As raparigas.



Assim que adormeceu Harry viu-se num sonho muito esquisito, estava numa sala onde estavam três raparigas com os trajes de Hogwarts mas Harry não as conhecia. Também na sala estavam uns dez rapazes a rodear as raparigas, as três raparigas no ponto de vista de Harry eram extremamente bonitas. Quando uma delas se afastou do grupo e veio ter com ele beijando-lhe a face, quando Harry sentiu aquele beijo caiu num redemoinho e nas paredes apareceram caras de Voldemort a dizerem Avada Kedavra. Harry acordou sem perceber nada, resolveu tentar adormecer.
Na manhã seguinte, ainda sentia o suor na sua testa vestiu-se rapidamente para descer para o pequeno-almoço. Harry deu os bons dias e sentou-se no seu lugar a matutar no seu sonho, quando a Hermione lhe perguntou o que se passava a que Harry respondeu:
– Nada, foi só um sonho estranho mais nada. – Hermione fez uma cara de preocupada e disse:
– Conta para caso necessário te ajudarmos, não te lembras do quarto e do quinto ano.
– Foi um sonho estranho, eu estava numa sala onde estavam cerca de dez rapazes a rodear três raparigas que eram extremamente bonitas. – Ginny nesta altura fez de conta que o assunto não lhe interessava mantendo uma postura abstraída enquanto o Ron dizia que só ele não tinha sonhos daqueles, depois desta pausa Harry continuou – O mais estranho é que elas tinham trajes de Hogwarts mas eu nunca as vi lá, depois uma delas veio ter comigo e beijou-me a face é aqui que esta a parte estranha quando ela me beijou, eu cai num redemoinho onde as paredes eram feitas com caras de Voldemort e disseram todas Avada Kedrabra. O que achas Hermione?
Harry estava tão concentrado a contar o seu sonho que nem reparou como ficaram todos após ele dizer Voldemort. Hermione recompôs-se rapidamente e respondeu a Harry:
– Eu acho que devias avisar o Lupin, pode ser só um sonho mas também pode ser realidade, o melhor que podemos fazer é esperar e ver se essas raparigas existem.
– Harry se essas raparigas existirem fala comigo e eu faço o sacrifício de me tornar seu amigo. Dos detalhes como é que elas eram? – Perguntou o George com ironia.
– Elas eram bonitas, melhor dizendo eram extremamente bonitas daquelas que tu dizes que não há em Hogwarts. A que veio ter comigo era mais o menos da minha altura, o cabelo era escuro, os olhos eram verdes – Harry após isto parou para pensar e acabou por dizer – como os meus, iguaizinhos, as outras não vi bem mas também eram bem bonitas.
– Para concluir elas eram umas gatinhas!– Disse o Fred como se a conversa tivesse a ir para onde ele queria.
– Sim podemos concluir que sim. – Mal Harry diz que sim uma coruja entra na cozinha e vai ter com ele estendendo-lhe a pata de onde ele tira uma carta.

Harry,

Não te preocupes com o meu atraso é que eu estou na casa de uma amiga que acho que a vais conhecer este ano. Tive uns pequenos problemas e tive de recorrer a uns antigos amigos que os teus pais também conheciam bem. Sei que estás na casa do Ron, se bem que a carta que me enviaste a dize-lo ainda não chegou, mas por estares na casa de feiticeiros não te sintas mais seguro. Tenho estado a trabalhar com a minha amiga (desculpa não te revelar o seu nome mas ela não quer que saibas quem ela é) só te posso assegurar que ela é uma óptima feiticeira vais aprender muito com ela.

Cuida de ti
Lupin.

PS: Ela disse-me que vais ter um sonho esquisito com Voldemort não te preocupes!


Após ler a carta em voz alta olhou para a Hermione e disse:
– Ele esta em tua casa? E como sabias do sonho?
– Obrigado por me achares uma óptima feiticeira mas não achas que eu te diria se eu soubesse do Lupin. E mais, vais conhecer a amiga dele este ano e a mim já me conheces a seis anos.
– Nã’ precisas ficar chateada Hermione o Harry só pensou em ti porque és uma boa feiticeira. Mas se não és tu quem será? Não vai haver novos profes só pode ser talvez uma aluna mas… – Ron parou deixando todos intrigados até que a Ginny perdeu a paciência e disse:
– Mas o quê, Ron desembucha?!
– OK se for aluna vai andar no primeiro ano e não pode ser assim tão boa feiticeira, não acham?
Toda a gente concordou com a observação do Ron, todos menos a Hermione que disse que não sabia se em Hogwarts se podia fazer só alguns anos. Os dias que se passaram foram calmos e Harry já quase tinha esquecido o assunto, tinham ido fazer as compras escolares e estavam prestes a partir para Londres mais precisamente para a plataforma 9 ¾ onde se despediram de Mr. e Mrs. Weasley.
No comboio Harry, Ron, Hermione e Ginny sentaram-se no mesmo compartimento onde jogaram um novo jogo, o UNO dos feiticeiros. A meio da viagem a Hermione e Ron tiveram que ir para a carruagem dos outros chefes de turma mas mesmo assim sempre que podiam iam ter com os amigos. Já vestidos e prontos para sair são avistados por Malfoy e os seus capangas, que vieram mais uma vez ter com Harry para assegurar que ele não se tinha esquecido que todos os Devoradores da Morte tinham fugido que deixou Harry extremamente enervado. Mas ia para o castelo que continuava magnífico, numa noite sem chuva mas ventosa Harry viu os alunos do primeiro ano a caminharem para os barcos guiados pelo gigante Hagrid.
Já estavam todos dentro de uma das carruagens quando o Ron disse entre dentes:
– Aquele Malfoy veio logo vangloriar-se da fuga do pai da prisão. O que vale é que vamos conhecer a amiga do Lupin esta noite. – Harry nem se lembrava também as férias tinham sido espectaculares por isso só disse:
– Espero que sim é bom que ela me dê mais notícias sobre o Lupin.
Mal entrou Harry ouviu chamar o seu nome, era a professora McGonagall que do cimo das escadas gritava a plenos pulmões para ser ouvida através do barulho que faziam o amontoado de alunos que ali se encontrava.
– Vou ter com vocês a mesa assim que falar com a professora. – Dizia Harry enquanto ia ao encontro da professora MacGonagall. Assim que chegou perto desta ela mandou-o segui-la, Harry obedeceu silenciosamente enquanto pensava em possíveis asneiras que podia ter feito na entrada de Hogwarts mas não lhe vinha nada à memória. Estava no gabinete da professora sentado a olhar para ela quando resolveu quebrar o silêncio que caía sobre eles.
– Professora porque que me chamou, que me lembre não fiz nada e… – Aqui Harry foi interrompido pela professora que afirmou:
– Que tu não fizeste nada eu sei. E também sei que não fizeste nada para conseguir novos jogadores para a equipa de Quidditch. Estou certa Potter não estou?! – Harry engoliu em seco, tinha se esquecido completamente, ele não tinha jogadores para a equipa. A julgar pelo seu silêncio a professora disse de forma mais calma:
– Harry só te posso pedir que hoje ouças com atenção todo o que for dito no jantar de apresentação, por favor faz-me isso e não te arrependeras.
Mal saiu da sala Harry correu para o salão tinha que ouvir tudo, quando chegou estava a ser chamado o último aluno para ser seleccionado. Harry foi sentar-se entre Ron e Hermione, contou-lhes rapidamente o que se tinha passado. A professora McGonagall tinha se levantado o logo se instalou o silêncio no salão.
– Estamos prontos para mais um ano, e este ano pela primeira vez não há novos objectos proibidos na lista, também acho que já lá estão todos. Este ano temos coisas melhores, em primeiro lugar quero apresentar vos o Neill, a Emma, a Hilda e a Zelda. – Nessa altura todos os olharas se voltaram para a porta do salão onde estavam quatro pessoas que começaram a caminhar lentamente para a mesa dos professores enquanto conversavam de forma animada. As raparigas, Harry conhecia aquelas raparigas de qualquer lado, mas de onde não se lembrava. McGonagall retomou o seu discurso assim que os novos alunos chegaram a mesa.
– Agora eles vão apresentar-se e depois vão para a mesa da equipa para a qual foram seleccionados, os Gryffindor. – Chegou-se à frente uma das raparigas que era alta de cabelos negros e olhos negros.
– Chamo-me Hilda tenho 17 aninhos, vim juntamente com eles de Durmstrang e sou beater. Para finalizar sou solteira e boa rapariga. – Mal ela terminou a frase apareceu uma auréola na sua cabeça o que fez com que os colegas dela se rissem. A Hilda ficou a beira dos amigos e logo a seguir outra rapariga se apresentou esta era fisicamente parecido com a Hilda mas talvez um pouco mais baixa.
– Chamo-me Zelda também tenho 17 anos e também sou beater. Não vou finalizar da mesma forma que a Hilda porque vocês não tem nada que saber a minha situação civil.
Após ter falado virou-se para trás e os quatro começaram a falar baixo até que a Hilda se virou novamente para as mesas dos alunos e começou agora com um sorriso no canto da boca.
– Eu agora vou apresentar o meu querido irmãozinho que se chama Neill tem 16 anos e foi no ano passado considerado o melhor chaser de toda a escola. Não é por ser meu irmão mas meninas ele é lindo é claro que os genes que eram melhores foram usados em mim mas mesmo assim ele não é nada mau. – Terminou a Hilda passando a palavra a Zelda:
– Como vamos começar ela chama-se Emma tem 17 anos, como vocês vêem é de estatura média de cabelo negro e olhos verdes. Extremamente rica tanto no mundo dos feiticeiros como no mundo dos muggles, de pai muggle e mãe bruxa a Emma era a melhor aluna da turma e da escola. Também jogava Quidditch e foi considerada a melhor keeper que alguma vez passou por Durmstrang. Acho que disse tudo! À rapazes podem perder as vossas esperanças pois esta menina já tem namorado que é muito ciumento por isso se não querem ter novas partes no vosso corpo afastem-se dela.
Depois de apresentar os colegas a Hilda e a Zelda vieram rapidamente para a mesa dos Gryffindor e começaram a conversar animadamente com o Neville, enquanto a Emma que estava com o Neill à beira da mesa dos professores começava a falar. A sua voz era calma e lenta, Harry até achou a sua voz parecida com a do professor Dumbledore:
– Caros colegas peço-vos encarecidamente que nunca mas mesmo nunca... – A Emma não acabou a sua frase porque nesta altura ouve uma explosão na boca do Neville que fez com que a sua língua voasse para o prato da Pansi Parkinson, que começou histericamente a gritar. A Emma veio a correr e depois de se por de joelhos em frente do Neville começou a falar-lhe com a mesma voz calma:
– O que te vou fazer é muito simples, eu vou colar a tua língua de volta. No fim podes ver que vai ficar como estava. – Virando-se para o Neill disse com um sorriso no canto da boca:
– A tua irmã passou todos os limites possíveis e imaginários, por favor Neill passa-me a língua do Neville que está no prato da Pansi.
Naquela altura Harry não percebeu como a Emma sabia os nomes dos colegas. Afinal ela não os conhecia, era o seu primeiro ano em Hogwarts mas não teve muito tempo para pensar porque nessa altura o Neill tinha elevado a mão e estava a chamar a língua que obedeceu e veio a voar até a sua mão ficando elevada a poucos centímetros dela. A Emma já estava com a sua varinha na mão pronta para fazer o seu feitiço. Não se ouvia nada no salão o silêncio era total, todos os alunos e professores olhavam para a língua do Neville que estava a ligar-se às peles que se encontravam na boca. A Emma enquanto se levantava só disse:
– Está como nova Neville mas agradecia-te que falasses qualquer coisa para ver se está tudo bem.
O Neville superou o choque e disse numa voz apagada:
– Obrigado.
– Bem podias ter dito mais qualquer coisa! – Disse a Zelda enquanto tentava fugir do olhar fulminante que a Emma lhe estava a mandar.
– Com esta demonstração já sabem o que eu queria dizer, por isso acho que o melhor era jantarmos, não concorda professora McGonagall? – Harry não podia estar mais de acordo com a Emma pois a fome já começava a apertar, por isso mal o professor anuiu as mesas rangeram com o peso da comida e os alunos atiraram-se ferozmente a ela.
A meio do jantar o Malfoy saiu da sua mesa aproximando-se da Emma com um sorriso no canto da boca.
– Permita-me que me apresente, o meu nome é Draco Malfoy. E se precisar eu posso indicar-lhe as melhores famílias para te dares com as melhores pessoas.
– Draco significa dragão em latim se bem que de dragão tens pouco. Pareces mais uma doninha fedorenta. Agradeço a tua falsa amizade já que tu só estás interessando na minha fortuna visto que a tua família está falida, por causa das escolhas do teu pai. Não preciso da tua ajuda para escolher os meus amigos. Mas obrigado na mesma! – O Malfoy estava vermelho de raiva pois nunca tinha sido tão humilhado e a única coisa que conseguiu dizer foi:
– Tu és igualzinha a Granger, uma sangue de lama convencida. – Tinha ido longe de mais. O Neill, a Hilda e a Zelda levantaram-se com a varinha na mão e tanto Harry como o Ron estavam prontos a fazer o mesmo mas quem falou foi a Emma com a mesma voz calma desta vez também ela estava de pé virada para o Malfoy.
– Malfoy é bom que a partir deste momento sempre que decidires falar comigo e com a Hermione meças cada palavra com muito cuidado. Sou uma sangue de lama e tenho muito orgulho nos pais que tenho porque ao contrário dos teus os meus não se venderam ao Lord Voldemort, na verdade a minha mãe até morreu por estar contra ele. E mais uma coisa Malfoy, até eu acabar de comer tu vais pensar o porquê das vacas serem ruminantes. – Dito isto a Emma transfigurou o Malfoy numa vaca e sentou-se no seu lugar como se nada tivesse acontecido.
A Professora McGonagall não fez nada para evitar o sucedido, até se podia afirmar que ela estava feliz por alguém ter feito frente aos Malfoy. Quando a última migalha de comida foi limpa dos pratos a Emma levantou-se e com um movimento rápido quebrou o seu feitiço deixando o Malfoy como era antes.
– Eu sei que alguns de vocês devem estar a questionar-se. Porque se estiveram atentos eu disse os nomes de várias pessoas e nunca foi formalmente apresentada a nenhuma delas. – Dito isto a Emma, o Neill, a Hilda e a Zelda foram para perto da mesa dos professores. Harry já se tinha questionado a esse respeito mas depois de uma refeição como aquela nada o podia incomodar, por isso esqueceu qualquer dúvida que podesse ter.
– Uma das novas mudanças que a escola vai ter este ano e posso vos assegurar que é boa é a formação de um grupo chefiado por estes quatro colegas. – Disse a professora McGonagall, passando a palavra a Emma que prossegui com a mesma voz calma.
– Em Durmstrang nós tínhamos uma disciplina onde estudávamos Oclumância e Legilionância. – Mal a Emma acabou a sua frase vários alunos adoptaram uma cara de espanto e de dúvida por isso avançou o Neill. – Sei que muitos de vós não sabe o que é Oclumância e Legilionância. A Oclumância é o ramo da magia que abrange a defesa da mente aos ataques externos e a Legilionância é o ramo da magia que abrange o ataque que a nossa mente pode fazer a outras mentes. Um mestre em Oclumância e Legilionância pode saber todo o que quer a nosso respeito e ainda nos pode induzir em erro em certas questões. – Prossegui a Emma. – Vocês tem nas vossas salas de equipa uma folha de papiro, quem se quiser inscrever neste grupo só precisa de escrever o vosso nome, o vosso ano e a vossa equipa. Dentro de uma semana nessas folhas vão aparecer os alunos que vão frequentar as aulas.
A Professora McGonagall para não alongar mais as coisas mandou todos os alunos para as respectivas salas.

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