O Baile (1 parte)



Pouco passava das oito horas, logicamente da hora do jantar, quando Maureen se instalou no terraço em frente ao hall do castelo, vendo os últimos restos de um dia de falso sol (esteve um frio de rachar) que se iam perdendo por de trás das montanhas. As nuvens iam-se formando e parecera à morena uma certa pessoa provocadoramente irritante, olhou para as nuvens outra vez. Estava a sonhar? Parecia mesmo a cara daquele verme nojento do Black! Não, não era…agora estava a formar-se num montão de nuvens apressadas e muito mais interessantes do que aquele canalha néscio. Suspirou. Ahhhhhhhhhhhhhhhhh! Não podia, não podia! Estava suspirando naquele momento!! Estava suspirando por aquele…ah! Simplesmente estava relaxada. Não se suspira só por se estar pensando num pedaço de homem, totalmente sexy atraente e com um charme irresistível, um sorriso de fazer chorar por mais e….Estava pensando nele outra vez!! Tinha de perder essa mania.

De repente ouviu passos a vir na sua direcção. Virou a cabeça disfarçadamente, era ele! Drogaaaaa! Tinha que agir normalmente, endireitou-se no banco e fingiu estar a ler um livro.

-Hei Maureen. – Ela respirou pesadamente, ele notou e sentou-se ao seu lado.

-Caso não tenhas reparado, eu estou a ler.

-Lês sempre o livro ao contrário? – A garota corou de súbito e virou o livro.

-Estava a testar novos limites. – Sirius sorriu. Não podia ser verdade, mas ele estava parecendo mais maduro. Não, não era verdade.

-Hei, desculpa lá. – Disse ele simplesmente, olhando em volta. O sitio estava completamente deserto, e isso não estava a ajudar muito. Maureen começava a sentir o livro escorregar nas suas mãos, por estarem tão suadas.

-De quê?

-Tu sabes de quê.

-Estás a pedir desculpa por me teres feito ter esperanças, e quando fui dar conta estavas metido com a Carly Bones? Ou versão mais recente. Penso que tu gostas de mim e tu dás-me uma tampa!...ou ainda mais recente! Vejo-te todo enrolado com a Kate Durik!

-Já acabou?

-Queres mesmo que eu continue?

-Esquece então. Eu fui um parvo. Não era a isso tudo que eu me estava a referir mas pronto. Aproveito para pedir desculpa por isso também…aproveita esta semana, estou com queda para pedir e aceitar desculpas.

Maureen estava de queixo no chão. Será que ele tinha tomado as gotinhas? Estava estranho, com um comportamento digno dos dezasseis anos que tinha, não dos seis, que costumava ter (tah, para seis anos era muito atrevidito).

-Sentes-te bem? – Ele sorriu mais uma vez e acenou positivamente com a cabeça, as entranhas de Maureen derreteram completamente, ela estava tentando se controlar, mas ele parecia tão, tão mudado. Então aquela sensação que não sentia à um tempinho voltou. O coração acelerado, o estômago a querer levantar voo e as mãos a soar. “QUERO DIZER AO MUNDO QUE EU TENTEI, EU JURO QUE TENTEI!!!!!” Levantou-se levando Sirius consigo. Fazendo com que ele ficasse junto a si. Sentiu os seus corpos a colarem, os seus hálitos a misturarem-se, estavam tão perto, a sua cabeça, tal como a dele, começaram a virar ligeiramente em sentidos opostos, como em câmara lenta, pareciam um puzzle que procurava completar-se. Naquele momento a garota só sentia a boca suplicando pela dele, o resto do corpo era como se tivesse perdido a ligação com o cérebro.

Voltou à terra…

-LARGA-ME SEU VERME NOJENTO!!!!!! – Berrou.

-O que foi?

-O QUE É QUE TU ESTÁS A FAZER??

-Isso pergunto eu!

-Tu estavas a tentar beijar-me!

-Eu?!

-Não eu!! – Replicou irónica.

-Por acaso.

-Aiiiiii!! Não me confundas mais! – Só aí percebeu que ainda estava agarrada a ele. Corou ainda mais.

-Admite Maureen, tu estavas mortinha por me beijar!

-Isso não é verdade. Tu é que estavas a testar os meus nervos! – Ele continuou a olhar para ela com um olhar mágico, que a estava a deixar fora do sério.

-Se isso resultar.

-Cala-te!

-Até amanhã…

Ela resmungou qualquer coisa e foi-se embora.

*

Parava sempre em frente àquele espelho. Maryanne tentou vários sorrisos e poses em frente ao espelho. Queria à força sentir-se bonita (realmente tinha problemas de auto-estima) No dia seguinte era o baile. Tinha de estar deslumbrante, já escolhera a maquilhagem e tudo, fizera-o com antecedência para não parecer uma pintura de um puto de cinco anos, tipo Ashley, sério! Mary não sabia o que Remus tinha visto naquela vadia armada em esperta…

- A minha vida deu uma reviravolta de 350 graus… -Imitou Mary a amiga loira ao mesmo tempo que ouviu o seu nome do fundo do corredor. Ai não! É ele!
-Maryanne!

-Sim…

-A McConagall quer falar connosco. Anda. – Fez sinal para o seguir.

Connosco!! Será que ela achou que eu e ele fazíamos um óptimo par e vai nos obrigar a ir juntos??? (bem, só obriga a ele, não é?...) O que será? O que será? Talvez ela ache que a Ashley é uma má influencia para alguém tão, tão…vocês percebem.

Quando chegaram à sala de McConagall Mary deixou escapar uma exclamação de surpresa e decepção. Era bom demais para ser verdade. Estavam lá todos os monitores do 6º ano.

-Eu chamei-vos cá por causa de um incidente que já ocorreu em meados de Setembro.

-E o que é professora? – Perguntou Kenny dos Hefflupuff.

- A sala dos troféus. – Mary e Remus tiveram um ataque de tosse súbita. – Sentem-se bem?...-eles acenaram visivelmente atrapalhados -…foi encontrada parcialmente destruída.

-Pois foi, professora. – Interrompeu Snape muito sério. – O professor Slughorn falou-nos várias vezes disso.

-Falou? – Deixou escapar Mary baixinho. McConagall acenou com a cabeça.

-Os Slytherin’s foram acusados, por isso não avançamos com o assunto, porque a goles encontrada foi tirada do seu lugar, a casa verde e prata.

Mary e Remus entreolharam-se pasmos. Até que aqueles três quando queriam eram espertos…

-Mas vou directa ao assunto!... - McConagall parecia mais séria. – Alguém de vocês viu alguma coisa? – Ninguém falou, só Mary estava como um tomate. – Miss Andrews…não viu nada?

-Não senhora professora.

-Mas eu vi-te ir para a sala dos troféus. – Cortou Snape vitorioso. Mary arqueou as sobrancelhas.

-Quê?

-Eu vi-te, e a ti também, Lupin.

-Mas…mas…- Gaguejava Mary confusa.

-A que horas nos viste? – Perguntou Remus calmo, bastante calmo, comparado com Mary que parecia estar a ter um treco.

-Às nove e cinquenta e sete exactamente, estava prestes a acabar o meu turno e a reunião tinha acabado…quando me dirigia para as masmorras dos Slytherin vi-te a ti, parei para ver o que se ia passar a seguir. Vi a Andrews seguir-te e resolvi ir também. Vi-te a ti e aos teus amiguinhos lá dentro e pouco depois vi entrar a Andrews, pensei que os ia denunciar, mas não…por motivos que desconheço –Lupin revirou os olhos –Nem os denunciou.

-E porque não nos disseste nada? - Perguntou a professora, Snape encolheu os ombros. - Senhor Lupin! Isto é verdade?

Remus ainda olhou para Mary, mas esta não lhe deu a calma que ele procurava, ainda o pôs mais stressado.

-Pois assim sendo…Estou muito decepcionada com o senhor! E consigo também Miss Andrews.

-Mas espere, quando a Mary lá chegou… –Maryanne sentiu um arrepio subir-lhe pela espinha: Ele tratara-a por Mary!!! – Já passava da hora do turno dos monitores. –O sorriso de Severus abrandou.

-Muito bem…Senhor Snape, quinze pontos a menos. Quando a vocês os dois, também quinze pontos e a mesma detenção dos senhores Potter, Black e Pettigrew. Depois de amanhã quero-vos aqui aos cinco!! Ouviram?? DETENÇÃO!!

O jovem Lupin respirou pesado e desviou o olhar para Mary, vendo-a cair redonda no chão.

-Maryanne? MARYANNE!!!

-Miss Andrews está se a sentir bem?

*

A aula estava a decorrer normalmente, a adivinha, falava da adivinhação vista nos olhos quase a chorar de emoção, os alunos quase a adormecer. Tudo dentro dos conformes.

-Meus amores! Esta arte é muito difícil, temos que conhecer a pessoa. Inclinamos a cabeça da pessoa em questão e procuramos nos seus olhos sinais que indiquem o seu futuro. Não liguem meus queridos, eu adoro esta arte…– Disse Jennifer Bynes com uma satisfação bem visível. – Adoro prever o futuro pelos olhos…o que não vai ser preciso para saber que os senhores Potter e Black vão para a rua se continuarem com a brincadeirazinha na minha aula!!

-Calma professora… – Respondeu Sirius automaticamente. -Sem stresses!! Faz mal ao colesterol. - A adivinha de origem trouxa sorriu sarcasticamente.

-Senhor Potter. – Ele olhou para ela com dificuldade pois estava quase a dormir. – Troque de lugar com… -Fez uma expressão esquisita e olhou por toda a sala. – A Miss. Coln.

-O QUÊ???!!! – Bradaram a própria e Black ao mesmo tempo.

-Por favor, Miss Coln, sente-se aqui ao lado do Mr. Black. – Ela deitou um olhar de desespero a Ashley e Mary (que ainda se tentava recuperar do choque, que era ter a sua primeira detenção). Foi sentar-se ao lado da última pessoa com quem lhe apetecia estar.

E assim passaram mais um pedaço da aula, que parecia nunca mais ter fim, sentados muito direitos, tentando não cruzar os olhares.

-Agora…. Vamos todos tentar esta experiência linda! – A mulher parecia que se estava realmente a comover. – Peguem na cabeça do colega e digam qual vai ser o seu futuro.

Sirius ainda se virou para o amigo que fizera uma careta e abanara negativamente a cabeça.

-Então? – Começou finalmente Maureen. – Primeiro eu, ou tu?

-Eu. – Ela revirou os olhos.

-Porquê tu?

-Oh! Tá bem! Tu.

-Não quero.

-Tás a gozar comigo?

-Estava a testar o teu ego…ah! Tá bem, ele deve estar em modo off, se não ocupava a sala toda.

-Ah ah ah! Que piada! – Riu irónico. – Tens futuro no circo sabes?

-Então…Miss Coln e Senhor Black! De que é que estão à espera?

Ele agarrou a sua nuca e virou-a ligeiramente para cima. Os seus olhos eram lindos, de um azul mar, esplendoroso. A garota estremeceu ao toque e encolheu-se quando ele lhe puxou sem querer um fio de cabelo.

-Au.

-Desculpa.

-Deixa pra lá. – Mas ele não voltou a segurar-lhe na nuca, ficou a olhar para ela. – Continua, olha a professora, estamos numa aula lembra?

-Eu sei.

-Muito bem…-Começou a adivinha com os braços abertos. – Mas vejam mais fundo, explorem o vosso colega…Estão a ver aqui o Senhor Black e a Miss Coln? Vejam como eles se olham com profundidade, é isto que eu quero. Só com sentimento vocês conseguem ver o que o futuro nos reserva. Isso mesmo, muito bem Black e Coln…BLACK E COLN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sirius puxara Maureen pela cintura grudando os seus lábios contra os dela, com força, com desejo. Ela nem teve tempo de reagir, ficou totalmente descontrolada e perdida naquele beijo. Como ele beijava beeeeeem!! O chão parecia não existir, o seu coração batia ainda mais forte. Queria dar-lhe um estalo que o virasse, mas realmente não se encontrava nas melhores condições! Estava numa aula, com a professora a assistir, com o resto daqueles Marotos, a Mary, a Ashley, a Lily e com quem mais? Deixa ver…a turma toda!!!!! Mas como ele beijava bem! Vendo cada vez mais a sua reputação indo pelo cano abaixo, foi agarrada por completo, ainda presa por aquele beijo sufocante e ardente, para cima da baixa mesa (realmente não se estava lá muito confortável). Tentou virar-se, livrar-se dele mas a única coisa que conseguiu foi pôr-se por cima dele!! O que facilitou e muito as coisas para aquele verme canalha! As mãos dele percorriam as costas da garota, indo para onde não deviam!! As dela (não, ela não estava acreditando nisso) prendiam-se no rosto dele. As suas línguas dançavam com o desejo que lhes invadia a espinha. Não havia maneira de o beijo acabar. E o mais impressionante era que ninguém reagia a tal cena. Não sabiam que existe um feitiço que faz as pessoas pararem completamente! DAVA JEITO!! Mas não foi preciso…ele pareceu se dar conta que estavam numa aula e que um numero de pessoas, ainda bem grandinho, estava a assistir àquela cena humilhante.

Aos poucos o chão começava a voltar aos pés de Maureen, e todos os seus membros começavam a estabelecer contacto com o cérebro. Foi então que percebeu que estava com uma mão sobre a boca dele, a outra (não sabia onde estava) e que ambas as mãos dele acariciavam agora a sua testa. As suas respirações ofegantes os atraiam ainda, mas não!!! Tinham de resistir!

*Silêncio*

-Pode continuar Professora, eu descobri nos olhos da Maureen que ela irá ter mais sorte no amor.

-Quê?! – A voz saiu-lhe super tremida e ofegante, enquanto a dele estava direitinha. Como que é que ele conseguia?? Tinha que ter realmente muita prática. – Sorte? Chamas a isto de sorte?

-O que é que foi? Não gostaste? Queres que eu te mostre um melhor?

-Não!!!

*Silêncio nº2*

-Cinquenta pontos a menos para a Ravenclaw e para a Gryffindor. – Disse a professora completamente boquiaberta. Sirius atreveu-se a olhar para trás. James estava com uma semelhante cara de parvo a olhar para não sabia onde. Remus parecia que tinha visto um marciano e Peter, bem esse, mais parecia que tinha assistido a uma cena porno ao vivo. – Se acharem que conseguem manter-se à beira um do outro sem se amassarem dessa maneira, eu posso deixar estar assim.

-Não, não senhora professora eu…- A campainha toca, finalmente. Que aula para esquecer.

-Evans! Não achas que devíamos experimentar uma coisa dessas? – Gozou James à saída da sala. Ela apenas levantou o livro com força, atingindo em cheio o nariz de Potter, que logo se encolheu. –Heeei! Eu quase caía pelas escadas a baixo!

-Desculpa! – Começou a ruiva uns degraus a baixo. – Vou tentar outra vez.


*

Maryanne inspirou pesadamente, enquanto se observava no espelho. Era noite do baile, do maldito baile. Tinha vontade de chorar e não ir. Acordara com aquele medo…o medo de perder a o coração de novo, e agir sem usar a cabeça. Ashley trancara-se na casa de banho, devia estar a produzir-se ao máximo para ir com o “seu” Remus ao baile. Sentou-se na borda da cama e mexeu um pouco no seu cabelo, normalmente num baile as meninas prendiam o cabelo, mas Mary queria fugir à rotina, uma vez que o prendia sempre, tinha-o solto contrastando perfeitamente com os seus olhos muito azuis e a sua pele muito branca. O seu vestido era branco pérola. Cada vez que se via ao espelho parecia um anjo.

-Mary!!!!! OH MARY!!

-Que foi?!

-Preciso de ajuda Mary! – A jovem Andrews virou-se para Maureen que olhava para o guarda-fatos com aflição pré-histérica (mas quase lá) no rosto.

-Diz…

-Eu não sei que vestido hei-de levar!!

-Tu não compraste um de propósito para o baile?

-Não! Vá lá eu tenho tantos, mais um para quê?

Mary espreitou para dentro do guarda fatos. Xiiiii!!! Realmente Maureen tinha uma colecção deles.

-Vejamos. – Começou a Coln batendo as mãos secamente. – Bege? – Maryanne fez uma expressão reprovadora. – Realmente…tens razão. Vermelho?...Hum, não quero parecer a puta mor. Roxo? A Ashley vai de roxo. Prateado? Bah, faz parecer uma certa casa. Verde? Ui ainda pior! Ai! Maryannita ajuda-me! – Pediu num tom suplicante.

-Que tal azul? – Disse tirando num vestido da cor dos olhos de ambas, comprido e com elegantes aplicações brancas.

Maureen olhou desconfiada para a amiga.

-Como é que tu?...deixa lá. Vou-me vestir!

*

Finalmente Maureen e Ashley já tinham descido, e Mary conseguia vê-las procurando os seus pares. James fora quem encontrara a morena de azul e a levara para o salão, reparava-se que se tratavam como amigos, principalmente do que acontecera no dia anterior. Peter já estava em baixo das escadas, olhando não sabia para onde, Sirius sempre fora com Kate, no entanto não deixava de dar especial atenção a Maureen. Peter estava no mesmo sitio, só Remus é que ainda não chegara. Que gozo Mary estava a ter vendo Ashley completamente desorientada procurando-o por todo o lado. Ao fim de algum tempo a garota lá decidiu descer. Peter estava a meter-lhe uns nervos!!! Nem sequer olhava para ela a descer as escadas, derretia-se todo a olhar para Alana.

-Peter! – Chamou ela. Ele finalmente percebeu que o seu par estava descendo as escadas.

-Ah! Olá Mary.

Ela estava praí a meio das escadas quando Remus finalmente chegou. Mary olhava-o com Ashley, enquanto Peter preferia ver Alana. Nenhum estava a tomar atenção ao outro. Conclusão: Maryanne (super distraída) desceu um degrau em falso e tropeçou no vestido rebolando escadas a baixo indo cair aos pés de Peter, que só reparou quando viu todas as cabeças presentes viradas para si.

-Maryanne?

-Ai! O chão adora-me!

-Sentes-te bem?

-Sim, sim…estou óptima! – Disse bruscamente levantando-se com a ajuda do rapaz.

-Mary estás bem? – Perguntou Remus atrás dela.

-Não!...ai, dói-me a cabeça. – Murmurou com ar de vitima, deixando-se cair nos braços dele.

-Vem, é melhor sentar-te! – Encaminhou-a para o salão e sentou-a na primeira cadeira que encontrou. – Estás melhor?

-Sim…-Respondeu com um ar sonhador.

-Ainda bem! – Cortou Ashley mal-humorada. – Assim ficas aqui com o teu par, que eu vou dançar com o meu. – E nisso puxou-o fazendo com que ele se levantasse da cadeira em que se sentou Peter. Olhou-a inexpressivo.

-Acho que nenhum de nós está aqui com quem realmente quer.

-Pois…

-Então vamos tornar isto mais fácil. Anda daí. –E encaminhou-a para a pista de dança.


-Tu não queres?....

-Não!

-Só uma…

-Não!

-Mas…

-Não!

-Vá…

-Simon! Eu não quero dançar okey? Ficamos aqui!

-Tu não queres é dançar comigo.

-Ah tá bem, é verdade…

-Alana! Por favor!

-NÃO!

-Se fosse o Sirius Black a perguntar nem pensavas duas vezes!

-Pois! Nem uma pensava. – O rapaz revirou os olhos e encostou-se às costas da cadeira.

-A menina quer dançar? – Perguntou um sonserino do 7º ano olhando para a loira sorrindo galanteador. Ela suspirou e olhou para o par.

-Não há nada melhor!

Na pista de dança, James dançava com Maureen com a maior indiferença do mundo, e vice-versa.

-É desde ontem não é? – Começou ela.

-O quê?

-Bem…tu não estás lá muito à vontade.

-É impressão tua.

- A Lily veio com o Jackson.

-Ela até podia vir com o parvalhão do Wiliam.

Maureen sorriu secamente e James começou a falar de banalidades.

-Ah! E ontem a Kate apareceu desesperada à frente do Padfoot…

-Do quem?

-Do Sirius. Quase que pediu de joelhos.

-Gostava de ter visto.

-Vai ser troca de…

-Hã?

Maureen percebeu quando foi separada de James por duas miúdas que queriam à força serem elas a dançar com ele. Mas de repente sentiu-se puxada para a dança outra vez. Quando olhou para a frente viu aqueles olhos azul noite brilharem só para si.

-Sirius?

-Então Maureen?

-Tudo bem. – Corou de repente sem saber porquê.

-Desde aquilo de ontem, claro que está tudo bem.

A garota corou ainda mais.

-Tu obrigaste-me.

-Não, tu cedes-te.

Ela suspirou pesado e apertou a mão direita dele.

-E depois? Cedi! Qual é o mal? – Sirius olhou para ela surpreendido. – Sabes que mais?! Porque é que tenho que ser sempre eu a esperar que reajas, à conta dessa brincadeira, sofri muito! Esperei dois anos a ver-te com outras de propósito!

-De propósito?!

-Tu próprio dizias que não era tua namorada mas era uma coisa do género.

-Ah pois! Tu leste o pergaminho.

- Mas afinal qual é o mal de gostar de alguém, mesmo que seja um canalha partidor de corações??!! Não tenho culpa de me ter apaixonado por ti! Não sou nenhuma gata no cio mais também não sou uma mosca morta!

-Continua que estou a gostar…

-Ah pois, mas tu já me chamas-te carente e pegajosa e mais não sei quê!

-Oh! Aí eu ainda estava com a Carly na cabeça.

Maureen nem deu muita importância ao desvio da conversa, queria falar e recomeçou.

-E mais! Quando perceberes quem realmente eu sou, tenho a certeza que também vou perceber quem realmente és tu! Sabes, eu mantive esta paixão por ti, porque tinha esperanças que tu no fundo não fosses o mulherengo que mostras ser.

-Mulherengo? Eu?!

-Ah por favor! Tu próprio disseste no pergaminho que me tinhas…chifrado com MUITAS!!!

-Oh! Não no verdadeiro sentido da palavra.

-Mas tanta coisa para chegarmos à conclusão que realmente nos…amamos.

Ele parou de dançar, e sem se importar com as pessoas à volta beijou-a carinhosamente, não foi um beijo roubado, nem selvagem, era carinhoso e com sentimento. Todo o barulho à sua volta ia parando e a confusão barulhenta tornara-se muda para eles.

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