Capitulo 1



Flertando com o Perigo

Capitulo 1

Hermione Granger perguntava-se por que os ladrões tinham sempre de escalar alguma coisa. Prisões, castelos, parques, muros de jardins, ou da magnífica propriedade a sua frente, numa das mais belas regiões da Flórida. Tanta segurança para evitar que um arrombador de categoria entrasse no santuário de privacidade de um proprietário cheio de dinheiro...

Sorriu de leve, olhando para o muro ao redor da mansão conhecida como Solano Dorado. Alguns ladrões eram muito mais determinados e talentosos do que outros, avaliou.

Tirou a arma do coldre que trazia sob o braço e, mirando na câmera logo acima do muro, atirou, manchando, com uma bola de tinta branca, a lente delatora. Uma coruja voou, assustada, mas, além disso, não houve sinal de alarde. Tornou a guardar a pistola e a sorrir. O horóscopo dizia que aquele era seu dia de sorte.

Enfiou o par de espelhos portão adentro, fazendo com que os sensores defletissem. Isso facilitou atingir os controles do portão e abrir parte dele o suficiente para poder passar. Não fora fácil decorar a posição exata das câmeras e dos sensores de movimento. Graças a plantas e desenhos, sabia onde se achava cada porta e janela da mansão; além, claro, de todo o tipo de fechadura e conexão elétrica.

Solano Dorado fora construída nos anos 20, antes da quebra da Bolsa de NY, e cada novo proprietário acrescentara cômodos e pisos novos, sempre procurando mais segurança para a casa. O dono atual parecia ter muito bom gosto, pois cada canto da propriedade era impecavelmente bem cuidado. Na parte de trás, por onde Hermione entrara, havia duas quadras de tênis e uma piscina olímpica. O mar ficava a pouca distância e podia-se ouvir o murmurejar das ondas. Ela admirava cada detalhe. O proprietário devi ter muito, muito dinheiro. E um ego ainda maior do que sua conta bancária. Alguém que, ela sabia, estava fora do país no momento.

Voltou-se para a janela pela qual estava prestes a adentrar a mansão. Com cuidado e perícia, pegou seu diamante de cortar vidro e fez um círculo, que retirou logo em seguida, jogando-o na grama. Ao se separar da janela, o pedaço de vidro causou um leve ruído. “Alguém poderia ter ouvido?”, Mione se perguntava. Decerto não o guarda do piso inferior, de frente para o monitor. Mas havia mais dois seguranças ali dentro.

Aguardou alguns segundos. Nada. Decidida, entrou. Seguiu até a escadaria, junto ao topo da qual se via um genuíno Picasso. Sabia que havia outro no piso superior e que as duas obras estavam protegidas por sensores ópticos. Mas os quadros não eram o motivo que a levara até ali.

Parou no piso do terceiro andar, curvando-se para observar a escada. Nada ainda. Apenas silêncio. Passou o olhar ao redor, vendo as armas penduradas no hall. Notou os cantos escuros, onde um segurança poderia estar escondido. Ninguém ali também.

Seu alvo se encontrava no meio do corredor espaçoso, depois de uma porta do lado esquerdo. Prestou atenção redobrada aos sensores ópticos, evitando-os com elegância. Aproximou-se de uma armadura completa, que mais parecia um homem medieval vestido para a guerra. Adorava a sensação de adrenalina correndo solta em suas veias. Adorava cada instante em que sua capacidade era colocada à prova.

Parou mais uma vez a dez passos de seu objetivo. Notou algo cruzando o ar. Um facho de luz... Talvez um fio... Bobagem. Ninguém seria estúpido o suficiente para deixar um fio atravessando o meio do corredor. Seria perigoso para quem por ali andasse.

Tensa, aproximou-se mais para examiná-lo. Tudo o que tinha a fazer era passar por cima daquela coisa, pegar o que queria e sair dali o quanto antes. Tanta tecnologia por toda a parte e de repente, naquele corredor, o arame fininho...

Curiosa, abaixou-se para ver melhor. Um fio, sim, e corria pelo chão e pela parede. No piso, porém, não estava encostado, mas a milímetros de altura.

-Parado aí! – alguém ordenou.

Mione sentiu-se gelar. Entre dois cavaleiros em armaduras reluzentes, uma sombra apareceu.

-Não mexa sequer um músculo! – avisou.

Mione notou que ele lhe apontava um revólver.

-Não estou armada.

-E o que é isso embaixo de seu braço?

Ela sabia como lidar com uma situação assim. Precisava ficar calma e manter o sujeito calmo também. Já o fizera antes.

-É uma arma de tinta.

-Coloque-a no chão. E essa pequena mochila em seu ombro também.

-Não se exalte. Estamos do mesmo lado – respondeu, obedecendo.

-Estamos, nada – o homem tocou no ombro direito – Clark? Estou com um intruso no terceiro andar. Na galeria. Chame a polícia.

-Isso não é necessário. Seu chefe me contratou para testar a segurança.

-Certo. Conte outra. Pode dizer essa para os policiais.

Mione ergueu as mãos, obedecendo ao movimento que ele fazia com a arma.

-Se você soubesse, não seria um teste – insistiu – Olhe, eu poderia ter pego o Picasso lá de baixo, ou o Matisse da sala de leitura, ou qualquer outra coisa. Minha missão é testar a segurança central. Acenda as luzes e lhe mostrarei minha identidade.

As luzes se acenderam, sim, de imediato, fazendo-a estreitar um pouco os olhos. Notou, no entanto, que o guarda ficou um tanto confuso.

Pronta para sair correndo a qualquer momento, Mione o viu olhar para alguém atrás dela.

-Sr. Potter, encontrei...

-Estou vendo.

Mione engoliu em seco.

-Harry Potter, presumo – ela comentou, sem se voltar para o dono da casa.

-Ora, ele não a tinha contratado? – ironizou o guarda, que agora se sentiu bem melhor.

-Ele, não – Mione pretendia levar o jogo até o fim. – A companhia de segurança. Myerson e Schmidt. Seus patrões.

-Duvido – a voz que vinha de trás dela agora lhe parecia bem mais próxima. – Ela não está armada, Prentiss. Baixe o revólver antes que alguém se machuque. Vamos resolver isso lá embaixo.

-Sim senhor.

-Agora, por que não dar uma olhada na senhorita...

-Smith – Mione ofereceu.

-Ah... Tão incomum...

Mione não ouvia. Prestava atenção a Prentiss, que se afastava.

-Cuidado! – chegou a gritar, mas em vão.

Ao se voltar, então, bateu contra um peito nu, que levou para o chão com seu movimento inesperado.

Uma explosão tremenda e uma onda terrível de calor os atingiu. A mansão toda estremeceu, e o som de vidros se quebrando foi intenso. E as luzes se apagaram de novo.

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Harry Potter despertou com uma luz intensa que enfiavam em seu olho esquerdo.

-Solte-me! – gritou para o segurança.

-Sr. Potter, tem de repousar e...

-Droga! – e tornou a se deitar, devido a forte dor na nuca. Suas costelas doíam também, tornando sua respiração difícil. De repente, tudo lhe veio à memória. A explosão, o guarda, a garota – Onde está ela?

-Não se preocupe com nada, senhor. – outro guarda se aproximou – Já entramos em contato com sua médica particular e ela está a caminho.

-Não. Onde está a garota? – não precisava perguntar por Prentiss, pois o calor das chamas e os pedaços de destroços que o atingiram falavam por si só.

-Não temos certeza de nada, senhor. O esquadrão anti-bomba da polícia, o departamento de homicídios, a polícia técnica, todos já estão aqui, mas têm de esperar pelo relatório dos bombeiros. O senhor viu o apetrecho?

-Não vi nada – Harry tossiu.

-Tem certeza? – Quem perguntava agora era um homem de terno cinza.

-E você, quem é? – Harry quis saber.

-Malfoy, da Homicídios. Seu segurança nos avisou sobre a explosão e sobre uma intrusa. Deve ser a garota a quem se referiu.

Harry assentiu.

O detetive seguiu em frente:

-Bem, ela queria, mesmo, vê-lo morto. Quase se matou e a seu segurança. Teve sorte em rolar a escadaria. Pode descrevê-la?

Pela primeira vez, Harry olhou ao redor. Estava no segundo andar, ao pé da escadaria, e sua cabeça doía ainda mais por ter batido contra o solo.

-Ela disse chamar-se Smith. – Sentou-se devagar. – É pequena e magra. Usava roupas pretas. Mas estava de costas para mim e tinha na cabeça um boné de beisebol. Talvez tivesse olhos castanhos... Enxerguei muito pouco. – Vira os olhos quando a ladra se lançara sobre seu corpo; quando salvará sua vida.

-Não é muito, mas vamos investigar. Não deve ter escapado sem um ferimento. Levaremos o senhor ao hospital e depois conversaremos melhor.

Harry cerrou as pálpebras. A imprensa ia adorar aquilo tudo.

-Não, não vou.

-Vai, sim, sr. Potter. Se morrer agora, serei demitido.

Assim, duas horas mais tarde, ouvindo o barulho causado pela mídia e vendo os flashes pipocando no corredor branco do hospital, Harry desejava mais do que tudo ter teimado e ficado em sua propriedade.

A imprensa já sabia do que acontecera e armaria um verdadeiro espetáculo. Explicou isso ao médico enquanto lhe costuravam um rasgo no peito.

-Está reagindo bem, sr. Potter. Nem será necessário o tranqüilizante que providenciei. – o dr. Klemm sorriu-lhe.

-Posso estar reagindo bem, mas estou furioso.

O analgésico que os paramédicos lhe tinham dado estava com o efeito por um fio, mas não queria pedir mais porque se sentia um tanto grogue. Tentaram matá-lo, e não iria dormir enquanto a polícia tentava descobrir de quem se tratava.

-Onde está Rony?

-Aqui. – o advogado deixou o canto da sala de emergências em que se mantivera até então. – Nossa, você não parece nada bem, Harry...

-Quem é ela, Rony? E onde enfiaram minhas roupas?

-Ainda não sabemos, para a primeira pergunta, mas vamos descobrir. E aqui, para a segunda. – abrindo uma maleta esportiva, ele tirou uma calça Jean, uma camiseta preta e uma jaqueta de algodão.

- Suas, suponho...

-Não deixariam que eu entrasse na mansão. Mas estes vão lhe servir. – Rony mostrou o par de tênis, e franziu o nariz para mais um ponto dado pelo médico. – Mas, afinal, o que está fazendo aqui? Devia estar em Stuttgart.

-John tentou me convencer a ficar mais um dia. Devia tê-lo ouvido. Ligue-me com a Myerson e Schmidt.

-São quatro da manhã. Poderei demiti-los para você amanha cedo.

-Não antes de eu lhes falar.

E não antes de ter certeza de que tinham, ou não, enviado uma esperta garota para testar o sistema.

-Harry, os policiais acharam uma das câmeras bloqueada com tinta, um par de espelhos atrapalhando o sinal do portão e um buraco na janela do pátio. Isso, para não mencionar o segurança que ficou em pedacinhos. E o dono da casa, você, que içou com os cabelos chamuscados.

-Meus cabelos não ficaram chamuscados. E não pense que ficarei sentado, esperando. Quero estar presente quando interrogarem a garota. – embora soubesse muito bem o quão difícil seria encontrá-la primeiro, para depois interrogá-la.

-Esqueça, Harry. A garota não foi a primeira a tentar pegar uma pedaço de você. E os repórteres vão quere mais alguns, pode apostar.

-Acho que ela salvou minha vida. – com um gemido, Harry vestiu a camiseta. – Estranho para alguém que poderia me quere morto, não é?

Rony Weasley pensou um pouco antes de sugerir:

-Por que não me conta o que houve?

Harry o fez, começando pela máquina de fax que algum imbecil programara para chamar seu número a cada dois minutos desde as duas da manhã. Falou também da ligação dos seguranças, que ouvira, informando Clark que Prentiss havia descoberto alguém dentro da casa. Descreveu como a moça tentara evitar que Prentiss avançasse e depois se jogara em cima dele, Harry, quando houve a explosão.

-Disse que o nome dela é Smith... – Rony observou.

-Deve ser mentira.

-Deve? Ela sabia sobre a bomba!

-Sabia algo, sim. Vi sua expressão quando se chocou comigo. Parecia apavorada.

-Eu também ficaria se algum estúpido detonasse meus explosivos antes que eu saísse de cena...

-Smith podia ter passado por mim antes da detonação, mas não o fez. Ela me empurrou. E depois, deve ter me arrastado escada abaixo.

Harry sabia que a garota devia estar ali para roubá-lo; que poderia, até, querer matá-lo. Mas alguma coisa mudava sua linha de pensamento. E queria saber o que, de fato, acontecera.

O detetive que estivera na mansão apareceu na enfermaria, apresentando logo o distintivo. E indagou:

-Tem certeza de que o fato de ela se chocar com o senhor não foi mero acidente?

-Tenho. – Harry não pretendia falar com o policial no momento. Queria suas próprias respostas. Não estava acostumado a trabalhar para os outros, a ajudar na vida alheia.

-Bem, ela deve aparecer em algum lugar, em busca de atendimento médico – explicou Malfoy. – Sugiro que escolha um lugar para ficar. Providenciarei vigilância vinte e quatro horas para o senhor.

-Não quero gente me seguindo por toda parte.

-Mas é o procedimento padrão, senhor. Pode usar o distrito Palm Beach ou até o escritório do xerife.

-Não vão me tirar de minha casa. E tenho minha segurança pessoal.

-Com todo o respeito, senhor, a segurança de sua casa não é de impressionar...

-Eu sei. – mais um gemido, e ele vestiu a calça jeans.

-Trarei uma cadeira de rodas.

-Não, Rony, irei andando. – Harry sofria, mas era teimoso. – Quero Myerson e Schmidt no telefone agora! E não um atendente qualquer, mas a diretoria!

-Certo. – Rony saiu e retornou minutos depois, com uma cadeira de rodas e o celular ao ouvido.

Mantendo-se firme, mas sentindo muitas dores, Harry dirigiu-se a malfoy:

-Se... Quando encontrarem a srta. Smith, quero ser avisado. Estarei presente.

-As coisas não são assim, senhor...

-Danem-se os procedimentos-padrão da polícia! – Harry deixou-se cair na cadeira. – Meus impostos pagam meia folha de seus funcionários! Se vai falar com ela, quero estar junto!

-Bem... verei o que posso fazer.

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-Ele o quê?

-Calma, Stoney! Esse braço é importante, sabia? – Hermione protestou.

Os dedos grossos de Stoney tornaram-se suaves, na costura do corte.

-Tem de ir a um hospital, querida – aconselho, passando uma linha de supercola sobre o ferimento do ombro.

-Preciso é de algo para bater em sua cabeça dura! – Mione se rebelava para conter a dor. – Não disse que Potter ficaria mais um dia em Stuttgart?

-Foi o que saiu nos jornais. Culpe o jornal ou culpe Potter por mentir aos repórteres. Ei, por que não pegou um dos Picassos? O alarme já tinha disparado, mesmo...

-E onde arranjaria compradores? E eu estava bem ocupada.

No caso, com o corpo pesado de Harry Potter. Vira algumas fotos dele nos tablóides, quando falaram de seu divórcio conturbado, no ano anterior, e quando Harry doara uma quantia obscena de dinheiro para uma causa qualquer mantida por um astro de Hollywood. Sabia que ele era um milionário reservado, divorciado e imprevisível, nada mais.

-Pronto. A cola já secou. – Stoney tampou o tubo. – Mas colocarei uma bandagem, mesmo assim.

-Como vão minhas costas?

-Bem. Foi bom estar usando uma jaqueta pesada. O que me aflige é o corte na parte de trás de sua perna. A cola não vai durar muito, já que anda tanto.

Mione sorriu, descendo da mesa da cozinha em que estivera sentada.

-Falo sério, Mione. Deve ter perdido sangue, querida. E se fizerem alguma análise de DNA?

-Terão de me achar para terem com que compara, não? – Mione tentou andar, sentindo a cola repuxar sua pele. – Bem, já passa das cinco. Vejamos o noticiário.

Stoney saiu arrastando os chinelões pela cozinha, para ligar a televisão de cima da pia. Enquanto isso, Mione vestia o jeans que deixava ali, para casos de emergência como aquele.

-Você disse que o segurança morreu. – Stoney amarrou a tira do enorme roupão. – O que quer ver?

-Não sei... Quero ter certeza de que não fui flagrada por câmera alguma.

-Só isso?

-É que estou curiosa pelo fio no corredor e... seria interessante saber se Potter morreu ou não.

Stoney a conhecia bem, por isso tinha certeza de que Mione estava preocupada. Ela arrastara Potter para o pavimento inferior por puro reflexo, sem a preocupação de que ele pudesse fazer seu reconhecimento para a polícia. Mas a situação era ruim. Todos iriam culpá-la pela bomba, em especial porque o guarda morrera, e, portanto, nada poderia dizer.

O jornalista começou o noticiário falando da fatalidade ocorrida em Solano Dorado. Descreveu o estado da mansão e disse que Potter fora levado a um hospital, sem maiores ferimentos. As imagens mostradas eram a do milionário sendo escoltado por um homem alto, ruivo, para dentro de uma limusine Mercedes. Havia uma atadura na fronte de Potter, mas ele parecia bem. Por um momento, Mione respirou aliviada.

-Você devia tê-lo deixado lá em cima, Mione.

-O homem iria queimar, e isso não me ajudaria em nada.

-Ele a viu?

-Um pouco...

-Virão atrás de você, querida.

-Eu sei. Mas sou boa em me esconder.

-Dessa vez é diferente.

Mione não ignorava isso. Alguém perdera a vida. Um homem muito rico também quase perecera. E ela nem ao menos conseguira pegar a pedra que queria.

-Fui tola. Devia ter notado que outra pessoa já tinha entrado e colocado explosivos. Mas quem poderia quere mandar pelos ares tudo o que havia lá dentro? Para quê?!

Stoney deu de ombros, pensou, e indagou:

-Assassinato?

-Mas por quê? E por que tanta confusão?

-Eu ficaria mais preocupado em ser culpado pela morte do guarda do que pelos motivos de um assassino.

Hermione olhava para a televisão, então sem som. Ali surgiam imagens de Potter com uma modelo, Julia Poole, pelo braço. Pegou a jaqueta e calça rasgada e pensou em jogá-las no lixo quando voltasse para casa. Vestiu a camiseta, em melhor estado, ajeitando-a sobre o ombro não ferido.

-Ligo para você esta noite – avisou Stoney, seguindo para a porta.

-De onde, querida?

-Não direi.

Stoney assentiu, sorrindo.

-Cuide-se, menina.

-Digo-lhe o mesmo. Seu comprador sabia que você tinha alguém atrás da pedra ontem à noite. Pode resolver pressioná-lo.

-Não faz mal. Gosto de pressão.

Hermione sorriu; também gostava, mas não tanto. Sabia que, dessa vez, a polícia daria mais atenção ao caso. Tinha de achar uma estratégia. Quais os motivos que levariam alguém a colocar explosivos na casa de um milionário, no meio de sua galeria de arte? Aquela pedra estaria na lista de coisas destruídas pela explosão ou ele também a culpariam de tê-la levado?


Obs: Oi pessoal!!!!Essa é minha primeira fic, espero que gostem!!!!No domingo(15/04) posto o próximo cap.Comentem por favor!!!!!!Bjux!!!!

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