O melhor aniversário.
Quando Harry entrou na cozinha já os três Dursleys estavam a mesa. Harry desde que tinha vindo de férias era tratado como se não existisse mas nessa manhã pela primeira vez os tios falaram-lhe e da pior maneira. Pois quando estavam a mesa uma coruja que Harry conhecia bem entrou pela janela da cozinha numa entrada vertiginosa, depositando a frente de Harry uma carta.
A coruja era Hermes a coruja de Percy que voltou a sair pela janela e o tio perguntou-lhe secamente:
– De quem é?
– É do meu amigo Ron. – Respondeu rispidamente Harry não gostando da curiosidade do tio.
– Diz ao teu amigo que a minha casa não é nenhum celeiro e tu se queres receber cartas é no teu quarto, não na cozinha nem na sala, entendido? – Disse o tio quase a gritar.
– O que quer ele? – Perguntou a tia Petunia que até agora tinha estado extremamente calada.
Harry abriu a carta e leu com dificuldade os gatafunhos do amigo.
Caro Harry,
Os meus pais estiveram a pensar e decidiram perguntar-te se queres vir passar o resto das férias cá casa. Se quiseres vamos buscar-te hoje as três horas da tarde. A Hermione também vem os pais vão viajar mas ela preferiu ficar cá, vem para minha casa amanhã. Os Muggles tem te chateado muito no começo das férias? Por cá as coisas estão na mesma o Percy está sempre a falar de trabalho, o Fred e o George os mesmos só pensão em brincadeiras mágicas e a Ginny a mesma fala-barato.
Até breve,
Ron.
Depois de ler Harry vira-se para o tio Vernon e diz-lhe muito calmamente:
– Estão a convidar me para ir para a casa deles passar o resto das férias, eu aceito e vocês deixam-me ir?
A tia Petunia olhou para o tio Vernon que disse:
– A que horas é que te vem buscar, pois não espero como da outra vez.
– Eles vêm buscar-me as três horas.
Foi a última coisa que Harry disse antes de se levantar da mesa e sair da cozinha, mas não aguentou tanta euforia e no cimo das escadas deu dois saltos de satisfação. Harry mal chegou ao quarto escreveu uma carta à única pessoa da Ordem com quem mantinha contacto, o seu antigo professor de defesa contra as artes negras o Remus Lupin, ainda não tinha recebido a resposta da última carta mas mesmo assim resolveu avisar sobre a sua partida:
Lupin,
Não sei o que se passa para não me responderes a última carta. Só espero que esteja tudo bem, eu só te escrevo esta para avisar que vou passar as férias a casa do meu amigo Ron. Espero pela tua resposta e que seja o mais rápido que tu poderes.
Responde rápido,
Harry.
Enviou a carta na perna da Hedwig e ficou a vê-la partir pela janela. O dia parecia muito grande o relógio nunca mais andava, as horas passavam devagar, as duas horas já a mala de Harry estava na sala pronta para sair. O Dudley preferiu ficar no quarto a vir receber as visitas pois ainda estavam frescas na sua memória os incidentes da última visita mágica que recebeu, o tio Vernon olhava fixamente a lareira, a tia Petunia estava na cozinha fingindo lavar a loiça. Pouco depois das duas horas e meia a campainha da porta toca, o tio foi abrir, Harry ouviu a sua voz na sala:
– Boa tarde – e a outra voz que Harry conheceu logo como sendo a voz de Mr.Weasley respondeu:
– Boa tarde, viemos buscar o Harry!
Harry dá por si a correr para a porta, vendo o Mr.Weasley o seu grande amigo Ron os gémeos Fred e George e no meio dos dois estava a Ginny, que ficou extremamente corada quando viu que Harry olhava para ela. Harry aproximou-se eles para os cumprimentar:
– Boa tarde Mr.Weasley – disse estendendo a mão para o cumprimentar dando depois um leve piscar de olho para os restantes. Só depois disso é que Harry viu o carro que estava a frente da casa do tio Vernon um carro dos antigos que só os coleccionadores muito ricos têm. Harry apostaria todos os seus galeões em como o tio Vernon se estava a morder de inveja, mas mesmo assim tratou-os rudemente:
– O Harry vai buscar a mala e já vai ter com vocês ao carro e eu vou ter que ir rever uns documentos por isso não esperem que eu me venha despedir! – Foi a última coisa que o tio disse antes de virar costas e ir-se embora.
– Harry é melhor ires buscar a mala, nós esperamos aqui a porta. – Disse amavelmente Mr.Weasley.
Harry não gostou da forma como o tio falou, mas achou melhor fazer o que o Mr.Weasley lhe tinha mandado. Quando ia de mala para o carro é que se apercebeu que quem ia conduzir era o Mr.Weasley, ao seu lado ia o George e a traz iam o Fred, o Ron, o Harry e por fim a Ginny. A viagem até “A Toca” correu sem problemas, foram toda a viagem a conversar Harry reparou que a Ginny estava muito vermelha mas já era sabido por todos que ela gostava dele desde a primeira vez que eles se viram, desde que terminaram o seu repentino namoro ela tentou evita-lo a todo o custo.
Na Toca estava tudo igual desde a última vez que Harry lá tinha estado a relva do que os Weasleys chamavam jardim toda desalinhada e extremamente grande, a casa torta que perecia que ia cair a qualquer momento e mesmo no seu interior estava todo na mesma. Foi com o Ron para o quarto pousar as suas malas, na gaiola estava como sempre a ruidosa Pig. Harry sentou-se na cama e disse:
– O Lupin ainda não respondeu a carta que lhe enviei a quase um mês, será que aconteceu alguma coisa?
– Nã’ vais ver que não lhe aconteceu nada e imagina se tivesse acontecido alguma coisa o Ministério já tinha avisado.
Durante o resto da tarde Harry e Ron foram ver e ajudar Fred e George a preparar a nova invenção. Á hora de jantar Harry agradeceu a Mrs.Weasley e ao Mr.Weasley:
– Obrigado por me aturarem por mais umas férias.
– Harry, aturar-te?! Tu que te portas melhor que qualquer um dos meus filhos.
Assim que Mrs.Weasley acabou de falar, os gémeos com a ajuda de Ron imitaram uma tosse extremamente ruidosa. Depois do jantar todos foram dormir mas antes combinaram que no dia seguinte os rapazes iam todo o dia para o monte jogar Quidditch.
O tempo estava completamente magnifico, Harry e os seus amigos jogaram Quidditch e conversaram durante todo o dia. Pensaram em como estragar a vida ao eterno rival de Harry e da família Weasley, Lucius Malfoy e o seu adorável filho Draco que de adorável não tem nada. Quando já passava das seis horas da tarde os quatro amigos decidiram ir para casa, Harry achava mesmo que aquele aniversário era sem duvida o melhor da sua vida. Estavam a entrar no jardim quando Harry reparou que não havia qualquer movimento na casa, mas mesmo assim não disse nada.
Assim que entraram Harry viu a mesa da cozinha cheia de bolos e ao lado da mesa estavam: Mr. e Mrs.Weasley, Percy e a sua namorada Penélope Clearwater, Hermione e por fim a Ginny que começaram a cantar os parabéns a Harry.
No fim de cantarem os parabéns a Harry a família Weasley e os seus amigos entregaram presentes, deixando Harry extremamente feliz. Enquanto recebia presentes, o aniversariante agradecia e deu um beijo na face mas isto só fez às senhoras, claro! Tudo correu bem até Harry ter que beijar a Ginny, os sentimentos ainda estavam bem marcados em ambos e embora nenhum o quisesse demonstrar estar juntos era-lhes doloroso.
– O quê que eu fiz? – Harry fez esta pergunta numa voz rouca no ouvido de Ginny enquanto lhe dava o beijo por qual tanto ansiava mas ela não lhe soube responder. Harry tinha razão aquele aniversario foi o melhor da sua vida.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!