Reencontro com o Traidor - nor
Capítulo 3
Reencontro com o Traidor
Harry se levantou com a ajuda de Rony e retribui o sorriso para o garoto dando um abraço rápido.
— Cara tá tudo bem contigo, ficamos todos tão preocupados aqui, quer dizer eu fiquei preocupado e mamãe porque só estamos nós aqui...
— Cadê a Mione, o Fred, o George e a Gina? - perguntou Harry se limpando da fuligem da lareira.
Rony abriu a boca para responder quando Lupin saiu da lareira e disse:
— Rony por favor deixe-me sozinho com Harry, por favor, precisamos conversar.
Rony olhou para Harry confuso.
— Vamos Rony. - disse Tonks e abriu a porta para o garoto se retirar.
Rony disse:
— Depois nós conversamos Harry. - e saiu junto com Tonks.
Lupin deu a volta em uma escravinha sentou-se na cadeira da mesma e olhou para Harry e disse:
— Sente-se Harry.
Harry sentou-se na cadeira em frente a mesa e disse:
— O que houve Lupin, onde estamos?
— Antes de mais nada nós estamos na sede da Ordem da Fênix, agora com a permissão do Ministério da Magia podemos usar a rede de flu, mas o ministro ainda não tem conhecimento de onde ela fica, e Dumbledore não dirá onde fica a ele por nada nesse mundo.
— E então porque dissemos esse nome para vir pra cá, e não Grimald Place? - indagou o garoto.
— Essa é a senha que Dumbledore criou para ter acesso a casa, só os membros da ordem tem conhecimento. - respondeu Lupin ainda sério.
— Mas e o pessoal que cuida da rede de flu não tem a senha? - indagou Harry.
— Sim, somente aqueles que fazem parte da ordem.
Lupin olhou para ele sério.
— Por que você saiu de casa ao receber o aviso de Dumbledore? - perguntou Lupin acordando o garoto de seus pensamentos.
— Não pude ficar dentro de casa ouvindo tudo aquilo.
— Mas Harry você se arriscou demais - Harry viu por um momento aquela feição cansada normal de Lupin em seus olhos, só por um momento - você leu o que estava escrito no céu?
— Sim, mas havia uma criança gritando, foi mais forte que eu. - respondeu o garoto.
— Entendo, Dumbledore também pensou que isso pudesse acontecer por isso trouxe Fawkes que te salvou esta noite.
— Então foi ela - disse o garoto se lembrando da chave de portal e de Bellatrix Lestrange de pé apontando a varinha para ele - e Voldemort e os comensais onde estão, cadê a Bellatrix ela escapou?
— Sim, eles desaparatam depois que você foi salvo pela fênix, Bellatrix conseguiu te estuporar, mas antes de você cair Fawkes foi mais rápida.
— E os gigantes? - perguntou Harry.
— Eles foram mortos pela ordem infelizmente.
Harry sentiu uma pontada de tristeza e baixou os olhos.
— Era preciso, não tinhamos como leva-los para Azkaban vivos e o pessoal do ministério tinha que apagar logo as mentes dos trouxas que começaram aparecer, você tem lido o Profeta Diário?
— Não. - respondeu Harry sincero, ele estava triste demais para sequer pensar em ler o jornal nos últimos tempos.
— Pois deveria, o ministério está um caos, vários desaparecimentos na área dos trouxas, provalvelmente comensais praticando o que mais gostam, matar.
— Lupin... - disse Harry, mas calou-se.
— Você deve estar se perguntando por que eu estou tão sério não é? - o homem disse o que Harry
queria perguntar.
— Isso Lupin você está tão diferente que roupas são essas? E por que você está tão estranho?
Lupin suspirou e olhou para um ponto acima da cabeça de Harry, Harry olhou e viu atrás de si com uma pontada forte no estômago sobre o console da lareira um quadro de Sirius Black, mas esse era um quadro normal de trouxas apenas pintado e não se mexia.
— Sinto falta dele Harry.
— Eu também.
Lupin suspirou novamente e disse:
— Harry eu estou assim por que essa noite relembrei da noite em que seus pais morreram e da noite em que perdemos Sirius e quando vi você no céu, pensei que você também morreria, você devia saber que tudo aquilo fora para atrair você, como Voldemort fez em Junho. Harry eu já perdi quase todas as pessoas que realmente me amaram nesta vida, e eu não quero perder você.
— Você não vai me perder Lupin - Harry viu os olhos do bruxo cheios d'agua e se lembrou de Sirius a emoção quase o fez chorar também, o sorriso de Lupin se abriu pela primeira vez para o garoto.
— Sirius deixou sua herança para mim, e a sede da ordem era parte dela, ele foi um bom amigo, um irmão e até depois da morte se preocupou comigo e me titulou seu tutor também.
Harry surpreso abriu um sorriso, por isso a senha da lareira era Aluado's Lobus, Harry se achou um burro por não ter percebido antes, se fosse para pensar em alguém que realmente merecia receber a herança de Sirius era seu melhor amigo Remo Lupin que era tão pobre porque os outros bruxos não o aceitarem em trabalho nenhum por ele ser uma ameaça para todos, - não que Harry achasse isso - ele era um lobisomem.
— E quando eu me for eu deixarei tudo isso pra você.
O silêncio se abateu sobre o escritório.
— Você não irá morrer tão cedo Lupin e não quero herança nenhuma se você estiver comigo.
Eles sorriram.
— É melhor você ir Harry, Molly quer te ver.
Harry ia sair quando se lembrou de algo ou melhor de um berrador.
— Lupin eu ouvi você dizer a minha tia sobre o berrador de Dumbledore, é verdade que ela se recusou a receber meus pais em sua casa?
— Sim Harry é verdade, mas não os culpe, porque isso fora um plano de Dumbledore e mesmo que seus tios permitissem a estadia deles lá seu pai não iria, ele não gostava mesmo de sua tia Petúnia.
— Ah entendo, então até o jantar. - disse Harry se retirando.
— Até Harry. - respondeu Lupin.
Harry saiu deixando Lupin sozinho mergulhado em seus pensamentos. Ao sair olhou para porta ele já havia a visto antes, mas nunca tinha entrado lá, olhou pelo tão conhecido corredor da casa dos Black, desceu por uma escada e chegou até o corredor do quarto onde ele dormia, abriu a porta e encontrou Rony sentado, seu rosto estava muito vermelho e seus olhos olhavam uma foto, ele a escondeu quando percebeu Harry dentro do quarto.
— E aí cara? - disse o ruivo envergonhado, Harry sabia de quem era foto que ele estivera olhando.
— Tudo bem Rony, cadê o pessoal? - disse Harry se assentando na cama a frente de Rony.
— Bom o Fred e o George estão trabalhando na loja deles no Beco Diagonal e só vem pra cá a noite, e a Gina, a Gina tá na casa da Mione... quer dizer da Hermione.
Harry riu.
— Quando é que você vai dizer pra ela que gosta dela hein?
O ruivo corou violentamente, Harry riu de novo.
— Ah Harry para de rir, eu ainda não sei, talvez amanhã. - Harry parou de rir na mesma hora, sentiu uma pontada, e se arrependeu no mesmo momento de ter perguntado isso a Rony, amanhã, será que seu amigo teria coragem, mas não era isso que o estava incomodando e sim que depois que quase perdera sua melhor amiga Hermione Granger no episódio do ministério Harry começou a se preocupar com ela de um modo diferente que ele mesmo não queria confirmar, mas era ele Harry Potter estava começando a sentir algo por Hermione, Rony percebendo a cara do amigo perguntou:
— Se acha que é muito cedo pra falar?
Harry prefiriu analisar os sapatos.
— Não sei Rony, talvez acho melhor você esperar um pouco, ela pode ficar um pouco chocada demais, espera até ela chegar em Hogwarts e aí você pergunta.
Harry se arrependeu de novo de falar coisas desse tipo para Rony.
— Ah é deve ser melhor mesmo. - disse o amigo baixando a cabeça.
Harry ia voltar atrás e incentivar o amigo quando a campainhia tocou:
— Seus ratos imundo!!! Vergonha para os sangue puros!!! Mestiços e sangue ruins!!! Saiam da minha casa. - a voz da mãe de Sirius ecoou pela casa e Harry disse:
— Ainda não conseguiram tirar o quadro daquela velha da casa.
— É, ainda não - Rony que parecia triste havia se recuperado - vamos ver quem é, eu acho que é os pessoal da ordem voltando de Surrey, a Tonks falou que está tudo bem, mas quero ver papai e os meus irmãos, vamos.
— Vamos. - disse Harry deixando para incentivar Rony depois.
Eles desceram pelas escadas chegando ao saguão de entrada da casa, haviam muitos membros da ordem, alguns com os rosto levemente cortado outros com arranhões leves, Harry comprimentou o Sr. Weasley:
— Olá Sr. Weasley tudo bem?
— Olá Harry, noite cheia hein? - disse o bruxo com um corte nos lábios, parecia muito cansado.
O garoto ia responder quando sua boca quase foi ao chão quando ouviu Gui e a senhora Weasley conversar:
— Isso mesmo mamãe, eles disseram que Percy está com eles, Percy foi raptado mamãe.
A senhora Weasley pareceu que ia desmaiar, o Sr. Weasley disse:
— Preciso ir ver Molly, Harry com licença. - e saiu apressado atrás da bruxa que desabou ao lado do marido, ele olhou para o lado Rony estava branco como uma folha de papel, ele disse:
— Vamos Ron, vamos subir, vai ficar tudo bem. - ele mesmo não estava seguro disto ao ouvir as palavras sairem de sua boca.
— Harry eles levaram Percy, levaram Percy. - o menino estava prestes a desabar também e seus olhos estavam cheios d'água.
— Calma Rony, calma. - disse Harry, alguns membros da ordem passaram comprimentando-o, mas ele estava distraído olhando para Rony que desabou em seus braços, ele sentiu o peso do menino que conforme ficara mais alto ganhara bem mais peso, ficando bem mais forte, Harry vacilou ao peso do garoto a senhora Weasley apareceu do nada e levantou o menino, ela não estava chorando, mas estava prestes a faze-lo.
— Rony querido, vai ficar tudo bem, eles não vão matar Percy antes das exigências, eles prometeram. - ela estava lívida e tremia.
Harry pensou que ela estava dizendo aquilo para acalmar Rony, mas depois viu que os olhos da mulher diziam a verdade, ela se virou para Harry e disse:
— Ó Harry desculpe não te dar atenção, desculpe - disse ela dando um beijinho no garoto - por favor leve Rony para o quarto e faça ele dormir, ele esteve a noite inteira acordado com essa história de gigantes.
— Está bem Sra. Weasley. - e ele viu a mulher se retirar com o marido para a sala de reuniões da ordem, logo depois levou o amigo para o quarto que tinha levado um choque muito grande com a notícia e estava desnorteado. Ao chegar no quarto Rony se deitou e Harry ficou ali do lado do amigo vendo aquele rosto amedrontado olha-lo e disse:
— Tenho certeza que as coisas vão melhorar Rony, não fique assim, confie na ordem, eles vão salva-lo.
Rony olhou para Harry e falou:
— Percy era um idiota, mas é meu irmão Harry, papai enlouqueceria... Tinha horas em que ele era um tapado, mas ele é legal também, não posso ver ele morrer aqui parado, mamãe não aguentaria e eu também não.
— Já disse - falou Harry pegando na mão do amigo - vai ficar tudo bem, e se não ficar nós o faremos eu prometo.
Rony adormeceu depois ser confortado pelo amigo. Harry ficou velando o sono do amigo até amanhecer, ouviu passos e se levantou, a ordem tinha terminado a reunião, ele saiu e desceu as escadas, encontrou Carlinhos Weasley:
— Olá Carlinhos, O que vocês decidiram em relação ao Percy?
— Olá Harry - retribui o comprimento do garoto - Teremos que esperar as exigências deles, foi por isso também que Você-Sabe-Quem estava lá no lugar onde estava os gigantes, queria negociar, ele nos mandou uma carta ontem a noite informando que estava com Percy.
Harry seguiu Carlinhos até a cozinha pensando que exigências seriam essas, será que eles queriam Harry em troca de Percy, não, não era isso, Voldemort não era tão simples assim, ele sempre surpreendia a todos com planos inimáginaveis e Harry temeu só de pensar no próximo, mas também jurou que dessa vez ele não cairia, não dessa vez. Chegou a cozinha e encontrou o que não queria encontrar a Sra. Weasley finalmente havia desabado em lágrimas, chorava no ombro do marido, os gêmeos tinham acabado de chegar pela lareira e tentavam acalmar a mãe, Lupin também estava lá e disse:
— Molly você sabe que eles não vão tentar mata-lo, eles precisam dele para conseguir o que querem e tenho certeza de que vamos conseguir salva-lo.
— Tão ingênuo Lupin, e tão ambicioso, tenho medo Lupin... tenho medo... meu garotinho...
A campanhia tocou, todos olharam para fora da cozinha, o quadro da mãe de Sirius começou a berrar, Harry saiu acompanhado de Carlinhos para abrir a porta, Carlinhos abriu as trancas com rapidez era Olho-Tonto-Moddy, ele sorriu ao ver Harry e disse:
— Encontrei ele na praça em frente, acho que são as exigências.
Ele olhou para as mãos de Moddy e viu um trapo de vestes pequeno que o homem segurava e com mais calma percebeu que havia alguém envolto nas vestes, o trapo se mexeu e ele viu com um aperto no peito um rosto de alguém que ele tirara da cabeça por dias, e quase se esquecera dele, era Kreacher o elfo traidor.
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