A exigência - normalizado



Capítulo 4


A exigência



Harry olhou Kreacher desacordado e fez menção de estrangular o elfo, fora ele, era culpa dele que Harry não pode falar com Sirius e certificar-se que ele estava bem naquela tarde em que ele e seus amigos foram parar no ministério, Kreacher tinha uma grande parcela de culpa na morte de Sirius, grande mesmo, Moddy que pareceu ler os pensamentos do garoto, afastou o elfo bem a tempo, as cicatrizes do bruxo estavam bem pior este ano, sua boca ganhara uma nova ferida recente que logo se tornaria em uma nova cicatriz, e foi com um sorriso desta que ele disse:



— Não agora Harry, ainda haverá uma chance para castigá-lo, mas não é agora e nem hoje.



— Mas Moddy... - interveio Carlinhos - é culpa dele Sirius ter morrido.



— Carlinhos você sabe melhor do que eu para que esse elfo foi deixado aqui, vamos pra cozinha e alguém FAÇA ESSA BRUXA PARAR DE GRITAR. - estourou o homem ao passar pelo quadro onde a bruxa berrava, Carlinhos o fechou com dificuldade e depois ela se calou.



Harry seguia Moddy vermelho de raiva, ele teria que se segurar até Kreacher terminar de falar depois ele o mataria, disso ele teve certeza, eles entraram na cozinha a Sra. Weasley se levantou de um pulo, e o Sr. Weasley se assustou, Moddy falou:



— Eu estuporei esse vermezinho aqui perto da casa, ele estava espionando, acho que ele trouxe as exigências.



O Sr. Weasley falou:



— Vou chamar Dumbledore. - o bruxo correu para a porta e se retirou.



Minutos depois irrompeu da porta ao lado do Sr. Weasley, Alvo Dumbledore caminhou imponentemente até Kreacher e levantou o elfo com a varinha do colo de Moddy, seus olhos não transmitiam calma, Harry pela segunda vez viu um Dumbledore com um olhar que se pudesse torraria o elfo vivo, era aquele olhar que passava força e vitalidade que só Dumbledore sabia dar, fazendo o velho bruxo se rejuvenescer em instantes, ele encostou o elfo na parede e se aproximou dele e disse:



— Enervate.



Os olhos do elfo abriram alegres de maldade ao reconhecer as pessoas e a casa, começou a resmungar para ele mesmo como sempre fazia pensando que os outros não o escultavam:



— Ó eu me encontro de novo nessa casa tão querida, e esses malditos sangue-ruins e traidores do sangue continuam a sujando com seus PÉS IMUNDOS!!! - ele se assustou ao ver que estava pendurado na parede e não conseguia se mexer - me soltem, me soltem.



Harry ia bater no elfo, quando o gêmeos o seguraram:



— Calma Harry, calma.



Ele parecia prestes a entrar em colapso, Dumbledore perguntou com sua voz calma para o elfo:



— O que o seu mestre deseja de nós?



A tensão se espalhou pela cozinha.



— Só digo se você me soltar.



Os dois estavam muito perto e Harry viu que se Kreacher se soltasse poderia atacar Dumbledore, mas Dumbledore o fez e Kreacher continuou a planar na parede, mas estava solto, ele riu-se e resmungou novamente para si mesmo:



— Há Há há, bruxos idiotas pensam que o meu mestre é tão benevolente a ponto de soltar aquele garoto vivo, eles estão torturando-o, Há Há Há.



A Sra. Weasley deu um grito de terror.



— O que eles estão fazendo com o meu Percy? - ela foi também tentar estrangular o elfo, o Sr. Weasley a parou, todos estavam pálidos - me diga, ME DIGA!!!



Kreacher estava muito feliz, mais feliz do que nunca o haviam visto, ele pendia no rosto um sorriso debil.



— Há Há tema mulher, tema, pois Lord Voldemort não brinca em serviço.



Dumbledore apontou a varinha para o elfo e disse:



— Fale logo Kreacher, fale senão você vai não desejar ter vindo para cá pro resto da vida.



O elfo viu que Dumbledore não estava brincando e falou:



— Ele quer ela, a tão desejada, a PROFECIA do garoto Potter e dele...



Dumbledore virou-se para Harry, os dois se olharam por um tempo indeterminado que passou muito depressa, todos se entreolhavam com olhares significantes, só os gêmeos que pareciam não entender nada.



— Harry você permite que eu dê o restante da profecia? - disse o bruxo olhando para o garoto - pois cabe a você decidir um assunto que lhe diz respeito. - acrescentou o bruxo.



— Sim Dumbledore - disse Harry sem sequer piscar para responder - eu permito que ele leve o final da profecia a Voldemort.



Um arrepio perpassou por alguns da sala, mas ficou despercebido a tensão era maior.



Dumbledore fitou o chão pensativo.



— Kreacher se dirija comigo até a sala de reuniões, seu mestre terá o que ele quer, mas com uma condição.



— Diga amante dos trouxas e sangue ruins. - respondeu Kreacher com seu sorriso debil pendente no rosto feliz.



— Eu quero o garoto Percy Weasley vivo aqui hoje.



— Claro. - os olhos de Kreacher passaram por Harry ao se retirar com Dumbledore, Harry ia estrangula-lo, mas foi segurado novamente por Fred e George.



— Nós também queriamos acerta-lo, mas não podemos, não nessa situação. - disse George Weasley com o rosto cansado.



Todos se sentaram e esperaram, os minutos pareciam mais longos do que tudo, pareciam eternos.



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Hermione olhava pela janela preocupada, seu coração estava acelerado e ela não estava se sentindo bem, duas pessoas entraram pela porta, ela se virou e viu que eram Neville Longbottom e Luna Lovegood.



— Hermione você não comeu nada, está se sentindo bem? - disse Neville.



Neville Longbottom estava bem mais alto desde a última vez que Hermione o vira, estava mais alto, forte, confiante e bonito também, ao seu lado estava a menina mal julgada antes por Hermione como a menina mais maluca de Hogwarts, Luna Lovegood que lhe dirigiu a palavra depois de Neville:



— É Hermione, você não comeu nadinha, por favor volta lá e toma o seu café, você passou a noite interia acordada, a Gina me disse, e ainda não come, vai passar mal. - esse ano Luna Lovegood lembrava raramente a sombra da garota desligada de sempre, ela era muito esperta em situações díficeis, provou isso a Harry na noite do Ministério.



— Não obrigada gente, eu estou muito preocupada, não consigo comer nada, sinto que alguma coisa de estranha está acontecendo a alguém que eu gosto muito. - a garota parecia distraída e cansada.



Luna deu um olhar significante a Neville e quando ia descer para pegar comida para Hermione foi surpreendida por Gina que trazia uma enorme bandeja com um café da manhã bem reforçado, ela entrou e olhou para Hermione:



— Eu dormi por algumas horas, mas eu notei que você sequer fechou os olhos, coma e pelo amor de Deus vá descansar, nós ainda temos uma grande pilha de livros para ler e grandes feitiços para praticar, então coma.



— Mas Gina o Rony...



— O Rony e o Harry devem estar muito bem na sede da ordem, e sua mãe notou como você está, por favor coma! - Gina parecia inflexível muito parecida com sua mãe quando estava irritada - nós não queremos que você fique doente Mione, você sabe que precisamos de força pra trabalhar em nosso plano e nós estamos preocupados com você, coma por favor tá. - ponderou Gina vendo a cara assustada de Hermione.



— Está bem Gina. - Hermione fechou os olhos e comeu a comida oferecida, mas ainda não se sentia bem.



— Luna continue lendo os livros da primeira parte com Neville e vou ficar com a Mione depois que ela dormir eu irei para lá.



— Está bem Gina. - respondeu Neville, Luna parecia muito distante olhando para algum ponto na janela e quando Neville ia puxar Luna para o quarto onde estavam hospedados, um barulho na janela fez Luna falar:



— Uma coruja! - a garota correu para a janela enquanto todos a olhavam e pegou a carta da coruja - é pra você Gina. - disse ela entregando a carta para a garota ao ler para quem era endereçada.



Gina pegou a carta e olhou para o remetente, era de sua mãe, ela abriu o envolope e leu em pequenas linhas palavras tortas escritas por uma mão que tremia:



" Querida venha com Hermione, Neville e Luna para a sede da ordem por favor, Percy foi raptado por comensais da morte, por favor venha rápido."
Mamãe.



Gina deixou a torrada que comia cair de suas mãos, ficou extremamente pálida.



— Meu irmão...



Hermione que olhava para a garota se levantou em um pulo e perguntou:



— Rony?



Luna e Neville se entreolharam assustados.



— Não Hermione... Percy... os comensais levaram Percy... - disse a garota antes de desmaiar aos pés de Neville.



Hermione respirou fundo e disse:



— Luna peça para minha mãe um pouco de álcool, Neville vá para o quarto e pratique novamente, eu tenho certeza que você consegue, depois arrumem suas coisas, nós iremos hoje a noite para a sede da ordem da fênix.



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Harry e os outros agora esperavam ansiosamente a saída de Dumbledore e Kreacher da biblioteca, a tensão parecia que ia explodir entre os presentes, Harry estava muito vermelho, bem mais que o normal de alguém que está nervoso, a Sra. Weasley perguntou para o garoto:



— Harry querido você está se sentindo bem?



Harry assentiu com a cabeça, mas todos ali sabiam que o garoto estava ardendo de fúria. Kreacher estava de volta a sua casa andando livremente, quando ele fora um dos principais culpados pela morte de Sirius, era demais para Harry aguentar, a porta do salão de reuniões se abriu, todos prenderam a respiração, por ela saíram seus ocupantes, Dumbledore tinha uma feição calma, Kreacher estava exulsante enquanto se dirigia a porta e ele resmungou conscientemente mais para os outros do que para si mesmo:



— Agora que o meu Lord tem a sua profecia todos vocês morrerão seus imundos sangue-ruins, um por um, há há há.



Dessa vez nem os gêmeos foram capazes de segurar Harry e o garoto desconfiou que eles fizeram isso de propósito para ver o que o garoto ia fazer, ele se precipitou para fora da casa em uma velocidade absurda e com sorte conseguiu acertar um chute nos fundilhos de Kreacher que vôou rua afora indo parar na fonte do esgoto, o elfo caiu com um baque e se levantou em seguida esfregando a calça com uma mão e protestando com a outra, Kreacher ainda ouviu Harry antes de desaparecer:



— De onde veio esse tem muito outros seu imundo!!!



Mesmo com todo o nervosismo percorrendo entre as pessoas presentes ali todos riram, Harry voltou para dentro de casa e ouviu Dumbledore falar a mãe dos Weasley:



— Molly não se preocupe, esta noite Percy estará são e salvo aqui na sede da ordem.



— Mas como Dumbledore? - perguntou a mulher chorosa.



— Dei a Voldemort um pouco mais do que ele queria criando assim uma proteção para Percy. - disse o bruxo dando uma risadinha marota e se virando para olhar Harry.



— Harry, por favor me acompanhe - disse Dumbledore se dirigindo ao salão de reuniões enquanto o garoto ia ao seu encalço.



Era a primeira vez que Harry entrava no salão de reuniões da ordem da fênix, era um salão simples: uma grande mesa com muitos pergaminhos encima, várias cadeiras ao redor, uma com o espaldar um pouco maior do que as outras, Harry presumiu que Dumbledore a ocupava e não se enganou, o bruxo se sentou e indicou uma cadeira a Harry por perto, ao se sentar Harry reparou que mesmo sendo uma sala simples não deixava de ser suntuosa, Dumbledore falou interrompendo os pensamentos do garoto:



— Muito nobre sua atitude Harry, deixar o inimigo saber sua real posição é realmente muito nobre.



O bruxo fitou Harry esperando que ele falasse, mas Harry permaneceu calado e ele contiunuou:



— Creio que queira saber o que fiz para assegurar a segurança de Percy?



— Sim. - respondeu o garoto.



— Coloquei um pequeno feitiço na boca de Kreacher e ele só falará o final da profecia quando Percy Weasley estiver a salvo aqui na sede da ordem e nem Voldemort poderá quebrar esse feitiço.



Harry sorriu surpreso e Dumbledore voltou a falar:



— Harry eu também te chamei aqui porque quero que continue as aulas de Oclumência com o professor Snape.



O sorriso de Harry desapareceu com a mesma rapidez que apareceu e ele falou:



— Mas professor o professor Snape falou que não ia dar mais aulas para mim...



— Um problema que já foi contornado Harry e espero que compareça as aulas quando o professor Snape lhe informar o horário e pratique com esforço por favor.



— Está bem professor. - disse Harry conformado que não podia se livrar daquilo e ele não queria que Voldemort voltasse a invadir seus pensamentos, não quando Hermione estava neles, seria muito perigoso para a garota e ele já causara problemas demais as pessoas que ama por causa de Voldemort, perdera seu padrinho por isso, não querendo repetir a dose ele prometeu mentalmente a si mesmo não causar mal nenhum a qualquer pessoa que ele amava por causa dele, percebendo que a conversa já chegara ao fim ele disse:



— Posso ir então professor?



— Pode Harry. - respondeu Dumbledore pensativo.



Harry se levantou e se dirigiu a porta quando uma pergunta que ele formara em sua mente enquanto esperava Kreacher sair lhe veio a mente, ele olhou para Dumbledore e disse:



— Professor?



— Fale Harry. - respondeu o bruxo.



— Professor, Voldemort não é tão simples a ponto de usar esses métodos para conseguir o que quer, o senhor acha que há outra coisa por detrás disso tudo?



A desconfiança de Harry se confirmou quando o bruxo lhe respondeu:



— Com certeza Harry.



— Está bem. Então até Hogwarts professor. - disse o garoto sentindo um calafrio lhe percorrer a espinha ao pensar no assassino de seus pais e seus planos maléficos.



— Até Harry. - disse Dumbledore antes de Harry abrir a porta e sair.



O saguão de entrada estava vazio todos deviam ter voltado para cozinha concluiu o garoto antes de subir as escadas para ver como estava Rony.



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Gina, Neville e Luna estavam parados em frente a lareira enquanto Hermione se despedia dos pais.



— Não se esqueça de nos mandar cartas filha. - disse o Sr Granger dando um beijo e um abraço na filha.



— É Hermione e se alimente, você está muito magra querida, não queremos que fique doente. - disse a Sra. Granger repetindo os gestos do pai da garota, ela lhe deu um beijo e deu uma cesta para os garotos - pra vocês, bolo de milho fresquinho, obrigado por fazerem compania a Hermione nas férias.



— De nada Sra. Granger, muito obrigado - agradeceu os garotos.



— Bom então até mais garotos, temos que ir trabalhar. - disse o Sr. Granger.



— Tchau Sr. e Sra. Granger. - disseram os garotos.



— Tchau garotos. - disse a Sra. Granger saindo com o marido para trabalhar.



— Pronto estamos aqui. - disse Gina tirando do bolso um saquinho com pó de flu e um pedacinho de papel.



— Leiam isto. - disse Gina entregando o papel na mão de Luna que o leu com Neville.



" Grimald Place Nº12 - Aluado's Lobus"



— Bom já expliquei sobre isso a vocês, agora vá você primeiro Luna, diga a senha e Neville coloque esses livros no malão de Hermione, se chegarmos lá e eles verem isso com nós vão nos encher de perguntas.



Neville guardou os vários livros no malão de Hermione.



— Estão todos prontos? - perguntou Hermione.



Todos assentiram com a cabeça.



— Então vamos, já sabem, Harry e Rony não podem nem ter idéia do que estamos fazendo.



— Ok. - disseram Luna e Neville.



— Então vamos. - disse Gina e com vários estralos eles foram partindo um a um.

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