O Casamento



Cap Dois – O Casamento





Todos na Toca acordaram bem cedo para ajudar na finalização dos preparativos. A alegria era contagiante, assim como a ansiedade. O casamento estava marcado para o fim de tarde, Fleur queria que seu casamento fosse a luz do crepúsculo. No inicio da tarde, porém, já estava tudo pronto; as mulheres da casa já haviam subido para se arrumarem, com três horas de mais cedo. Com a ajuda de Fred e Jorge, que tinham chegado mais cedo, Harry, Rony e Sr. Weasley terminaram com o trabalho que havia sido designado para eles, ou seja o mais pesado.

Os meninos subiram para se arrumar, colocaram as vetes que a Sra. Weasley havia separado. Harry pôde reparar que Rony levava muito mais tempo que o normal para se arrumar, tendo muito cuidado para arrumar o cabelo, por um motivo que ele somente podia suspeitar, mas tendo certeza que estava certo. E com esse pensamento, não deixou de fazer um comentário, que ele quis julgar, de duplo sentido:

- Ei Rony, não acha que está demorando demais, não? Até parece que tem algo especial em mente...

Com um silêncio que deveria julgar digno, Rony terminou de se arrumar sem ligar para o comentário do amigo.

Foram para o quintal - após 40 minutos gastos por Rony, mais que Harry -, esperar os convidados. Os dois garotos não paravam de olhar para a porta da cozinha, ansiosos demais para prestar atenção um no outro, pois se reparassem estavam com a mesma expressão de expectativa.

- Você acha que a Mione vai demorar muito, Harry? – perguntou Rony, quebrando o silêncio de tanto tempo.
- Ahn? – disse Harry, sendo pego de surpresa – Acho que sim, Ron, mulher demora mais para se arrumar, não é mesmo? Se bem que você hoje também não foi muito rápido –terminou com um sorriso brincando nos lábios.

Coisa que Rony fez questão de ignorar novamente. Não queria comentar nada sobre o assunto.



- Diz ai Mione, o que ‘tá rolando? – perguntou a ruiva, enquanto Hermione tentava ajeitar os cabelos.
- Como assim Gina? – perguntou, a olhando pelo espelho, com a escova na mão.
- Não me enrola! Você e o Rony, o que ‘ta rolando?

No susto Hermione quase deixou a escova cair no chão.

- Ainda não entendi – falou, se recuperando rapidamente do choque ao ouvir uma pergunta tão direta. A morena sempre considerou Gina sua amiga, mas nunca pensou em comentar nada a respeito de um certo ruivo com ela. Na verdade não comentara com ninguém.
- Já disse Mione, não me enrola. O que ‘ta rolando?
- Rolando onde – disse, se fingindo de desentendida
- Há-há – riu sarcasticamente. - Entre você e o Rony!
- Nada, de ond...
- Nem vem, sei que você gosta dele, e ele de você.
- Sério? – deixou escapar

porque será que toda mulher fica tão vulnerável ao falarem que uma pessoa gosta dela? Sempre acaba por entregar os pontos, na ânsia de saber mais? Hermione, nunca soube responder essa pergunta, mas esperava que um dia parasse de se entregar desse jeito.

- ‘Ta vendo? – riu, Gina.
- Ok. Mesmo assim não está rolando nada, e você sabe muito bem disso.
- Só por que o Rony é tapado demais para tomar a iniciativa.
- Não fale assim dele Gina – disse mione sem graça.
- Pois bem - disse a garota, com um brilho no olhar que não foi nem um pouco bem vindo por Hermione.
- Gina nem começa com essas suas idéias malucas, pode ir parando aí mesmo!
- Eu não disse nada Mione – disse levantando os braços e se fingindo de ofendida. – A propósito você ficou muito bem nesse vestido novo!
- Não muda de assunto. Eu nunca me intrometo entre você e o Harry – porém, nesse momento a Sra. Weasley entrou no quarto, impedindo Gina de dar a resposta que já estava na ponta da língua.
- Estão prontas as meninas? – E olhando de novo: - Ai vocês estão lindas!

Gina olhou para o teto e saiu sem falar mais nada, estava achando aquele vestido de dama de honra ridículo, todo rodado, arrastando no chão, estava se achando igual a um bolo andante. Mas uma coisa não saía de sua cabeça: Harry ira vê-la hoje, daqui a pouco e ela com aquele bolo no lugar de roupa, era ridículo!

“Ele vai me achar ridícula. Não era assim que eu queria que ele me guardasse em sua memória”. Pensou triste. Mais cedo ou mais tarde ele iria embora da casa de seus pais e a única visão que teria dela era de um bolo andante. Frustrante.

Harry já havia avisado ao Sr e Sra. Weasley sobre sua partida e o motivo, sem mencionar, claro, a existência das Horcuxes. Houve muito alvoroço quanto a sua partida, mas como a mesma Sra. Weasley disse, ela não podia proibi-lo uma vez que já era maior de idade, porém, não pode deixar de mostrar sua preocupação com o garoto e mais uma vez falar do medo sentia por ele e o quão aflita iria fica. Harry sentiu-se péssimo por causar tanta preocupação, logo ela que sempre gostou dele com um filho e que sempre quis o seu bem, mas tinha que ser feito então que seja.

Rony e Hermione, ainda não haviam avisado os pais; assunto que ele tinha certeza que iria render muito pano para manga. A Sra. Weasley não poderia fazer nada a respeito de Harry por não ser seu filho, mas Rony não iria se safar tão fácil. Só restava esperar o momento em que ele desse a notícia à mãe e esperar sua reação. Hermione por outro lado, Harry não sabia o porquê, parecia tranqüila quanto o que iria falar para os pais.

Gina subiu até o andar onde Fleur estava, deixando Hermione descer sozinha para o jardim. Sua cabeça, porém, não a abandonara a amiga. Os pensamentos estavam a mil, sempre considerara Hermione sua irmã e sempre lhe desejará o seu bem, por isso, estava disposta a tudo para fazer com que a amiga fosse feliz, mesmo que isso envolvesse um garoto, sem educação, rude e tão imbecil quanto seu irmão.
Queria poder deixá-los a sós, talvez, dessa maneira eles se entenderiam, mas o que poderia fazer para separar o trio inseparável? Só tinha uma maneira, e por mais que doessem admitir ela tinha somente uma alternativa: teria que tirar Harry de perto deles, mas sem que isso ficasse muito óbvio, pois de uma coisa ela tinha certeza, se Hermione descobrisse ou suspeitasse o que ela estava armando, estaria ferrada!
O que faria? Para ter que separa-los, teria que ficar perto de Harry e isso ela não desejava, não depois do término do namoro, ainda era doloroso demais.Gina procurou pensar única e exclusivamente em Hermione e assim sendo, pela felicidade da amiga, faria isso. A única coisa que lhe restava era saber o que faria para colocar o plano, ainda não construído em ação.

Hermione descia as escadas para o jardim com as mãos suadas, sentia-se muito nervosa sempre que pensava em Rony, conhecia muito bem os seus sentimos em relação ao amigo, mas como ter certeza se era recíproco? Eles sempre discutiram muito, no entanto, também houve momentos de paz e alegria. A morena sentia que Rony cultivava algum sentimento em especial por ela, era algo que ela ousava dizer que só mulher entenderia, mas essa certeza não era completa, a dúvida fulminava em sua cabeça e Hermione não se sentia capaz de se declarar, o medo de uma rejeição, de que Rony achasse graça, de perder a amizade, essa ultima era a que mais lhe fazia se calar, na agüentaria perder a amizade de uma pessoa que para ela era tão especial. Não tinha coragem de arriscar uma amizade por esse sentimento, por mais forte que fosse, somente sua a presença de Rony perto dela, as cara e boca, os trejeitos, as manias, as besteiras ditas por ele e até mesmo o vendo emburrado, tudo valia a pena e Hermione não suportaria perder isso, ao se declarar e ser rejeitada.
Ela passou pela porta da cozinha, seguindo uma linha reta até o jardim, parando no portal da porta para localizar os amigos.

Rony, porém, fora mais rápido. Seus olhos encontraram a morena, no mesmo momento em que colocou o pé na cozinha, sua espera valera a pena só por poder ver Hermione descer tão graciosamente os dois degraus para chegar a grama verde do jardim. Ah, como ela estava bonita! Um vestido lilás lhe caía pelo corpo, definindo suas formas, os cabelos cachedos, caindo pelos ombros sedosamente, o brilho da prata do brinco cumprido, era quase ofuscado pelo castanho. A pele clara se destacava aos últimos raios de sol, a boca rosada, os olhos marcados por um lápis preto, a sombra dos olhos em rosa bebê, quase não se percebia, e as bochechas rosadas terminavam por marcar sua presença, que para Rony foi quase ofuscante.

- Olá – cumprimentou Hermione, que ao se aproximar foi possível ver que o vermelho de suas bochechas não eram somente pela maquiagem.
- Mione – Harry falou -, você está muito bonita.
- Obrigado, Harry, você também está – sorriu, antes de perguntar: - Rony, você está se sentindo bem?

Mesmo com o tempo que levou a Hermione encontra-los, Rony não foi capaz de se refazer do choque ao vê-la. Como queria se matar por ter tido aquela reação. Ficara parado, com a boca entreaberta, a olhando, totalmente abobalhado. Hermione por um momento pensou que ele fosse capaz de esquecer de respirar, sem contar com a baba que com certeza estaria por vir se ele não fechasse a boca. Como ela achou aquilo divertido!

- Hem? – Rony usou de todas as forças para voltar ao normal. – Bem, bem. É... você está muito bonita, Mione – terminou em um sussurro e as pontas das orelhas vermelhas, o que não foi nada comparado a vermelhidão das bochechas da garota.

Harry, que sempre torceu pelos amigos, ao ver a cena, chegou sentir pena. Não saberia dizer, naquele momento, quem era o mais tímido e se continuasse assim eles nunca sairiam do lugar.

- Pelo jeito não chegou muitas pessoas – comentou Hermione.
- Somente os parentes da Fleur – Harry falou -, mas de qualquer maneira ainda é cedo. Mais tarde o restante aparece.

E Harry estava certo. Com o passar do tempo, o jardim da Toca foi ficando cada vez mais cheio de pessoas que muitas vezes eram conhecidas.

- Beleza galera – cumprimentou Tonks, que chegava de mãos dadas com Remus Lupin.
- Tudo ótimo e com vocês? – perguntou Hermione sem saber esconder sua curiosidade.
- Melhor impossível! – Sorriu Tonks, sendo acompanhada por um tímido sorriso do lupino. – Gui já desceu?
- Junto aos parentes da Fler – apontou Rony.
- Parece que eles se entenderam, não é mesmo? – comentou Hermione, sem que fosse preciso.

Os cabelos rosa-choque de Tonks não negavam a felicidade que ela estava e o sorriso, mesmo tímido de Lupin, também deixava estampado que era recíproco o sentimento entre eles. Harry e Rony, somente confirmaram com as cabeças.

Estavam já a procurar por um amigo em especial, quando fez-se uma sombra sobre eles. Não precisaram nem olhar para reconhecer aquela voz:

- Olá, para vocês ai – cumprimentou Hagrid, com a voz feliz.

No entanto os três puderam perceber que a voz não condizia com a fisionomia. Hagrid trazia em seu rosto, marcas de cansaço e tristeza. As pálpebras inchadas, bolsas abaixo dos olhos. Em resumo, estava acabado; os ombros caídos terminavam por mostrar um homem, cansado de sofrimento, mas que não aceitava se entregar.

- Como está Hagrid? – perguntou Harry, depois de se recuperar do abraço do amigo.
- Indo, não é mesmo? Ah, Harry, você, mais do que eu, sabe do que digo. Você o viu, o viu parte, foi o último a olha-lo. Você deve saber o que sinto, ou quem sabe, sofre mais do que eu. Sempre foram tão juntos vocês... Dumbledore sempre confiou tanto em você. Ah Harry....

Quanto mais Hagrid falava, mais Harry se sentia pior. Ao lembra-lo de Dumbledore, veio em sua mente lembranças que queria esquecer, momentos que viveu com ele e principalmente os últimos instantes. Lembrar de Dumbledore implorando que parasse de força-lo a beber a poção, lembrar-se de quão fraco o velho ficou, isso só piorava dentro de si. Lembra de Snape o atingindo com a maldição da morte, mesmo com o diretor pedindo por clemência, aquilo ali, sim, lhe despertava o ódio. Mas essa mistura de sentimentos em relação as coisas passadas, veio a trazer uma dor dentro de Harry, um sentimento confuso que ele ousava nomear de remoço. Remoço de não lembrar do velho amigo, que morreu, remoço por julgar que não sofreu por ele. Depois do sepultamento, a única coisa que pairava na cabeça de Harry era a busca pela Horcruxers, somente. Quando voltara a rua dos Alfeneiros, foi tomado pela expectativa e esquecera do diretor. Será que ele estaria com raiva por ter sido esquecido tão rápido? Harry nunca saberia responder, mas de uma coisa tinha certeza, nunca se arrependera tanto na vida como naquele momento. Como pode esquecer do homem que sempre quis seu bem. Como uma pessoa que se denominava ‘um homem de Dumbledore’ pode esquece-lo? Ah, como aquilo doía.

Rony tudo o que se passava a sua frente calado. Poderiam falar que ele era insensível, mas não era obtuso o bastante para perceber o quanto toda aquela conversa estava fazendo mal ao seu melhor amigo. Olhou para os lados em busca de algo que pudesse lhe dar uma idéia. E quando seu olhar bateu na entrada dos convidados viu o que poderia ajudar Harry.

- Professora MacGonnagal – cumprimentou -, que bom que veio!

Todos o olharam como se não entendesse, Rony nunca foi de ser simpático, muito menos com um professor. McGonnagal o olhou surpresa, antes de lhe dar um leve sorriso.

- Olá sr. Weasley, Potter, srta Granger, Hagrid – esse último falou um tanto quanto surpresa. – Que bom que resolveu vir.
- Não poderia deixar Gui na mão, não é mesmo? Ele foi me entregar o convide pessoalmente, seria muita falta de consideração se não viesse.
- Concordo plenamente e que tal me acompanhar para acharmos um lugar?
- Como a senhora quiser.

Saíram logo depois de se despedirem dos mais jovens. Hermione os olharam por mais um tempo antes de indagar:

- Repararam como Hagrid está abatido?


Convidados em seus lugares, deu-se início a cerimônia. Podia-se ouvir uma melodia começar e como se fosse uma ordem, todos os convidados se levantaram, e olharam na mesma direção. As cadeiras eram postas lado a lado, mas um espaço entre elas formou um corredor e no final dele, era que todos os olhares estavam focados.
Gui a frente, olhava nervoso para o lugar que até o momento não aparecia ninguém, seu rosto ainda marcado por cortes, que foram sumindo com a intensidade do seu olhar ao ver Gina e Gabrielle aparecerem no final do corredor de cadeiras.
Harry ficou sem chão, ao ver a Weasley caçula, com um vestido dourado-claro, passando por ele. Ela estava linda! Os cabelos presos, em um falso coque, deixavam alguns cachos do cabelo vermelho vivo lhe cair pelo rosto e pelas costas brancas. Como ele desejou que o tempo parasse e pudesse ficar a observa-la.
Gina passou por ele, com a postura ereta, assim como Gabrielle, trazia com si uma cesta de pétalas de rosas, e com os passos lentos deixava para trás um rastro da pétalas, que a instantes seriam seguidos pela noiva.

Fleur pode ser percebida no final do corredor, no instante em que colocara os pés no tapete branco que estava no chão. Os cabelos louros foram deixados soltos, prendiam somente a tiara que a tia Muriel, a algum custo emprestara, nas pontos formavam pequenos e discrtos caichos. O vestido, branco perolado, justo até a cintura deixava cair uma saia cumprida, com pouco volume. O corpo esbelto, mas bem delineado, da francesa dava um ar de incrível sensualidade. Com o pai ao seu lado, um homem alto com cabelos grisalhos, foi na direção do futuro marido, com um sorriso estampado no rosto, e o brilho nos olhos se igualava ao de Gui.

Harry que nunca vira um casamento da comunidade bruxa, ficou um tanto quanto decepcionado. Esperava que ele tivesse algo de diferentes, dos que já foi, mas a única coisa de surpreendente aconteceu no final. Ao se aceitarem como marido e mulher, criou uma corrente de pequenos pontos brilhantes e quando selaram o fim do casamento com um beijo, os pontos brilhantes ao seu redor se intensificaram, quase segando os convidados. Mas quando Harry abriu os olhos porém, percebeu que as cadeiras já não estavam mais lá, e no lugar havia uma grande mesa com um bolo e taças de varias bebidas. Tinha também varias mesas, bem menores, espalhadas pelo jardim. Harry deixou-se levar pela imaginação, um instante, pensando como seria se algum convidado ainda estivesse sentado.

Os convidados se encaminharam para as mesas, lá espalhadas. Muitos outros foram pegar bebidas, outros tantos cumprimentar os noivos. Harry se encaminhou com Rony e Hermione para uma das mesas.

- A cerimônia foi linda, não é mesmo? – comentou a amiga, um tanto quanto emocionada.
- Nada demais – Rony falou, indiferente. – Estou morto de cede...
- Eu vou buscar – falou Harry.

***

- Mione, resolvi que amanhã eu contar a mamãe que não volto a Hogwarts – mais uma vez ele estavam falando de como iriam fala com os seus pais sobre a missão.
- E você já teve alguma idéia? Eu ainda...

Rony olhou a amiga sem entender o que acontecera para a amiga não terminar a frase. Estava se preparando para perguntar o que havia acontecido, quando sentiu tamparem sua visão, e falarem em seu ouvido:

- Adivinha quem é? – cantarolou, uma voz melosa.

Ah, como ele odiava aquilo! Rony nem ao menos precisava se esforçar para saber quem era. Quem mais teria a coragem de falar daquela maneira, e ainda fazer uma pergunta tão infantil, para não dizer idiota.

- O que você esta fazendo aqui Lilá? – perguntou, tentando não mostrar muito sua irritação.
- Vou deixar você conversarem – disse Hermione, saindo rapidamente.
- Hermi... – Rony até tentou chama-la, mas Hermione já desaparecera entre os convidaos.
- Já vai tarde! – debochou a outra.
- Lilá o que você está fazendo aqui?
- Não gostou de me ver Ron? Vim te visitar!
- Por quê?
- Preciso de um motivo? – indagou - Ora Ron, estava com saudade de você...
- Não inventa Lilá! Você no ano passado terminou comigo aos berros e agora decidiu vir me procurar no casamento do meu irmão por que estava com saudade?

***

- Hermoine!!

Ela olhou para trás para ver que chamava. Gina que vinha a seu encontro.

- O que aconteceu?
- Nada... Por quê?
- Não adianta mentir para mim, por que te conheço muito bem. Me fala o que aconteceu, cadê o Rony e Harry?

Hermione nada disse, somente olhoupara a esquerda, aonde estavam Rony e Lilá. Gina não precisou de mais nada pa entender.

- Não acredito!! O que ela esta fazendo aqui?
- Boa pergunta. Na verdade não fiquei para perguntar.


Harry que estivera na mesa de bebidas, só reparou em Lilá quando já estava perto dos dois. No mesmo instante deu meia volta, encontrando Gina com Hermione, que tinha a feição triste.

- Oi Mione, Gina – disse entregando as bebidas. A ruiva ficou um tanto quanto surpresa por Harry te entregar uma bebida. Não esperava que ele lhe pegasse uma, e muito menos pelo que fez depois.

Harry não pode evitar, quando percebeu já tinha feito. Entregou a bebida para Gina, logo depois lhe dando um beijo na bochecha e disse no seu ouvido:

- Você esta linda!

Gina sentiu suas pernas bambas, olhou para ele como se quisesse ter certeza do que ele havia dito, e como se confirmasse, o viu corar.

Harry agita tão impulsivamente que depois do que fez, e ao perceber a expressão da ex-namorada, a única coisa que teve coragem de fazer foi mudar de assunto.

- Acabei de encontrar com McGonagall – falou baixo o suficiente para que Hermione ouvisse. – Ela queria saber se eu voltaria a Hogwarts e falou que a escola sempre estaria aberta para quem a procurasse. Estranho, não? Você acha que ela suspeita que eu não volte?
- Sei lá...
- O que aconteceu Mione? Você não esta com uma cara muito boa...
- Será que todo mundo resolveu implicar com a minha cara hoje? – perguntou agressivamente, mas depois vendo a cara de espanto do amigo, completou mais calmamente: - Desculpa Harry, não é nada.

Mesmo assuntado com a reação da amiga, não quis julga-la. Sabia que o motivo para o mal-humor repentino tinha um nome e estava sentada com Rony.

- O que a Lilá esta fazendo aqui?
- É o que estávamos nos perguntando – disse Gina.


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