O Inicio da Ultima Guerra



Harry olhara para a cama de Gina, duas horas depois da conversa com Sirius e Rony.
A garota, que agora dormia tranqüilamente, sofrera alguns ferimentos após a luta, vencida, contra Bellatrix. Harry segurava sua mão, mas sem um sorriso. Ele não imaginara que a garota ficaria assim, quando finalmente acordara há uma hora atrás, não estava muito bem.
Ele, distraído com seus pensamentos e suas preocupações, nem notara que ela abria os olhos levemente.
- Pensativo? – perguntou Gina com a voz fraca.
- Gina...! É bem, um pouco...
- Vai dar tudo certo, Harry, você vai ver...
- Sei que vai...Como você esta? Hermione disse que vai ter que descansar por enquanto...
- É, me sinto cansada. Posso perguntar uma coisa?
- Claro.
- O que aconteceu quando Bellatrix foi lançada, e eu desmaiei?
- Gina...É, que...Bellatrix...Ela morreu, depois que você desmaiou...
- O que? Tem certeza? Eu não posso ter feito isso...Como?...
- Gina acalme-se, sei que você nunca teve intenção de matar ninguém, mas...Você usou o feitiço dela mesma contra ela, ela tentava te matar, seu feitiço foi mais forte...
- Harry, não queria que tudo fosse assim, quero dizer, a guerra...Não precisava ser assim... – disse Gina abraçando-o, já com os olhos cheios de lagrimas.
- Sei disso Gina, também não queria que...
- Mas as coisas fogem do nosso controle! E repentinamente, Snape volta para Hogwarts e...
- Snape voltou? Gina, como assim? O Que aconteceu?
- ...E as coisas pioram a cada minuto. – Gina terminou sua frase, antes de responder. – quando voltei para o Largo Grimmald, descobri que após a nossa partida de lá, os integrantes da Ordem resolveram voltar. Lupim e Tonks me disseram que eles precisavam de uma sede, e nada melhor do que o Largo Grimmald, não? Eles me pediram para que eu retornasse a Hogwarts em uma missão, à noite, eles precisavam de mim, Lupim conhecia muito bem o Castelo, por causa do Mapa do Maroto, mas ele disse que já que eram meus amigos...
- Neville e Luna...
- Sim, e Draco também...Ele voltou a Hogwarts após a morte de Narcisa no Ministério, dizem que McGonagall fez o que pode para tentar fazer com e os alunos o aceitassem, mas ele não foi muito bem aceito, Luna disse que ele se juntou a A.D.
- E como esta a AD?
- Péssima...Neville me deu a nova lista – disse retirando um pedaço de pergaminho amassado do bolso – Lilá, Dino , Simas, Cho, Colin, Parvati e Padma l, Zacarias, Neville e Luna...
- Precisamos de todos eles, Gina, nós vamos para Hogwarts!
- Mas antes precisamos avisar os outros, a Ordem...
- Sim, vamos ao Largo Grimmald, se a Ordem esta lá, nós precisamos alerta-los, e Draco precisa vir conosco.
- Draco?
- Ele conseguiu tramar a invasão ano passado, não? Ele pode saber uma maneira de nos infiltramos também.
- Ok, eu já me sinto até melhor assim...
- Você tem certeza que quer ir?
- Harry, da primeira vez, eu segui seu plano, mas agora...Nós não temos um plano, temos?
- Nós iremos hoje à noite.
Harry levantou-se da cama, saindo, fechou a porta levemente, precisava falar com Rony, Hermione e Sirius. Preparava-se para falar, talvez, ele conseguisse um pouco mais de coragem tomando um ar, olhando a paisagem de janeiro. Quando desceu as escadas, deparou com Rony, Hermione e Sirius sentados no sofá, silenciosamente.
- Eu...Eu preciso falar com vocês...
Rony e Hermione se entreolharam, mas após Harry contar tudo, eles viram que não seria muito fácil, nem se infiltrar em Hogwarts, nem ajudar os alunos. Já Sirius, disse que aquilo seria extremamente difícil e perigoso, mas ainda sim, falou que eles não poderiam esperar mais.
- Então...Quando vamos? – perguntou Sirius.
- Voce tem certeza que quer ir? – perguntou Harry.
- Sinceramente Harry, eu lutei contra os comensais muitas vezes, não sei como isso ira acabar, mas não vou ficar parado.
- Nós precisamos ir... – disse Hermione após refletir sobre o que Sirius acabara de dizer.
Harry olhou de volta para Rony, ele não demonstrava uma cara de preocupação, mas de determinação; resolveu então não falar nada, deixaria tudo como estava, como Sirius mesmo acabara de dizer, eles não poderiam ficar parados.
Ele percebia que Hermione ficara um pouco aflita com tudo aquilo, ela arrumava, compulsivamente, a mochila que levava varias coisa, como poções, o medalhão, e um pequeno livro que achara sobre as horcruxes no verão.
- Você esta bem? – perguntou Harry enquanto ela sentava no sofá.
- Sim, por que?
- Mione, você tem certeza que esta bem? Parece um pouco...Tensa...
- Talvez, mas...Eu...Eu temo por todos nós...
- Nós vamos passar por tudo isso, você vai ver...Um dia, nós iremos lembrar de tudo isso...
- É difícil, você sabe tanto quanto eu que é...
- Tudo vai ficar bem...Vai sim... – disse abraçando-a a reanimando-a.
- Espero que esteja certo...

*** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***

Harry aparatou com Gina, Rony com Hermione e Sirius foi logo atrás deles. O Largo Grimmald não se tornara diferente após a saída deles, ele percebeu uma pequena movimentação pelo segundo andar.
- O que está havendo ali? – pergunto Gina ao lado de Rony.
- Eu não sei, mas não me parece muito bom... – respondeu Hermione.
Hermione pegou a varinha e conjurou um feitiço, não foi muita surpresa para eles, quando o feitiço de Hermione atingiu as paredes da casa. Foi como um escudo, ou um campo de força que aparecera com feitiço. Uma luz azul-prateada reinou pelos olhares dos quartos.
- Se bem conheço Lupim, existem pouquíssimos feitiços capazes de retirar o escudo.
- Você poderia nos ajudar aqui? – perguntou Gina.
- Por sorte, eu estava prestando atenção na aula aquele dia, porem nunca cheguei a praticar, mas veremos...
Sirius puxara a varinha, não falou nada, Harry percebeu que era um feitiço não verbal. Houve uma pequena explosão prateada pelas paredes, Sirius subiu rapidamente as escadas da lareira, a porta agora um pouco fraca com a explosão, se abriu, fazendo todos escutarem os gritos e berros de alguns comensais e membros da ordem.
- “Não! Pare, vocês não podem!”.
- “Não mesmo? Depois de matarem Bellatrix, porque não a mataria?”.
- “Nãããoooooooooooo!”.
- “Crucio!”.
Houve um único grito, com a gargalhada de Rodolfo, Harry sentiu sua cicatriz ferver de dor.
- Harry, você precisa continuar... – incentivou Sirius.
- Certo, eu vou consegui.
Ele deu outro grito de dor, agora, com razão. A marca negra acabara de ser lançada no céu, Bartô, que havia lançado a marca pela janela do Largo Grimmald, viu os cinco.
- Não esperava encontrá-la assim, estávamos tentando descobrir onde vocês estavam, mas parece que vocês sempre vivem até nós. – disse ele. – agora, vocês podem fazer de um modo fácil, ou faremos do modo difícil...
- Não conte com isso... – disse Sirius puxando a varinha.
- Mesmo?
- Estupefaça!
- Finite Incantatem! – gritou Bartô, o feitiço de Sirius não teve efeitos sobre o comensal.
- Accio Varinhas!
As varinhas de Harry, Rony, Gina, Hermione e Sirius voaram para as mãos de Rodolfo; Lucio, que continuara com a varinha virada para a vitima da maldição Cruciatus que ele lançara. Harry logo a reconheceu, era Tonks; ela tinha o cabelo totalmente cinza escuro, quase preto.
- Acho que agora vocês não têm muitas defesas, não? – disse Rodolfo apos capturar as varinhas.
- Rodolfo Lestrange...- disse Sirius.
- Ora, Sirius Black, não esperava vê-lo novamente, por que pelo que todos sabíamos...Você estava morto.
- ‘Quase’ seria a palavra certa, Rodolfo. Agora, por que não devolve minha varinha para fazermos um duelo justo?
- Ahhh, um duelo justo...E como eu saberei que você não ira trapacear?
- E como eu sei que você não ira trapacear?
- Certo, um duelo justo, então...Aqui está, Black. – disse dando-lhe a varinha de volta.
Sirius deu poucos passos para trás, pouco antes de Rodolfo falar:
- Um...
Harry percebera que sua cicatriz dava estalos na testa, passava a mao acima dela enquanto observava Sirius.
- Dois...
Olhou para Rony, Hermione e Gina, que estavam detidos por Bartô.

- Três...! Crucio!
- Protego Horribilis!
As varinhas de Rodolfo e Sirius deram poucos estalos enquanto eles lançavam feitiços eum no outro, Harry não poderia fazer nada, quando dera um passo para frente, Sirius gritara “fique onde está” para ele.
- Solarbeam! – gritou Rodolfo, que fez Sirius ser jogado contra a parede, fazendo sangrar um pouco na cabeça.
- Metal Claw! – gritou Sirius ainda no chão.
O corpo de Rodolfo recebeu três grandes cortes, um, no peito, outro na perna e o ultimo no rosto. Sirius tentava se levantar enquanto Rodolfo gritava de dor.
- Aqua Jet – Gritou Sirius contra Bartô, que levantava a varinha em sua direção.
- Não, Bartô, controle-se! – gritou Lucio antes do feitiço atingir Bartô, deixando Tonks no chão.
- Accio varinha! – gritaram Harry, Rony, Hermione e Gina convocando as varinhas das mãos de Rodolfo.
- Hidden power – gritou Harry, formando um campo de força, fazendo Bartô incapaz de fazer algum feitiço.
Lucio, agora já com Tonks estendida no chão, caminhava furiosamente até Harry, com sua varinha na mão, Harry não sabia direito o que fazer, eles não tinham um plano, não tinham estratégias.
- Agora, Potter, não vai mais haver gracinhas, nós estamos em uma guerra. – gritou Lucio, agarrando Harry pela blusa.
- Então diga a Voldemort que estarei esperando por ele...
- Como ousa, manchar o nome do Lorde das Trevas com suas palavras sujas? – disse Lucio, rispidamente soltando-o.
- Estupefaça!
O comensal fora atingido em cheio no peito, quase desacordado, bateu na parede perto de Gina.
- Eles iram acordar logo, melhor fazermos alguma coisa. – sugeriu Gina apontando para Rodolfo, que ficara desacordado pouco depois de cair e Lucio que ficara praticamente desmaiado, mas mexia uma das mãos.
- Acho que sim...Mas nós esquecemos por que viemos aqui, não?
- Tem razão, onde esta Draco?
- Aqui.
Harry, Gina, Rony, Hermione e Sirius lançaram seus olhares imediatamente para as escadas, de onde descia um jovem alto, loiro e com vestes desbotadas.
- Desculpem a demora, não poderia aparecer assim, com os dois em um duelo...
- Tudo bem Draco, o importante é que nada aconteceu a você...Já Tonks e Lupim, é um outro caso, vamos leva-los para o quarto.
- Não! Melhor vocês irem, quanto mais rápido, melhor para vocês...
- Nós vamos ficar aqui com eles...
- Vocês não entendem, ha uma marca negra no céu, alguém ira morrer!
- E esse alguém não pode ser você nem Tonks ou Lupim, nós não sairemos daqui até estarem em plena segurança!
Draco nem ao menos ouvira o que Harry dizia, em vez disso, caminhava em linha reta, parou perto do local em que Rodolfo estava. Harry não olhara mais para Draco, e sim para Rodolfo, ele levantava-se lentamente.
- Então, Draco...E...Esse é...O lado...Que você escolheu? Lutando contra o lado do Lorde das Trevas, você vai ter o mesmo fim que sua...Querida mãe...
- Talvez, mas...Quando ela morreu, eu descobri que poderia amar alguém novamente, ou talvez, fosse a primeira vez que isso me aconteceu...
Rodolfo estava tão próximo a matar Draco, Harry não poderia deixar aquilo acontecer.
- Crucio!
- Avada Kedavra!
O comensal não soube direito que feitiço havia lançado, nem qual havia atingido seu peito, mas seus olhos diziam muito bem a todos. Harry viu quando Draco o segurou e colocou–o no chão. Seus olhos estavam completamente parados, até Draco fecha-los, Rodolfo recebera de Draco um avada kedavra.
- Vocês tem que ir, agora, eu cuidarei deles! – gritou Draco, apontando para os corpos estendidos de Lupim e Tonks.

*** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***
Harry aparatou perto da zonk’s, conseguiu ver poucas luzes acesas, as lojas fechadas, mesmo sendo de madrugada, quase amanhecera em Hogwarts e Hogsmead.
Poucos passos foram o bastante para perceberem a presença de mais alguém nas ruas. Por sorte, era apenas Sirius transformando em cão que olhara pelas janelas para ver se conseguia algo.
- Madame Rosmerta poderia nos ajudar... – sugeriu Gina.
- Acho que não, Gina, se quer saber, acho que ninguém daria mais do que uma informação agora à noite, principalmente para um fugitivo dado como morto e procurados pelo ministério – disse Sirius – e também...
Sirius parou rapidamente, agora, já voltando à forma de animago, farejava de onde vinha o barulho que continuara.
- Sirius... Você consegue vê-la? – Pergunto Rony, pouco apavorado.
Ele não respondeu, invés disso, saiu correndo, sem evitar o latido.
- Sirius! – Grito Harry, correndo atrás dele, acompanhando de Rony, Hermione e Gina.
Harry correu, passando por árvores e folhas secas com o inverno, que ainda deixara pouquíssimas delas. Fora cada vez mais difícil de seguir Sirius após uma longa colina, mas Harry percebeu que, após Sirius vir na direção aposta, ele seguia para a casa dos gritos.
Correra em direção a casa, foi pouco difícil por causa da grande camada de neve que continha em hogsmead.
Vagamente, olhava para Rony, Hermione e Gina, que já entendiam o que o garoto e sirius faziam. A casa dos gritos quase não mudara, apenas, em relação à poeira, era pouco difícil continuar na casa. O pó cobria tudo, desde as escadas, até o ultimo fio de cabelo caído. Varias lembranças viam a cabeça de Harry ao mesmo momento; o dia que conhecera Sirius, mesmo dia que deixara Rabicho escapar; e lembranças que não ao menos eram suas, como quando Sirius, Lupim, Rabicho e James, os marotos, passaram a lua cheia na casa.
Harry não conseguia mais ver Sirius, apenas conseguia ouvir o estremecer dos pisos sobre as patas do cão.
- Sirius? – Gritou Harry, ainda o procurando, sua ecoara pela casa, pouco depois, houve uma resposta:
- Por aqui!
Ele agora, finalmente, conseguira ver o padrinho, que andava rapidamente por uma escada.
- Consegue achar a saída? – Pergunto Hermione acompanhando todos.
- Sim, normalmente, eu era quem achava a saída mais rápido nas noites de lua cheia. Já que passei anos aqui, seria impossível esquecer...
Poucos passos depois, Harry já conseguia ver a luz do luar, brilhando por hogwarts inteira. Quando voltara sua vista para o castelo, não sentira a alegria de todos os anos que estudara ali, mas sim, pouco de decepção por Hogwarts passar por toda aquela guerra, só esperava, que, a escola não sofresse nenhum grande dano.
Harry viu algo que parecia incomum, Sirius, já em forma humana, olhara para o castelo, com o brilho imenso no olhar, a cena se repetia. Mas, como incomum, Harry, que observava o castelo com os amigos, já não percebia o que prestes aconteceria a eles.
Sirius, quando corria, procurara um certo rato, mas deslumbrou-se a ver a linda imagem do castelo de Hogwarts.
Rabicho passou pouco despercebido, ao entrar na casa dos gritos, escondeu-se e esperou todos saírem. Harry via, ou pelo menos sentia algo estranho, não percebeu a aproximação do comensal.
- Cuidado! – grito Rony, ao perceber que Rabicho apontava a varinha para hermione e os outros.

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