para isso que estou aqui. – disse o zelador.

O zelador pegou a pesada maleta de Harry, pôs no ombro e levou também a gaiola de Edwiges e entrou. Parecia simpática, bem mais que Filch. Separaram-se no quarto andarl. Jean levou Harry a Sala do Leão, onde estavam os demais alunos como ele, do quinto ano:

-Garotos, prrestem atenção. Chegou um garoto novo, Harry Potter – disse ele com um esforço para pronunciar a letra “R”.

-Olá – lhe cumprimentou um garoto – Sou Alex Scott. Somos daqui, não é Annie? – perguntou ele a sua prima, uma garota de cabelo avermelhado que lhe lembrava Gina.

-É Alex – disse Annie – Jean é francês, mas está aqui porque...

-Bem, acho que já se conheceram – cortou Jean rapidamente – Ela também é do quinto ano, aquela garota ali, Joan Fenton. Não fala, muito e é estudiosa, mas é muito bonita – terminou ele corando, apontando uma garota de cabelos tão loiros quanto os de Jean, enquanto Alex abafava uma risada.

-Olá, quem é o novato... Meu deus! Harry Potter! – exclamou uma garota morena, de cabelos castanhos, lisos e lonfos, um pouco descuidados, aparecendo atrás deles.

-Não é bom falarr assim dos outros Paty. Harry, ela é Patrícia Henderson, mas a chamamos de Paty. A ovelha negra da turma: Revoltada, brincalhona, um pouco rebelde, mas faz uns bons feitiços. E é muito valente quando necessário.

-Patrícia está aborrecida – disse ela se referindo a si mesma em terceira pessoa num tom sarcástico – E é você quem não deve falar assim dos outros, senhor perfeição. Você está contribuindo para a má fama com todos os garotos que chegam no colégio. Assim eu vou ficar solteira!

-Não importa, deveria se portar melhor, os professores já estão fartos.

-Olha quem fala!

Harry lembrou Rony e Hermione discutindo no primeiro ano. Outro garoto que até então se mantivera calado fala.

-Quem é esse? – perguntou – Ah, Harry Potter. O que faz aqui?

-Cala a boca Franz! Não é certo tratar assim os demais, não tem que ser assim. Parece até o dono do colégio.

-Ah, já chegou o Dom Perfeito. Perdão por invadir seu Metro Quadrado Particular.

-Cale-se, e você Harry, faça apenas pouco caso, Franz Sellers gosta de ser um tanto... Desagradável com seus companheiros.

-Ah, Paty, isso de você ficar solteria por caso do Jean não é verdade. Está solteira porque quer. Paul gosta de você. – comentou Annie num tom brincalhão. Pat deu a língua para Annie e foi conversar com Joan.

-O quê que eu tenho a ver com o que? – perguntou um garoto sardento de cabelo castanho claro.

-Calma Paul. Cumprimente prrimeirro, temos um companheirro novo. Harry, ele é Paul Austen.

-Olá. – cumprimentou Harry.

-Olá. Da onde você é? Aqui quase todos vieram de fora, eu sou escocês.

-Eu... Transferiram-me de Hogwarts.

-Olhem a hora! – exclamou Alex – Chegaremos tarde à aula de Defesa Contra as Artes das Trevas se não nos apressarmos.

-Tem razão! – concordou Jean – se nos atrrasarrmos, jogarão a culpa em mim.

-Então que nos atrasemos! – gritou Paty.

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