naun me maxuke!



Draco estava assistindo desenho animado, tomando café e rindo. Mudara demais depois dela e principalmente depois da ausência dela. Já não tinha mais a pose de arrogante e não lançava olhares maldosos. Fez o máximo para não ser percebida, mas Draco nem precisou olhar para trás para notar a presença de Hermione.
- Oi, amor! Você demorou! Mas já está melhor?
- Já disse não me chame de amor!
- Certo! Mas sente-se e contemple esses maravilhosos desenhos! É coisa de criança, mas eles me acalmam! – diz ele, finalmente a olhando com olhos brilhantes, e no fundo havia uma luz de sol que penetrava a janela, deixando a cena ainda mais linda; mais contemplável. Ela não teve o que dizer, mas não queria se entregar a ele, não sorriu, mas obedeceu.
- Sabe Hermione; todos esses anos me serviram pra muita coisa!
- Hu-hum!
- Serviram para que eu pudesse ver o quanto eu estava errado em sempre implicar com Harry, Rony, você e todos os outros, por isso eu resolvi mudar o meu jeito de ser. Se você não percebeu ainda, tenho certeza de que um dia ainda vai perceber! – dizia ele, com um sorriso radiante, olhando sempre para ela.
- Você dizendo isso, Draco; se você não percebeu, demonstra que continua o mesmo! – ela debate com olhos fixados no prato; tendo a consciência de que ele estava olhando para ela.
- Ah... Sim! Desculpe-me!
- Não tenho que desculpá-lo por isso! Não POR ISTO!
- Hermione... Você ainda não me desculpou, não foi?
- E você ainda tem esperanças de que eu ainda vou vir a te perdoar?
- Claro!
- Pois se enganou; e vou retirar-me. Esta discussão me faz perder a fome! – diz ela, saindo, deixando um Draco meio indignado na sala de jantar. Ele não hesita e vai atrás dela.
- Hermione! Pare de fugir de mim! Por favor, me escute!
- Não, Draco! Você não tem de me falar nada!
- Tenho sim, Hermione! Por favor!
- Me solte!
- Não vou soltá-la! – ele a encara friamente – você sabe bem que eu já fui! VOCÊ acima de todos sabe muito bem que posso voltar a ser a mesma pessoa de antes!
- Não... Não se atreveria!
- Claro que sim! Se você forçar a barra pro meu lado... Não vou deixar barato para o seu também!
- Draco... O quê?
- Você entendeu! – ele agora parecia muito agressivo e a fim de machucar o braço de Hermione mesmo. Ela tentava muitas vezes se soltar, mas sem nenhum sucesso. – Olhe bem... – sussurrava ele, apontando o indicador a ela. – Olhe bem como estou te segurando... E vamos à biblioteca... JÁ!
- O quê?
- Oras Hermione! Somente vamos à biblioteca, sim?
- T... Tá! – ele apertava cada vez mais seu braço, e a forçava a acompanhá-lo. Penetrava cada vez mais na mansão, subindo escadas, entrando em corredores, desviando de portas... Enfim chegando à biblioteca.
- Entre!
- Certo.
Ele finalmente a solta e entra cada vez na biblioteca, passa por Hermione de cabeça baixa e assim continua; só fitando o chão. O silêncio tomava conta de lá e isso às vezes incomodava Hermione; mas se conteve para não falar nada e esperar que ele começasse.
Ficaram assim durante um bom tempo; até que Draco toma a palavra e encara Hermione com olhos molhados de lágrimas.
- Hermione... Desculpe-me, sou um bruto!
- Não... Não foi nada... Quer dizer, quase nada!
- Mas é que eu tinha que fazer isso! – dizia ele, ignorando o comentário de Hermione – Eu tinha que mostrar como é alguém te segurar e você querer soltar-se para não se machucar... Mostrei isso da maneira em que eu consegui encontrar... Mas acabou que não foi muito legal. – ele respirava com alguma dificuldade e ela notava cada movimento, cada suspiro dele, ela não deixava passar nada.
- Como, Draco? Não entendo o que você diz!
- Eu... Hermione... Eu te segurei tão forte e te obriguei a fazer algo que você não queria... Para mostrar como me senti... Como Pansy me obrigou a sentir! E o que foi pior... Acabei com dores muito; mas muito profundas mesmo!
Ela o olha indignada, segurando o choro. Tentando não fixá-lo tanto para não prejudicar-se.
- Não... Não acredito que você me arrastou até aqui e me fez essas dores todas SÓ por isso! Você não vê que não tem volta? NÃO TEM VOLTA, DRACO! Não tem! Desista! - ela já berrava.
- Hermione! Por favor! Quero acreditar no nosso amor! Volte aqui! – mas ela já tinha saído da biblioteca e fora correndo para seu suposto quarto.
Trancou-se lá e não quis nem imaginar que ele era o dono da casa e por isso, tinha todas as chaves de todos os lugares; só queria não pensar em perdoar Draco. Já fazia muito tempo e tinha prometido a ela mesma não a deixarela sofrer de novo. E com um Malfoy perto; SOFRER era uma certeza.

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