Little Hangleton e Morte na Fl



Little Hangleton e Morte na Floresta Proibida.



A cidadezinha de Little Hangleton nunca antes esteve tão vazia quanto nos últimos dias, suas ruas tão bem cuidadas agora se encontravam sujas e maltratadas, latas de lixo transbordando, jardins cheios de grama seca e amarela, papéis velhos rasgados à deriva, casinhas e casarões guardavam alguns moradores que preferiam deixar suas janelas empoeiradas a sequer quererem sair para lavá-las, os tempos naquele lugar não estavam muito bons desde que fora noticiado à morte de um morador local, o qual ninguém sequer dava importância ou atenção, a não ser que fosse para falar maledicências do coitado ou para fofocarem de um velho assunto que era tocado apenas quando aqueles moradores não tinham o que conversar, Franco Bryce fora assassinado em uma noite de agosto e sua morte noticiada em agosto do outro ano e desde então houve mudanças bruscas no modo de viver daquela pequena aldeia, o "Enforcado" bar local, naquela noite esteve tão cheio ou talvez bem mais cheio do que na noite da chacina dos Riddle, os moradores antigos da aldeia conheciam Franco Bryce, ele era o jardineiro da mansão dos Riddle, pois mesmo que a mansão tivesse sido passada de mão em mão ela sempre seria a nobre mansão dos Riddle e a notícia da morte do jardineiro veio com gosto para que as más línguas pudessem destilar veneno, a Sra. Dot a mais antiga moradora do lugar que permanecera morando em Little Hangleton falava pelos cotovelos sobre o caso:



- Do nada... Igual ao modo que os Riddle morreram, nenhum vestígio de sufocamento, espancamento, esfaqueamento e nenhum outro tipo de violência contra ele - dizia a velhinha enquanto tomava um whiskí comentando sobre o laudo do cadáver que a polícia tentara esconder, mas esta manhã um policial da cidade vizinha comentara com Dot mesmo sabendo que esta comentaria com a vila inteira sobre o assunto - ele tinha aquela mesma face de horror que todos comentavam na época estar nos rostos dos Riddle. – dizia a mulher sem se importar em mostrar entusiasmo.



- Mas Dot quem contou isso a você? - perguntou a ex-empregada dos Riddle que também permanecera morando no lugar e logo comemoraria seu septuagésimo oitavo aniversário.



- O policial Friburguer esta manhã foi tão gentil comigo me informando os fatos. - disse a mulher com cara de quem havia ganhado um pote de ouro.



- Eu sempre falei que ele era esquisito e teve uma morte esquisita, ia pagar pelo que fez provavelmente e pagou. - comentou com severidade a ex-cozinheira dos Riddle.



- Mas foi desse mesmo modo que os Riddle morreram então isso quer dizer que Franco Bryce era inocente, nós nos enganamos. - comentou Dot para a ex-cozinheira e aos mais de vinte espectadores que a escutavam naquela noite.



- Não sei não - disse a ex-cozinheira - e se ele se matou com o mesmo método apenas para livrar-se da culpa de ter matado os patrões?



- Você não sabe de nada - disse alguém as costas da mulher - eu vi o corpo dele! - acrescentou um pequeno rapaz barbudo que acabara de chegar.



- Conte então como foi. - disse o dono do bar, filho da antiga dona do estabelecimento.



- Eu estava saindo para trabalhar - o homem se sentou e tomou seu primeiro xerez oferecido pelo barman - quando policiais chamados pela Sra. Dot - a mulher confirmou com a cabeça - que notou junto aos outros moradores o desaparecimento de Franco foram fazer buscas na casa do velho e na mansão dos Riddle, o velho como todos já sabem estava desaparecido há quase um ano, mas a Sra. Dot não cansava de querer procura-lo e finalmente os policiais atenderam seu pedido - disse o rapaz e a Sra. Dot franziu um pouco o cenho - e quando entraram na casa dos Riddle encontraram o corpo dele estirado no corredor, mas aparentemente normal o que é mais esquisito, porque mesmo que o corpo não estivesse em um lugar fechado ele já era pra estar em estado de decomposição, e quando o vi não acreditei, ele meio que parecia congelado e havia uma marca no braço dele junto a um rasgo na blusa - mais uma vez Dot concordou com a cabeça - uma figura de uma caveira com uma cobra saindo de dentro, talvez uma tatuagem, mas parecia brilhar estranhamente então não era antiga, alguns policiais alegaram ser uma tatuagem normal, talvez fosse eu não sei, eu acho que pelo que vi do corpo dele me pareceu que ele morreu de uma doença esquisita, aquela cara de medo era horrível, estava pálido e suado como se tivesse morrido naquele dia.



- Eu ouvi falar que quem cometeu isso faz parte de uma ceita satânica, já que a tatuagem com certeza era recém-feita porque no exército não era permitido ter tatuagens. - comentou Dot, no bar todos pareciam prender a respiração para escutar.



- E nem Franco gostava - acrescentou a ex-cozinheira da mansão - essa foi uma das poucas coisas que consegui extrair do homem. - disse ela ao ver olhos desconfiados a observarem.



- A tatuagem foi ele quem fez, tenho certeza de que tudo isso se trata de uma epidemia de uma doença fortíssima e que não houve assassinato - disse um homem ao levantar um chapéu e em seu rosto revelar uma cicatriz horrível que contornava toda sua face, um sorriso doentio perpassou seus dentes e várias pessoas soltaram gritinhos de medo ao vê-lo - isso - continuou o homem vendo que os outros pareciam interessados e amedrontados ao olha-lo - uma doença instalada na casa dos Riddle que mata sem machucar, deixa no rosto uma face de terror pela imensa dor que se sente ao ser tocado pela doença e não deixa vestígios no corpo da causa da morte, a polícia decidiu dizer que o velho morreu de velhice, mas é mentira.



Algumas pessoas queriam ir embora de medo, mas a curiosidade era maior, decidiram ficar e escutar o que o homem tinha pra dizer.



- Diga desconhecido, quem tu és? - perguntou Dot analisando o homem da cabeça aos pés.



- Sou o investigador da polícia e tenho provas de que isso não passa de uma epidemia de doença instalada em Little Hangleton, mais exatamente na mansão Riddle. - disse o homem exibindo novamente seu sorriso cruel.



- Mas o policial Friburguer não me falou de nenhum investigador que não fosse o Sr. Delegado. - indagou a Sra. Dot.



- Investigador secreto senhora, mas como estou partindo hoje, pois acho que o caso está encerrado e não quero pegar nenhuma doença maldita e contagiosa creio que não é mais preciso esconder minha identidade.



Ao ouvirem isso aos poucos o bar foi se esvaziando, algumas pessoas como a Sra. Dot, a ex-cozinheira da mansão e o barman permaneceram no estabelecimento até mais tarde, mas depois também foram para suas casas e desde então as ruas de Little Hangleton permaneceram vazias, alguns se mudaram, outros permaneceram em suas residências, mas não tiveram coragem de sair de casa com medo de que a história do investigador fosse verdade e nem sequer averiguaram para saber se aquele homem era mesmo um investigador, pois se o tivessem feito descobririam que não havia investigador nenhum que não fosse o Sr. Delegado nessa história.



O bar já estava fechado há dias desde daquele dia fatídico e dê uma janela com os vidros quebrados do primeiro andar de uma imponente mansão - mesmo que estivesse as ruínas - olhos vermelhos espiavam a cidade.



- Creio que suas artimanhas conseguiram afugentar esses trouxas das ruas dessa pequena cidade, Parabéns Avery. - ressoou pelo quarto a voz aguda e fria de Lord Voldemort.



- Obrigado Milorde, fiz de tudo para consertar a burrice que Rabicho cometeu mestre. - disse a voz titubeante de medo de Avery.



- É, de fato marcar o velho para que todos esses trouxas saibam da minha ira não foi uma idéia sensata, Rabicho já pagou por isto, mesmo que tenha sido eu que tenha ordenado a ele para faze-lo. - disse ele ao ver dentro dos olhos de Avery pela janela que o comensal mencionaria uma penitência para Rabicho.



- Ó Milorde fico satisfeito em saber que gostou de meus serviços. - disse o homem satisfeito.



- Era de se esperar que fizesse algo decente depois do estrago que cometeu me passando informações erradas há meses atrás. - disse o bruxo dilatando suas narinas em forma de fendas de cobra.



- Perdão Milorde, Milorde posso lhe fazer uma pergunta? - perguntou Avery.



- Diga Avery. - respondeu Voldemort.



- Por que o corpo do velho não estava em decomposição quando saiu desta casa a poucos dias?



- Pergunta perspicaz Avery... - disse o bruxo - o trouxa não se decompôs, pois a marca negra que Rabicho o marcou fez com que o corpo dele demorasse a dessecar naturalmente, uma idéia que criei para mostrar minha fúria para com os que me traírem e despertarem minha fúria, e para que todos vejam que não se brinca com Lord Voldemort, essa foi a terceira vez que fiz isso. - sussurrou a voz congelada de Voldemort e Avery sentiu um calafrio percorrer por toda sua espinha.



- Quem foram os primeiros Lord, a receber a marca? - perguntou Avery com malícia exibindo seu sorriso cicatrizado que o Lord havia lhe presenteado outrora.



- Os McKinnon e Dorcas Meadowes. - disse Voldemort sorrindo para o vidro, um sorriso cruel, sem vida.



- Avery quero que me deixe sozinho. - disse Voldemort.



- Está bem Milorde. - disse o homem fazendo uma reverência e indo de encontro à porta de saída.



- Avery...



- Sim Milorde... - respondeu o bruxo ao chamado de Voldemort antes de tocar a maçaneta da porta.



- Você tem certeza de que não foi noticiado nada sobre a marca nos jornais? Pois não quero atenção voltada para esta mansão que não seja o medo dos moradores, nós permaneceremos ainda aqui por muito tempo.



- Sim tenho absoluta certeza Milorde, a marca será esquecida devido ao medo da doença contagiosa e nada será noticiado nos jornais.



- Está bem então pode se retirar. - disse o bruxo enquanto pensamentos antigos afluíam em sua mente.



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Neville Longbottom estava debruçado na janela de seu quarto que dividia com os garotos na torre da Grifinória, o vento brincava com seus cabelos e seu olhar percorria por uma foto onde uma ocupante loira muito bonita por sinal lhe sorria ao lado dele próprio na figura, essa era uma foto recente de suas férias, a ocupante da foto começou a lhe mandar beijos e ele sorridente beijou a foto e um aperto em seu coração lhe deixou preocupado, ele suspirou e ia guardar a foto dentro de seu malão quando escutou uma voz as suas costas:



- O que está fazendo Neville?



Ele olhou pra trás, era Harry que acabara de levantar e caminhava sonolento em direção ao garoto.



- Nada. - disse o garoto corando.



- Que foto é essa? - perguntou Harry ao ver a foto na mão do garoto.



- Foto... Que foto? - perguntou Neville disfarçando.



- Essa que está aí em sua mão Neville. - disse Harry antes de bocejar, ele ainda estava com muito sono.



- Não tem foto nenhuma aqui, é só um papel velho. - disse Neville corando mais ainda e tentando esconder a foto em seu pijama.



- Eu sei que é uma foto Neville, mas se não quiser me mostrar tudo bem, eu estou com sono mesmo, vou voltar a dormir. - disse Harry se virando para voltar para sua cama.



Neville suspirou.



- Toma Harry. - disse o garoto estendendo a foto ao amigo.



Harry voltou e pegou a foto, Neville foi para a janela.



- Você está namorando ela? - perguntou Harry se juntando ao amigo na janela.



- Sim - ele deu uma pausa e continuou - ela me conquistou, - disse ele enquanto o vento tentava inutilmente refrescar o rosto do garoto que pegava fogo - mas pode me zoar se quiser.



- Não Neville, por que eu faria isso? - indagou Harry se lembrando da felicidade e do jeito que os dois chegaram na sede da ordem, fazia sentido. - Luna Lovegood é uma garota fantástica e muito legal e também vi que ela está bem mais bonita, agora eu sei o porquê, parabéns amigo. - disse Harry sorrindo.



- Obrigado. - disse Neville e seu rosto se enrijeceu de repente intrigando Harry.



- O que foi Neville?



- Não sei não Harry, estou com um pressentimento ruim, há algo de estranho acontecendo com Luna, sei lá eu tive um pesadelo com ela e acordei mal.



- Você só está impressionado cara, vamos dormir já está tarde e amanhã nós vamos ter um dia cheio.



- É, é verdade Harry vamos dormir. - disse Neville fechando a janela.



E cada um deitou em sua cama de colunas, Harry adormeceu rapidamente enquanto Neville apenas observava o dossel de sua cama preocupado sem conseguir dormir.



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Toques foram escutados por um homem em um quarto escuro, suas janelas quebradas deixavam o vento ressoar e ele estava mergulhado em pensamentos quando voltou a tona.



- Entre. - falou a voz fria de Lord Voldemort.



Pela porta entraram três pessoas, o vento havia bagunçado suas roupas rasgadas, eles pareciam feridos e arfavam fracamente.



- Cumprimos o que queria Milorde. - falou a voz sexy e levemente grave de Bellatrix Lestrange.



- Lucius... - chamou o Lord.



- Sim Milorde, estou aqui. - respondeu a voz arrastada de Lucius Malfoy.



- Vejo que cumpriram sua missão Bella e Rabicho. - respondeu Voldemort exultante.



- Sim mestre essa belezinha me ajudou muito - disse Rabicho debilmente tirando uma luva de couro enfeitiçada que escondia uma mão prateada e brilhante, a mão trouxe um pouco de luz para o quarto. - e tudo isso graças ao senhor Milorde, Obrigado.



- Bella...



- Fale Mestre da Escuridão.



- Recuperaram todos os comensais presos Bella? - perguntou Voldemort.



- Sim Milorde Azkaban foi evacuada, todos os comensais estão lá embaixo esperando por ordens suas.



- Parabéns caros comensais da morte agora me deixem a sós com Lucius, Bella espere lá fora creio que quer conversar sobre algo mais comigo. - disse o bruxo mais vez lendo a mente de um de seus comensais através do vidro.



- Sim Milorde gostaria.



- Então espere lá fora. Rabicho diga a todos os comensais que se acomodem em alguns aposentos da casa e que não esperem por ordens minhas até segunda hora.



- Sim mestre. - disse Rabicho e saiu após Bellatrix ter fechado a porta.



- Lucius você está de fato do meu lado, não está comensal?



- Sim Lord das Trevas estou. - respondeu o bruxo desconfiando de seu mestre.



- Não precisa ficar apreensivo Lucius, tu sabes que tenho grande estima em seus serviços e não irei me livrar de você, a não ser que resolva me trair. - disse Voldemort se virando para encarar o bruxo.



Lucius suspirou, ele sabia que era de extrema importância deixar a mente limpa quando conversava com Voldemort, mas ele nunca fora um bom Legilimente quando se tratava de fechar a mente perante o maior bruxo das trevas ou qualquer ser que lhe causasse temor.



- Nunca Milorde. - respondeu o bruxo sentindo o suor frio lhe percorrer o rosto.



- Lucius lembra da noite em que lhe contei minhas desconfianças há alguns meses?



- Sim Milorde. - respondeu Lucius temendo o que viria a seguir.



- Minhas desconfianças em relação a ela se confirmaram há pouco tempo Lucius.



- Mas mestre...



- Sem mais Lucius - bradou Voldemort - avisei-lhe o que faria se minhas desconfianças se confirmassem não?



- Sim mestre, me avisou.



- Então escute minhas instruções ou meu novo plano poderá ir por água a baixo por causa de um deslize ingênuo.



- Sim mestre. - respondeu Lucius enquanto suas pernas tremiam levemente.



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- Rabicho... - chamou Bellatrix ao ver o bruxo descendo as escadas.



- Sim Lestrange, fale.



- Não gosto que me chame assim já lhe disse. - disse Bellatrix enquanto Rabicho retornava ao topo da escada.



- Não pense que não usarei minha arma contra ti Bella, não sou mais o anãozinho que era no seu sétimo ano e farei com que sofra pelo que me fez. - respondeu o bruxo a altura enquanto mexia maliciosamente a luva que acabara de recolocar.



- Você não ousaria... - falou a bruxa - sabe por quê Pedrinho, sabes?



Rabicho arfava rapidamente, ele não gostava que ela a chamasse por esse apelido.



- Fale Lestrange. - disse o bruxo enquanto ela sorria com malícia em seus olhos azuis.



- Porque você morreria tentando. - disse ela com sua voz doce e sexy e depois gargalhou enquanto Rabicho respirava cada vez mais rápido.



- Agora quero que faça o que lhe mandei fazer há horas atrás. - disse Bellatrix ainda sorrindo.



- Mas Lestrange, o Lord não aprovou o que quer ainda, ele me mataria se soubesse que agi por conta e razões próprias. - respondeu o bruxo tremendo.



- Você já agiu sem o consentimento do mestre e já tomou atitudes por razões próprias sim, mesmo quando já trabalhava para ele ou se esqueceu disso Pedrinho? - disse ela com os olhos brilhando de maldade.



Rabicho sentiu um ponto abaixo de seu ventre pulsar fortemente.



- Agora faça o que eu disse, do Lord cuido eu e você sabe que essa noite é exclusivamente minha, só minha. - disse ela com o coração acelerado.



- Está bem Lestrange. - disse ele virando as costas.



- Me chame assim mais uma vez e alguns comensais saberão de seu segredo.



Rabicho que ria após pronunciar aquele apelido para a mulher se calou instantaneamente.



Lucius Malfoy saiu pela porta, Bellatrix reparou que ele suava a luz fraca do corredor.



- O que foi Lucius, estás bem? - perguntou a mulher.



- Sim Bella estou bem, entre o mestre está te esperando. - respondeu o bruxo antes de partir pelas escadas.



Bellatrix se aproximou da porta hesitou e sorriu, ela era apenas a única comensal que sabia lhe dar com Voldemort e sempre conseguir o que quer, e se quisesse até conseguia enganar o bruxo, feito que poucos conseguiram e que a maioria morreram tentando. Ela abriu a porta e andou como se deslizasse até Voldemort que sentiu a presença da bruxa.



- Fale-me Bella de seus anseios e desejos cara comensal.



- Mestre - disse Bellatrix hesitante - os dementadores Lord, eles responderam as minhas perguntas.



- E...



- Eles se recusaram a passar para o nosso lado quando falei de liberdade para fazerem o que quiserem entre outras coisas que o Lord prometeu a eles.



- Como? - bradou Voldemort e sua voz reboou entre as paredes causando um barulho tremendo.



- Eles disseram que não impediriam de nos deixar salvar os outros comensais, mas que não iriam se juntar a nós, eles partiram de Azkaban mestre.



Voldemort sentiu como poucas vezes sentira na vida um sentimento familiar, o mesmo sentimento que sentira quando estava perante o bebê Harry Potter há quinze anos atrás.



- Bella tempos difíceis estão por vir. - disse o bruxo com sua voz fria e calculada, ele arfava levemente e sua respiração borrava o vidro da janela.



- Do que falas mestre? - perguntou Bellatrix pela primeira vez talvez preocupada.



- Não é bom que os dementadores se recolham neste momento.



- Como assim mestre vossa majestade acha que eles obedecerão ao Ministério da Magia?



- Não Bella eles não farão isso.



- Então acha que eles obedecerão às ordens de Alvo Dumbledore, o amante dos trouxas.



Voldemort se virou de seu aposento na janela e olhou Bellatrix no fundo de seus olhos e disse:



- Não pronuncie este nome amaldiçoado em minha frente comensal.



- Perdão mestre. - disse Bellatrix baixando os olhos para o chão.



- Eles não obedecerão aquele amante dos sangue-ruins é algo mais complexo, mas cara Bella creio que sua razão por ter vindo até mim neste momento não é o problema com os dementadores, diga-me o quer realmente?



Bellatrix levantou os olhos penetrando os de Voldemort e sorriu malvadamente ao dizer:



- Quero me vingar do maldito Potter mestre e de seu amiguinho esta noite ó Lord da Escuridão.



- De qual amigo de Harry Potter estás falando Bella?



- Aquele que quebrou a profecia de fato, o garoto Longbottom. - disse Bellatrix tentando não atrair a atenção da conversa para a verdade.



- Sabes que foi por sua culpa Bella que perdi a profecia e o garoto a quebrou não sabes?



- Sim Lord, sei que foi minha culpa, por isso quero ajudar o máximo que posso para que o próximo plano de vossa majestade dê certo, agora que conheço Potter e seus amigos as coisas serão mais fáceis e com informações que colhi recentemente será mais fácil ainda.



- Fale-me desse plano Bella. - falou Voldemort sentindo o ódio que sentia por Harry Potter aflorar em seu peito.



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Harry acordou com a cicatriz latejando de dor, era raro a dor na cicatriz ter voltado, desde que essa só o atingira ultimamente na noite em que Percy chegara na sede da ordem e depois como um descanso para Harry elas adormeceram e Harry por um momento chegou a pensar que as dores não voltariam nunca mais desde que ele sofrera tão recentemente dois ataques tão intensos na marca feita por Voldemort. Ele se levantou e foi pegar um pouco de água na jarra que estava na mesinha de cabeceira de Rony, ele encheu o copo enquanto escutava os roncos do amigo encherem o quarto e só então reparou que os roncos de Neville não somavam com os de Rony e chamou pelo amigo:



- Neville...



As cortinas da cama do garoto se abriram e Neville apareceu entre elas:



- Não conseguiu dormir ainda não é? - perguntou o garoto para Harry.



- Não eu dormi sim, você é que não conseguiu não é? - respondeu perguntando Harry.



- É eu não consegui, tem algo de estranho acontecendo Harry e não adianta falar que foi só um sonho que eu sei que tem, talvez nem seja com a Luna, mas tem algo de ruim acontecendo sim.



- Eu também sei que tem algo de ruim acontecendo – assentiu ele apontando a cicatriz na testa – Voltou a doer, beba um pouco disso vai te acalmar - disse Harry enchendo o copo com água de acabara de esvaziar e entregando ao garoto.



- Obrigado. - disse Neville aceitando o copo e virando o conteúdo em sua boca.



A luz da lua que batia na janela se intensificou rapidamente enquanto ele bebia água e Harry reparou ao olhar para trás que algo muito brilhante acabara de pousar sobe o beiral da janela, ele correu para a janela para ver com Neville em seu encalço.



- Será que devo abrir? - perguntou o garoto mais para si mesmo do que para Neville.



Neville confirmou afirmamente com a cabeça o que Harry esperava que o garoto respondesse, ele abriu a janela e quando uma luz prateada adentrou parte do quarto quase os cegando eles viram as belas penas de uma coruja brilhante prateada, ela apagou sua luz e Neville e Harry poderam enxergar a carta que ela trazia, Neville desamarrou o cordão que prendia a carta e a ergueu no ar para que a luz da lua a clareasse, seus olhos se assustaram ao ver seu nome impresso na parte da frente da carta.



- É pra mim Harry, devo abrir? - perguntou Neville sentindo seu coração acelerar.



- Claro, abre – respondeu Harry.



Neville abriu o envelope e retirou de lá uma carta escrita em poucas palavras borradas a tinta, a coruja ao ver isso retomou seu brilho intenso e bateu as asas pela noite, Harry fechou a janela, Neville que estava virado para frente soltou um grunhido esquisito e ao Harry ficar frente a frente com o garoto viu o rosto do mesmo perder as cores que se esvaíram facilmente enquanto os olhos dele se desfocaram perdendo o brilho.



- Olha só Harry. - disse o garoto entregando a carta para o amigo.



Harry leu em poucas linhas palavras mal escritas em um pergaminho sujo:



“Neville Longbottom estamos com sua amada Luna Lovegood em nosso poder, peço para que compareça desarmado na Floresta Proibida agora! É imprescindível que traga o garoto Potter consigo, não avise a mais ninguém sobre isto, venha rápido, estaremos esperando por vocês ao norte do castelo embrenhados na segunda clareira que encontrarem na Floresta”.



“Lembrem-se NÃO AVISEM A NINGUÉM ou nós mataremos a garota! Provas de que estamos com ela encontrará no segundo envelope dentro dessa mesma carta, venha rápido estamos esperando”.



Comensal Srta. Bellatrix Lestrange.



Harry terminou de ler a carta sentindo voltas dentro do estômago enquanto disse bem baixo - MALDITA! - a cor de seu rosto havia se esvaído mais rápido do que a de Neville e ele viu o amigo abrir o conteúdo do segundo envelope soltando outro grunhido apavorado.



- Harry é verdade eles estão com ela! - disse o garoto choroso elevando um pouco a voz.



- Neville fale baixo, qual é a prova que eles têm? - perguntou o garoto rezando para que faltasse uma peça mal pregada do joguinho da comensal.



Neville tirou um chumaço de cabelo loiro de dentro do envelope e mostrou a Harry, o garoto sentiu alívio.



- Eles estão blefando, esse cabelo não é da Luna, esse cabelo é de outra pessoa.



- Esse cabelo é da Luna sim - disse o garoto cheirando o chumaço - eu reconheceria esse cheiro de longe e ninguém sabe que eu estou namorando a Luna, exceto você. - disse o garoto com um aperto muito forte no coração.



Harry viu suas esperanças findarem em um raio de um segundo, seu coração estava quase na boca, era ruim demais para ser verdade, ele se lembrou de Sirius instantaneamente enquanto Neville sacava sua varinha e se lembrou de um fato que ajudaria muito, o que não aconteceu com Sirius.



- Você tem um jeito de se comunicar com a Luna agora? Pode ser que tudo seja uma armadilha bem feita, talvez ela esteja agora dormindo na Corvinal...



Harry pausou a voz ao ver a cortina de Dino Thomas se abrir e o garoto aparecer entre elas, ele olhou para os dois e falou:



- O que diabos vocês estão conversando há essa hora? - disse o garoto depois de olhar seu relógio de pulso.



- Nada Dino vai dormir! - disse Neville e o garoto fechou as cortinas com força em protesto - Então calem a boca! - escutou Harry e Neville o garoto resmungar de dentro das cortinas da cama.



Neville respirou fundo e disse:



- Tenho como me comunicar com ela sim Harry, calma aí - disse o garoto esperançoso - e correu para o malão, de lá tirou algo que Harry não pode ver e deu uma batida no artefato com a varinha - alguns segundos depois Harry viu o garoto guardar o que tinha na mão no malão e ao se virar Harry viu que a verdade era que Luna Lovegood não estava em Hogwarts chegara à hora deles tomarem atitudes.



- Eu vou sozinho. - disse Neville vestindo a calça e uma blusa por cima do pijama e indo a direção da porta do quarto - Harry avise a todos se eu não voltar em uma hora, avise a Dumbledore, avise se eu não voltar.



Harry correu para impedir o garoto de sair e o segurou pelo braço.



- Nem morto eu veria você sair assim sem fazer nada - disse Harry - guarde bem escondido essa varinha você vai precisar dela para fugir com Luna, não é você que eles querem é eu. - disse Harry soltando o garoto e vestindo-se rapidamente, Neville não conseguiu se mexer apenas observou Harry se trocar e correr para pegar a varinha na cabeceira e depois pegar um pedaço de papel, pena e tinta dentro da gaveta, ele estava atônito demais para tomar qualquer atitude naquele momento, ele não queria levar Harry ele saberia se defender, mas pensou em Luna e na reação dos comensais ao ver que ele estava sozinho, mas mesmo nessa situação ele não levaria Harry.



- Harry você não vai! - disse ele correndo para a porta, pois ele Neville poderia morrer, mas Luna Lovegood não, nem Harry Potter.



Harry correu mais uma vez para segurar o garoto.



- Confie em mim, eles não podem me matar eu consigo sair dessa, mas você e Luna não.



- Como você sabe que Voldemort não estará lá? - perguntou Neville e Harry viu o pavor do dia do Ministério da Magia estampado no rosto suado do garoto.



- Eu sei! - disse o garoto - isso é apenas uma vingança da Bellatrix por causa da profecia quebrada, ela se queimou com Voldemort e agora quer consertar o erro, eu saberia se Voldemort estivesse lá e não me importo se ele estiver, pois eu não viveria bem nunca mais se soubesse que meus melhores amigos foram mortos por minha culpa, eu perdi Sirius e não vou suportar viver com mais essa culpa. - os olhos de Harry estavam cheios de lágrimas e ele adentrou com força os olhos de Neville passando a mais pura verdade.



Neville assentiu com a cabeça se entregando as vontades de Harry ele já não podia mais impedir o garoto, ele tomou o pergaminho, a tinta e a pena da mão de Harry e foi para a cabeceira de Rony.



Alguns minutos depois Harry viu Neville bater a varinha na ponta do pergaminho e sussurrar palavras que ele não escutou.



- Vamos Harry, deixei uma carta para Rony avisando tudo, ela se abrirá e começará a ditar as palavras que escrevi alto daqui à uma hora, pegue sua capa da invisibilidade talvez vamos precisar dela. - o rosto de Neville estava impassível e Harry viu uma determinação se apossar dele que o garoto não sabia da onde viera, porque ele nem lembrava o garoto assustado de alguns minutos atrás, mas isso era bom porque o reconfortava.



Harry se apressou a pegar a capa, logo eles estavam descendo as escadas e saíram pelo quadro da mulher gorda que dormia ganhando os corredores frios da madrugada.



--->



Voldemort deu risadas frias e maldosas depois de Bellatrix terminar de contar seu plano para ele.



- Bella te dou permissão, execute seu plano com êxito, mas não mate Potter você sabe que não pode fazer isso, não é?



- Sei mestre, mas quanto ao garoto Longbottom? - perguntou a bruxa maliciosamente exultante.



- Faça o que quiser com o garoto. - disse a voz de Voldemort nas sombras.



- Mestre...



- Fale Bella. - respondeu Voldemort.



- Tem certeza de que não quer eu traga Harry Potter para vossa majestade? - perguntou Bellatrix.



- Eu sempre tenho certeza do que falo Bella, podes brincar com Potter, mas não tente mata-lo, a hora da morte de Potter está próxima, mas ainda falta realizar boa parte do plano e não quero que o estrague entendeu?



- Sim Milorde, então irei partir agora, tenho certeza de que meus propósitos farão com que ajude muito nos vossos planos Alteza.



- Claro Bella, ajudará, agora vá e me traga boas novas.



- Está bem mestre. - e a mulher saiu pela porta.



Rabicho estava sentado na soleira do corredor quando a mulher irrompeu pela porta, ele se levantou e correu até ela parecendo um rato afoito.



- Conseguiu persuadi-lo Bellatrix?



- Sim Rabicho consegui a permissão de nosso mestre, eu sempre consigo. - disse ela usando seu tom de voz acentuado para irritar o bruxo.



- Então o que faremos agora? - perguntou Rabicho.



- Chame Dolohov, Mcnair, Avery, Travers e mais alguns comensais do posto alto, eu irei chamar Rodolphus e depois encontrarei vocês na porta dos fundos da mansão, diga a eles que teremos um serviço especial para o Lord esta noite, vá!



- Está bem já vou. - disse o bruxo e partiu pelas escadas.



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A Floresta Proibida estava escura e gelada ao ar frio da noite mesmo que a horas atrás fizesse calor, Harry e Neville já estavam começando a andar por entre as árvores densas quando a luz do luar foi se apagando por entre as árvores, Neville andava na frente e Harry atrás.



- Já estamos andando há quanto tempo Neville?



- Não sei, estou sem relógio Harry, devemos estar andando há mais ou menos meia hora logo os garotos acordarão e avisarão a Dumbledore onde estamos, não estou conseguindo enxergar nada. - disse após tropeçar pela milésima vez em gravetos.



Harry escutou ruídos, ele parou e segurou Neville pela blusa.



- Fique quieto. - sussurrou bem baixo.



Eles ficaram olhando por um tempo para os lados, mas não parecia haver ninguém.



- Não acenda por nada a luz da varinha - sussurrou Neville voltando a caminhar - temos que chegar sem sermos vistos.



- Está bem. - respondeu Harry.



Logo eles chegaram na primeira clareira, o chão se tornara quase um buraco fundo de terra bem preta, Neville ultrapassou e depois foi a vez de Harry, eles voltaram a se embrenhar pela Floresta, andaram por mais um dez minutos e Harry parou de repente.



- Acho que estamos chegando.



Neville também parou.



- Harry eu vou achar a Luna e quero que depois você e ela corram o mais rápido possível para se salvarem enquanto eu os distraio.



- Não vou deixa-lo aqui. - sussurrou Harry.



- Faça o que eu disse, tente se salvar, nós estamos aqui sozinhos no meio do nada e talvez nenhum de nós se salve, eu quero que faça o que pedi, por favor, você Harry é a salvação para toda a comunidade bruxa, nossos amigos, nossos parentes, talvez até o mundo todo, você não pode morrer.



Harry ia tentar argumentar, mas ao perceber o brilho das lágrimas de Neville a voz lhe faltou, eles continuaram a andar, Neville já estava cansado as pernas machucadas pelos espinhos das árvores mais baixas, Harry arfava fortemente, ele também estava rasgado e suado, as árvores começaram a se dispersar, o caminho ficou menos denso e de longe se podia ver a luz da lua banhar o chão, havia um corpo largado ali, de longe Neville avistou os cabelos loiros de Luna esparramados sobre sua cabeça, Harry ia tentar segura-lo, mas era tarde demais. Neville correu por entre os troncos das árvores para chegar a Luna, suas pernas haviam recuperado a força perdida, as dores dos machucados já não existiam, ele estava chegando com Harry em seu encalço, ele parou ao entrar na luz do luar, Luna estava deitada desmaiada, ele se aproximou dela e tirou os cabelos dos olhos da garota, seu rosto estava levemente suado, de fato não era uma armadilha aquela era Luna Lovegood.



- Neville pegue-a e vamos rápido. - disse Harry olhando para os lados, eles eram presas fáceis ali no foco de luz.



- Harry vá, eles estão nos observando leve Luna. - disse Neville tentando levantar a garota que não acordava.



- Mas Neville... - disse Harry sem enxergar ou ouvir nada suspeito.



Neville apontou a varinha para o rosto da garota e sussurrou:



- Enervate!



A garota abriu seus olhos azuis assustados arfando.



- Neville ainda bem que está aqui. - disse ela abraçando o namorado - ela me pegou Neville, me pegou, a comensal Neville.



- Harry, Luna prestem atenção! Há uma saída livre pela direita de vocês corram e não olhem para trás por nada, chamem ajuda, façam o que eu disse quando eu te soltar Luna, eu vou logo atrás de vocês.



Luna olhou assustada para Neville e apertou o abraço no namorado.



- Não posso te deixar Neville, eles te matariam, não vou!



Harry ainda olhava para os lados, mas parecia não haver ninguém.



- Neville vamos embora! - disse Harry com sua voz falha no momento.



- Luna faça o que eu disse meu amor, eu sei que vou me salvar, eu te prometo - lágrimas se soltavam dos olhos de Neville sem o garoto perceber - Eu te Amo. - disse ele antes de solta-la e sussurrar para Harry e ela - Vão agora!!!



Harry correu em disparada para a passagem entre duas árvores Luna atrás dele, ele se virou e viu Neville parado olhando para os lados esperando por algo, mas porque o garoto não corria também, ele quer se sacrificar - pensou Harry.



- Harry!!!



Harry parou, seu coração quase na boca, olhou para trás, Luna caíra estirada no chão.



Harry voltou para busca-la.



- Meu tornozelo Harry, meu tornozelo parece que quebrou, me leva de volta para o Neville, não posso deixa-lo lá, me leva. - disse ela chorosa.



- Mas Luna nós temos que chamar ajuda. - disse Harry confuso.



- Me leva agora!



Harry olhou desconfiado para a garota, havia algo de errado acontecendo ali.



--->
Neville olhava para os lados atentamente, sua cabeça doía, por que não apareciam logo? - se indagou o garoto arfando de nervosismo, seu coração parecia que ia explodir, era ruim demais ficar ali a vista de todos sem poder se mover, pois ele sentia que se ele se movesse seria atingido fatalmente e se perguntou se Harry e Luna já estavam a salvo, pois ele não agüentaria ficar ali parado por muito mais tempo e iria tentar fugir, olhou para o caminho por onde os dois haviam partido ele já não enxergava sinais de Harry nem de Luna, a tensão parecia crescer cada vez mais dentro de seu peito, eles escutou passos finalmente chegara à hora, ergueu sua varinha e apontou para o lugar de onde escutara o barulho, de lá surgiu uma silhueta e depois o tronco junto ao corpo de Harry Potter que carregava Luna Lovegood em seus braços, havia terror nos olhos do garoto.



- O que fazem aqui? - perguntou Neville indignado.



- Luna quebrou o tornozelo, ela queria voltar, não podíamos abandonar você. - disse ele colocando a garota de pé.



- Harry você é maluco? - disse Neville enquanto Harry se aproximava do garoto.



Os dois começaram a discutir, Luna ficou parada olhando atentamente a conversa.



- Vocês não deviam ter voltado, a Floresta está cheia de comensais não conseguiremos sair daqui vivos Harry. - disse Neville furioso.



- Neville... - disse Harry tentando explicar para o garoto o que acabara de entender a minutos atrás.



- Harry nós estamos perdidos, eu posso me salvar, mas você não, eles não podem te matar, mas eles irão te machucar muito e provavelmente você morrerá...



- Será que vocês dois não vão parar de discutir ou eu preciso persuadi-los a fazer isso. - gritou a voz irritada de Luna pela noite.



Neville olhou assustado para a garota, Harry confirmou suas suspeitas, ela levantou a varinha que antes estava no cós da jeans que a menina usava e atingiu os galhos de uma árvore com um jorro de luz verde forte, Harry e Neville olharam para o alto abobados e viram cair de lá pedaços de linhas prateadas que ao tocar suas peles se transformaram em uma rede.



- Luna o que pensa que está fazendo? - perguntou Neville aturdido tentando se livrar da rede que o prendia.



Harry observou o rosto da garota se contorcer em um sorriso doentio, um sorriso que ele já vira em algum lugar, um sorriso maldito, ele tocou no ombro de Neville e fechou os olhos.



- Neville esta não é a Luna. - afirmou Harry sentindo o coração cheio de raiva e ódio.



- Não Harry, é ela sim, é sim. - disse Neville olhando para ela tentando se convencer de que era a garota, mas havia algo de estranho nisso tudo, por quê Luna decidira voltar para o lugar onde seria morta afinal, quando Neville mandara que ela e Harry fugissem e buscassem ajuda?



- Muito bem Potter, desde quando adivinhou isso? - disse Luna usando um tom de voz que não era dela.



- Desde que voltamos - disse ele encarando aqueles olhos azuis imensamente claros que mudavam lentamente para um azul mais forte - Luna Lovegood não voltaria, ela sequer sairia daqui. - os olhos do garoto estavam ardendo de fúria.



- Acertou Potterzinho, ela não sairia, ela ficaria para morrer com vocês dois, não é? - disse a voz rouca e sexy de alguém que Neville também conhecia.



- Mas Potter me responde outra coisa, por que você não fugiu quando percebeu que eu não era a Di-Lua Lovegood hein Potter? - perguntou Luna com sua voz cada vez mais diferente.



Neville franziu o cenho será que ela era quem ele estava pensando que fosse.



- Você não acha que eu deixaria meu amigo aqui sozinho com você, não é Bellatrix? Por que mesmo sabendo que ele te venceria facilmente eu sei que você não veio sozinha. - disse Harry olhando para a Floresta, na verdade ele estava tentando pensar em um jeito de se livrar da rede mágica, mas ele sabia que a comensal não colocaria uma rede que pudesse ser transpassada por feitiços, a situação estava realmente começando a ficar feia e Neville ainda não havia pensado em nada constatou Harry ao ver o rosto pálido do garoto.



Bellatrix gargalhou.



- Então por que fugiu Potter e abandonou seu amiguinho hein? - o rosto de Luna estava perdendo sua forma normal, mas a expressão de raiva no rosto da garota era inconfundível.



- Porque eu iria deixar Luna a salvo primeiro e depois voltar para ajudar Neville, mas você se revelou Bellatrix quando pediu para voltar o que foi um erro, porque... - Harry parou para respirar, tentar distrair Bellatrix para ganhar tempo estava sendo muito difícil - porque eu creio que você sabe que não pode me matar, então tentar me levar até Voldemort será muito difícil também, porque a essa hora Dumbledore já deve estar sabendo que estou aqui.



O rosto da mulher se tornou maior, o corpo foi se alongando lentamente, logo as vestes escolares de Luna Lovegood ficaram pequenas, a impostora conjurou vestes maiores rapidamente e se vestiu revelando finalmente o rosto, corpo, os lábios e o sorriso exultante de Bellatrix Lestrange.



- Você está certo em dizer que não posso te matar, mas as últimas duas afirmações que você acabou de proferir estão em conflito Harryzinho, - Harry encarou Bellatrix ela só podia estar blefando - porque eu não irei te levar para o Lord, pois não é essa minha intenção e Dumbledore pode até estar sabendo que vocês estão na Floresta comigo, mas a localização que eu coloquei na carta mudou Harry, após alguns minutos depois de vocês terem lido-a. - ela gargalhou, Harry sentiu Neville tremer ao seu lado, eles estavam perdidos.



Harry se sentiu encurralado, Neville ao seu lado esperando que a bruxa desse uma brecha para que ele saísse da rede notou a expressão de Harry e sussurrou:



- O bilhete que deixei para Rony não mudou.



Harry respirou aliviado, ainda havia uma chance de serem salvados nessa história toda, Bellatrix analisou os garotos com malícia em seus olhos e disse:



- Harry você deve saber que sou a comensal mais fiel do Lord das Trevas, não sabe? - disse a bruxa e Harry respirou fundo, a raiva estava consumindo o garoto e sua cabeça doía - Então deve saber que na noite do Ministério quando por causa de vocês dois o Lord perdeu a profecia, meus serviços foram subjugados e meu prestígio perante o mestre diminuiu...



- A culpa da profecia ter se quebrado foi só sua Bellatrix e você sabe disso. - falou Harry sorrindo de prazer de ver a bruxa nervosa.



- E tudo isso por causa de vocês seus malditos!!! - ela explodiu de raiva - Longbottom lembra que fui eu e alguns comensais que deixamos seus pais malucos, lembra? - disse ela gargalhando loucamente.



- Não fale de meus pais sua comensal suja e maldita.



— Então Longbottom, eu estou aqui essa noite - continuou ela sem se importar com o garoto - me disfarcei com a Poção Polissuco quase pronta que consegui, e adivinhem quais eram os ingredientes que faltavam? Sim Neville - respondeu a bruxa antes do garoto falar - são os cabelos da bruxinha maluca que consegui para armar meu plano e me vingar de vocês dois moleques.



- Não vou perdoa-la nunca Bellatrix pelo que fez aos meus pais e pelo que fez usando a imagem de Luna para nos enganar, me solte daqui, me solte e verá o que farei. - gritou o garoto transtornado, sua varinha estava longe de suas mãos e ele não podia dar bandeira do plano que acabara formar na mente, ele precisava se soltar.



- Calma eu irei solta-los, mas antes quero que conheça a técnica com que enlouqueci seus pais garoto, você e o Potter sofrerão pelo que me fizeram sentir e a maldição Cruciatus é só o começo para esta noite, COMENSAIS DA MORTE APAREÇAM!!! - gritou ela pra o ar e vultos começaram e surgir de todos os lados.



- Comensais vocês querem se vingar de Potter e de seu amiguinho pela noite do Ministério não querem?



- Sim!!! - gritaram todos os comensais que estavam fora do foco de luz.



- Então iremos usar os métodos que alguns de nós presentes naquela noite há anos atrás usamos contra os Longbottom está bem? - perguntou a bruxa exultante.



- Sim!! - gritaram todos e Harry reconheceu uma voz que não escutava há muito tempo e olhou para os comensais procurando de onde vinha aquela voz e não demorou a ver um vulto bem baixinho nas sombras, era Rabicho o amigo traidor de seus pais.



- Então se aproximem e vamos brincar - gargalhou ela e Harry e Neville puderam ver os comensais com capas negras e mascarados.



Neville apertou o braço de Harry e ele sentiu o temor do garoto ao olhar para seus olhos.



Todos eles apontaram suas varinhas para a rede onde estavam os garotos e gritaram para a noite fria:



- Crucio!!!



A pele de Harry parecia estar se rasgando e ele gritava de dor, muita dor, todos esses jatos de feitiços eram muito poderosos e ele conseguiu vislumbrar Neville também gritando de intensa dor, os comensais levantaram suas varinhas e pararam gargalhando.



- Gostou Potter? É assim que se faz uma verdadeira maldição imperdoável seu bruxo de nada.



- Avise aquela garota de cabelos castanhos que ela será à próxima, Potter. - disse a voz de um comensal que Harry reparou pertencer a Augusto Rookwood - não me esqueci o que ela me fez na sala dos vira-tempos.



Todos gargalharam.



- Vamos continuar Bella. - disse uma rouca de um homem forte e musculoso mascarado.



- Claro Rodolphus vamos continuar. - disse Bellatrix acentuando sua voz sexy e rouca para o marido.



- Crucio!!! - gritaram todos gargalhando.



Harry e Neville gritaram ainda mais do que antes, a dor parecia superar a mais recentemente e o jato de feitiços se intensificara mais e mais se tornando quase uma barra de luz.



Os comensais pararam.



Harry estava quase inconsciente, sua visão saia e entrava em foco e sua cabeça parecia que ia rachar de tanta dor, a cicatriz de repente começara a doer e ele sabia que Voldemort estava exultante de felicidade, o garoto olhou para e Neville e percebeu que ele estava mal, mas não tanto quanto Harry que despencou no chão duro de terra, Neville o ajudou a se levantar e os comensais gargalharam mais ainda quando Neville se embolou na rede tentando colocar o garoto de pé, Harry pode ver os olhos de Neville e se assustou, só podia ser uma visão, pois ele não podia enxergar direito no estado em que estava, os olhos de Neville haviam tomado uma cor alaranjada beirando o vermelho e Harry concluiu que aquilo era uma visão ou Neville estava sucumbindo as dores da maldição imperdoável.



- Vai ficar tudo bem Harry, quando eles nos soltarem eu irei joga-lo na Floresta, corra o máximo que puder para as árvores mais juntas e fuja, fuja me ouviu?



Harry que já não conseguia enxergar direito juntou forças e respondeu:



- Eu irei chamar ajuda, mas eu voltarei, não irei deixa-lo aqui.



- Que comovente Longbottom, mas acha mesmo que poderá salvar Harry acha?



Neville ignorou a mulher e os comensais que gargalhavam mais e mais.



- Longbottom você acha que foi assim que enlouquecemos seus pais? – falou Rodolphus Lestrange.



Neville desviou o olhar de Harry e encarou o bruxo.



- Não Longbottom você irá conhecer agora a verdadeira forma que seus pais enlouqueceram ou achou que simples crucios os deixaram do jeito que estão no St. Mungus? - disse ele gargalhando em altos brados.



Neville arregalou os olhos, eles não podiam usar aquela técnica, não podiam ou ele morreria e Harry só agüentaria chegar até a escola, porque para mata-lo fatalmente eles não tinham poder, mas para deixa-lo a beira da morte para que o tempo o fizesse, isso eles podiam.



Neville embainhou a varinha que estava escondida no seu bolso de trás e gritou contra a rede:



— Reducto! Incêndio!



Bellatrix riu debilmente e todos os comensais a acompanharam.



— Nenhum feitiçozinho idiota poderá quebrar a rede mágica que eu consegui Longbottom e você sabe disso, é desespero garotinho que te consome é? - disse a bruxa sorridente.



Neville olhou para Harry ao seu lado que mal conseguia ficar de pé, os olhos do garoto expressavam o pior terror que um garoto podia sentir, era o fim, pois se dois adultos enlouqueceram a serem testados com aquele feitiço dois adolescentes morreriam facilmente.



— Harry me perdoe por te fazer passar por isso.



— Nós vamos sair dessa Neville não se preocupe, Dumbledore já chegará. - respondeu Harry tirando forças de onde não mais existia.



— Não há saída Harry é o fim. - respondeu Neville baixando os olhos, lágrimas molharam seus sapatos.




— Vejo Longbottom que conhece o efeito da evolução da maldição imperdoável, mas também vejo que Potter não conhece então vou contar a ele, a dor física que sentirá Potter ao receber esse feitiço é apenas dez vezes pior que a maldição Cruciatus, pois a maldição simples apenas causa dor, mas a maldição evoluída é bem pior e foi ela que enlouqueceu de fato os pais do seu amiguinho...



— Cala a boca! - gritou Harry, Neville estava em choque.



— Ela estraçalhará sua pele, corroerá seus ossos e irá te machucar muito Potter, ah se vai. - disse Bellatrix olhando para o garoto.



— COMENSAIS PREPARADOS? - gritou a mulher para a noite.



— Sim!!! - gritaram todos os comensais.



— ENTÃO AGORA!!! - gritou a mulher apontando a varinha para o garoto.



— CRUCIATUS MAXIMUS!!!



Neville abaixou Harry bem em tempo e jogou seu corpo em cima do amigo, os gritos do garoto encheram o ar, Harry tentou se desvencilhar, mas o menino havia o prendido decidido a protege-lo, Harry apenas viu um grande clarão azul escuro se chocar com o corpo de Neville enquanto o garoto o segurava.



— LARGUE POTTER, LONGBOTTOM! - gritou Bellatrix furiosa.



Harry sentiu um cheiro de pele queimada vir das costas de Neville, ele juntou todas suas forças, mas Neville estava forte demais para Harry sobrepor sua força, Neville estava gritando muito alto, Harry desejou que Dumbledore chegasse para que o amigo fosse salvo, pois ele sabia que Neville não duraria muito tempo na posição em que estava.



- Parem. - disse Bellatrix e todos os comensais pararam de executar o feitiço.



A mulher arfava de raiva.



— Longbottom seu maldito, proteger Potter não adiantará em nada, apenas apressará sua morte.



Rabicho saiu do círculo dos comensais e chegou perto da rede tirando a luva, Harry olhou com terror a mão prateada do homem brilhar mais forte do que tudo.



— Deixe-me Bella solta-los, vamos tortura-los separados. - disse o homenzinho aproximando sua mão da rede.



— NÃO FAÇA ISSO RABICHO. - gritou Bellatrix, mas já era tarde demais, a rede se queimou a poucos toques dos dedos do bruxo e Neville que todos pensam estar morto se levantou e tampou a visão de Harry com sua sombra, e quando Harry conseguiu enxergar a todos de novo havia sobrado apenas alguns poucos fios de prata esparramados no chão, Harry não sabia como Neville havia feito aquilo, mas também não houve tempo para perguntas, Neville desamarrou a capa da invisibilidade que ele havia amarrado em sua barriga há algum tempo atrás e a jogou sobre Harry que sem entender nada apenas viu Neville levantar a varinha e gritar:



— Campus Alinharus!



Uma linha fina cor de diamante se amarrou no estômago de Harry, ele foi levantado e lançado coberto pela capa em direção a saída escura por onde outrora ele entrara com Luna em seus braços, seu corpo foi lançado para longe perto das árvores e ele se esparramou pela terra gelada desmaiado.



— Vá pega-lo Rabicho. - gritou Bellatrix.



Rabicho olhou para todos os lados.



— Mas onde Bellatrix, o garoto sumiu.



— Procure-o maldito é culpa sua. - disse ela e o bruxo sumiu pela mesma passagem por onde Harry foi jogado.



— Bellatrix agora você vai pagar pelo que me fez. - disse Neville sentindo uma força em seu corpo maior do que qualquer outra força que o garoto pudesse sentir em toda sua vida.



— Bella cuidado! - gritou Rodolphus para a mulher.



Bellatrix levantou a varinha, mas Neville fora mais rápido, ele correra de encontro à mulher, fechara sua mão e a lançara com toda sua força no rosto dela, ela foi jogada vários metros longe da clareira, todos os comensais olharam para Neville abobados, os olhos do garoto ardiam em fúria e estavam colorados em uma cor alaranjada muito forte quase beirando ao vermelho, sua massa muscular também crescera.



Ele correu de encontro ao próximo comensal que ele sabia ser Rodolphus Lestrange e acertou uma no estômago do homem que também foi lançado para longe, um comensal jogou um feitiço no garoto, mas o feitiço ricocheteou e desapareceu, Neville estava tomado pela fúria de vingança.



--->
Harry acordou com a cabeça doendo muito, o impacto da batida na árvore havia o deixado inconsciente, ele levantou o rosto sujo de terra e viu ao longe uma luz se aproximar, ele sabia que aquela era a mão de Rabicho que reluzia na escuridão, tentou jogar seu corpo para o lado, mas não tinha forças logo ele o alcançaria e iria acha-lo na escuridão e o mataria, pois a capa da invisibilidade havia voado do corpo dele quando Neville o lançou, Rabicho estava chegando perto, cada vez mais perto e finalmente o enxergou, Harry levantou a cabeça e viu a expressão de triunfo de Rabicho se transformar medo, ele se virou e gritou:



— DUMBLEDORE!!!! - disse ele antes de correr em direção a clareira.



Harry olhou para trás, Rony e Hermione estavam à frente de Alvo Dumbledore e pelos menos uns quinze membros da ordem da fênix haviam chegado junto com eles, eles estavam a salvo.



---à
Rabicho chegou na clareira, a maioria dos comensais nem sequer haviam o escutado, Neville estava socando cada um que estava perto do seu campo de visão depois de socar Rodolphus que desapareça, ele socou um outro comensal e avistou Bellatrix reaparecer entre as árvores ela levantou a varinha, ele também, nenhum outro comensal ousou fazer nada.



— Avada Kedrava. - gritou a mulher.



Neville se jogou para o lado e desviou do feitiço, se levantou e também gritou:



— CRUCIATUS MAXIMUS. - o feitiço foi bastante forte e atingiu a mulher que caiu no chão gritando de dor.



— Bellatrix! Dumbledore chegou. - a mulher escutou, mas ao se levantar mais nada importava para ela a não ser matar Neville.



Vários comensais da morte desaparataram e só restaram na clareira Rodolphus Lestrange, Bellatrix, Rabicho e Neville.



— Bella vamos embora. - gritou o marido recuperado do soco que levara no estômago.



— Isso vamos Bellatrix. - gritou Rabicho.



— Vão embora. - gritou a mulher para eles, ela correu em direção a Neville e bradou:



— Expeliarmus.



Neville que estava prestando atenção nas luzes que vinham das varinhas na passagem que deviam ser dos membros da ordem foi acertado em cheio e lançado contra uma árvore.



— Te peguei pirralho. - disse ela correndo para o garoto.



O garoto sem saída correu para a direção da floresta e se embrenhou entre as árvores, ele corria e os espinhos tocavam suas costas que estavam queimadas, a dor o estava matando, ele correu o máximo que pode e se encontrou em uma nova clareira havia um barranco no lugar da terra plana, ele não pode enxergar seu interior, ele escutou passos apressados entre as árvores, ele não tinha mais saída.



Bellatrix chegou minutos depois de encontro ao barranco e viu que Neville não tivera outra chance, ele havia se jogado a preferir morrer na mão da bruxa, ela desaparatou.



--->
Harry estava deitado em uma maca que Lupin havia conjurado, Rony e Hermione estavam ao seu lado, ele tentou falar, mas sua voz não saía.



— Não fale nada, está tudo bem logo eles trarão Neville. - disse Hermione.



— É cara vai ficar tudo bem. - disse Rony.



Lupin se aproximou da maca e passou a mão sobre o rosto do garoto limpando a terra, Harry se lembrou de Sirius uma lágrima caiu de seus olhos, ele escutou passos por entre as árvores e com a luz da varinha de Lupin, Harry viu Arthur Wesley.



— Onde está Neville? - perguntou o garoto tentando se levantar inutilmente, suas forças o haviam abandonado.



— Neville estava fugindo de alguém pelas árvores e chegou em uma clareira... - ele parou de falar - a clareira era um barranco, ele não tinha saída... Não encontramos o corpo dele - o pai de Rony baixou os olhos, Hermione também, Harry se angustiou se perguntando por quê ele estava falando de corpo, não fazia sentido, Neville estava vivo há poucos minutos - ele morreu Harry, eu sinto muito.


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