Lembranças de Escola



Capítulo 2
Lembranças de Escola

Harry caminhou por entre os amigos que o olhavam, confusos. Seu olhar tinha um misto de dor e saudade. Ainda tinha de arrumar seu malão, mas não sabia para onde iria. Lupin não havia dito nada, na verdade, ninguém havia dito nada a ele. Estava espantado. O tempo passara tão rápido. Agora, teria de tentar o concurso para auror, mas já nem sabia se queria ser auror. Só lembraria de Dumbledore e Sirius. Quando alcançou a escada que dava para os dormitórios feminino e masculino, sentiu alguém cutucá-lo as costas. Virou-se e viu Gina. Ela o olhava com visível tristeza. Repentinamente, abraçou-o.

Os dois não deram uma palavra, apenas ficaram ali, abraçados. Todos os olhares estavam voltados para eles, todos sem alegria.

-Fica bem.- Ela disse, por fim. O garoto assentiu com a cabeça e subiu a escada, cabisbaixo.

No quarto, ele juntou as roupas e jogou-as de qualquer jeito dentro do malão. Rony fazia o mesmo com suas roupas. No dormitório ao lado, Hermione apenas se despedia das meninas. Esta terminaria estudos trouxas em Paris e moraria na Alemanha na comunidade bruxa como líder do comando de relações com trouxas. Rony estava “estranhamente” deprimido. O fim dos estudos em Hogwarts parecia o fim de tudo para aquele trio, que ultimamente tinha se tornado um quarteto, com Gina.

-Ron.- Harry parou de jogar as vestes e olhou para o chão, pensativo. O amigo o mirou, desanimado.

-O quê?

-Isso tudo foi em vão.- Rony fez uma careta e voltou a empurrar as roupas que insistiam em barrar mais roupas na mala.

-Pára com isso, Harry. Não vai começar com isso de novo. Até porque eu não estou com cabeça pra falar sobre isso. Só quero sair daqui.- Harry entendia o amigo. Fazia anos que ele amava Hermione, agora, ela partia sem ao menos saber da verdade.

-Talvez eu também queira sair logo daqui.- Ao dizer isso, imagens vieram a sua cabeça como um pequeno filme de todos os momentos vividos naquele lugar.

“Harry, com onze anos, chegava próximo a uma família de ruivos que discutiam discretamente sobre uma coluna da estação logo á frente deles. Ele não entendia, então decidiu perguntar”.

-Com licença, como... – Apontou a coluna. A senhora sorriu e pediu que ele observasse seus filhos atravessarem.

-Também é a primeira vez de Rony.- Ela apontou mais de um de seus filhos, também ruivo, logo ao lado de Harry. O ruivo sorriu, desajeitado.-Rony – pensou – parece ser legal.“.
-Harry – Rony chamou, preocupado. – Está tudo bem, não é? – Harry moveu a cabeça em afirmação e enxugou o rosto suado com a manga da camiseta.

Mais tarde, ele desceu com Rony, ambos com suas respectivas malas. Hermione acenou num ponto em meio a aglomeração de grifinórios, que já eram muitos na sala. Aproximaram-se e sentaram ao lado da amiga. Rony virou o rosto para a janela distante, procurando uma desculpa para não olhar Hermione. A garota nem percebia.

-Harry, professora Minerva está chamando você na sala dela.Faz um tempo. - O garoto estremeceu. Esperava que ela não resolvesse falar sobre Dumbledore no último dia. Percebendo a expressão do amigo, a garota sugeriu. –Quer que eu vá com você?

-Não, está tudo bem, Mione, obrigado. – E levantou seguindo para o buraco do retrato para sair dali.

Quando o retrato girou, Harry esbarrou com a professora Willy. Envergonhado, tentou desculpar-se, mas mal conseguia pronunciar as palavras certas. Vendo seu desespero, Willy sorriu, docemente como sempre.

- Calma Harry. – A professora pôs a mão sobre o ombro do garoto e o guiou para fora do retrato, pois a Mulher Gorda já reclamava da demora. – Professora Minerva me pediu que viesse chamá-lo, pois estava demorando. – Harry sentiu o rosto corar furiosamente. – Eu tentei dizer a ela que você apenas estava terminando de arrumar as malas. Eu não queria vir pressioná-lo agora, mas ela insistiu.

Agora, os dois se aproximavam do corredor do salão principal quando Percy surgiu. Olhou de baixo para cima a professora, entusiasmado. Aproximou-se dos dois, sem sequer olhar Harry. Aquilo não atingiu o garoto, mas ele não gostava de Percy de maneira alguma. Depois do que ele fez com a família, principalmente com a senhora Weasley.

-Professora Willy! – Pediu uma das suas mãos e beijou, educadamente. – Não pensei que ainda a fosse encontrar por aqui, hoje.

-Na verdade é minha última noite aqui, também. – Tanto Harry quanto Percy demonstraram surpresa.

-Mas como assim, Willy? Digo... Professora Willy. – A garota sorriu.

-É isso mesmo, Percy, mas, se me der licença, devo levar Potter para a sala de Minerva. – Ela ultrapassou Percy, levando Harry com a mão em seu ombro. Pareciam dois namorados passeando juntos, o que estranhamente provocava Percy.







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