O Orfanato
Cap 6 - O Orfanato
Gina acordou com o sol da manhã batendo no seu rosto. Estranhou o fato, já que sua cama sempre esteve num canto da parede onde o sol da manhã não atingia. Desde o ingresso em Hogawrts que a ruiva gostava de dormir até mais tarde quando estava em casa. Esticou o braço para pegar a varinha sobre o criado-mudo para fechar a cortina, mas por mais que esticasse o braço só alcançava a cama. Parou quando se deu conta que sua cama não era tão grande e abriu os olhos. Estava numa cama imensa, muito parecida com a cama que tinha em Hogwarts, só que duas vezes maior. O quarto era imenso, todo decorado em vermelho e dourado. Belo e impressionante como toda a mansão. A Mansão Potter, a casa do Harry.
O sono a havia permitido se esquecer que passaria as duas semanas que faltavam para o regresso a Hogwarts (adiado para 15 de setembro em virtude das novas medidas de proteção que o ministério iria implementar) na casa do seu ex-namorado. Por maior que a casa e os terrenos em volta fossem grandes, e eram muito, sabia que não poderia evitar o moreno para sempre, “nem ele e nem a nova amiguinha dele” pensou com amargura ao se lembrar da garota que passara o casamento todo em companhia dele. E ela era filha do Sírius. “ Tenho certeza que ele adoraria juntar as famílias“.
Pensar nessas coisas fazia seu peito doer. Resolveu experimentar a banheira do banheiro anexo ao quarto, talvez um bom banho de espuma a fizesse relaxar um pouco, talvez tivesse sorte e não encontrasse com Harry no café. Ainda doía muito vê-lo e não poder tocá-lo.
Tomou um gostoso e demorado banho de espuma onde se permitiu esvaziar a mente e relaxar, estava realmente precisando disso depois dos últimos dias, as perturbações com os preparativos do casamento, ter que aturar a Fleuma, o mau humor da mamãe, a preocupação com aquele trio de desmiolados. Os comensais. Ela.
- Essas foram definitivamente as minhas piores férias. - Falou a ruiva enquanto se enxugava. - E ainda não terminou. - Completou em desalento.
Escolheu uma roupa simples, não queria que Harry pensasse que ela havia se arrumado para ele, e desceu, sentiu um cheiro maravilhoso vindo da cozinha, oque quer que sua mãe tenha feito, por que está para nascer alguém que impeça Molly Weaslley de cozinhar, certamente ela havia se superado.
- Mãe, o cheiro está delicioso. - Disse a ruiva ao entrar na cozinha.
- Obrigado. - Não foi Molly Weasley quem respondeu. Foi Harry Potter. - Espero que você também ache o gosto bom, você não sabe o trabalho que deu afastar sua mãe das panelas. - O moreno ainda estava de costas para ela, estava junto ao fogão fazendo algumas panquecas, a mesa estava cheia, os Gêmeos, Rony, Hermione, sua mãe, Tonks, Lupin, Sírius, Sara, Ela , ali tinha todo tipo de comida, bolo de chocolate, torta de caramelo, uns pãezinhos enrolados que ela não sabia o que eram mas que cheiravam muito bem, torradas, suco de abóbora e pratos com bacon, omeletes, salsichas e panquecas dependendo de para quem se olhava.
- Maninha, você não faz idéia de como isso tá bom! - Começou um dos Gêmeos.
- A comida do Harry é ótima! - Completou o outro.
- Você tem que esperimentar! - Disseram os dois ao mesmo tempo.
- Eu não sei a quem você puxou nisso Harry! - Começou Sara. - Thiago era uma negação na cozinha, e a Lílian só acertava alguma coisa usando feitiços.
- Para alguma coisa os Durleys tinham que servir! - Disse Harry de bom humor, embora um pouco corado pelos elogios a sua comida. Gina já havia se sentado a mesa e se servido. Sírius, assim como a senhora Weaslley, Lupin e Tonks, fechou a cara assim que houviu o nome dos tios de seu afilhado, lhe dava ódio pensar em como aqueles trouxas puderam tratar tão mal um garoto tão bom. Sara, que já havia houvido de Lílian muitas coisas a respeito da família de sua irmã, já imaginou que não seria algo agradável, e por isso deixou para perguntar a Sírius mais tarde. Já Marlene não teve a mesma “sensibilidade”.
- Por que essa cara pai? - Sírius sorriu ao ser chamado de pai, ainda não tinha se acostumado a ser chamado dessa maneira, Lupin e Tonks também sorriram, felizes por ele. Mas o velho maroto não soube por onde começar a explicar sem tornar o ambiente ainda mais pesado.
- É que os meus tios, os Dursleys, não são pessoas lá muito agradáveis, extremamente grossos e mau educados com qualquer um de quem não gostem, e eles são bem preconceituosos e mesquinhos, de modo que é bem fácil não gostar deles. - Explicou Harry, dando uma suavizada na história que não passou desapercebida a Marlene.
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A manhã passou tranquila para todos, os gêmeos, Lupin e Tonks saíram logo depois do café para cuidar de suas vidas e ver com a professora Minerva a quantoas andava o processo para “regularizar a situação de Sírius, a senhora Weaslley se dedicou a conhecer melhor os jardins e a casa, da qual ela fazia questão de cuidar enquanto estivesse ali, Gina se trancou no quarto dizendo que precisava estudar, Sara, Marlene e Sírius passaram o dia passeando pela propriedade e conversando, ficando em dia com as vidas uns dos outros, trocando histórias tristes e felizes. Harry, Rony e Hermione passaram a manhã ordenando os preparativos para o pequeno passeio que dariam a noite, se separando após o almoço, quando Harry se dirigiu a biblioteca e Rony e Hermione foram namorar um pouco.
- Então, como você está? - Perguntou Sírius, que tinha entrado na biblioteca e se sentado a frente de Harry.
- Bem! - Disse o rapaz sem tirar os olhos do livro que estava lendo. - Ok, eu não estou bem! - Adimitiu após alguns minutos em que seu padrinho havia permanecido parado, olhando para ele como se não tivesse ouvido a primeira resposta, fechou o livro e largou sobre a poltrona enquanto se levantava e começava a andar de um lado para o oturo. - Eu passei dois anos me martirizando pelo que aconteceu, por ter terminado com ela e a feito sofrer, e pra que? Pra chegar aqui e descobrir que bastaram dois meses para ela me esquecer e sair por aí se agarrando com outro? Eu sei que eu renunciei a qualquer direito que eu tinha sobre ela, mas eu realmente acreditava que ela sentisse algo por mim, e é isso que mais dói, ter passado esse tempo todo amando alguém que nunca me amou.
- Você não sabe se isso é verdade! O mais provável é que ela tenha arrumado alguém para te esquecer, para não sofrer, você ainda pode ter alguma chance. - Disse Sírius tentando aliviar o sofrimento do afilhado.
- Qual é Sírius, durante os dois anos que eu passei treinando, sem ter tempo nem para pensar em descansar, eu simplesmente não consegui parar de pensar nela, e mesmo agora eu nem ao menos consigo me imaginar com qualquer outra garota que não seja ela, se ela sentisse algo verdadeiro por mim ela não seria capaz de estar com outro, e se ela realmente tivesse sentido algo um dia, não teria passado tão rápido. Ela não me ama, não me quer, e eu não tenho intenção nenhuma de mudar isso, eu tenho coisas demais para fazer pra ficar sofrendo por quem não me ama.
Do outro lado da porta da biblioteca, Gina Weaslley, que havia ido até ali em busca de um livro, ouvia toda a conversa com lágrimas nos olhos. Não podia culpar o Harry por pensar desse jeito, era ela a culpada. Amaldiçoava o seu orgulho e sua cabeça-dura que a puseram nessa situação. Mais uma vez Hermione estava certa. Mas não ia desistir assim tão fácil. Foi direto para o seu quarto, escrever uma carta terminando com Filipe. Sabia que isso não era algo para se fazer por carta, mas não tinha meios ou disposição para fazer algo diferente.
Na biblioteca, Sírius e Harry ainda conversavam.
- Eu não acho que você deveria desistir tão fácil.
- Não é nada fácil Sírius, isso eu posso garantir.
- Mudando de assunto, quando é que vocês vão começar a fazer o que quer que Dumbledore tenha deixado para vocês? Nas férias de fim de ano ou depois do período letivo?
- Hoje. - Respondeu Harry se sentando.
- HOJE? - Se espantou Sírius, não imaginava que seu afilhado estaria tão tranquilo antes de se arriscar dessa maneira.
- Assim que nós voltamos do treinamento nós reconstruimos essa casa e sondamos os locais que teríamos de ir, já está tudo pronto, só temos de entrar e sair, teremos feito tudo antes de ir a Hogwarts. O local de hoje, por exemplo, nós iremos de madrugada e já teremos voltado pela manhã. Depois só vai faltar um lugar.
- Só? - Perguntou Sírius, não achava que fosse algo tão símples quanto Harry fazia tentar parecer.
- Não, nós ainda teremos que descobrir quem é uma pessoa, e apartir daí é que a confusão vai começar.
- E você não pode me contar quem é essa pessoa não é mesmo?
- Na verdade eu ia perguntar se você a conhecia, mas é claro, você não pode contar para ninguém.
- E quem seria?
- Você conhece alguém, vivo ou morto, que assine R.A.B.?
- Meu irmão usava essa assinatura para marcar todas as suas coisas. - Disse Sírius num sussurro repleto de curiosidade, não conseguia imaginar o porque do afilhado ter de localizar o seu falecido irmão.
- Eu suspeitava disso! - Disse Harry, mais para si mesmo do que para Sírius. - Eu vou precisar que você me ajude a encontar algo que o seu irmão pegou, mas para isso eu vou ter de lhe contar algumas coisas.
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Era meia-noite numa rua sombria de Londres. Por todos os lados o que se via era decadência. Casas e prédios caindo aos pedaços, sendo dominados por viciados, prostitutas e mendigos. Eles ocupavam cada fresta sem se importar com leis ou segurança, por quarteirões essa cena se repetia, esta era a cina deste lugar já há mais de trinta anos, quando a respeitável área residêncial se tornou aquele antro de proscritos. Mas havia uma casa que permanecia intocada desde que o orfanato que funcionava ali havia fechado, a exatos trinta anos.
Foi enfrente a esse orfanato que três estranhas figuras surgiram derrepente, curiosamente nenhum dos habitantes daquela região parecia notá-los.
- Cara! Que buraco, hein! - Disse o mais alto dos três.
- Não fale assim Rony! É culpa da magia negra de Voldemort que esse lugar esteja assim. - Disse a menor das três figuras.
- Não Hermione! Ela apenas os atraiu para cá, essas pessoas fizeram isso a elas mesmas. - Disse o terceiro.
- Vamos entrar logo e acabar com isso de uma vez, eu não vejo a hora da gente ir embora desse lugar. Me dá nauseas. - Disse Rony.
Os três atravessaram o espaço onde antigamente ficava o portão de entrada, que hoje era mantido apenas como uma barreira semelhante à que protegia a estação 9 e 1/2. No instante que puseram os pés nos terrenos do velho casarão, sentiram toda a magia negra daquele lugar, tão forte e opressiva que Hermione se encolheu tremendo, sendo amparada por Rony, que a abraçou até que ela se acalmasse.
- Mione! - Chamou Harry preocupado com a amiga, ela também não havia reagido muito bem quando sondaram a casa alguns dias antes. - Tem certeza que você quer vir? Lá dentro vai ser mais desagradável ainda.
Hermione parou um instante para olhar nos olhos do namorado e do melhor amigo, a quem ela considerava como seu irmão, e ficou tocada com a preocupação deles. Sabia que eles não a consideravam mais fraca que eles, sabia qual era a preocupação deles, ela, que fora treinada na mais pura e bela das magias, sentia um desconforto imenso em estar na presença de tanta magia negra. Chegava a ser doloroso.
- Eu vou com vocês! - Disse a garota com confiança e um sorriso no rosto. - Até que Voldemort caia nós teremos que entrar em lugares tão contaminados ou mais que estes, se eu ficar para trás agora eu vou ter de ficar sempre. Eu vou entrar com vocês e isso não vai ser um problema. Vamos.
Rony e Harry olharam para a garota com orgulho, logo se puseram ao lado dela, cada um com sua espada em punho, prontos para defender a amiga, uns aos outros, e acabar com o que quer que tivesse o azar de partir para cima deles.
Os jardins do casarão davam uma impressão ainda mais decadente e sombria do que a passada pelo bairro. A grama já a muito havia secado, restando apenas terra batida, pedras e árvores e arbustos secos e retorcidos. As sombras dos muros e dos prédios ao redor cobria boa parte dos terrenos. Hermione presentiu um movimento às suas costas e se virou, Harry e Rony moviam rapidamente as espadas contra criaturas que pareciam sombras se arrastando pelo chão antes da saltar contra o seu alvo. Num aceno de varinha conjurou uma lontra prateada, seu patrono, e esta avançou contra as criaturas, simultaneamente Hermione conjurou mais um patrono, e outro, e outro, e outro. Dezenas de lontras prateadas se esplharam pelos terrenos em volta do velho orfanato, destruindo uma verdadeira orda de mortalhas-vivas que se ocultavam nas sombras. Os dois amigos olharam para a garota e, como se tivessem combinado, deram um longo assobio de adimiração para os múltiplos patronos conjurados pela amiga.
- Pelo visto você já se recuperou. - Comentou Harry com um sorriso no rosto.
- Um pouco pelo menos. - Respondeu a garota. - Que tal entrarmo logo e resolvermos isso de uma vez?
Os dois rapazes concordaram com um aceno de cabeça e seguiram em frente. Ao alcançar a porta do casarão Harry tomou a dianteira e estendeu a mão em direção à porta. Sombras se desprenderam do corpo do rapaz e cobriram a porta,para logo depois se dissiparem junto com uma luz cinzenta.
- Qual era o feitiço que tinha na porta? - Perguntou Hermione enquanto Harry levava a mão a maçaneta e abria a porta.
- Um feitiço definhante. Se você ordenar que a porta abra em lingua de cobra ela abre e te deixa passar, se você tocar na porta ou tentar abrir a porta de qualquer outro modo o feitiço te acerta em cheio.
A parte de dentro do casarão estava na mais completa escuridão, a pouca luminosidade que entrava pela porta não avançava mais de dois metros. Harry sinalizou para Rony com a cabeça enquanto entrava, o ruivo entrou loco atrás do moreno e conjurou uma bola de fogo que ficou flutando à cima deles, iluminando o ambiente. O interior não era muito melhor do que o exterior, os móves estavam aos pedaços, as paredes esburacadas e o papael de parede não havia deixado nem vestígios de que um dia havia passado por ali. O som de pedras se quebrando veio do teto, junto com quatro gárgulas mergulhavam contra o trio. Harry estendeu a mão esquerda e lançou um raio roxo que reduziu uma das criaturas a pó, Rony lançou uma bola de fogo que explodiu outra, Hermione conjurou uma barreira que bloqueou o ataque das outras duas, dando tempo aos amigos para fatiá-las com suas espadas.
- Já acabamos com todos os guarda que conseguimos localizar na primeira sondagem, mas como o hocrux está no porão é bem provável que ainda encontremos algumas surpresas. - Comentou Harry se dirigindo rumo a um dos corredores que partiam da sala..
A porta que dava para o porão caída, os três desceram as escadas rumo aos subterrâneos da casa. Harry, que ia a frente, parou no último degrau. Apesar da escuridão ele podia ver claramente o chão de terra e a caixa de metal no centro do porão.
- Vocês esperam aqui até eu chamar. - Nenhum dos dois contestou.
O rapaz pôs o primeiro pé no chão do porão e sentiu a energia negra que emanava do subterrâneo. Passo a passo ele se encaminhou até a caixa de metal, já a espera do ataque. estava quase na metade do caminho quando uma criatura emergiu da terra. Tinha aparência humanóide, a pele cinzenta e ressecada se grudava aos ossos, dando uma aparência cadavérica, os chifres e asas davam um ar ainda mais inumana a criatura, quando os olhos dela encontraram os de Harry ela se permitiu sorrir, mostrando as presas podres, certa de sua vitória.
- Não! - A voz de Harry não foi mais que um sussurro, mas foi o suficiente para que a criatura recuasse assustadada. - Ankh Soterii !
A criatura foi fatiada, como que por lâminas invisiveis, e seus pedaços se tornaram pó ao atingir o chão. Harry continuou o seu caminho até a caixa de onde ele sentia emanar a magia negra que impregnava o hocrux. Mão negras como sombras saíram do chão aos pés de Harry, abriram a caixa e retiraram de lá um broche de bronze em forma de águia, a caixa se desfez, assim como as “mãos”, o broche ainda flutuava e entrou num saco que Harry retirou das vestes, ele amarrou a boca do saco e o guardou novamente nas vestes.
- Que bicho era aquele? - Perguntou Rony quando Harry retornou às escadas.
- Uma Succubus.
- Eu achava que elas fossem um pouco mais apresentáveis.
- Elas usam ilusões para atrair as vítimas, quando olham nos olhos delas prendem as pessoas numa realidade imaginária enquanto controlam o corpo da pessoa e consomem a alma. - Explicou Hermione enquanto saiam da casa. - Nós não vamos fazer nada quanto a esse lugar?
- Se fizermos alguma coisa agora Voldemort pode perceber que estamos atrás das Hocruxes, é importante que ele continue se achando imortal, isso o torna mais imprudente, mais fraco, precisamos dessa vantagem, mas assim que isso tiver terminado nós vamos “limpar” esse lugar.
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É ISSO AÍ PESSOAL, COMO EU DISSE EU NÃO PRETENDO DESISTIR DE NENHUMA DAS MINHAS FICS, POR ISSO NÃO SE PREOCUPEM, O PROBLEMA É QUE O EXCESSO DE COISAS PARA FAER AS VEZES ME DEIXA SEM TEMPO PARA ESCREVER. oBRIGADO A TODOS PELOS ELOGIOS, ELES SÃO UM ÓTIMO ESTÍMULO PARA CONTINUAR.
OBRIGADO.
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