Entreouvido e mal-entendido
Cap 8 – Entreouvido e Mal-entendido
#Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, 4 meses e meio depois#
Pansy caminhava em direção à biblioteca, ouvindo seu mp3. Tinha uma pesquisa de Herbologia sobre a Rosa Diabólica Real, originária da Suécia.
Era uma rosa branca altamente tóxica, mas tratadas corretamente, suas pétalas serviam para curar varíola dragonina.
Ouvia Guns n’ Roses, e bem na parte que mais gostava de Don’t Cry (“Baby, maybe someday”), seu mp3 desligou. A garota o pegou do bolso e viu que a bateria tinha acabado. Tirou os fones e continuou seu caminho até que ouviu a voz de Harry, vinda de uma das salas. Ele conversava com Draco e Blaise e, antes da garota decidir se devia ou não dizer um “oi”, ouviu Harry falar uma coisa que a deixou intrigada:
-Eu não sei qual é o problema! Ela tá horrível, impossível. Cada vez pior.
-Por isso eu nunca quis uma dessas. Costuma ser boa no começo mas depois só dá dor de cabeça. – disse Blaise.
-Mas ela é linda, dá o maior status passear com ela, todo mundo olha.
-Draco, de que adianta todo mundo olhar se ela me deixar na mão?
“O quê?”, pensou a garota. “Mas... do que ele tá falando? Ou de quem?...”
-E o pior – continuou Harry – é que eu tava pensando em viajar com ela nas férias. A gente e uma mochila nas costas. Mas se continuar assim, vou ter que mudar de planos. Seremos só a mochila e eu, ela fica.
-Mas não tem como você dar um jeito? – perguntou Draco.
-Que jeito? Eu não sei mais o que fazer. Já tentei tudo, mas ela é... temperamental, sabe? Uma hora ela tá boa, de repente, já fica horrível, assim, do nada. Eu já tô quase desistindo.
Pansy, do lado de fora da sala, se controlava para não explodir a porta. “Como é possível que esses... retardados falem assim DE MIM?!” A garota correu dali, louca de raiva e acabou perdendo o fim da conversa:
-Cara, o que você tem que fazer – disse Blaise – é procurar um especialista. Harley é moto antiga, não é qualquer um que sabe mexer.
-Eu sei, disse isso pro meu pai, - respondeu Harry – mas ele é teimoso. Resolveu fuçar no motor e deu nisso. A moto tá toda desregulada, bebendo litros de gasolina. Tô procurando uma boa oficina, mas enquanto não achar, vou ter que deixá-la encostada.
-Eu ainda não acredito que você ganhou uma Harley-Davidson toda original de presente de Natal! – disse Draco – Manda pro conserto logo que eu dar umas voltas nela.
Os três ficaram conversando, alheios à tremenda confusão que o assunto causara. Cerca de meia hora depois, eles se dirigiram ao Salão Principal para almoçar.
Lá, já se encontrava Pansy, que contava a Gina e Luna tudo o que ouvira:
-Vocês tinham que estar lá. Ele tava acabando comigo!
-Tem certeza que ele tava falando de você?
-Gina, se você conhecer alguma outra ‘ela’ que saia com o Harry, me avisa. Porque aí, ele não estaria sendo um falso e sim um traidor! O que dá na mesma!!
Gina e Luna não conseguiram quebrar aquela lógica, então preferiram ficar caladas, pensando se seus pares também achavam isso delas:
“Será que o Draco também pensa isso de mim?... Não, a gente se adora...”
“Se o Blaise estiver falando essas coisas de mim, eu encolho a cabeça dele de novo! E aproveito pra encolher outras coisinhas também...”, pensava Luna com um sorrisinho malicioso .
Pansy, por sua vez, absolutamente convencida de que Harry era um canalha e que não prestava, estava perdida em delírios sádicos, onde via o garoto preso a uma mesa de tortura com os braços e pernas amarrados e sendo puxados em direções opostas. Ele gritava de dor enquanto ela dava gargalhadas malignas.
Os três amigos chegaram ao salão e se dirigiram à mesa da Corvinal, onde as meninas estavam. Quando os viu, Pansy cruzou os braços e fechou a cara, o que não passou despercebido aos rapazes.
-Algo errado? – perguntou Harry.
-Me diz você. – respondeu Pansy.
-Não, pra mim tá tudo bem...
Ela simplesmente deu de ombros, para total confusão deles. Blaise dirigiu um olhar interrogativo à Luna, que balançou a cabeça discretamente, indicando que não iria falar sobre o assunto.
-Blaise, se você quiser saber qual é o problema, pergunta pra mim!! – disse Pansy, num tom zangado.
-Tá. Qual é o problema?
-Pergunta pro seu amiguinho! Ele sabe muito bem!
-Mas você disse...
-Deixa, Blaise. – sussurrou Luna – Depois eu explico.
-Mas agora eu quero saber. – disse Harry – Quê que você tem? É TPM?
Gina e Luna fizeram um barulhinho como o de uma chama quando é apagada com água (N/a: vocês sabem : tssssss), indicando que Harry tinha falado besteira. Pansy respirou fundo antes de responder:
-Você já me viu de TPM? Você não sabe como eu fico quando tô de TPM! Se eu tivesse de TPM, você já estaria INCONSCIENTE!!! – respondeu a garota, levantando e debruçando-se gradativamente sobre a mesa e fazendo Harry se curvar para trás. – Então não diga que eu tô de TPM, ENTENDEU?
-Calma, eu só quero saber o que aconteceu.
-Você não faz idéia de que eu tava ouvindo, né?
-Ouvindo o quê?
A essa altura, o Salão inteiro já prestava atenção ao que acontecia na mesa da Corvinal. Mas Pansy nem se importava, tudo o que queria era ferir Harry para que ele se sentisse tão magoado quanto ela. A enorme raiva que sentia era alimentada pela mágoa de ser enganada por uma das pessoas em que mais confiava.
-Tá, pode ser que você tenha ouvido alguém falar de você, mas não fui eu! – disse Harry.
-Eu reconheci a sua voz. Mas quer saber, isso não importa mais. – disse Pansy, com um tom indiferente e uma expressão pretensiosa no rosto, que escondiam seus verdadeiros sentimentos – Harry, eu cansei de você. – e saiu em direção aos jardins.
O garoto se sentiu aturdido, como se tivesse levado um soco. Como assim, ela se cansara dele? Parecia que as palavras de Pansy tinham entrado e estacionado bem no meio do seu cérebro.
-Harry, não fica aí parado! Vai atrás dela! – disse Blaise, tirando-o do torpor em que se encontrava. Ele correu atrás da garota, sem dizer uma palavra.
-Será que eles se acertam? – perguntou Blaise.
-Acho difícil. Conheço a Pansy, ela tá muito magoada. – disse Luna.
-Ela vai contar tudo. – acrescentou Gina.
-Se a Pansy fizer isso, o Harry vai contar também. A briga vai ser feia.
-Não haveria briga nenhuma se o Harry não tivesse falado mal dela. – disse a ruiva a Draco –A culpa é dele.
-Que história é essa, afinal? A gente não tá entendendo nada!
-Draco, a Pansy disse que ouviu vocês três falarem mal de alguém, só que não citaram nomes. Só diziam ‘ela’.
-E quando foi isso? – perguntou Blaise, começando a compreender.
-Há uma meia-hora. – respondeu Luna.
-Ah, entendi! Loony, não estávamos falando da Pansy, e sim, de uma moto que o Harry ganhou de Natal.
-Mas ela disse que o Harry planeja uma viagem e que se ela continuasse assim, ele ia deixá-la. – disse Gina.
-É, ia deixar a moto. – contou Draco – É uma moto antiga, Harley-Davidson, toda original. Precisa de uns reparos e o pai dele tentou consertar.
-E acabou desregulando o motor. Por isso, o Harry disse que ‘ela’, a moto, estava horrível e tudo mais. – completou Blaise.
-Ai meu Deus! Essa confusão toda por causa de um mal-entendido? Isso é terrível! – disse Luna. –Será que dá pra fazermos alguma coisa pra impedir que eles briguem?
-A essa altura, já estão brigando, Luna. – disse Gina, séria. – Eles são muito complicados! Quero dizer, nós não temos esses problemas!
-Ainda bem. – disse Blaise, beijando sua namorada.
Gina suspirou e disse:
-Não se agarrem muito não, que daqui a pouco temos aula, Luna. – a loura meramente fez um sinal positivo com o polegar.
-Ruiva, eu queria te perguntar uma coisa. – disse Draco.
-Fala.
-A gente tá namorando?
-Não sei.
-Você quer namorar?
-Pode ser. Mas agora eu tenho que ir, tá na hora da aula.
-Então, me dá um beijo.
Os dois se beijaram longa e apaixonadamente. Quando se afastaram, Gina disse:
-Esse deve ter sido o pedido de namoro mais estranho da História da humanidade.
-Mas funcionou. – respondeu o louro, sorrindo.
-Só acho que você demorou muito pra pedir... Se eu tivesse que esperar mais, acho que desistia... – disse a ruiva, fazendo um charminho.
-Desistia de mim?! Você teria coragem de me abandonar? – respondeu Draco, num tom excessivamente dramático.
-Não, eu desistiria de esperar. E aí, tomaria a iniciativa.
-Que menina moderna! Teria coragem de me pedir em namoro?
-Claro... – e beijou-o novamente, antes de se afastar e dizer: – Agora eu tenho que ir mesmo, senão me atraso.
-A gente se encontra no jantar?
-Eu não deixaria meu namorado esperando. Vamos, Luna, tá na hora!
A loura desgrudou de Blaise e as duas se despediram, antes de dirigirem-se rapidamente à sala de Feitiços.
Os rapazes continuaram no Salão, perdidos em pensamentos, até que Blaise perguntou:
-A gente tem aula agora?
-Não sei, deixa eu ver. – Draco pegou um papel meio amassado de um bolso da mochila, e consultou o horário: – Caraca, aula da Minerva! Vam’ bora!!
Os dois correram para a sala, enquanto pensavam na bronca que receberiam pelo atraso.
Enquanto isso, nos jardins, Harry e Pansy colocavam as cartas na mesa.
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N/a: O que vocês acharam? Adoro o Draco e a Gina, que pedido de namoro esse, né? E a Pansy, sádica como ela só... Mas atire a primeira pena-de-repetição-rápida quem NUNCA sentiu tanta raiva de alguém...
E como será a conversa entre Harry e Pansy? A resposta estará no próximo cap: Falando a Verdade.
Passem na mh songfic: Call me when you're sober. Digam o q vcs acharam.
Ah, posso pedir uma favorzinho? Qnd comentarem [e eu espero sinceramente q vcs façam isso], enviem o coment. É só marcar a caixinha do lado da área do coment. Pode ser? Vlw.
E só pra esclarecer, akela ameacinha básica no nome da fic pode ser pra valer... Ou talvez, ñ seja... Vai querer arriscar? Vou facilitar o trabalho de vcs: é só copiar a frase a seguir e colar na caixa de texto do comentário----> ------> Achei essa fic legal. [pouco estusiasmado, mas vc pode editá-lo como quiser]
Quem comentar ganha cartão virtual!!!
Bjão, povo!!!
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