O Natal na Toca...
N/a: Não existem palavras, muito menos desculpas apropriadas para dar a vocês. Eu sou uma pessoa muito enrolada, eu sei. Agora junte isso a falta de inspiração, ás férias, a festas e a amigas coladas o tempo todo em você.
Não dava para concentrar! Não dava pra escrever!
Calma, calma! Não precisa apertar o gatilho não.. * se enconde atrás do BOPE *
Gente, assim eu fico traumatizada.. Vocês devem me odiar e eu compreendo o ódio. Mas não é um sentimento recíproco, porque mesmo com 2 meses de atraso, vocês ainda estão aqui. *--------* Valeu! ;*
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A hora do jantar fora divertida. Todos pareciam estar mais alegres. Talvez fosse mesmo o natal e seu ‘espírito natalino’. Mas tanto para Rony como para Hermione havia um motivo especial que os deixara com um humor ótimo.
Os dois riam dos comentários, comiam pouco e conversavam muito. Tonks e Gina estavam em um canto da mesa, lançando olhares, rindo e murmurando coisas.
Após o jantar os membros da Ordem ainda presentes se despediram e aparataram rapidamente.
Harry, Rony, Hermione, Fred e Carlinhos estavam sentados na mesa, agora conversando. A Sra. Weasley controlava a louça e arrumava a cozinha.
- Então... O que faremos amanhã? – Gina perguntou, sentada no chão frio da cozinha, brincando com um pano colorido que a Sra. Weasley costumava ter pendurado no avental.
- Verdade... – Fred sussurrou. Olhou para sua mãe, que cantarolava baixinho. – Eu e Jorge estamos preparando uns fogos para o natal. Desta vez criamos uns bem legais.
- Ouvi dizer que vocês venderam bastantes fogos para o natal, Fred. – Gina disse animada.
- Foi mesmo maninha. – Fred disse com orgulho. – E o que mais vendeu foi o novo, o ‘Não Dorme’ com a frase: Feliz Natal.
- Como assim, ‘Não Dorme’? – Carlinhos pareceu interessado.
- Você verá amanha, Carlinhos. Tenha paciência. – Fred sorriu maliciosamente. – Aconselho que durma bem essa noite. – Hermione percebeu um brilho diferente nos olhos daquele Weasley e o olhou desconfiada.
Na manha do dia 24 Harry acordou, achando que tinha sido o primeiro, pois o silêncio era completo na Toca. Sua cicatriz formigava e sua boca estava seca. Resolveu ir até a cozinha beber um pouco de água.
Lentamente andou pelos corredores pequenos e tomou cuidado para não fazer barulho ao descer as escadas.
A cozinha era clara. A grande janela aberta fazia a luz do sol entrar e esquentar o local. Harry bebeu o copo de água que queria e arrumou os óculos, observando o local. Estava voltando devagar para o quarto, mas parou ao ver Gina sentada no sofá da sala, sorrindo para ele.
- Bom dia! – Gina disse animada.
- Gina? Ah... Bom dia! – Harry mexeu nos cabelos desajeitados.
- Sabia que era você... – Gina apontou para o lugar ao seu lado no sofá. – Estava no banheiro me trocando e escovando meus dentes quando ouvi você descer...
- Faço tanto barulho assim? – Harry se juntou a ruiva. Só tinha percebido que a caçula dos Weasley não estava usando pijamas quanto ela comentou. Usava um short curto preto e uma blusa regata salmão. A cor lhe caía bem. Tudo lhe caia bem, na opinião de Harry. Gina era perfeita de qualquer maneira. Harry chegou a pensar por um instante em como seria apenas com sua pele clara. Sentiu suas bochechas esquentarem, mas a namorada pareceu não perceber isso.
- Não é isso Harry... É que é fácil de saber quem está andando pela casa. Sabe como? Carlinhos e Rony pisam forte. Gui, Fred e Jorge não acordam cedo assim nunca. A casa pode estar em chamas que os três continuariam deitados. – A ruiva riu. – A mamãe não faz barulho algum e papai já saiu. Hermione está dormindo ainda.
- Ah... Certo. – Harry sorriu e abraçou Gina. – Você disse que seu pai já saiu? – A ruiva confirmou. – Ele foi trabalhar?
- Não... Ele foi comprar alguns presentes. – Ela sorriu de novo. – Claro que vamos ganhar nossos suéteres de sempre, mas esse ano mamãe insistiu em comprar uma surpresa especial.
- E você sabe o que é?
- Não. Ninguém sabe. Quero dizer, Fred e Jorge devem saber. Eles sabem de tudo. Sempre.
- Aquelas Orelhas Extensíveis... – Harry riu.
- O que você quer fazer hoje, Harry? Sabe, todos estarão ocupados com a decoração e correndo de um lado para o outro... Teremos uma manhã livre para nos divertimos... Mamãe passa o dia todo na cozinha. Fred e Jorge, trancados no quarto com seus experimentos... Os outros vão trabalhar bastante.
- E o que te faz pensar, Gina Weasley, que sua mãe não vai nos dar serviço também? – Harry apertou carinhosamente a mão da namorada.
- Vamos dar uma “fugidinha” hoje. – Ela sorriu.
- Ah Gina, eu não sei... Já não basta a Hermione ontem? – Harry mexeu no cabelo. – Todos ficaram preocupados.
- Deixaremos um recado avisando. – Gina deu um beijo na bochecha do moreno. – Vá se trocar e fique pronto. Enquanto isso vou pegando algo para comermos e deixo a mensagem. Tá?
- Gina, eu acho que...
- Harry, não se preocupe!
- Sua mãe vai ficar uma fera, como ontem.
- Olha, é natal. E nós vamos andar por ai. Fim de conversa. Agora vai se arrumar!
Harry a olhou intrigado, mas se levantou e começou a subir as escadas devagar.
Dez minutos depois, os dois estavam novamente na sala.
- Onde está o bilhete? – Harry perguntou colocando as meias.
- Em cima da mesa. Peguei torradas e uns biscoitinhos. Fiz também um suco de abóbora.
- Parece ótimo. – Harry sorriu e enlaçou a cintura da ruiva com o braço esquerdo.
- Vamos? Acho que alguém acordou com o barulho da escada, Harry.
- Ah, ok. – Harry abriu silenciosamente a porta dos fundos. – Só espero que sua mãe não nos mate quando voltarmos, Gina.
” Eu também espero. “ Gina pensou.
- Aqui é incrível. – Harry estava abraçado a Gina. Estavam sentados sob uma árvore pequena, com folhas finas. Tinham andado cerca de 10 minutos até o local e já estavam a algum tempo ali sentados, conversando e namorando.
- Concordo. – Gina bebeu um pouco de suco que trouxera. – Foi bom termos vindo. Só eu e você. – Ela sorriu. – E assim nós também deixamos os dois mais confortáveis.
- Os dois...? Ah sim. – Harry riu. – Gina, você acha mesmo que eles vão perceber?
- Harry, o Rony não te disse o que aconteceu ontem não?
- Disse... Eles estavam nadando...
Gina deu uma risada e bebeu mais um gole de suco.
- Não seja tolo. Hermione me contou que...
Hermione abriu a porta lentamente. O garoto dormia.
- Rony... – Ela o chamou.
- Ronald! – Hermione se aproximou mais, porém isso não pareceu incomodar nem acordar o ruivo deitado. – Rony...
O garoto manteve seus olhos fechados, mas falou com desgosto.
- Me deixa dormir, Gina...
- Não é a Gina. – A garota riu. – É Hermione. Bom dia...
- Mione?... Ah, bom dia. – Rony esfregou os olhos e sentou-se na cama, ainda sonolento. – Quantas horas?
- De acordo com Molly Weasley, hora de levantar. Teremos que trabalhar em dobro nos preparativos para á noite.
- Por quê?
- Harry e Gina fugiram. – Rony olhou para Hermione e depois para a cama vazia onde Harry dormia. Parecia processar a informação.
- Eles o q...? FUGIRAM? – O garoto pulou da cama. – Como assim Mione? Pra onde? Por quê?
- Sim, fugiram. Como assim o que? Fugiram, oras! Porque, eu não sei. E se eu soubesse para onde, eles estariam aqui uma hora dessas. Agora vá se arrumar. Te conto direito enquanto tomamos café. – A garota sorriu e abriu a porta do quarto. – Não demora! – Saiu do quarto e dirigiu-se a cozinha.
Rony parecia realmente interessado na história, porque não demorou muito para descer pronto.
- Pode começar a contar, Mione... – Rony falou sentando-se.
- Tá certo. – A garota falou baixo. – Ela me falou que...
- Bom dia Ronald! – Molly apareceu dos fundos trazendo algumas verduras.
- Bom dia mamãe. - Rony pegou uma torrada e mordeu um pedaço.
- Na verdade, quase boa tarde. Isso são horas de acordar? Ora Ronald, você não precisava... - Molly desapareceu novamente pela porta dos fundos. Hermione e Rony se olharam. –... Você está dormindo demais! – Ela voltou com um caldeirão médio nos braços. – Da próxima vez, eu... hey Gui! Isso não é ai! – Molly colocou o caldeirão no chão e saiu correndo em direção ao filho.
Rony revirou os olhos.
- Continua Mione. – Rony falou baixo e encheu seu copo de um suco esverdeado que o garoto não fazia idéia do que era.
- Ele não me disse nada disso! – Harry parecia surpreso.
- Eu percebi... – Gina deitou no colo do namorado.
- Gina... Porque será que ele não me contou?
- Não sei. Pergunte para ele. – A garota soltou o cabelo que estava em um coque.
- Deve ter esquecido.
- Esquecido? ESQUECIDO? – Gina deu uma risada e se levantou do colo de Harry. – Impossível Harry, Rony nunca vai esquecer isso. – A garota riu. – Acho que ele vai escrever um livro sobre o acontecimento.
- Não exagere, Gina. – Harry mexeu nos seus cabelos, tentando ajeita-los. – Vamos voltar? Já é quase hora do almoço...
- Tá bom... – Gina o beijou. Harry a puxou para perto e enlaçou a cintura da garota apaixonadamente.
Após um longo e apaixonado beijo, Gina começou a recolher as coisas que trouxeram. Harry a ajudou e logo os dois estavam caminhando em direção á Toca.
- É... Bem que ouvi alguns gritos e berros...
- Coitado do Gui. Ela ficou gritando com ele e o culpando, dizendo que ele deveria ter sido responsável para acordar e proibir a Gina de sair assim. – Rony riu. - Como se o Gui, logo ele, fosse proibir!
- Eu sei, Ron... Foi exatamente o contrário que ele fez.
- O que? Ele viu a Gina saindo de casa?
- Não! Mas ele começou a rir e falou: “Mamãe, a Gina tem 15 anos. Deixa-a namorar! Todos nós gostamos e confiamos muito no Harry, não é verdade? Ele é um cara legal... Não fará nada inapropriado! “
- O QUÊ? – Rony pulou da cadeira, sentindo seu rosto esquentar um pouco. – Ele disse isso?
- Bem... Disse! – Hermione corou. – Sua mãe entrou em pânico. Ai ela veio me perguntar quão próximo Harry era da Gina e...
- Ronald! Venha aqui fora agora! – Molly apareceu segurando uma cesta com enfeites brilhantes.
- Claro, mamãe. – Rony se levantou emburrado. – Vamos também Mione?
- Ah sim... – Hermione se levantou. – Rony! – A garota o segurou e sussurrou perto do seu ouvido. – Acho que ela vai te perguntar também... – A garota segurou seu braço e deixou que o garoto a puxasse.
- Estava demorando a acontecer isso. - Rony saiu pela portas dos fundos seguido por Hermione. – O que foi mamãe?
Gui, Carlinhos e a Sra. Weasley estavam ali no gramado da Toca, arrumando uma longa mesa de madeira velha. A Sra. Weasley soltou as bolas brilhantes e a toalha dourada que segurava e se aproximou do garoto sorrindo.
- Rony, querido... Você é amigo do Harry... – Rony olhou para Hermione, que segurou o riso. – Me diga.... Ele já te disse algo sobre ter filhos? – A Sra. Weasley parecia ansiosa, mas mesmo assim sorria.
- Mamãe! – Rony corou. – Não! Claro que não! – Rony fez uma careta.
- Ronald, você tem certeza? – A Sra. Weasley enrolava um pano pequeno nas mãos.
- Mas é...
- Mamãe, - Carlinhos interrompeu o irmão, se aproximando. – não adianta ficar nos interrogando! – O filho pôs a mão no ombro da mãe. – Se quiser saber, você deve perguntar para o Harry e para a Gina!
- Disse meu nome, Carlinhos? – Gina se aproximou abraçada ao namorado. – Quer me perguntar algo mamãe?
Molly os olhou abraçados durante um tempo, torcendo o pano nas mãos.
- Ginevra Weasley, como você sai assim deixando um recado sem explicação nenhuma, dizendo apenas “Saí com o Harry e não tenho hora para voltar “ ?
Harry olhou surpreso para Gina. Viu o bilhete em cima da mesa, mas não chegou a lê-lo. Pensou que Gina tivesse explicado no bilhete aonde iam, quando voltariam e tudo mais.
- Mamãe, eu estou aqui, não estou? – Gina sorriu. – Isso é o importante! – Gina deu um beijo na bochecha da mãe. – Te amo.
- QUE CHEIRO É ESSE? – Gui falou colocando os copos na mesa com um feitiço de levitação.
- Er... A minha comida! – Molly saiu apressada para a cozinha.
- Ela está muito nervosa e ansiosa. – Carlinhos disse como se explicasse o comportamento da mãe.
- É mesmo... – Rony se aproximou da mesa. – Gui, porque você tinha que dizer... Bem... Daquele jeito para a mamãe? Ela ficou preocupada!
- Dizer o que? – Gui fazia enfeites voarem para uma árvore próxima e ficarem pendurados em galhos baixos.
- Ah... Que a mamãe poderia ficar despreocupada com os dois e que o Harry não faria nada... Você sabe... Errado. – Rony sentiu as orelhas esquentarem.
- Ah sim! – Gui e Carlinhos riram. – Nada de mais. Vocês têm 16 anos, o que para mim é uma ótima idade... – Gui olhou para o irmão. – O que você acha, Carlinhos?
- Concordo com você. Meus 16 anos foram incríveis. – Os irmãos mais velhos trocaram olhares. Hermione, Harry e os dois menores Weasley se olharam intrigados. – Mas enfim, foi só um aviso.
- Só por curiosidade, Gui... – Gina riu. – Porque você gostou tanto dos seus 16 anos?
Gui deu um sorriso misterioso.
- Explico depois... – Gui voltou sua atenção para a mesa, pois Molly voltava apressada.
- Harry, Gina, Rony e Hermione, queria que vocês arrum-
Ouviram um estouro alto e forte vindo de dentro da casa. O chão chegara a tremer, assim como a casa torta dos Weasley. Uma fumaça saiu dos quartos dos gêmeos.
- E AGORA? – A Sra. Weasley gritou pondo as mãos na cintura. – Esses dois são MALUCOS. Querem destruir a casa! Gui, por favor, suba e veja se os dois ainda estão vivos?
Um dos gêmeos apareceu na janela, no meio da fumaça preta, igualmente preto. Não o veriam se não fossem pelos cabelos vermelhos. O garoto acenou e entrou de novo para o quarto.
- Bem... Vivos eles estão! – Todos riram, menos Molly. Gui correu para a casa.
- Ok, ok... Vocês quatro... – Ela apontou para os jovens. – Carlinhos, os explique o que devem fazer, porque eu tenho que cuidar das coisas lá na cozinha! – A Sra. Weasley, mais uma vez, saiu apressada.
- Então... Ela quer que comecemos pela decoração... Mesa, luz, e enfeites... Como vocês não podem usar feitiços, arrumem a mesa que eu cuido dos enfeites, certo?
- Tá bom. – Hermione correu para pegar os pratos. Gina foi logo atrás, aproveitando para guardar a cesta que havia levado.
- Nós no trabalho duro e os dois brincando de inventar lá em cima. – Rony falou emburrado, seguindo as garotas.
- Ah Rony... Pelo menos estamos juntos! – Harry concertou os óculos e mexeu no cabelo.
- Mesmo assim. – Rony disse baixo. – Mione, você tem certeza que consegue carregar todos esses pratos? – O garoto olhou para a amiga, curvada, segurando uma pilha de pratos claros.
- Eu acho que... – ela cambaleou.
- Deixe-me ajuda-la. – Rony pegou pouco mais da metade e segurou com firmeza. – Pronto. Vamos andando? – O garoto deu meia volta em direção à mesa. Harry entrou na casa e encontrou Gina separando os talheres.
Como previsto, a tarde foi direcionada inteiramente para os detalhes finais do Natal. Fleur apareceu no fim da tarde, e logo os membros da Ordem foram chegando. A Sra. Weasley parecia ansiosa. Pedira para Hermione e Gina cuidarem da comida enquanto se arrumava, o que gerou o caos, pois Fleur insistia em mexer as colheres e observar a comida. Gina bufou e saiu irritada, para se arrumar também. Harry, Ron, Fred e Jorge estavam arrumados, e todos estavam sentados nas camas de Harry e Rony.
- Achamos que não íamos conseguir. – Jorge comentou descontraído. – Foi difícil fazer com que o...
- Agora não, maninho. Vamos fazer surpresa...! – Fred riu.
- Fred, tem algo preto no seu pescoço. – Rony comentou.
- É a pólvora. Foi difícil tomar banho sabe?! Eu estava todo sujo. Tive que passar o esfregão por todo o meu corpo. Sorte que estava usando calças. Iria doer muito se eu tivesse que esfregar lá! – Os quatro jovens caíram na gargalhada.
Alguém bateu na porta e logo Gina entrou, vestida com uma roupa simples, mas que deixava a garota linda. Ela usava um vestido lilás com uma fita roxa na cintura e seu cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo, deixando sua franja caída no rosto.
- Uau maninha! – Jorge exclamou. – Isso tudo é para o meu amigo Harry? – Jorge deu palmadinhas no ombro no moreno.
- Boa noite para vocês também. – Gina riu e se sentou ao lado do namorado. - Jorge, mamãe quer que você desça imediatamente, e eu não sei para o que é não.
- Ok, vou descer. – Ele se levantou. – Porque não vamos todos juntos?
- Concordo... Afinal, Tonks e Moody já chegaram... – Gina disse levantando-se também.
- Eu pensei em esperar a Mione para descermos todos junt... - Rony ia falando, mas parou ao ver a menina na porta sorrindo para Gina, que retribuía o sorriso.
- Estou achando que teremos um concurso de beleza hoje, Jorge! – Fred comentou observando a blusa floral da garota.
– Acho que não é só o Harry que está sortudo! – Jorge falou, rindo. Automaticamente, Harry e Gina olharam para Rony, que por algum motivo estava com as orelhas vermelhas.
- Você está linda, Hermione! – Gina comentou. Harry observou que ela também estava simples. Usava uma blusa floral e uma calça jeans. Seu cabelo tinha diminuído o volume. Não havia como não perceber. Agora eles estavam domados, e caiam graciosamente pelos ombros da bruxa. – O que você acha, Rony?
Os olhos do garoto se arregalaram para a irmã.
- Eu... é... está, m-muito bonita, Mione. – O rosto do jovem Weasley ficou tão vermelho como os arranjos de Natal pela casa.
- Bem, obrigada Rony. – Ela sorriu, sem graça.
- Eu tenho que concordar com os meus irmãos. – Fred disse. – Ah Granger, se você não fosse tão mandona, esperta e já não estive compromissada eu até sairia com você!
Jorge riu.
- Mas eu não sou compromissada! – Ela disse, ingenuamente.
- Ah, então se você não fosse tão mandona e esperta eu sairia com você. – Fred disse rindo. Harry e Gina o acompanharam.
- Então saia comigo, Granger! – Jorge fez uma reverência, e as bochechas da menina ficaram vermelhas. – Você terá o prazer de se divertir comigo! O que você me diz, hein?! Podemos fazer qualquer coisa, menos ler, e também teremos uma...
- VAMOS DESCER? – Rony falou de repente. Parecia emburrado. Todos o olharam assustados, mas mesmo assim saíram do quarto, e começaram a descer as escadas.
Ao chegaram nos jardins, viram vários convidados ( a maioria da Ordem ) sentados na grande mesa de madeira antiga conversando baixo. Assim que eles se aproximaram os adultos pareceram se calar e apenas Gui continuou falando algo com Fleur, que parecia muito animada.
- Olá Harry! – Kingsley correu para apertar sua mão, pois estava muito próximo a eles conversando com Arthur. – Como tem andando?
- Bem... – Harry sorriu. – E o Ministério, como anda?
- Um caos, para ser sincero. Todos estão frustrados. Não conseguiram pegar nenhum comensal ainda.
- É, nós estamos acompanhando pelo Profeta Diário.
- Entendo... E como vocês estão? – Kingsley cumprimentou Rony, Gina, Hermione e Fred. Jorge já estava ao lado da Sra. Weasley, e parecia estar levando uma bronca. Após uma breve conversa com o auror, eles se sentaram.
- A Tonks nos contou como a segurança no castelo foi reforçada.
- Foi. – Hermione disse rapidamente. – Parece que é a maior segurança já feita na escola em todos os tempos.
- Verdade? – Moody rosnou. – Bem, Dumbledore parece mesmo preocupado com essa coisa de segurança.
- Mas será que nunca houve nada mais seguro? – Tonks perguntou sonhadora, imaginando feitiços para proteção.
- Não em Hogwarts. – Hermione disse segura. – Se tivesse, teria escrito em Hogwarts, uma história, e não tem nada lá dizendo que já houveram seguranças mais reforçadas que as que Dumbledore pôs na escola. - Harry riu. A garota sempre conseguia citar o livro favorito.
- Sei... – Lupin bebeu um grande gole de vinho. O mesmo fez Tonks, que naquela noite tinha os cabelos castanhos muito claros.
Passado algum tempo, todos pareciam estar falando menos. Harry notou que Rony falou muito pouco desde que se sentaram e parecia absorto em pensamentos. Fred, Jorge e Gui queixavam-se de fome e a Sra. Weasley corria o tempo todo. Quando já eram quase 9 da noite, a Sra. Weasley anunciou que o jantar seria servido, o que fora um alívio para todos. Fred e Jorge tinham as cabeças juntas no canto da mesa, Rony mexia com os talheres, sem mostrar muito interesse nas conversas em volta. Gina e Hermione escutavam, de má vontade e sob olhares ameaçadores de Gui, Fleur falar sobre sua família na França. Carlinhos, Moody e Tonks conversavam sobre alguma coisa que envolvia aparatação. E por fim, Arthur, Kingsley e Lupin cochichavam no extremo da mesa.
- O que você tem? – Harry sussurrou para o melhor amigo. O ruivo olhou durante um tempo, como se pensasse se iria responder ou não e depois disso baixo.
- Eles adoram me provocar. Adoram. – Rony gesticulou algo incompreensível.
- Eles...?
- Fred e Jorge. Eles falaram aquilo só para me irritar. – O garoto falou mais alguma coisa inaudível, como “orelhas extensíveis” e “idiotas”. Gina olhou para o irmão.
- Rony, o que exatamente eles disseram? – Harry parecia não estar entendendo.
- Ah... aquilo, Harry... – Rony bebeu um pouco do seu suco de abóbora.
- Ele está querendo dizer o que disseram com a Mione no quarto. – Gina concluiu também sussurrando. Parecia feliz de arranjar outro assunto para discutir senão a França e suas luxuosas casas á moda antiga, contado por Fleur. Harry viu a Sra. Weasley trazendo magicamente o jantar.
- É. – Rony cruzou os braços. Harry abrira a boca para dizer algo mais nessa hora Fred e Jorge apararam atrás deles.
- Não fica assim, Uon-Uon. – Jorge riu. – Não ia mesmo convidar a Mionizinha para sair.
- Nem eu! – Fred ria.
Rony fez uma careta.
- Como vocês...?
- Orelhas Extensíveis, claro. – Fred mostrou os fios marrons.
- Temos que nos manter informados, sabe? – Jorge disse, acenando discretamente para as cabeças juntas de Kingsley, Lupin e Sr. Weasley. - Mas eles lançaram algum feitiço em volta, então resolvemos ouvir outras conversas, como a de vocês. – Jorge sorriu.
- Curiosos! – Gina falou descontraída. – Olha, escuta Rony... Eles estavam BRINCANDO. Não aceita uma brincadeira não?
- Não disse nada! – Rony falou um pouco alto.
- Mas está escrito na sua testa, seu tolo! – Gina disse, como se estivesse encerrando a conversa. Harry prendeu o riso.
- Mas de qualquer maneira, você está com a Lilá, não é? – Fred parecia estar se divertindo. – E pelo que a Gina nos contou, está participando de uma peça com ela! Não é comovente, Jorge?
- Muito, Fred. – Os gêmeos riram.
- Sua... - Rony xingou baixo olhando para a irmã.
- Vamos jantar meninos? – A Sra. Weasley se aproximou e empurrou Fred e Jorge para seus lugares.
- Relaxa, cara... É natal. – Harry comentou com o amigo, dando tapinhas nas suas costas.
Após um farto jantar, todos esperaram sentados (Harry imaginou se alguém conseguiria se levantar depois de comer tanto) Fred e Jorge prepararem a tão esperada surpresa. Os dois correram para o meio do gramado levando duas grandes caixas fechadas.
Voltaram correndo e Fred se virou e murmurou algum feitiço. Uma luz prata voou em direção as caixas e quando as atingiu, o impacto foi momentâneo. Fogos de artifício voaram por todo o seu, dando piruetas, espirais, girando, se dividindo. Luzes coloridas clareavam a noite. E, aos poucos, a frase Feliz Natal foi se formando no céu, colorindo e iluminando tudo. Durante 10 minutos todos pareciam apreciar a genialidades dos gêmeos. Os fogos não pararam. Harry se lembrou dos fogos lançados pelos gêmeos no ano passado que fizeram Umbridge e Filch enlouquecerem. Não se esqueceu que quando fora dormir na noite do acontecimento, a palavra ‘cocô’ ainda estava brilhante no céu. Ele riu. Após algum tempo, todos já tinham visto o bastante, mas os fogos não paravam. Agora se viam no céu, além das palavras, dragões verdes, foguetes gigantes com caldas prateadas cortavam o céu rapidamente. Os adultos voltaram a se sentar, animados, conversando com Fred e Jorge.
- São impressionantes! – Tonks sorria para os gêmeos.
- Fogos Espontâneos Weasley. Mas tem uma série que montamos. No total, esses fogos seriam uns... 40 galeões. – Fred falou orgulhoso.
- São realmente divertidos! – Hermione exclamou animada. – Quanto tempo dura?
- Eu diria que umas 5 horas, basicamente. – Jorge falou e se virou para Lupin. – O que achou?
- Muito legal. Vocês são bons... – Ele disse sinceramente.
- Obrigado. – Os gêmeos agradeceram juntos.
Quando Harry e Rony foram dormir, 2 horas mais tarde, o céu ainda estava iluminado e uma roda gigante rosa-choque passava várias vezes pela janela do quarto.
- Eles são gênios...- Rony comentou com o amigo. Os dois já estavam deitados no escuro do quarto.
- É verdade... - Harry responder sonolento, pensando que afinal fizera um bom uso com o dinheiro do Torneiro Tribruxo.
*********
Ok, podem me matar agora..
:(
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