Você Está me Observando?
Capítulo doze
VOCÊ ESTÁ ME OBSERVANDO?
A passos largos e atrapalhados, tropeçando vez por outra, Andi adiantou-se até a árvore que ficava próxima ao lago. Ela passava as suas mãos desesperadamente pelos cabelos, numa tentativa frustrada de arrancar da sua mente o filme pornô que lá passava.
Quando finalmente alcançou a árvore, Andi abraçou o tronco, sentindo frieza da madeira. Seus seios arfavam com a sua respiração irregular.
Andi pensava que o frescor da noite pudesse ajudar-lhe a se acalmar, a aliviar a arrebatadora massa de desejos sexuais que invadiram seu corpo... A noite, no entanto, estava quente e o ar pesado.
O suor respingava por seu pescoço, suas pernas, entre seus seios...
Ele saberia o que estava acontecendo com ela? Ele pôde ver em seus olhos as fantasias que se passava em sua mente? Ele parecia saber demais das coisas – como se pudesse ler seus pensamentos.
Oh, Deus, por favor, não o tenha deixado lê-los essa noite...
A culpa era dos olhos dele. Aqueles olhos negros e brilhantes que pareciam cravar-se nela, olhar o fundo da sua mente, até que ela não pudesse guardar mais nenhum segredo...
Como, por exemplo, ele poderia saber que ela estivera no salão de música na tarde do dia anterior? Ou naquela manhã, que ele fora ao seu encontro quando estava perdida? Era como se ele tivesse posto algum tipo de rastreador nela... Ou, talvez, aqueles olhos pudessem observá-la, onde quer que ela estivesse.
Os lábios salpicados de vinho voltaram mais uma vez aos seus pensamentos... Oh, e ela queria tanto beijá-los!...
Choramingando baixinho, Andi virou-se e deslizou com as costas contra a árvore. Ela precisava se acalmar...
Olhou para o lago. Ele estava calmo e escuro, refletindo a luz da lua em sua superfície. Parecia tão gelado e convidativo. Talvez ajudasse se ela desse um rápido mergulho.
Andi tirou um sapato. Aqueles olhos tão negros forçaram-se de volta à sua mente.
Ele sabia onde ela estava o tempo todo
Ele a observava o tempo inteiro?
Tirou o outro sapato.
Ele estava a observando agora?
Sua mão encaminhou-se para a alça esquerda do vestido.
Se ele estava a observando agora, por que ela não estava se sentindo ofendida? Era assim que deveria se sentir...
Ela moveu o seu ombro para passar a alça por ele e removê-la do seu braço.
Por que a idéia, ao contrário, fazia borboletas voarem por seu estômago e uma pulsação aparecer entre as suas pernas, como se ela pudesse achá-la... excitante?
Sua mão foi à alça direita e fez o mesmo. Andi segurou o vestido em seu corpo por um instante, antes de baixá-lo lenta e deliberadamente – permitindo que suas mãos dessem uma atenção mais demorada aos seus seios quando passaram por eles.
Oh, Professor, você está me observando agora?
Sedutoramente, ela passou as suas mãos ao redor dos quadris, até chegar aos três botões do seu vestido, na parte de trás da sua cintura. Ela desabotoou-os um a um e, ao invés de deixar o vestido cair, ela cruzou seus braços ao seu redor e tirou-o por cima.
Andi levou o vestido até o alto – esticando ao máximo possível os seus braços, alongando-se e mostrando totalmente o seu corpo.
Você está me observando, Professor?
Ela soltou o vestido e correu as mãos pelos cabelos. Ela estava completamente excitada com a idéia de que, de alguma forma, ele podia ver o que ela estava fazendo.
As mãos de Andi correram pelos seus cabelos, pela nuca, pela garganta... acariciou seus seios, os mamilos túrgidos praticamente se forçando entre seus dedos para serem massageados e acariciados.
Ela engasgou.
Oh, por favor, por favor, esteja observando!
Suas mãos continuaram a descer até alcançar a sua tanga. Ela abriu o fecho esquerdo, mas não a deixou cair até que o fecho direito também tivesse aberto.
A pulsação entre as suas pernas estava cada vez mais forte e, enquanto os seus dedos se moviam pelo seu ventre e começaram a vagar pela fina linha de pelos pubianos, ela imaginou poder sentir os olhos dele seguindo a sua mão... e isso causou uma nova onda de excitação em seu corpo.
Eu quero que você esteja observando. Eu quero que você se excite com o que vê. Eu quero que os seus dedos encontrem o seu sexo enquanto me assiste.
A idéia de que poderia estar exercendo algum tipo de poder sobre ele a fez estremecer. O calor infundiu em seu corpo quando ela finalmente permitiu-se tocar, acariciar e penetrar a sua intimidade.
Andi recostou-se à árvore. Em sua mente, a figura dos olhos de Snape viajando pelo seu corpo; vendo os seus dedos trabalharem; vendo-a esquivar-se e ofegar contra a árvore; vendo seus seios arfarem com a aproximação do clímax... A imagem da atenção voyeurista dele era a única em sua mente enquanto ela se contorcia e gemia ao atingir seu clímax.
Cansada, ofegando, Andi manteve os seus olhos fechados e abraçou-se.
Uma vozzinha no fundo da sua mente a dizia o quanto ela arrepender-se-ia disto na manhã seguinte... Se ela ficara constrangida por ele ter tão-somente visto a sua bunda, imagine depois disso!
Mas, naquele momento, ela não se importava. Finalmente estava aliviada... Andi já conseguia sentir o seu corpo relaxar, deixando de lado toda a tensão. O efeito do Diamante da Noite finalmente estava diminuindo.
Encaminhou-se para o lago e mergulhou, arrepiando-se por causa da repentina mudança de temperatura.
Andi nadou um pouco, até que o frio se tornou mais forte do que ela podia agüentar. Saiu do lago.
Pôs rapidamente o vestido de algodão nela, pegou a sua tanga e os sapatos e voltou a caminhar de volta para o castelo.
Enquanto caminhava, Andi se perguntava quais as chances dele de fato ter lhe observado; de ele ter visto tudo. Era possível que alguém pudesse fazer tal coisa?... Bem, ela o vira fazer uma porta se materializar na parede no dia anterior. Qualquer coisa era possível naquele lugar louco.
Chegando ao seu quarto, ela viu o Diamante da Noite, que ainda descansava inocentemente em sua mesinha de cabeceira. Um sorriso maroto dançou em seus lábios e Andi de repente se sentiu muito curiosa para saber se ele tinha observado-a.
Com o buquê de Diamantes da Noite em suas mãos, ela foi até os aposentos de Snape e bateu em sua porta... e, sem resposta, bateu de novo.
- Professor, sou eu. Eu posso falar com você por um momento?... Professor?
- Está muito tarde, Srta. Carver – ele disparou por trás da porta.
- Não passa das onze, Professor. Mas de qualquer forma, eu só estou querendo me desculpar pela forma muito abrupta que eu deixei o jantar, hoje.
- Desculpas aceitas. Afinal, já eu estou me acostumando com o seu comportamento excêntrico, Srta. Carver. Desafio qualquer mente médica, por mais brilhante que seja, a dar uma explicação racional para qualquer coisa que você diz ou faz. Boa noite.
- Ah, mas Professor, eu trouxe um presente para selar as pazes...
Lenta e relutantemente, a porta se abriu.
Pela primeira vez desde que Andi tinha chegado à Hogwarts, Snape parecia desleixado. A sua camisa estava desensacada e os punhos não estavam fechados, deixavam seus pulsos livres. Três botões estavam abertos, mostrando todo o seu pescoço e um pouco dos pelos do peito.
Andi segurou a respiração. Ele parecia tão... vulnerável e, mesmo sabendo que ela não estava mais sob a influencia do Diamante da Noite, ela o achou... sexy.
Eles se entreolharam por um momento. Andi viu o pomo-de-adão de Snape subir e descer enquanto ele engolia e dizia:
- Srta. Carver...
- Oh... – ela se recompôs, corando ao perceber que estivera o encarando. Estendeu-lhe o buquê. – Eu lhe trouxe o meu Diamante da Noite. O meu dia crítico está muito próximo e eu não quero me arriscar...
- Próximo? – Ele desviou o olhar, com uma expressão quase confusa.
- Sim – Andi se perguntou por que ele parecia tão confuso... E, então, se lembrou do motivo que a levara a bater em sua porta. Um sorriso malicioso dançou em seus lábios. – Eu me lembro que você disse que o usava, então eu pensei que talvez você quisesse estes, no caso de ter... exaustado o seu estoque...
Ele a olhou sem dar pista alguma de que entendera o duplo sentido em sua frase.
- Obrigado, Srta. Carver, mas você realmente não deveria ter se incomodado.
- Oh, não foi incomodo... foi um prazer.
Andi novamente estendeu o buquê para Snape, deixado os dedos que ele talvez tivesse observado há alguns momentos demorarem-se por mais de tempo que o necessário no buquê, de forma que fizessem um breve contato com os dedos dele.
Ela sorriu.
- Srta. Carver, eu sinto que devo lhe avisar que você está muito molhada e o seu vestido está transparente.
Ela olhou para baixo: o algodão branco estava completamente colado a cada centímetro do seu corpo; seus mamilos estavam muito óbvios e proeminentes pela roupa; o tecido formando uma covinha em seu umbigo; e a sombra escura dos seus pelos pubianos indiscutivelmente evidente.
- Oh, é mesmo! Eu não tinha percebido. É que eu fiquei tão molhada, essa noite. Bom, é melhor que eu vá para a cama, então, e não lhe perturbar mais.
- Obrigado, Srta. Carver.
Andi deu mais uma olhada nas roupas amarrotadas dele e notou que as caças negras não estavam caindo tão bem quanto normalmente.
- Disponha, Professor.
Ela voltou-se para caminhar para o seu próprio quarto – um discreto “uau” escapando de seus lábios enquanto ia.
XxXxXxX
Reviews, por favor.
Bjus para a Lara, que betou mais esse cap. E, naturalmente, para quem revisou: Olívia Lupin, lulu-lilits, Lilibeth e Renata.
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