Encontros e Reencontros
Harry acordou e olhou para o relógio que mostrava que eram 10:30 da manhã... Serenamente fechou os olhos e insprirou longamente sentando-se em sua cama...
Andou em direção á janela, como fazia todas as manhãs, para olhar o movimento da rua... Olhou a distância, uma garota que nunca havia visto antes, andar pela rua... Mas tinha um pressentimento que já a conhecia, não sabia de onde, mas tinha quase certeza.
Ficou olhando a garota andar pela rua, embaixo daquele Sol escaldante de verão. Queria saber quem ela era. Mas não, Harry não ia fazer isso... Bruscamente, a garota se virou e encarou Harry...
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Samantha andava pela rua, solitária tristemente... Andava nem devagar nem depressa, andava normalmente, sem destino... A rua não estava deserta, sempre carros vindo e indo. Pessoas conversando, pessoas falando com celular.
Agradecia a tudo que Cyro lhe ensinara, pois sabia muito dos trouxas do que muitos podiam imaginar. Sabia de suas manias, de seus medos do sobrenatural... Sabia de quase tudo.
Bruscamente parou de andar. Tinha a impressão de estar sendo vigiada. Virou-se institamente para uma casa, onde um garoto de cabelos muito rebeldes negros a encarava. Encarou-o por um instante e quis saber quem era.
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Michelle havia acordado cedo naquele dia. Não sabia o porque, mas não conseguia dormir direito. Andou até a cabeceira de seu quarto e pegou uma foto.
Lá estava ela, 15 anos mais jovem, com sua filha e seu marido num parque, num dia ensolarado de verão. Todos lhe acenavam alegremente, inclusive sua filhinha que sorria em cima do pai.
No momento, bateu em seu peito, uma vontade incontrolável, de poder voltar no tempo, que o tempo tivesse parado no momento daquela foto. Mas não havia acontecido. Tudo o que ela queria naquele momento, era reencontrar a filha, e ver seu afilhado...
Mas depois de tanto tempo, não tinha coragem de fazê-lo...
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Harry encarava aquela garota. E ela o encarava. Queria saber quem era. Queria saber porque tinha certeza de conhecê-la e porque ela lhe fazia lembrar de alguém. Não sabia ao certo o porque.
Harry podia ter descido as escadas e ter ido atrás dela e ter lhe perguntado isso. Mas não o fez. Viu a garota lentamente voltando a andar, aparentemente sem destino pela rua.
Bateu uma vontade louca de saber quem era... Mas quem sabe, não voltariam a se ver.
Com esse pensamento de consolo, Harry foi até a cozinha, comer alguma coisa, já que não havia jantado...
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Samantha encarou o garoto por uns instantes. Pensou já tê-lo visto em algum lugar, algum lugar muito distante... Há muito tempo atrás. Mas queria saber quem era.
Ela podia ter ido mais perto da casa e lhe perguntado quem era.
- Claro Sam, faça isso e ele vai pensar que você é maluca! - pensou de consolo - Melhor assim, talvez ele nem tivesse me olhando...
Andou sem rumo até a esquina, e quando voltou a olhar aquela janela, o garoto havia desaparecido.
-Talvez fosse melhor assim - pensou novamente, voltando a andar...
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Michelle depois de um tempo, ficar se culpando por tudo o que ocorrera em sua ausência, foi até a sala e pegou um pouco de pó de flu. Ela ia atrás de um grande amigo seu, Remo Lupin, que não via há uns 15 anos. Se lembrou de todos os bons momentos que tivera com seus grandes amigos pós-Hogwarts... Batia uma saudade, e era isso que a incomodava...
O tempo sempre a atormentava.
Pegou um pouco de pó de flu. Agradeceu por ontem ter sido a última noite de Lua cheia. Agradecia imensamente o fato de já ser Lua Minguante.
Atirou o pó de flu na lareira e disse bem claramente: Lupin´s place, e entrou na lareira em chamas...
Ficou rodopiando rapidamente entre várias lareiras e depois de um tempinho, caiu no chão. Ela sempre havia odiado pó de flu, mas o que podia fazer, se sua licença para aparatar estava vencida...
Bruscamente, sentiu que grossas cordas a prenderam e que uma mordaça surgiu em sua boca. Quando se deu conta, estava presa e amordaçada.
Olhou para o amigo com a varinha em punho a encarando. Ele estava alterado, talvez a tenha confundido com algum comensal ou espião... Mas como ia falar agora, quem era... Ela não sabia.
Lupin estava com m olhar ameaçador em seu rosto. Encarou a mulher que havia entrado em sua casa e falou:
- Quem é? - perguntou com a varinha quase encostando em sua testa. Viu a mulher resmungar algo, mas não conseguia destinguir o que falava - a sim, a mordaça... - disse indo até ela e lhe tirando a mordaça e depois tê-lo feito, perguntou mais uma vez - Quem é?
- Muito engraçado Lupin... - disse ela com raiva. Como ele não se lembrava dela. - Que falta de consideração!
- Quem é você estranha? - perguntou - Se não me responder, será presa... - disse bruscamente
- Nossa Lupin, nem se lembra de sua grande amiga! - disse Michelle indignada - Não se lembra de sua amiga Michelle, não é? Então me solte que eu volto para casa... - disse com indignação.
- Mi!! - disse surpreso - Você não estava no St. Mungus?
Saí semana passada - disse com simplicidade - Mas será que você se importaria? - perguntou olhando para as cordas
- Porque não veio antes? - perguntou desamarrando a amiga
- Lua cheia... - disse com simplicidade - Mas Remo... - disse novamente com a voz morrendo.
Lupin abraçou a amiga com carinho. Ela devia estar sofrendo mais que qualquer um naquele momento. Esteve em um coma profundo por 15 longos anos, e quando sai, descobre que seu marido estava morto e que sua filha fora adotada e que no momento estava em algum lugar muito distante dali. Michelle chorava desconsoladamente, enquanto, Remo apenas fica confortando-a...
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