Ligações Perigosas
CAP 19. LIGAÇÕES PERIGOSAS
Quando Andi abriu os olhos estava sozinha, mas ainda sentia a cama
morna – ele provavelmente acabara de se levantar.
Uma leve luminosidade podia ser percebida através da porta de entrada do cômodo principal.
Deixando a cama, Andi pegou o seu vestido – a única coisa disponível para cobrir o seu corpo – e deixou o quarto.
Snape estava sentado numa cadeira próxima à lareira, com um cobertor em torno de seus ombros. Ele olhava fixamente para a fraca chama, e o coração de Andi pareceu desacelerar quando leu a sua expressão.
Sua mente está lhe dominando novamente, Professor?
- Severo?
Ele a olhou de relance.
- Seria um pouco fetichista chamá-lo de “Professor” agora, você não acha? – Sorriu, tentando, sem muita esperança, melhorar o seu humor.
Ele continuou em silêncio.
Andi caminhou até ele, ajoelhando-se em sua frente e repousando as mãos sobre seus joelhos.
- Você está bem?
Snape pareceu querer lhe dizer algo, mas permaneceu calado. Pôs suas mãos sobre as dela.
- Você… você está arrependido do que aconteceu? – Seu coração ficou mais angustiado. A noite anterior tinha sido tão maravilhosa, que se ele respondesse “sim”, Andi se magoaria profundamente.
- Eu… não… sim…
Ela nunca o tinha ouvido falar de tal maneira tão atrapalhada antes. Olhou-o, sentindo os olhos marejar.
- Minha fraqueza pode ter… lhe colocado em perigo.
Andi não entendeu.
- Perigo? O que diabos você quer dizer com isso?
Snape a olhou e inclinou-se para frente, segurando as suas mãos.
- Eu vim para esta escola há muitos anos, aceitando um convite do Diretor – ele disse lentamente, cuidadosamente. Andi sabia que não fora fácil para ele dizer tais palavras e imaginou se alguma outra pessoa já as havia ouvido antes. – Eu... afrontei alguém; o afrontei de tal forma que ele me queria… Me quer morto. Essa… pessoa é muito perigosa; impiedosa. Eu estou seguro em Hogwarts, mas você, por ter se relacionado comigo, pode agora estar em perigo.
Olhou-o, confusa.
- Se ele não pode alcançar seu alvo, irá atrás daqueles mais próximos a ele. Ele poderá lhe procurar se souber desta…
- Mas… como diabos ele saberia de algo que aconteceu na nossa vida privada?
- Existem modos e meios… Eu não deveria ter deixado isso acontecer; você não tem a mínima idéia de onde está se metendo. – Olhou-a. – Eu tenho fantasmas no meu passado…
- Nós todos…
- Não. – Ele fechou seus olhos e agitou a cabeça. – Não. Você não tem.
Andi olhou de relance para baixo, para o braço esquerdo de Snape, e afagou com seu polegar uma terrível marca.
- Tem tudo a ver com isso, não tem?
Olhou-a estranhamente.
- Você continua vendo as coisas com clareza?
Ela deu de ombros.
- Você está aqui se culpando, mas se eu não tivesse invadido o seu quarto esta noite…
- Não. Eu soube que teria problemas no momento em que lhe encontrei inconsciente na grama, com a bunda exposta naquela ridícula, porém encantadora, tira de pano que você chama lingerie. A situação não melhorou nem um
pouco depois do show que você deu no lago há duas noites…
- Não era o meu “dia crítico” então… eu suponho que foi o meu estado mental que provocou o Diamante da Noite…
Snape assentiu e suspirou.
- Foi então que eu percebi que ambos teríamos problemas. Eu pensava que era capaz de controlar a situação, mas… bem, parece que eu sou feito apenas de carne e osso, afinal!
- Isso lhe decepciona?
Ele pensou.
- Na verdade... me choca. Se o Diretor tivesse lhe encaminhado para o Ministério… este seria o procedimento correto. Foi por isso que eu protestei quando ele lhe deixou aqui e me instruiu a lhe acompanhar.
- Por que ele fez isso?
- Eu não faço idéia; mas o Diretor freqüentemente age com segundas intenções.
Andi ainda tinha seu polegar sobre a marca no braço de Snape. Olhou-a de relance outra vez e afagou-a. Lembrou-se de todos os avisos que recebera antes de fazer a tatuagem de golfinho em suas costas; diziam que ela se arrependeria quando fosse mais velha e alertavam do quão difícil seria removê-la.
Delicadamente, Andi cobriu a marca com a borda do lençol que Snape trazia em seus ombros.
- Severo... – Aproximou-se para descansar a mão em seu rosto. – ... o homem que me fez amor hoje não é o mesmo homem que fez essa marca. Olhe, estamos no meio da noite. Podemos, por favor, nos preocuparmos com isso pela manhã? Você pode me explicar tudo, então. Apenas por agora, vamos voltar para a cama e apreciar o resto da noite, hmmm?
Ele a olhou e Andi sorriu.
- Eu gosto dos seus olhos assim. São como… mmmmm, veludo negro. É assim que eles realmente são?
- Eu não saberia dizer. Faz muito tempo que não olho para as coisas dessa maneira.
- Vamos… – Andi se levantou, colocou-o de pé, deixando o cobertor na cadeira, e deslizou os braços em volta do pescoço dele. – O que está feito, está feito. E a situação não vai piorar se nós fizermos outra vez, vai?
Inclinou-se para cima e beijou-o. Enquanto se abraçavam, o vestido deslizou dos ombros de Andi para o chão, perto da lareira.
Ela deu um gritinho surpreso quando ele a ergueu e o começou a lhe carregar de volta para o quarto. Manteve-a bem perto do seu peito, de modo que pudessem se beijar... Segurava-a de tal maneira que a sua mão ficava livre para vaguear nas partes íntimas de Andi, e ela sentiu seus dedos a pressionando, afagando e penetrando, enquanto iam para o quarto.
Suspirando e gemendo em seu ombro, Andi agarrou-se a ele, acompanhando com seus quadris os movimentos de Snape enquanto os dedos trabalhavam em seu corpo. Ele a fez atingir seu ápice antes mesmo que alcançassem a cama.
- Oh, Deus! – Andi murmurou enquanto ele a depositava na cama. – Eu adoro o sexo dos bruxos!
Pensou que ouviu um riso abafado.
Snape vinha para cima dela, mas Andi o interrompeu; empurrou-o para a cama e escalou nele.
Prendendo o rosto de Snape com as suas duas mãos, Andi se inclinou para beijá-lo e imediatamente sentiu o corpo dele reagir. Começou então a traçar beijos pelo seu queixo, sentindo a aspereza da barba em crescimento, e continuando pelo seu pescoço, sua garganta, inalando a tão maravilhosa essência da sua pele... Passeando as mãos pelo seu peito, entrelaçando os dedos nos ralos pêlos, beijando-o e deixando a sua língua brincar com os mamilos antes de continuar seu caminho para baixo.
- Hmmmmm?
- É sua vez. – Andi suspirou sobre a pele dele enquanto lambia um caminho da cintura à cavidade do umbigo de Snape. A sua língua aventurava-se dentro e atiçava-o, revelando um gosto salgado, almiscarado e masculino enquanto ouvia os suspiros de prazer que vinham dele.
Suas mãos deixaram o quadril dele e anteciparam seus movimentos, enquanto ela arrastava os seus lábios ainda mais para baixo.
- Andrea!? – ele disse em um tom rouco e nada firme, seus quadris se movendo levemente enquanto os dedos de Andi o agarravam e acarinhavam.
- Hum? – respondeu, seus lábios finalmente juntando-se às mãos.
Os sons do orgasmo dele eram quase tão excitantes quanto ter seus próprios orgasmos.
XxXxXxX
Reviews, por favor.
Bjus para a Lara, que, sim, betou mais esse cap! E, claro, para as lindas que revisaram: a Sandy Mione, a Lua Mirage2, a Olivia, a nathsnape e a Renata.
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