Florean Fortescue
Os três adolescentes olharam para o autor da voz e seus queixos caíram de susto. Não podia, ser, simplesmente não podia. Não era possível. Harry imediatamente apontou sua varinha para Florean Fortescue, que recuou alguns metros.
- O que está havendo Harry? – perguntou ele parecendo assustado – Sou eu mesmo... Florean Fortescue, dono da sorveteria... Pergunte qualquer coisa...
Harry encarou o homem nos olhos e Rony surgiu de um lado de Harry e Hermione do outro, ambos com as varinhas apontadas.
- Eu lhe ajudei nos deveres de Historia da Magia em seu terceiro ano garoto... – disse Fortescue parecendo irritado – Abaixe essa guarda...
Harry, pouco convencido, abaixou a varinha, juntamente com seus amigos. Florean foi se aproximando dos adolescentes lentamente. Ele estava com a aparência velha e cansada, suas vestes imundas, denunciavam que ele estava vivendo em situações precárias por ali.
- O que faz aqui? – perguntou Harry enquanto olhava Florean se sentar na guia da calçada – Você não foi raptado por Comensais da Morte a mando de Voldemort?
Florean gargalhou sombriamente.
- Eles queriam isso mesmo... – explicou ele – Mas não tiveram chance, Dumbledore me incumbiu de uma missão quando ficou sabendo sobre minha perseguição e desde então estou aqui, esperando por mais ordens de Alvo...
O estomago de Harry gelou de repente. Então Florean não sabia?
- Dumbledore está morto Florean... – disse Harry finalmente, tentando controlar suas emoções, ao contrario de Florean, cujos olhos encheram-se de lagrimas de repente – Severus Snape o matou... Não faz muito tempo!
Florean levantou de repente, enxugando seus olhos.
- Sempre acreditei que aquele Snape não prestava... – disse Florean emocionado – Então, como ele conseguiu essa façanha? Dumbledore... Como ele pôde... O mundo está desprotegido...
E então, sem medo de revelar, ele contou desde o aparecimento de Malfoy, até a morte de Dumbledore por Snape. Depois, Harry complementou que estava petrificado debaixo de sua capa de invisibilidade por Dumbledore. Florean o encarou emocionado.
- Dumbledore sempre pensou nos outros... – disse ele limpando algumas lagrimas que insistiam em cair de seus olhos – Nunca pensou nele mesmo, sempre protegeu os mais fracos e os oprimidos. Ah! Nem consigo acreditar... Grande homem o Dumbledore... Grande homem!
- Grande homem... – repetiu Harry baixinho, para si mesmo.
- Ele me disse que você viria para cá Harry algum dia... – disse Florean – Creio que chegaram hoje mesmo não foi?
Os três assentiram.
- Então com certeza precisam de abrigo... – disse ele – Me sigam...
Florean começou a andar e Harry e seus amigos começaram a segui-los, com suas vassouras em uma das mãos e as varinhas na outra, prontos para atacar. Após alguns minutos de caminhada, eles pararam em frente a uma casa enorme, digna de ser chamada de Mansão. Florean sorriu para os três e abriu a porta. Lá dentro, Florean retirou sua varinha das vestes e a apontou para o teto, onde surgiu uma luz azul brilhante, iluminando todo o local. Harry então vislumbrou a mais bonita sala que já vira na vida. Era um local amplo e cheios de objetos. Havia um piano em um canto e uma harpa no outro. Havia dois sofás vermelhos berrantes, separados por uma mesinha de centro.
- Que lugar maneiro... – deixou escapar Rony – Você mora aqui Florean?
Florean corou e respondeu:
- Eu vou falar a verdade... Essa vila está inabitada há anos e então, arrombei essa casa, até hoje não me trouxe problemas sabe...
Hermione ficou horrorizada.
- Você roubou essa casa? – perguntou ela indignada – Muito errado... Muito errado...
- Dumbledore que me deu essa idéia... – disse Florean sorrindo e Hermione se calou – Bem... – disse se jogando em um dos sofás – Se acomodem e amanhã nós conversamos e como Dumbledore previu você quer conhecer o tumulo de seus pais não é Harry?
- Sim quero, mas não estou com um pingo de sono Florean... – disse Harry sentando-se no outro sofá, de modo que ficasse em frente ao Florean, seguido por Rony e Hermione – Eu quero saber que missão era essa que Dumbledore lhe incumbiu!
Florean suspirou.
- Não posso dizer...
- Pode sim! – disse Harry
Florean suspirou de novo e se levantou
- Era uma missão secreta Harry Potter... – disse ele serio – Se é secreta, não posso lhes revelar que missão era essa certo? Por isso, nada de me pressionarem...
- O Ministério da Magia ficou super preocupado com você... – disse Harry – E Rufus Scrimgeour não iria gostar nada de descobrir que você desapareceu por ordens de Dumbledore, e não pelos Comensais da Morte!
- Está me ameaçando Harry? – disse ele olhando para os olhos de Harry – Igual ao pai, nunca mediu as conseqüências de seus atos... Se é uma missão secreta, não posso falar o que é que estou fazendo aqui está bem Potter? Agora vá dormir, por favor... Amanhã sairemos bem cedo para irmos até o tumulo de seus pais!
- Pensei que era meu amigo Fortescue... – dizendo isso, Harry subiu as escadas, junto com Rony e Mione
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