Contra todas as Previsões.
N/A: Gente, tem duas versões da música que estão incluídas durante a fic, então eu só quero explicar que a primeira é diferente da segunda e a música é de acordo com o momento. :*
..contra todas as previsões..
Já fazia duas semanas que Marlene havia chegado, e Sirius ainda não ouvira nenhuma palavra de sua boca, não sabia como ela estava, não sabia o que ela estava sentindo, e pior ainda: não sabia se ela ainda o amava. A dúvida pairava sob seu pensamento, ele não sabia o que fazer, cada vez que a via, seu coração palpitava cada vez mais, fazendo-o querer enfartar e morrer de vez.
- Sirius? – perguntou James sentando ao lado dele no sofá. – Você foi abduzido?
- Há-Há. Que engraçado, Prongs. – e levantou a sobrancelha.
- Você não vai acabar com o meu humor hoje, caro Padfoot. – falou James sorrindo abobalhado. – Eu vou ser pai!
- O que? – perguntou Sirius ficando de pé e pulando junto com James.
- EU VOU SER PAI, CACETE! – berrou James, pulando mais alto ainda junto com o amigo. – E você vai ser o padrinho!
- Vou? – perguntou ele, soltando a mão de James e sussurrando que pular de mãos dadas soa gay.
Tim Dom (?) [n/a: sou ruim em onomatopéias, mas entendam que a campainha tocou. :P]
- VAI! – berrou James agora correndo pra abrir a porta. – LILY! LENE!
Aquele nome o trouxe de volta a sua realidade. É, o seu melhor amigo estava casado prestes a ser pai, enquanto ele, continuava sozinho, e agora mais uma dúvida corroeu o seu pensamento: Eu nunca vou arranjar ninguém? Não, se tiver que ser alguém, vai ser a Lene. Mas, e ela?
- E AÍ? – perguntou James, ancioso.
- POSITIVO! – berrou Lily, e o maroto a levantou lhe dando um beijo em seguida. – Nosso primeiro filho James, quer que ele nasça com medo de altura?
E James pôs ela no chão, enchendo-a de beijos por todo o rosto.
- Lene aceitou ser madrinha. – contou Lílian sorrindo, e Sirius sentiu seu estômago dar cambalhotas.
- O Sirius também. – falou James, e os olhos de Sirius e Marlene se encontraram por instante. – Lily, temos que ir.
- Lene, você e o Sirius vão ficar de guarda na sede hoje, não é? – perguntou Lily beijando o rosto da amiga.
- Hã? – assustou-se Marlene. – Ah, é.
- Então tchau, beijo. – e mandou um beijo. – E juízo.
[recomendo que vocês comecem a ouvir a música a partir dessa parte.]
Sirius e Marlene tentaram ignorar a última palavra que Lílian disse, tentando demonstrar que não fazia o menor sentido. A porta se fechou, agora estavam sozinhos na Mansão dos Black.
Como posso eu simplesmente deixar você ir embora.
Just let you leave without a trace
Simplesmente deixar você partir sem deixar traço?
- Sirius, você está com fome? Quer alguma coisa? – perguntou Marlene indo em direção à cozinha.
- Pode ser. – falou Sirius indo atrás dela. – O que você vai fazer para comer?
- Ainda não sei. – ela disse acenando a varinha para algumas panelas. – Panquecas? Ovos com bacon? Você decide.
- Panquecas. – falou Sirius, e os ingredientes vieram até ele. – Nossa especialidade.
Marlene sorriu. E Sirius sentiu seu coração bater muito mais rápido que o normal.
- Deixa eu te ajudar. – e pôs os braços envolta da garota, de modo que ele pudesse manobrar a panela e girar as panquecas no ar. – Viu? É assim.
Os corpos colados um no outro. Sirius podia sentir o perfume que o cabelo de Marlene emanava.
- Nós precisamos conversar. – Marlene disse virando de modo que ficou de frente para Sirius, e desligou o fogão.
- É. – concordou Sirius, indo em direção à sala.
- Todo esse tempo, Sirius.. – começou Marlene. – Eu venho tentando entender o que estou sentido, e entender o que se passa na sua cabeça, mas eu acho que é impossível fazer ambas as coisas, a única coisa que eu quero que você entenda, é o meu lado, eu peguei você com outra..
Quando eu fico aqui a cada respiração com você.
You're the only one who really knew me at all
Você é a única que realmente me conheceu por inteiro.
- Mas ela que me beijou! – reclamou Sirius batendo o pé no chão.
- Não, importa. Só quero que você entenda o quanto eu fiquei magoada. O que você faria se tivesse me visto beijando outro homem na sua frente? – ela perguntou com olhos cheios de lágrimas. – Com certeza não seria boa coisa, veja o meu lado, eu vi você beijando Belatriz Lestrange! E o pior, eu sempre soube que ela sentia algo por você, e eu também sempre soube da sua paixão por ela quando criança. Pelo amor de Deus, Sirius. Não me olhe assim!
- O fato de você não ter confiado em mim, é o que me irrita. – falou Sirius se jogando no sofá.
- Está agindo como uma criança. – ela disse sentando do lado dele. – Sirius eu te amo, nunca deixei de te amar, mas quanto a você sentir o mesmo, eu não sei.
- Quanto a mim? – ele a olhou nos olhos parecendo chocado. – Eu te amo mais do que você possa imaginar, mas às vezes eu me sinto uma marionete, você consegue me dominar, eu não quero uma mãe pra mim me dizendo o que fazer. Eu quero você, e você mudou. E agora, eu te peço perdão se você me viu sendo beijado por outra garota, eu te peço perdão se não consigo demonstrar o meu amor por você, eu te peço perdão!
- Si-ri-us.. – Marlene gaguejou tentando conter as lágrimas.
- Eu não agüento mais isso. – ela disse e uma lágrima teimou em percorrer sua face.
- Nem eu. – e enxugou a lágrima da garota que agora estava na bochecha. – Eu te amo.
Os lábios dos dois roçaram um no outro. O beijo era sem dúvida o mais apaixonado que os dois já haviam dado. As mãos de Marlene desceram pelas costas de Sirius, e percorreram todo o abdômen do maroto levantando sua camisa. O sofá era pequeno demais para os dois, Sirius se levantou tirando o resto da camisa, ela fez o mesmo, pulando em cima dele e envolvendo as pernas no tronco do garoto, continuando o beijo. Sirius subiu as escadas, suas mãos percorriam as costas da garota, e o cabelo.
Porque nós compartilhamos o riso e a dor.
We even shared the tears
Compartilhamos até mesmo as lágrimas.
You're the only one who really knew me at all
Você é a única que realmente me conheceu por inteiro.
- Bom dia! – falou Sirius beijando a testa de Marlene. – Coma tudo.
- Que horas são? – ela perguntou beijando Sirius e levando o copo de suco a boca.
- São seis, os outros membros só chegam às sete. – ele falou sorrindo. – Tem algo que venho guardando há muito tempo, e quero lhe mostrar..
Marlene botou a bandeja ao lado da cama, se vestiu e foi atrás de Sirius.
Fecha os olhos! – Sirius pediu e a garota levou as mãos ao rosto. – Quantos dedos tem aqui?
- Sirius, se eu não estou olhando como eu vou dizer? – e ele riu exclamando um: “Ah, é.. Tem razão.” – Isso está parecendo o dia do baile.
- É justamente com isso que eu quero que pareça. – ele falou se aproximando.
- Posso abrir?
- Pode. – e ele abriu a pequena caixa que havia em suas mãos, e um lindo anel apareceu. – Quer casar comigo?
Ela pulou em seus braços e sorriu, dizendo um sim.
- Sim? – ela confirmou com a cabeça. – Ela disse sim!
E a beijou.
Tim Dom!
Marlene atendeu a porta sorrindo, e uma ruiva seguida de James, Dorcas, Remus, e todos os outros membros entraram na casa.
- Lene, preciso falar com você. – e puxou a amiga pela mão para dentro de uma sala.
- O que foi que aconteceu? – perguntou Sirius à James.
- Pelo visto vocês não sabem. – falou Dorcas. – Sirius, os pais de Lene, junto com toda a família dela, foram mortos ontem à noite, a única McKinnon que está viva é ela.
Sirius sentou no sofá com a mão na testa.
A porta se abriu e uma Marlene chorando apareceu.
- Si-ri-us.. – e o abraçou. – Meus pais, meus irmãos, meus parentes, minha família!
As lágrimas saiam mutuamente encharcando toda a camisa de Sirius.
- Por que? Por que? – ela caiu no canto do sofá, manchando o tecido com suas grossas lágrimas. – É tudo culpa minha, eu devia ter ficado em casa! É tudo culpa minha! Se eu tivesse matado aquele comensal da morte que me despistou! É tudo culpa minha!
- Não, não é. – falou Sirius sentando ao lado dela.
A cabeça de Marlene que até então estava abaixada, foi levantada em um movimento brusco, feito pela própria garota. Encarando todos ao seu redor com uma expressão que ninguém nunca tinha visto antes.
- Eu preciso ir para casa. – ela disse se levantando, e procurando a varinha.
- Não, você não está em condições.. – falou Lily, se aproximando. – E pode haver comensais ainda lá.
Marlene enxugou mais algumas lágrimas.
- É justamente por isso que eu quero ir lá. – ela não demonstrava nenhum pingo de raiva, nenhuma sede de vingança, porém era isso que ela sentia.
Como você pode simplesmente se afastar de mim.
When all I can do is watch you leave
Quando tudo o que posso fazer é assistir você partir?
- Não! – berrou Sirius a segurando. – Você não vai..
- Sirius.. – e ela deu um leve beijo em seus lábios.
E segundos depois, a garota sumiu.
- Nãããão. – e Sirius levou a mão à testa, logo depois encarou todos na sala. – Vamos, o que estão esperando?
Porque há apenas um espaço vazio.
But to wait for you, well that's all I can do
mas esperar por você é tudo o que eu posso fazer
A casa era enorme, Marlene abriu a porta e sentiu que o vazio do seu coração começava a apertar cada vez mais, havia sinais de luta, com certeza seus pais lutaram até o fim, andou mais um pouco, em direção a sala, encontrou lá os corpos dos seus pais.
- Nãão! – ela berrou sem ao menos pensar no que estava fazendo.
- Sabíamos que você vinha. – falou uma voz irreconhecível.
- Devia imaginar que você estaria aqui. – o ódio invadiu sua voz completamente. – Você não cansa nunca.
Os olhos inchados de Marlene se espremeram com toda aquela raiva que ela estava sentindo.
- Não podemos ir, sem ordens de Dumbledore. – afirmou Remus.
- NÃO PODEMOS? – berrou Sirius. – EU VOU! MESMO QUE SEJA SEM VOCÊS!
- Não! – berrou Lily.
Eu queira poder fazer você voltar.
Turn around and see me cry
Voltar e me ver chorando.
- Bom, cadê o seu fiel escudeiro? – ela perguntou, fingindo estar surpresa. – Eu não vejo nenhum Sirius Black aqui, para te proteger, onde o amor da sua vida está? Com certeza não é aqui. Por que será?
Marlene respirou fundo, tentando mandar a raiva embora e se concentrar. Se levantou e encarou Belatriz, com o maior desprezo e pena que já teve por qualquer pessoa.
- Está com medo? – perguntou rindo.
- Não sei o que é medo. – ela disse penetrando nos olhos do homem, era capaz de ver sua alma.
- Óh, sim, é claro. – e levou, as mãos a boca. – Srta. Perfeita. Não tem medo, não sofre, não sente nada.
- Pense como quiser. – Marlene respirou profundamente mais uma vez. Ele queria atingi-la de qualquer jeito. Ela sofria mais do que nunca.
- Nossa, que diplomática. – ela riu.
- Acabe logo com isso. – disse outra voz, seguida de outras que saiam por debaixo de grossas capas.
- Eu vou! – disse Sirius decidido.
- Não. – berrou Lily mais uma vez. – Nós vamos com você!
- Lily, você está grávida. – disse James.
- Eu sei, mas eu tenho que fazer isso. – ela encarou todos os membros da ordem. – Por favor.. Vamos, é a vida de Marlene que está em perigo.
- Deixem-me saborear o prazer de uma vitória. – falou ele. – Não se preocupem, não restarão nenhum McKinnon, você é a última Marlene.
Ouviram-se passos vindo em direção à sala, os membros da Ordem finalmente haviam chegado.
- Não vou morrer sem lutar. – disse Marlene encarando todos ao seu redor.
- ANDEM! – berrou o comensal. – O bando chegou, matem-nos!
Marlene conseguiu ver Sirius pela fresta da porta, sentiu seu coração estremecer, seria esta a última vez que ela o via?
Porque ainda estarei parado por aqui.
And you coming back to me, is against all odds
E você voltar para mim está contra todas as previsões.
That's a chance I got to take
E é a chance que eu tenho que arriscar
Take a good look at me now
Dê uma boa olhada em mim agora.
- AVADA KEDAVRA. – o jato verde iluminou toda a sala, e em seguida, havia alguém morto no chão. – É o fim..
- MARLENE! – berrou Sirius.
- Obrigada, Dédalo. – falou Marlene. – Você salvou minha vida.
Dédalo sorriu e voltou a lutar.
- Eu estou bem. – falou ela. – Sirius, olhe pra frente!
Sirius desviou de um feitiço e em seguida conseguiu deixar seu adversário inconsciente.
- Ah, que bom! – disse uma voz ao fundo. – A Srta. McKinnon-Perfeita sobrou. Finalmente eu vou poder fazer algo que eu sempre quis.
Marlene se virou rapidamente. Belatriz apontava a varinha para ela.
Quando tudo o que posso fazer é assistir você partir.
And you coming back to me, is against all odds
E você voltar para mim está contra todas as previsões.
- Saudades de você. – falou Belatriz. – Também sentiu? Eu sei que sim.
Marlene a encarou.
- Bem, eu vou acabar logo com isso. – falou sorrindo sádica. – Ou será que não? Crucius
Marlene resistiu.
- oh, muito bem. – e riu. – Fez a lição de casa. E não adianta tentar me amaldiçoar, você é ‘boa’ demais para me atingir. – acrescentou ao ver Marlene gaguejar a palavra “Avad..”
Marlene continuou com a varinha apontada.
- Vou acabar logo com isso. Isso cansa a minha beleza. – e riu gostosamente como uma bruxa que acabara de envenenar a sua rival. – AVADA KEDAVRA!
Marlene caiu morta no chão.
- Vamos. – chamou Belatriz. – Está feito.
E assim que as palavras foram proferidas, os comensais sumiram.
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – berrou Sirius pegando o corpo de Marlene nos braços. – NÃÃÃO! NÃÃÃO! NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
Por isso dê uma olhada em mim agora, bem, há apenas um espaço vazio.
Encarou o cadáver da garota
E não restou nada para me recordar, apenas a lembrança do seu rosto.
Suas lágrimas encharcaram todo o rosto da mesma que estava em suas mãos.
Eu queira poder fazer você voltar, voltar e me ver chorando.
Sirius se aproximou mais, colando seus lábios aos dela.
Há tantas coisas que preciso lhe dizer, tantas razões pelas quais.
You're the only one who really knew me at all.
Você era a única que realmente me conheceu por inteiro
Era o último, o mais eterno, o mais apaixonado, o mais profundo, o mais belo de todos os beijos que já haviam dado, não era um beijo de reconciliação, não era um beijo de adeus, era um beijo que dizia que essa história de amor..
E você voltar para mim.
Nunca vai ter fim.
Está contra todas as previsões.
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